Um único incêndio florestal lavrava, fora de controlo, cerca das 18:00 de hoje no país, no concelho minhoto de Monção, de acordo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
Apesar de mobilizar poucos meios terrestres - 28 bombeiros e nove viaturas - o combate ao fogo no local de Tangil fez deslocar para a zona os dois maiores aviões-tanque no país este Verão, os Beriev russos.
O fogo começou às 17:42 numa zona de mato.
Durante a tarde registou-se um outro incêndio, este de maiores proporções, no concelho de Cinfães, distrito de Viseu, que levou cerca de duas horas e meia a ser extinto.
No combate às chamas, iniciadas em Nico, chegaram a estar envolvidos mais de 150 bombeiros e 41 viaturas, além de quatro aviões-tanque, incluindo os dois Beriev.
Entretanto, às 16:33 iniciou-se um fogo numa zona de mato em Mirandela, distrito de Bragança, dado como controlado dez minutos depois.
Combateram o fogo em Vale da Sancha 40 bombeiros com 10 viaturas.
A esta hora, já o fogo que ocorreu ao início da tarde no concelho de Famalicão, distrito de Braga, entrara em fase de rescaldo, segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil.
A ANPC apenas divulga na sua página na Internet incêndios florestais que envolvam uma de quatro características: mais de dez viaturas no combate, decorram há mais de duas horas, destruam áreas protegidas ou coloquem em risco povoações ou infra-estruturas.
Fonte: Diário Digital / Lusa
Apesar de mobilizar poucos meios terrestres - 28 bombeiros e nove viaturas - o combate ao fogo no local de Tangil fez deslocar para a zona os dois maiores aviões-tanque no país este Verão, os Beriev russos.
O fogo começou às 17:42 numa zona de mato.
Durante a tarde registou-se um outro incêndio, este de maiores proporções, no concelho de Cinfães, distrito de Viseu, que levou cerca de duas horas e meia a ser extinto.
No combate às chamas, iniciadas em Nico, chegaram a estar envolvidos mais de 150 bombeiros e 41 viaturas, além de quatro aviões-tanque, incluindo os dois Beriev.
Entretanto, às 16:33 iniciou-se um fogo numa zona de mato em Mirandela, distrito de Bragança, dado como controlado dez minutos depois.
Combateram o fogo em Vale da Sancha 40 bombeiros com 10 viaturas.
A esta hora, já o fogo que ocorreu ao início da tarde no concelho de Famalicão, distrito de Braga, entrara em fase de rescaldo, segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil.
A ANPC apenas divulga na sua página na Internet incêndios florestais que envolvam uma de quatro características: mais de dez viaturas no combate, decorram há mais de duas horas, destruam áreas protegidas ou coloquem em risco povoações ou infra-estruturas.
Fonte: Diário Digital / Lusa
Furacões, inundações, incêndios florestais, tsunamis, terremotos e erupções vulcânicas estão entre os desastres naturais mais freqüentes, tanto na ficção quanto na vida real.
Outros há que, embora nunca vistos na história humana, podem assombrar nos pesadelos ou no cinema com mesma intensidade, como a queda de corpos celestes capazes de sacudir continentes. Essa possibilidade passou a ser levada mais a sério desde que se descobriram indícios de que um incidente assim foi a causa provável da extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos - e que a NASA começou a insistir nesse risco, como argumento para um programa de catalogação de asteróides potencialmente perigosos e desenvolver possíveis estratégias para alterar sua trajetória.
Todos esses desastres permitem, em princípio, algum tipo de reação humana. A maioria deles são locais, o que permite pensar em algum tipo de fuga. A queda de um cometa ou asteróide, a depender do tamanho, poderia provocar uma devastação terrível, mas parece possível prever sua possibilidade, preparar abrigos, evacuar previamente a região mais atingida.
