O ano de 2007 foi, até agora, aquele em que se registaram menos incêndios florestais nos últimos 17 anos no distrito de Coimbra, segundo dados revelados ontem no concelho de Miranda do Corvo pela Direcção-Geral de Recursos Florestais (DGRF).Numa reunião de trabalho dos elementos ligados a organismos da Protecção Civil do distrito, realizada no Observatório Astronómico e da Natureza de Vila Nova, Pedro Palheiro, da DGRF, informou que durante o ano arderam 153 hectares, contra os 879 consumidos em 2006.O responsável salientou que as condições meteorológicas atípicas, a precipitação bastante distribuída ao longo da fase crítica e uma maior sensibilização da população contribuíram para a redução do número de ocorrências. Sérgio Correia, também da DGRF, apontou como desafio para o próximo ano a integração das equipas de sapadores florestais dentro do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra, para «aguentar os incêndios até os bombeiros chegarem». O governador civil de Coimbra, que presidiu à reunião, apelou às autarquias para que façam cumprir a lei que criminaliza as queimadas no período crítico e apliquem as respectivas contra-ordenações.«É preciso que a lei seja efectivada, pois é preciso ser duro durante algum tempo. A dureza também é pedagógica e as pessoas têm de perceber que determinados comportamentos são recriminados, como por exemplo as infracções de trânsito», afirmou Henrique Fernandes.Apesar dos resultados positivos verificados este ano, o comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro de Coimbra, António Martins, afirmou que os números «devem servir de incentivo para se continuar a trabalhar e identificar pormenores que estão menos bem».A reunião de ontem visou a apresentação de dados parcelares dos vários organismos ligados à protecção civil, com vista à elaboração de um relatório síntese que será apresentado na próxima semana, no Governo Civil, em Coimbra.
Fonte: Diario de Coimbra
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