sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Ajude a ajudar o futuro do nosso país ,venha conhecer o Projecto Floresta Unida. Em caso de incêndios ligue 112

As chamas voltaram a ameaçar a Serra da Boa Viagem, ontem. Chegou a temer-se que o "inferno" de 2005 se repetisse, mas a rápida intervenção dos meios aéreos evitou o pior.O fogo regressou à Serra da Boa Viagem, dois anos depois do "inferno" que deixou a cidade em pânico. Porém, ontem, as chamas foram rapidamente apagadas, tendo devorado cerca de 2,5 hectares de floresta, contra os perto de 2.500 hectares de 2005. "A dada altura, cheguei a temer que o drama de há dois anos se repetisse, mas a rápida e mobilização dos meios, assim como a quantidade, afastaram essa possibilidade", declarou o vereador Lídio Lopes, presidente da câmara em exercício, uma vez que Duarte Silva encontra-se de férias.As chamas tiveram início cerca das 12H00, limitando-se a cerca de 500 metros quadrados, tendo sido rapidamente extintas. No entanto, por volta das 17H00, o fogo voltou à Serra da Boa Viagem, não muito longe do primeiro foco. Foi dado como extinto perto das 18H30. Um total de 118 bombeiros, de 14 corporações de bombeiros, de vários pontos do distrito, e quatro meios aéreos estiveram envolvidos no combate aos fogos.Os incêndios começaram perto da estrada, o que leva a crer que terá tido mão criminosa ou negligente. Elementos da Polícia Judiciária de Coimbra estiveram no local à procura de indícios de fogo posto. "Pelo menos no primeiro caso, não tenho dúvidas que se tratou de mão criminosa ou negligência", sustentou Fernando Castro, comandante delegado da Protecção Civil Municipal. O fogo ficou circunscrito a uma área compreendida entre a Casa das Cruzinhas e a Bandeira.A aposta na prevenção e na vigilância está a dar resultados. António Gravato, da Circunscrição Florestal, declarou que a acção dos sapadores e vigilantes florestais contribuíram para minimizar os efeitos. De resto, o alerta foi dado por vigilantes contratados pela autarquia. Por seu lado, uma equipa de sapadores florestais actuou na primeira intervenção. O governador civil, Henrique Fernandes, que se deslocou à Serra da Boa Viagem, elogiou a prontidão dos meios.Em 2005, lembrou Lídio Lopes, os meios chegaram tarde e em quantidades reduzidas. Ao contrário de ontem, que foram rapidamente mobilizados meios terrestres e aéreos e quantidades suficientes. Da base aérea de Monte Real chegaram dois aviões pesados, enquanto Seia e Cernache contribuiu com as outras duas unidades, ligeiras. Depois das operações de rescaldo, que decorriam à hora do fecho desta edição, permaneceram no local equipas de bombeiros de vigilâncias.(*) Com Diana Claro, jornalista em estágio no DIÁRIO AS BEIRAS
Fonte: Diario As Beiras

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Viste os seus ecossistemas naturais e tente compreender porque são ão importantes, vai ver que nós somos parte integrantes deles.Se eles morrerem....

Grécia: CE alerta para inundações depois dos fogos
O comissário europeu do ambiente, Stavros Dimas, advertiu hoje para a possibilidade de inundações na sequência dos incêndios que têm devastado a Grécia e que já fizeram mais de 60 mortos.
«Uma nova catástrofe ameaça as regiões atacadas pelos incêndios florestais: se chover, pode haver inundações porque o solo está de tal forma seco que não conseguirá absorver a água. Todas estas regiões devem preparar-se para esta eventualidade», disse o comissário ao diário alemão Die Welt.
Stavros Dimas disse que a União Europeia poderá contribuir financeiramente na recuperação das regiões afectadas pelos incêndios, nomeadamente na península do Peloponeso, e em função com estragos sofridos.
O comissário referiu também que é preciso analisar os resultados dos incêndios em termos económicos e consequências sociais, como seja o desemprego dos agricultores e a destruição das estruturas sociais.
Os incêndios representam «um pesado fardo para o clima», frisou Stavros Dimas, referindo-se à área ardida e a libertação de dióxido de carbono.
O comissário apelou também para que a União Europeia aumente as suas capacidades de combate a incêndios, sugerindo que as forças de reacção rápida incluam aviões específicos.
Os incêndios na Grécia, que já mataram 63 pessoas e destruíram uma área de 200 mil hectares, começaram hoje a ceder, em número e intensidade.
Em resposta a um pedido de ajuda das autoridades gregas à União Europeia, Portugal enviou para a Grécia um Canadair e um perito em incêndios florestais.

Fonte: Diário Digital / Lusa

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

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Uma extensa comitiva liderada pelo governador civil de Braga visitou, ontem, o dispositivo de vigilância e ataque inicial contra incêndios florestais do distrito, apontando as virtudes e as lacunas.
A conclusão a que se chegou é que a patrulha musculada, com meios aéreos, aliada à pronta intervenção, fez baixar significativamente o número de incêndios florestais no distrito de Braga.
Fonte: Diario do minho
Cerca de 40 incêndios assolam esta terça-feira a Albânia e a Protecção Civil local já fez saber que os fogos só podem ser extintos com o combate de meios aéreos que o país, muito pobre, não dispõe.
As autoridades de protecção civil da Albânia adiantaram que os fogos se estendem por todo o país e que estão a colocar em risco a vida de pessoas.
Só nos últimos dias, a polícia e os bombeiros evacuaram à força 20 famílias, 16 das quais no Norte da Albânia, cujas casas ficaram rodeadas pelas chamas.
A situação mais problemática regista-se na região de Korça, com fogos activos nos bosques de Devoll e Kolonja, na fronteira com a Grécia, um país também ele assolado há vários dias pelos incêndios.
A Protecção Civil afirma que é quase impossível aos bombeiros chegar aos locais dos incêndios, devido ao terreno montanhoso.
As autoridades da Albânia estão a negociar com os governos da Alemanha e da República Checa o envio de quatro helicópteros especializados no combate a incendios.
Desde Julho, em todo o país, registaram-se mais de 800 focos de incêndios, que devastaram milhares de hectares de mato e floresta.