Não é absurdo imaginar que os sonhos da NASA se concretizem e esteja ao alcance da humanidade, em um futuro não muito distante, desenvolver alguma tecnologia capaz de desviar o curso de um corpo celeste ameaçador a tempo de evitar o pior. Mas não seria tão simples quanto no filme Armageddon: mesmo que houvesse uma arma nuclear capaz de estilhaçar um asteróide, isso simplesmente o transformaria em um punhado de fragmentos menores, mas em conjunto ainda mais devastadores que o original. Seria preciso ser capaz de prever o impacto com antecedência de vários anos e então usar explosões ou outras técnicas capazes não de destruir o corpo, mas de alterar ligeiramente sua direção. Seria preciso menos força bruta, mas muito mais inteligência e capacidade de previsão.
Existe, porém, um tipo de desastre natural que é tão provável quanto o impacto de um corpo celeste de dimensões respeitáveis - talvez mais -, que pode ser igualmente arrasador - ou mais ainda -, é completamente imprevisível e não há ação humana concebível que possa evitá-lo.
Curiosamente, é uma possibilidade pouco ou nada explorada pela ficção, salvo, talvez, em algumas obscuras representações ficcionais da destruição da imaginária Atlântida e em um documentário de 2005, feito em conjunto pela BBC e pelo Discovery Channel, chamado Supervolcano. Trata-se da possibilidade de erupções supervulcânicas, fenômenos em escala gigantesca, maior do que qualquer coisa vista durante a história humana, mas que comprovadamente ocorreram na pré-história da nossa espécie e do planeta.
Para dar a correta dimensão da questão, comecemos pelas dimensões a que pode chegar uma erupção vulcânica sem a qualificação de "súper". A maior erupção da história moderna - que, naturalmente, já foi tema de um filme de catástrofe - aconteceu em 1883 na ilha de Krakatoa ou Krakatau, entre Sumatra e Java. Foram ejetados 25 quilômetros cúbicos de rochas e cinzas, trezentos povoados foram arrasados e o som da explosão - cuja potência foi estimada em 200 megatons - foi ouvido até na ilha Maurício, a cinco mil quilômetros de distância. A nuvem de cinza e gás quente aniquilou comunidades a até quarenta quilômetros de distância e, junto com os tsunamis provocados pela erupção, matou pelo menos 36 mil pessoas, segundo as estatísticas oficiais dos holandeses que então governavam a Indonésia. Parte da poeira permaneceu suspensa no ar por muitos meses, fazendo a temperatura média do planeta cair 1,2 grau centígrado no ano seguinte.
Na Antiguidade, uma erupção ainda maior parece ter acontecido na ilha grega de Santorini, conhecida pelos clássicos como Tera. Trata-se de uma bela ilha de 73 quilômetros quadrados em forma de meia-lua. Olhando-se o mapa com mais atenção, pode-se ter a impressão de que se trata de uma ilha que foi aproximadamente oval, mas na qual foi aberto um enorme buraco. E é isso mesmo: trata-se de uma enorme cratera de origem vulcânica - em linguagem geológica, uma "caldeira" - preenchida pelo mar, de doze quilômetros de comprimento por sete de largura.
Chegou-se mesmo a sugerir que alguma narrativa do episódio poderia ter sugerido a Platão o mito de Atlântida, mas não há provas de que tal registro tenha existido, ao passo que são bem conhecidos os de outra catástrofe, menor mas de grande impacto na época: o afundamento da cidade grega de Helike por um grande terremoto atribuído à fúria de Poseidon, em 373 a.C., poucos anos antes de Platão escrever sobre esse país imaginário.
A explosão de Santorini, por volta de 1600 a.C., pode ter sido a responsável pela decadência e queda da brilhante civilização minóica da ilha de Creta, cerca de 110 quilômetros ao sul e talvez mesmo da crise da civilização chinesa. Foram lançados ao ar cerca de 60 quilômetros cúbicos de pó, um volume consideravelmente maior que o do Krakatoa.
A China sofreu uma prolongada fome devido ao obscurecimento do sol, frio e colheitas fracassadas que levaram à queda da sua primeira dinastia, a Xia e à ascensão da dinastia Shang.