Fonte: Diário Digital / Lusa

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Entre a Cinza e o Verde Você decide ( clique aqui e saiba mais sobre esta campanha da DGRF)


"Está tudo a arder! Por favor, ajudem-nos... Onde estão os helicópteros?”. O desesperado pedido de ajuda foi feito por um habitante da aldeia de Frixa, completamente cercada pelas chamas que desde sexta-feira lavram sem controlo na região grega do Peloponeso. Como esta, havia ontem dezenas de outras aldeias isoladas pelas chamas e a única maneira de evacuar os aterrorizados habitantes era pelo ar. Por entre duras críticas à sua reacção tardia à tragédia que se abateu sobre o país, o governo de Atenas ofereceu uma recompensa de um milhão de euros por informações que conduzam à captura dos incendiários e admitiu equiparar o crime de fogo posto ao de terrorismo.

Com os bombeiros incapazes de chegar a muitas das aldeias cercadas pelas chamas, o telemóvel era ontem a única ligação entre os habitantes desesperados e o mundo exterior. Nas televisões gregas, sucedem--se os apelos, os pedidos de socorro, os gritos de desespero daqueles que há mais de 48 horas lutam sem parar para tentar salvar as suas casas e as suas vidas. “Isto aqui é um inferno! Onde estão os bombeiros? Onde está a ajuda?”, gritava ontem um homem a partir da aldeia de Oinoi, com a voz rouca pelo cansaço e pelo desespero. “Fomos deixados ao abandono, à mercê de Deus”, dizia uma mulher de Nemouta.Dezenas de aldeias estavam isoladas pelas chamas e se em alguns casos a salvação chegava de helicóptero em muitos outros os habitantes permaneciam entregues à sua sorte, obrigados a lutar contra as chamas com tractores, mangueiras e ramos.Os bombeiros não têm mãos a medir e, apesar da ajuda de militares, reclusos e milhares de voluntários, não conseguiam responder a tantas solicitações. A ajuda internacional já começou a chegar, mas os meios no terreno continuavam a ser escassos para atacar tantas frentes de incêndio. CENÁRIO DE HORROR“Isto é uma catástrofe de proporções bíblicas. Vi pessoas carbonizadas no interior de carros, vi uma mãe ainda com o filho nos braços”, afirmou um responsável do departamento de Ilia, uma das áreas mais afectadas. O último balanço era de 63 mortos e mais de uma centena de feridos, mas temia-se que o número pudesse aumentar. Milhares de pessoas abandonaram nos últimos dias as suas casas e fugiram em direcção à costa, onde são alojados em escolas, centros de saúde, parques de campismo e até praias.Em Atenas, uma nuvem de cinza esbranquiçada pairava ontem sobre a cidade, causada por um incêndio no sopé do monte Ymittos, nos arredores da capital.A imprensa acusa o governo de incompetência por reagir tardiamente e de forma desorganizada à tragédia. As autoridades, que decretaram o estado de emergência, defendem-se com a inusitada dimensão dos fogos florestais e oferecem uma recompensa de um milhão de euros por informações que conduzam à captura dos incendiários. O ministro do Interior anunciou ainda que o crime de fogo posto poderá ser equiparado ao de terrorismo, com penas mais pesadas para os condenados. NÃO HÁ PORTUGUESES AFECTADOSO embaixador português na Grécia, Carlos Neves Ferreira, garantiu ontem à agência Lusa que não há portugueses afectados pelos incêndios que assolam o país. Segundo o embaixador, são cerca de 240 os portugueses que residem no país, na sua maioria na região de Atenas, e nenhum deles pediu protecção consular. Quanto aos portugueses que poderão estar de férias no país, Carlos Neves Ferreira esclareceu que normalmente procuram as ilhas e praias e que até agora nenhum solicitou qualquer tipo de ajuda da embaixada. “Se for necessário, estamos preparados”, acrescentou. CANADAIR CHEGA HOJE A ATENASO avião Canadair de combate a incêndios enviado por Portugal para ajudar no combate aos fogos florestais que assolam a Grécia deverá chegar hoje a uma base militar nos arredores de Atenas, dando início a uma missão com a duração prevista de três dias. Portugal enviou ainda uma equipa formada por um perito do Serviço Nacional de Protecção Civil e por um oficial de ligação, numa missão que se insere na ajuda disponibilizada pela União Europeia na sequência do pedido feito no fim-de-semana pelas autoridades gregas. TIPOS DE INCENDIÁRIOSEMOÇÃOSão pessoas, principalmente adolescentes, que ateiam fogos para ver as labaredas ou, mesmo, ajudar no combate às chamas. VINGANÇAAteiam fogos para se vingarem de alguém que os ofendeu, organizações estatais ou a sociedade em geral. Às vezes são os próprios bombeiros.LUCROMuitos incendiários actuam a mando de empresas de construção, que depois adquirem as terras para urbanizar. Normalmente são pessoas pouco educadas ou com problemas.VÂNDALOSActuam pelo simples prazer de destruir. Não têm outro objectivo senão o de causar dor e sofrimento. São imprevisíveis.COBERTURAAlguns incêndios, maioritariamente urbanos, são ateados por indivíduos que pretendem desta forma esconder provas de outros crimes, como homicídios.NÚMEROS DA TRAGÉDIA- 63 era, até ontem, o número de mortos causados pelos incêndios que lavram desde sexta-feira no Centro e Sul da Grécia.- 1 milhão de euros é quanto as autoridades gregas oferecem por informações sobre os incendiários.- 30 novos incêndios deflagraram durante o dia de ontem de norte a sul do país.- 27 aldeias foram evacuadas nas últimas horas devido ao avanço das chamas.- 800 bombeiros, apoiados por militares, reclusos e populares, combatem as chamas na Península do Peloponeso.- 39 meios aéreos enviados por 12 países europeus participam no combate às chamas.- 6 mil euros é o montante da verba que será paga pelo governo a cada pessoa afectada pelos incêndios.MINISTRO EXPLICA HELIS NO PARLAMENTOO ministro da Administração Interna, Rui Pereira, responde hoje na Assembleia da República às dúvidas do CDS-PP sobre os helicópteros russos Kamov, comprados pelo Estado em 2006 para combater incêndios. A audição tem lugar na comissão parlamentar que faz a avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios às 18h30 – e o ministro deverá explicar por que razão os helis russos de combate aos incêndios, adquiridos em 2006, só irão poder voar em 2008. O CDS-PP pretendia igualmente ouvir Rogério Pinheiro, o presidente da Empresa de Meios Aéreos (EMA), que o Governo criou para gerir os dez helicópteros russos Kamov que adquiriu. Em requerimento, o deputado Hélder Amaral interrogava o ministro sobre as razões destas aeronaves não estarem já operacionais para o combate aos incêndios. “Por que razão só foi criada a empresa que gere os meios aéreos quase um ano depois da aquisição?” E a que se deve o facto de estas aeronaves não poderem estar já a participar no combate aos fogos florestais da presente época?”, questionaram os democratas-cristãos. Hélder Amaral pergunta “por que razão não estão ainda celebrados os contratos com pessoal para trabalhar nestes meios aéreos” e qual a razão por que foram adquiridos helicópteros pesados russos, por adjudicação directa dada a “urgência” do processo, que diz não estarem certificados para voar no espaço europeu.O contrato para aquisição das dez aeronaves russas foi assinado pelo Governo em meados de 2006, mas a EMA só foi constituída este ano, começando a funcionar em Maio. A primeira administração demitiu-se dois meses depois, sem que a empresa estivesse certificada nem os helicópteros prontos a voar. SAIBA MAIS16 De Setembro é a data marcada para as eleições legislativas antecipadas na Grécia. Actuação desastrosa do governo no combate aos fogos deverá ser penalizada, segundo afirma a imprensa grega.33 É o número total de incendiários detidos na Grécia desde Junho deste ano, sete das quais no último fim-de-semana.REESTRUTURAÇÃOA estrutura de comando dos bombeiros gregos foi reformulada antes dos Jogos Olímpicos de 2004. Oposição critica excesso de nomeados políticos.AJUDA PRECIOSAUm sistema de irrigação criado para os Jogos Olímpicos ajudou a travar o avanço das chamas junto às ruínas e museu de Olímpia.PONTOS IMPORTANTESIlha de Eubeia - É desde sexta-feira uma das regiões mais afectadas pelos incêndiosAtenas - Cidade coberta de fumo proveniente de um incêndio no monte YmittosEpidauros - Chamas ameaçavam teatro do séc. V A.C., considerado património históricoOlímpia Antiga - Berço dos Jogos Olímpicos esteve ameaçado pelas chamas no domingoZacharo - Dezenas de incêndios lavravam na região, uma das mais afectadasEsparta - Chamas aproximavam-se da histórica cidade gregaNOTAS170 INCÊNDIOSOs bombeiros enfrentavam ontem um total de 170 incêndios em todo o país, com mais de 40 frentes. Península do Peloponeso era a mais afectadaFUTEBOL SUSPENSOO arranque do campeonato grego de futebol, no passado fim-de-semana, e a primeira jornada da Taça, no próximo, foram adiados devido aos incêndiosSISMO NO OESTE DO PAÍSUm sismo de 5,1 graus na Escala de Richter abalou ontem a ilha de Kefalonia, 300 quilómetros a oeste de Atenas, sem causar vítimasMEIOSMilhares de populares, militares e reclusos estão a ajudar os bombeiros no combate às chamas, mas os meios continuam a ser insuficientes para travar as dezenas de fogos.AMEAÇAO museu de Olímpia, junto às ruínas da cidade com o mesmo nome, chegou a ser ameaçado pelas chamas, travadas a custo pelos bombeiros, mobilizados para proteger o inestimável património histórico.
Fonte: Correio da manhã
Cinco minutos depois do alerta do autarca de Vila Cã, o helicóptero do Centro de Meios Aéreos de Pombal já estava sobre as chamas, iniciando um “exemplar” combate ao fogo.O fogo que destruiu cerca de cinco hectares de mato na zona Oeste do concelho de Pombal, no passado domingo, revelou duas facetas de sinais opostos. Pela negativa, o facto de “sempre que há festa na Pipa, há fogo na Pipa”, lamentou o presidente da Junta de Freguesia de Vila Cã, Jorge Silva. Por outro lado, “a intervenção excelente de todo o dispositivo distrital de combate aos fogos”, considerou o mesmo autarca.Jorge Silva denunciou aquilo que “já começa a ser tradição, ou então uma grande coincidência”, referindo-se à repetição sistemática de incêndios, sempre que se realiza a festa anual da localidade da Pipa, nesta freguesia.Tal como no ano passado, o incêndio teve início depois de almoço, no último domingo de Agosto, no lugar de Vale Azinhos, local de difícil acesso para os bombeiros. Nesta perspectiva, o responsável pela freguesia de Vila Cã não tem dúvidas em atribuir responsabilidades a mão criminosa, temendo que “mais uma vez, o autor fique impune”.“Pareciaum festival aéreo”Pelo facto de se encontrar no local, devido aos festejos anuais, foi o próprio presidente da junta que deu o alerta, surpreendendo-se com a rapidez da resposta. Segundo o próprio, o helicóptero do Grupo de Intervenção Protecção e Socorro (GIPS) da GNR chegou em cinco minutos, a que se seguiu o helicóptero com base em Castanheira de Pera. Em meia-hora chegou um par de aerotanques ligeiros e, uma hora depois, os dois Beriev, bombardeiros pesados estacionados na Base Aérea Militar de Monte Real.Não admira que as chamas tivessem sido extintas em apenas duas horas e meia, não obstante as condições climatéricas de forte calor, humidade e algum vento. Jorge Silva reconheceu que “tivemos sorte por não haver mais nenhum fogo em actividade na região”, acrescentando que “o ano passado o tempo de resposta foi mais lento”.O incêndio chegou a ter duas frentes activas, consumindo com intensidade uma zona de eucaliptal, desde as 13H42, segundo a página Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). O sinistro foi combatido por 174 bombeiros, auxiliados por 47 viaturas, para além dos seis meios aéreos já referidos. Em apoio às corporações de Pombal, Ansião, Vieira de Leiria, Ortigosa, Maceira, Leiria e Porto de Mós, também se deslocou para o local um grupo de reforço de bombeiros do distrito de Santarém.