Outros há que, embora nunca vistos na história humana, podem assombrar nos pesadelos ou no cinema com mesma intensidade, como a queda de corpos celestes capazes de sacudir continentes. Essa possibilidade passou a ser levada mais a sério desde que se descobriram indícios de que um incidente assim foi a causa provável da extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos - e que a NASA começou a insistir nesse risco, como argumento para um programa de catalogação de asteróides potencialmente perigosos e desenvolver possíveis estratégias para alterar sua trajetória.
Todos esses desastres permitem, em princípio, algum tipo de reação humana. A maioria deles são locais, o que permite pensar em algum tipo de fuga. A queda de um cometa ou asteróide, a depender do tamanho, poderia provocar uma devastação terrível, mas parece possível prever sua possibilidade, preparar abrigos, evacuar previamente a região mais atingida.
Não é absurdo imaginar que os sonhos da NASA se concretizem e esteja ao alcance da humanidade, em um futuro não muito distante, desenvolver alguma tecnologia capaz de desviar o curso de um corpo celeste ameaçador a tempo de evitar o pior. Mas não seria tão simples quanto no filme Armageddon: mesmo que houvesse uma arma nuclear capaz de estilhaçar um asteróide, isso simplesmente o transformaria em um punhado de fragmentos menores, mas em conjunto ainda mais devastadores que o original. Seria preciso ser capaz de prever o impacto com antecedência de vários anos e então usar explosões ou outras técnicas capazes não de destruir o corpo, mas de alterar ligeiramente sua direção. Seria preciso menos força bruta, mas muito mais inteligência e capacidade de previsão.
Existe, porém, um tipo de desastre natural que é tão provável quanto o impacto de um corpo celeste de dimensões respeitáveis - talvez mais -, que pode ser igualmente arrasador - ou mais ainda -, é completamente imprevisível e não há ação humana concebível que possa evitá-lo.
Curiosamente, é uma possibilidade pouco ou nada explorada pela ficção, salvo, talvez, em algumas obscuras representações ficcionais da destruição da imaginária Atlântida e em um documentário de 2005, feito em conjunto pela BBC e pelo Discovery Channel, chamado Supervolcano. Trata-se da possibilidade de erupções supervulcânicas, fenômenos em escala gigantesca, maior do que qualquer coisa vista durante a história humana, mas que comprovadamente ocorreram na pré-história da nossa espécie e do planeta.
Para dar a correta dimensão da questão, comecemos pelas dimensões a que pode chegar uma erupção vulcânica sem a qualificação de "súper". A maior erupção da história moderna - que, naturalmente, já foi tema de um filme de catástrofe - aconteceu em 1883 na ilha de Krakatoa ou Krakatau, entre Sumatra e Java. Foram ejetados 25 quilômetros cúbicos de rochas e cinzas, trezentos povoados foram arrasados e o som da explosão - cuja potência foi estimada em 200 megatons - foi ouvido até na ilha Maurício, a cinco mil quilômetros de distância. A nuvem de cinza e gás quente aniquilou comunidades a até quarenta quilômetros de distância e, junto com os tsunamis provocados pela erupção, matou pelo menos 36 mil pessoas, segundo as estatísticas oficiais dos holandeses que então governavam a Indonésia. Parte da poeira permaneceu suspensa no ar por muitos meses, fazendo a temperatura média do planeta cair 1,2 grau centígrado no ano seguinte.
Na Antiguidade, uma erupção ainda maior parece ter acontecido na ilha grega de Santorini, conhecida pelos clássicos como Tera. Trata-se de uma bela ilha de 73 quilômetros quadrados em forma de meia-lua. Olhando-se o mapa com mais atenção, pode-se ter a impressão de que se trata de uma ilha que foi aproximadamente oval, mas na qual foi aberto um enorme buraco. E é isso mesmo: trata-se de uma enorme cratera de origem vulcânica - em linguagem geológica, uma "caldeira" - preenchida pelo mar, de doze quilômetros de comprimento por sete de largura.