Fonte: As Beiras On-Line
O número de vítimas mortais dos incêndios que estão a devastar a Grécia já chegou a 63. Há pelo menos 89 focos de incêndio em todo o país, atiçados pelos ventos fortes. Há centenas de aldeias destruídas e ontem o fogo esteve perto das ruínas de Olímpia, o berço dos Jogos Olímpicos, consideradas Património da Humanidade pela Unesco. Milhares de pessoas que fugiram dos incêndios ficaram sem abrigo e estão temporariamente alojadas em escolas, hotéis e centros de saúde. O estado de emergência foi declarado no sábado.
"Em 30 anos, nunca vi tanta destruição", disse aos repórteres um bombeiro na região do Peloponeso. "A destruição é de proporções bíblicas."
O primeiro-ministro Costas Karamanlis afirmou suspeitar que há incendiários por trás dos fogos. E ofereceu uma recompensa de cem mil a um milhão de euros a quem denunciar um incendiário.
Mas, até agora, a polícia deteve apenas dois idosos e dois jovens suspeitos de terem ateado fogos.
Mais de 800 bombeiros gregos, apoiados por dezenas de colegas de outros países, com 20 aviões e 19 helicópteros, lutam contra as chamas na península do Peloponeso, onde os fogos têm maiores proporções.
O Governo português enviou um avião Canadair para Atenas, que ficará à disposição das autoridades gregas. A França enviou quatro aviões do mesmo tipo e 60 bombeiros sapadores, a Itália enviou um avião e Chipre deslocou 30 bombeiros para a Grécia. O governo grego espera ainda o envio de mais aviões e helicópteros fornecidos por outros países, como Sérvia, Israel, Eslovénia, Espanha, Roménia, Alemanha, Noruega, Holanda e Áustria. Atenas pediu também ajuda aos Estados Unidos e à Rússia.
Com as legislativas já a 16 de Setembro, a oposição acusou o Governo de tentar encobrir a falta de prevenção e organização na luta contra os incêndios. Para o líder socialista, Georges Papandreou, o Executivo "transformou a Grécia num Estado sem defesa". "Catástrofe", "Vergonha" e "Incapacidade" são alguns dos títulos dos jornais gregos de hoje, que criticam a falta de coordenação dos serviços de socorro e de combate aos incêndios.
Fonte: esquerda.net
O ministro do Ambiente italiano, Pecoraro Scanio, quer discutir os incêndios florestais na reunião informal dos seus homólogos dos 27, que decorre sexta-feira e sábado, em Lisboa, tendo enviado uma carta nesse sentido ao comissário europeu Stravos Dimas.
A agenda da reunião informal, presidida pelo ministro português Francisco Nunes Correia, tem como tema a seca e escassez de água, mas a Itália chama a atenção do executivo de Bruxelas para a necessidade de uma «estratégia europeia» para os fogos florestais nos países do Mediterrâneo.
Nesta época de incêndios, na Grécia, já morreram mais de 60 pessoas.
Na carta, Alfonso Pecoraro Scanio pede a Stravos Dimas que «no Conselho informal do Ambiente, que decorrerá em Lisboa, seja apresentado um relatório sobre a situação dos incêndios».
A reunião informal dos ministros do Ambiente da União Europeia vai debater um relatório sobre a seca e a escassez de água, apresentado em Julho, pela Comissão Europeia.
A comunicação salienta que, nos últimos 30 anos, os períodos de seca têm aumentado e afectam cada vez mais regiões europeias.
«O número de áreas e de pessoas afectadas pela seca aumentou quase 20 por cento entre 1976 e 2006», refere o documento.
Por outro lado, a escassez de água - que ocorre quando a procura excede a oferta de recursos de água exploráveis com sustentabilidade - afecta 11 por cento da população da Europa e 17 por cento do território.
Assim, Bruxelas considera «fundamental» melhorar a gestão dos recursos hídricos, necessários a qualquer actividade económica e social humana.
Para tal, quer incentivar a aplicação da Directiva-Quadro da Água, de 2000, que estabelece uma moldura de acção comum no campo da política da água e pretende assegurar a protecção a longo prazo dos recursos hídricos disponíveis.
A Comissão quer ainda generalizar o princípio do consumidor-pagador, que só é aplicado ao consumo doméstico e ao tratamento de águas residuais.
Entre as metas que cada Estado-membro deve atingir, até 2010, está a adopção de tarifas baseadas numa avaliação consistente do uso da água e do seu valor, que inclua incentivos adequados para uma gestão eficiente dos recursos hídricos.
Também a gestão das bacias hidrográficas deve ser melhorada de modo a atingir num equilíbrio sustentável, sendo que as prioridades da política regional para o período 2007-2013 incluem a luta contras as alterações climáticas, particularmente a ocorrência de secas e as situações de escassez, ao incluir fundos para investimento em infra-estruturas relacionadas com gestão da água (armazenamento, tratamento e distribuição).
Por questões pessoais, o comissário europeu não estará presente no conselho, fazendo-se representar pelo director-geral do Ambiente.

Fonte:Diário Digital / Lusa

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Alterações climaticas, fogos florestais,inundações eoutras clamidades matam pessoas todos os dias, seres Humanos como todos nós.

O número de mortos nos incêndios florestais que atingem várias regiões da Grécia pelo quarto dia consecutivo aumentou para 63, após a descoberta de dois corpos na zona oeste do Peloponeso
VISAO.pt 27 Ago. 2007
A mais recente onda de incêndios começou sexta-feira, 24, com múltiplos focos de incêndio no Peloponeso, sul do país, e na ilha de Eubéia, nordeste de Atenas, provocando a morte, até agora, de 63 pessoas e avultados estragos materiais. «O balanço provisório é de 63 mortos. Dois corpos foram descobertos na localidade de Agnanta do Peloponeso, em Elide», disse Panos Efstathiou à agência de notícias francesa France Press. Com ventos de 70 quilómetros por hora, mais de 30 incêndios ameaçam, nesta segunda-feira, a zona oeste e sul da península do Peloponeso, onde se encontram as maiores frentes dos fogos por circunscrever. Mais de 800 bombeiros gregos, assistidos por dezenas de bombeiros de outros países, lutam contra as chamas no Peloponeso e em Eunice, bem como em Plissada, no centro do país, onde novos fogos deflagraram no domingo. Na sequência do pedido de ajuda das autoridades gregas à União Europeia, vários países, sobretudo europeus, mas também os Estados Unidos e a Rússia, mobilizaram-se para ajudar no combate aos incêndios. Portugal enviou, no domingo, um avião Canadair. Além do Canadair, vai também ser enviada uma equipa constituída por um perito e um oficial de ligação que irá acompanhar a missão, com duração prevista de três dias. Portugal já tinha ajudado a Grécia a 28 de Julho, disponibilizando um Canadair para o combate aos fogos florestais que afectaram a região do Peloponeso. O Ministério da Ordem Pública grego anunciou que oferece entre 100 mil até um milhão de euros de recompensa pela captura dos responsáveis pelos incêndios que estão a destruir parte do território grego há quatro dias.No passado sábado, foram formalmente acusadas mais 7 pessoas, de terem provocado incêndios em vários pontos do país, elevando assim para 33 o número de arguidos inculpados desde Junho, anunciou em conferência de imprensa o porta-voz dos sapadores bombeiros gregos. Entretanto, um alto magistrado da Procuradoria Geral, Dimitris Papangelopoulos, anunciou, nesta segunda-feira, em declarações à imprensa, que iria ser avaliada a possibilidade de o crime de fogo posto poder vir a ser considerado como acto terrorista. De acordo com este magistrado, a ameaça de classificar o crime de fogo posto como acto terrorista garantirá às autoridades poderes alargados de inquirição e detenção. A Grécia prepara-se para realizar eleições legislativas no próximo dia 16 de Setembro.
Fonte: Visão On-Line

Respeite a casa de todos nós, respeite o futuro dos que amamos. Proteja os nossos recursos naturais.