Chegou-se mesmo a sugerir que alguma narrativa do episódio poderia ter sugerido a Platão o mito de Atlântida, mas não há provas de que tal registro tenha existido, ao passo que são bem conhecidos os de outra catástrofe, menor mas de grande impacto na época: o afundamento da cidade grega de Helike por um grande terremoto atribuído à fúria de Poseidon, em 373 a.C., poucos anos antes de Platão escrever sobre esse país imaginário.
A explosão de Santorini, por volta de 1600 a.C., pode ter sido a responsável pela decadência e queda da brilhante civilização minóica da ilha de Creta, cerca de 110 quilômetros ao sul e talvez mesmo da crise da civilização chinesa. Foram lançados ao ar cerca de 60 quilômetros cúbicos de pó, um volume consideravelmente maior que o do Krakatoa.
A China sofreu uma prolongada fome devido ao obscurecimento do sol, frio e colheitas fracassadas que levaram à queda da sua primeira dinastia, a Xia e à ascensão da dinastia Shang.
Fonte: Terra Magazine
O presidente da Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios sublinhou hoje a crescente melhoria das condições de prevenção de fogos, mas lamentou a falta de planeamento das florestas.
Após uma reunião de «preparação das próximas actividades» com membros do Comando Nacional de Operações de Socorro e outras autoridades, Abel Baptista adiantou que ainda é cedo para fazer balanços sobre o combate às chamas durante este Verão, uma vez que o dispositivo de segurança activado para a época poderá ser alargado até depois de Setembro.
O presidente daquela comissão parlamentar salientou, no entanto, que mesmo sem as condições climatéricas terem causado o elevado número de incêndios registado em anos anteriores, as medidas que têm vindo a ser tomadas resultaram já numa «floresta mais resistente ao fogo».
«Neste momento há novas e melhores condições. A preparação para a possibilidade de ocorrência de incêndios é melhor, em termos de vigilância e de preparação dos comandos», afirmou o responsável, apontando a pré-disposição dos meios de combate na floresta como uma das medidas com resultados «muito positivos».
Apesar da evolução e do reconhecimento de que «nunca se consegue uma eficácia a 100 por cento», Abel Baptista lamentou a falta de planeamento primário sobre as áreas florestais.
«Falta ordenar, planear e executar a nossa floresta. A floresta que temos neste momento não é a melhor para o país», referiu.
A Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios - que divulgará em Outrubro um relatório sobre a sua actividade -, visitou já os distritos de Vila Real, Coimbra, Viseu, Guarda, Beja, Évora, Portalegre e Setúbal.
A reunião de hoje contou ainda com a presença do secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, que se escusou a prestar declarações à imprensa.
Após uma reunião de «preparação das próximas actividades» com membros do Comando Nacional de Operações de Socorro e outras autoridades, Abel Baptista adiantou que ainda é cedo para fazer balanços sobre o combate às chamas durante este Verão, uma vez que o dispositivo de segurança activado para a época poderá ser alargado até depois de Setembro.
O presidente daquela comissão parlamentar salientou, no entanto, que mesmo sem as condições climatéricas terem causado o elevado número de incêndios registado em anos anteriores, as medidas que têm vindo a ser tomadas resultaram já numa «floresta mais resistente ao fogo».
«Neste momento há novas e melhores condições. A preparação para a possibilidade de ocorrência de incêndios é melhor, em termos de vigilância e de preparação dos comandos», afirmou o responsável, apontando a pré-disposição dos meios de combate na floresta como uma das medidas com resultados «muito positivos».
Apesar da evolução e do reconhecimento de que «nunca se consegue uma eficácia a 100 por cento», Abel Baptista lamentou a falta de planeamento primário sobre as áreas florestais.
«Falta ordenar, planear e executar a nossa floresta. A floresta que temos neste momento não é a melhor para o país», referiu.
A Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios - que divulgará em Outrubro um relatório sobre a sua actividade -, visitou já os distritos de Vila Real, Coimbra, Viseu, Guarda, Beja, Évora, Portalegre e Setúbal.
A reunião de hoje contou ainda com a presença do secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, que se escusou a prestar declarações à imprensa.
Fonte:Diário Digital / Lusa
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