Bombeiros salvam das chamas a cidade grega de Olímpia


A cidade-berço dos Jogos Olímpicos esteve este fim-de-semana à beira de ser destruída pelos enormes incêndios que estão a assolar a Grécia
Depois de anos bem mais complicados em relação aos incêndios em Portugal, mas também em França e em Espanha, este ano é a Grécia quem parece estar a sofreer mais com esta tragédia, com incêndios de enormes dimensões a destruir tudo à sua passagem, havendo já a registar 60 mortos nos últimos três dias, sendo que muitoas das vítimas morreram encurraladas nas suas habitações, ou nos seus automóveis quando procuravam fugir das chamas. Hoje mesmo, os bombeiros conseguiram salvar a antiga cidade grega de Olímpia, conhecida por ser o "berço" dos Jogos Olímpicos, de onde, de quatro em quatro anos, parte a chama olímpica para os Jogos Olímpicos.
O incêndio que de aproximou dos arredores da cidade de Olímpia, o lugar de origem dos Jogos Olímpicos, foi interrompido ainda fora da região histórica. "O fogo alcançou uma colina que dá para a cidade de Olímpia, mas foi interrompido um pouco antes de entrar no sítio arqueológico", disse um porta-voz dos bombeiros à agência Reuters que pediu para não ser identificado. Aliás, as autoridades estão a enfrentar forte contestação popular, que critica o Governo grego de não estar a fazer tudo aquilo que devia para colocar um ponto final a esta tragédia.
Para já, sabe-se que "seis aviões, dois helicópteros, 15 equipamentos de incêndio e 45 bombeiros participaram dos esforços para conter o fogo" em Olímpia, o que foi conseguido, mas a verdade é que o incênciod que teve início numa zona comercial, para além das 51 vítimas que já fez, tem destruído centenas de habitações, sem que as autoridades consigam deter o caminho das chamas. Entretanto, o Governo grego já decretou o estado de emergência nacional.
Recorde-se que as chamas lavram desde sexta-feira na península do Peloponeso, no sul da Grécia, tendo as chamas atingido durante o dia de ontem uma parte do museu de Olímpia, localizado diante do santuário de Zeus, tendo a electricidade sido cortada, segundo a polícia. O avanço das chamas para o templo de Apólo, na Olímpia Antiga, a oeste do Peloponeso, foi evitado com o apoio de três aviões Canadair e de dois helicópteros. Os sítios arqueológicas da Olímpia Antiga, lugar de fama mundial onde se realizavam os Jogos Olímpicos da antiga Grécia e actualmente sede da Academia Olímpica Internacional, dispõem de um sistema de irrigação artificial para proteger as instalações.
Portugal enviou ajuda
Em face da calamidade que está a afectar a Grécia, o Governo português determinou o envio de apoio para o combate ao incêndio na Grécia, nomeadamente um avião Canadair, segundo divulgou a Autoridade Nacional de Protecção Civil. O avião, que foi cedido após o contacto entre o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, e o seu homólogo grego, saiu do Centro de Meios Aéreos de Seia e ficará estacionado na Base Aérea de Elefsis, a 18 quilómetros de Atenas, onde ficará à disposição das autoridades de protecção civil gregas. Para já não há um prazo para o regresso do Canadair, ficando à disposição das autoridades gregas até ser necessário, ou em função das necessidades da presença do mesmo em Portugal.
O Governo português respondeu assim a um pedido de ajuda por parte da Grécia a toda a Europa no sentido de obter apoio para o combate aos fogos, que levaram aquele país a decretar o estado de emergência. Além do Canadair, foi também enviada para a Grécia uma equipa constituída por um perito e um oficial de ligação para acompanhar a missão, com duração prevista de três dias. As autoridades gregas pediram a ajuda da União Europeia e alguns países já enviaram aviões, helicópteros e bombeiros. Entre os países que já disponibilizaram meios para combater a vaga de incêndios que assola a Grécia encontram-se a França, Espanha, Itália, Alemanha, Holanda, Chipre, Noruega e, desde ontem, Portugal. Já ao final do dia de hoje soube-se que também os Estados Unidos anunciaram estar disponíveis para enviar equipas e meios de combate aos incêndios.
Comissão Europeia agradeceu solidariedade
Perante a rápida resposta dos vários países europeus, a Comissão Europeia agradeceu a solidariedade demonstrada na disponibilização de aviões, helicópteros e bombeiros à Grécia, em face da tragédia humana e ecológica que se vive no país. “É uma tragédia que se tenham perdido tantas vidas. É também um desastre ecológico de uma dimensão sem precedentes, com dezenas de milhares de hectares de habitats destruídos”, lamentou ontem, em comunicado, o comissário europeu do Ambiente, o grego Stavros Dimas.
Já o português Durão Barroso, presidente da CE, manifestou as condolências da Comissão às autoridades gregas e às famílias de mais de meia centena de vítimas, acrescentando que mal os incêndios sejam extintos deverão empreender-se “imediatamente” os esforços para reconstruir as áreas povoadas e habitats naturais destruídos.
Um milhão de euros pela entrega dos incendiários
Num vídeo hoje divulgado pela televisão grega é visível a presença de algumas pessoas nas encostas florestais onde começaram os incêndios, no preciso momento em que estes deflagravam, o que não deixa dúvidas quanto à origem criminosa destes incêndios. Perante este novo dado, as autoridades gregas já vieram a público solicitar todas as informações no sentido de serem capturados os incendiários, havendo mesmo uma recompensa de um milhão de euros para quem forneça dados concretos quanto aos responsáveis desta tragédia.
Fonte: Luso Motores
O Governo português disponibilizou ajuda à Grécia para o combate aos incêncios que estão a devastar o país e que causaram já, pelo menos, 49 mortes, confirmou hoje à agência Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). Portugal respondeu, assim, à solicitação que a Grécia fez a toda a Europa no sentido de obter apoio para o combate aos fogos, que levaram aquele país a decretar o Estado de Emergência. A mesma fonte do MNE explicou à Lusa que são as autoridades de Protecção Civil dos vários países apoiantes que estão a coordenar entre si o tipo de ajuda a prestar à Grécia e, como tal, em Portugal é essa entidade que está a tratar do assunto. A vaga de incêndios que está a assolar a Grécia tem afectado sobretudo a penísula do Peloponeso e já chegou aos arredores de Atenas. O Governo grego pediu a ajuda da União Europeia e alguns países já enviaram aviões, helicópteros e bombeiros.
Fonte: Portugal Diario
Kiev, 26 ago (EFE).- Os incêndios florestais causaram hoje dois mortos na Península da Criméia, na Ucrânia, enquanto na região de Donetsk explodiram antigas bombas da Segunda Guerra Mundial até hoje não detonadas.Nas florestas de Alupka, perto do litoral do Mar Negro, foram achadas as duas primeiras vítimas do incêndio que se alastra por 70 hectares, segundo o Ministério de Situações de Emergência da Ucrânia.O comunicado diz que as vítimas são um guarda-florestal e a esposa, cercados pelas chamas e a fumaça dentro do carro em uma estrada. Onde relevo da região dificulta os trabalhos de extinção.Mil pessoas e 80 carros de bombeiros participam dos trabalhos.Nas próximas horas, um avião-tanque, caminhões-pipa e equipe da Marinha ucraniana devem chegar ao local.O Governo regional da Criméia informou que o incêndio teria sido provocado por um turista, já preso, que se perdera na montanha. Após chamar os serviços de socorro por celular, acendeu uma fogueira para atrair sua atenção e ajudar a localizá-lo.Enquanto isso, na região de Donetsk, no sudeste do país, um incêndio começado em um parque natural provocou diversas explosões de munição perdidas desde os tempos da Segunda Guerra (1939-1945).Enquanto os bombeiros combatem as chamas em uma superfície de 20 hectares, as autoridades mobilizaram a equipes de engenheiros militares que percorrem a área para rastrear as velhas trincheiras e desativar projéteis encontrados.Segundo o Ministério, há incêndios florestais em outras quatro regiões ucranianas. O pior de todos é na em Kherson, também na Criméia, que é o terceiro mais grave dos últimos 15 anos, com 3.600 hectares de floresta queimadas. EFE bk pa
Fonte: Ultimo Segundo

Os deputados da Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios estiveram, no distrito de Beja, a ver bons exemplos de ordenamento da floresta.
Os deputados da Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios estiveram de visita aos concelhos de Moura e Mértola. Ver no terreno o trabalho que está a ser feito tendo em vista o ordenamento correcto da floresta foi o principal objectivo desta iniciativa.
Em Moura as atenções centraram-se no Perímetro Florestal da Contenda, um bom exemplo de reflorestação. Horácio Antunes, vice-presidente da Comissão, afirmou que naquela área, onde o trigo predominava, neste momento é possível encontrar floresta devidamente ordenada.
Ainda de acordo com Horácio Antunes um bom ordenamento da floresta é fundamental em caso de incêndio mas, no caso da Contenda, é também uma mais valia do ponto de vista turístico.
No concelho de Mértola os deputados visitaram o Parque Natural do Vale do Guadiana e constataram que os locais fustigados pelas chamas, em anos anteriores, já estão a ser devidamente reflorestados.
Fonte: Voz da Planicie
Grécia oferece um milhão de euros de recompensaA Grécia oferece um milhão de euros de recompensa a quem dê informações que levem à detenção de qualquer incendiário. Entretanto, o Governo português enviou ajuda para fazer face ao flagelo que assola o país há vários dias.
Fonte : SIC On-Line
Os meios enviados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) para apoio ao combate dos incêndios na Grécia, incluindo um avião Canadair, já estão a caminho de Atenas.De acordo com a ANPC, perto das 14.30 horas partiu para a Grécia uma equipa de coordenação da Protecção Civil, composta por um perito em combate a incêndios florestais do Comando Nacional de Operações de Socorro e por um oficial de ligação do Gabinete de Relações Internacionais.Perto das 17:55 foi a vez de levantar voo do Centro de Meios Aéreos de Seia um avião Canadair, que estará à disposição das autoridades gregas durante três dias, com uma tripulação composta por dois pilotos e dois mecânicos. O destino é a Base Aérea de Elefsis, a cerca de 18 quilómetros de Atenas, capital do país que se encontra em Estado de Emergência Nacional.O envio da ajuda foi decidido em contacto entre o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, e o seu homólogo grego.Surge na sequência da activação do Mecanismo Comunitário de Protecção Civil, face à vaga de incêndios na Grécia, com maior incidência na península do Peloponeso, que já provocou perto de 52 mortos.A situação motivou ainda uma videoconferência entre os directores-gerais de protecção civil de Portugal, Espanha, França e Itália, os países que integram o agrupamento FIRE 4, para avaliar necessidades de apoio.Além de Portugal, muitos outros países europeus acorreram ao pedido de ajuda grego.Já no ar, ou a caminho do país, estão já quatro Canadair franceses, dois italianos, dois espanhóis, além de seis hidroaviões especializados da Sérvia, três helicópteros especiais da Alemanha, dois Super Puma da Suíça, um helicóptero-cisterna norueguês, três holandeses, um romeno e um esloveno. A França enviou ainda uma equipa de 65 bombeiros especializados no combate aos incêndios na ilha da Córsega, e Chipre 60 bombeiros e seis camiões-cisterna. Já em Junho Portugal enviou um Canadair para a Grécia, e em Julho outro para o Chipre, mas que não chegou a operar devido a uma melhoria da situação no terreno.A Protecção Civil refere em comunicado que "continua a acompanhar a grave situação que se vive na Grécia e está em permanente contacto com o Mecanismo Comunitário de Protecção Civil, com as autoridades de Protecção Civil gregas, bem como com a Embaixada de Portugal em Atenas".
Fonte: Jornal de Noticias

As terríveis imagens que chegam da Grécia dão a verdadeira expressão daquilo a que podemos chamar uma tragédia. Pessoas mortas, florestas destruídas, bens arrasados. Vistos do céu, através das imagens dos satélites da NASA, os incêndios da Grécia dão-nos a perspectiva de uma catástrofe global que todos os Verões se repete na orla mediterrânica. Este ano já foi assim também na Itália e em Espanha.

O aquecimento global associado à incúria e ao crime representa uma das combinações mais letais deste início de século e que nos deveria obrigar a mudar a perspectiva e a atitude na análise ao mal dos incêndios. A Grécia está agora um pouco nas mãos da solidariedade internacional, tal como nós nos anos anteriores. Um e outro somos países periféricos numa Europa onde tudo é feito sob a pressão dos acontecimentos, onde os mesmos erros se repetem até à eternidade.Os acontecimentos dos últimos anos aconselhariam uma radical mudança, tanto na organização interna dos meios de combate aos fogos como na área da cooperação internacional. Portugal assumiu esse caminho pela meritória opção deste Governo ao adquirir meios aéreos próprios. Talvez tenha chegado a hora da própria Europa repensar os mecanismos de socorro e torná-los mais facilmente transnacionais. Pelo menos no flanco sul, mais exposto ao flagelo dos incêndios, onde a opção deve ser pelo profissionalismo e não meramente pela solidariedade pontual. Afinal, a Grécia está aqui tão perto.
Fonte: Correio da Manhã

domingo, 26 de agosto de 2007

Em caso de incêndio ligue 112 , proteja o patrimonio florestal nosso e dos que vão vir.

Grécia: Incêndios matam dezenas de pessoas
Oiço as chamas à minha porta


"Estamos sozinhos e sem ajuda. Não há água em lado nenhum. Já oiço as chamas à minha porta”. O desespero de um habitante da localidade de Adritsaina, contado por telemóvel a uma estação de televisão da Grécia, demonstra bem o drama dos fogos florestais naquele país. Em apenas dois dias e com diversas povoações ainda cercadas pelas chamas, os piores incêndios das últimas décadas já mataram pelo menos 46 pessoas e receia-se que haja mais mortos a lamentar.

Os fogos, que deflagraram na Península do Peloponeso, alargaram-se a novas frentes. Já ontem, as chamas irromperam também nos arredores da capital, Atenas, num dia em que os bombeiros combatiam 87 fogos florestais em vários pontos da Grécia, onde foi declarado o estado de emergência a nível nacional. Os fortes ventos e as elevadas temperaturas que se faziam sentir tornavam ingrata a tarefa dos bombeiros, apesar da ajuda de meios aéreos. As chamas já haviam reclamado pelo menos 46 vidas e as autoridades gregas receiam que, no mínimo, tenham morrido mais quatro pessoas. Foram encontrados cadáveres em casas destruídas pelo fogo, em automóveis e à beira da estrada. Num dos casos, foi encontrado o corpo de uma mulher ainda agarrada ao seu bebé. A juntar ao trágico balanço de vítimas mortais há ainda registo de pelo menos 40 feridos graves. A TV mostrou imagens de sobreviventes a procurar familiares e amigos em povoações arrasadas pelas chamas.A fúria das chamas levou a numerosas evacuações junto a Atenas, inclusivamente de um mosteiro, e ao encerramento da estrada para o aeroporto internacional. A situação é de tal modo catastrófica que levou já o primeiro-ministro grego, Kostas Karamanlis, a falar de “tragédia nacional”, sugerindo que houve fogo posto e prometendo punir os culpados. A Comissão Europeia lamentou a situação dramática que se vive na Grécia, tendo Bruxelas accionado o mecanismo comunitário de Protecção Civil. A França, a Alemanha e a Noruega disponibilizaram meios aéreos para ajudar no combate aos fogos.

Fonte: Correio da Manhã

sábado, 25 de agosto de 2007

Tire dois minutos do seu dia para pensar que há só 1/5 da população mundial que tem o direito de beber água potavel.


As vítimas mortais dos incêndios que afectaram esta sexta-feira a Península do Peloponeso, no Sudoeste da Grécia, aumentaram esta noite para 19, entre as quais quatro bombeiros, segundo dados da Protecção Civil grega, escreve a Lusa.
O número de vítimas pode, no entanto, aumentar uma vez que muitas pessoas continuam cercadas pelas chamas, espalhadas por 130 frentes de fogos.
A Protecção Civil especificou que morreram dez habitantes e três bombeiros na povoação de Makistos, localidade de Ilias (a Oeste de Peloponeso) e mais cinco turistas e um bombeiro em Aeropolis, na localidade de Lacónia.
Durante a noite, habitantes dessas povoações telefonam por telemóvel para as estações de televisão a gritar e a dizer que as chamas se aproximam e estão cercados.
Um mulher com um bébé, na cidade de Rodino, ligou para o canal Ant1 e pediu que a resgatassem e a mais 10 outros vizinhos. As autoridades confirmam que estão desaparecidos quatro habitantes dessa localidade.
Outro habitante da localidade de Mintió relatou, também pelo seu telemóvel, que mais de cem vizinhos estavam cercados pelo fogo.
O primeiro-ministro grego, Costas Caramanlis, que voou esta noite até à cidade de Sajaro, para se deslocar ao centro de gestão dos fogos, deparou-se com muitas dificultades para chegar à localidade.
«É uma tragédia sem precedentes. Quero exprimir as minha dor pela morte dos nossos cidadãos», afirmou o primeiro-ministro, adiantando que se vivem «momentos dificeis e de responsabilidade e combate».
Hoje, a cidade de Amaliada, em Ilias, está em estado de alerta uma vez que as chamas se encontram próximas das vivendas.
As autoridades têm recorrido à ajuda da marinha para socorrer as pessoas que fugiram para as praias para escapar das chamas.
As fortes rajadas de vento impediram durante o dia a descolagem dos aviões de combate aos incêndios e desconhece-se se sábado o poderão fazer já que os meteorologistas prevêem que o vento se mantenha forte.
Várias brigadas especializadas do exército começam sábado os trabalhos no terreno para impedir reacendimentos dos fogos, estando em estado de alerta todos os hospitais militares.
O presidente da localidade de Ilias, Cristos Kafiras, afirmou hoje ao canal Alpha que não podia fazer nada esta noite porque «nada tinha funcionado bem».
A rádio estatal NET informou que o governo vai pedir ajuda de meios aéreos à Comissão Europeia.
Fonte: Portugal Diario
Brasília - O tempo seco e quente e a ação humana estão facilitando o aumento de incêndios em áreas florestais no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde o início de agosto foram registrados 11.920 focos de incêndio em todo o país. O número é quase o dobro do que foi constatado no mesmo período do ano passado (6,4 mil focos). Os estados com mais focos são o Pará, com 3.773 focos; Mato Grosso, com 3.525, e Rondônia, com 1.113.
Nas unidades de conservação ambiental, o prejuízo também é grande. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), atualmente três parques nacionais estão pegando fogo: o Itatiaia, no Rio de Janeiro; o Grande Sertão Veredas, em Minas Gerais, e o Parque Nacional de Brasília.
O coordenador do Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), órgão ligado ao Ibama, Elmo Monteiro, explica que além do clima seco, das altas temperaturas e dos ventos fortes, que ajudam a propagar as chamas, o incêndio criminoso dificulta o combate às queimadas.
Segundo ele, as queimadas são ocasionadas especialmente pela ação de vândalos e de pequenos agricultores que têm o hábito de limpar suas áreas usando o fogo, sem o devido conhecimento técnico. “O uso do fogo nessas áreas requer solicitação ao Ibama ou ao órgão ambiental do seu estado para fazer essa queima”, afirma.
Monteiro alerta que o uso do fogo em área agricola, sem autorização, é crime e pode resultar em reclusão de dois a quatro anos, além de multas que variam entre R$ 500 e R$ 5 mil por hectare queimado.
Por causa de um incêndio, o Parque Nacional de Brasília, também conhecido como Água Mineral, está fechado por tempo indeterminado. Segundo a Defesa Civil, mais da metade da área do parque já foi atingida pelo fogo.
Elmo Monteiro acredita que o fogo poderá ser contido ainda hoje (24).
Em entrevista à Rádio Nacional, o sub-secretário da Defesa Civil do Distrito Federal, Luiz Carlos Ribeiro, informou que foi montada uma “operação de guerra” no Parque Nacional de Brasília. Segundo ele, não há perigo de o fogo atingir os moradores que estão perto do parque.
“Nós estamos preocupados é com a condição do ar, porque tem muita fumaça, muita foligem está sendo jogada na atmosfera”, disse, lembrando que a umidade relativa do ar no Distrito Federal tem alcançado o percentual de 20%.
No entanto, Ribeiro aconselha as pessoas que moram próximo ao local a consumir bastante água e evitar exposição ao sol. Caso sintam algum desconforto respiratório, os moradores devem procurar atendimento médico.
Já no Rio de Janeiro, a direção do Parque Nacional de Itatiaia garante que a queimada está controlada, mas a visitação também foi suspensa.
Fonte: Agencia Brasil

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Proteja o nosso patrimonio florestal, sem ele nenhum tipo de economia altamente rentavel pode progredir.


São árvores classificadas como de “Interesse Público” pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais, mas pouco ou nenhum é o conhecimento do público sobre elas
Carla A. Gonçalves
“Somos um país muito pobre. temos coisas bonitas, que podiam ser preservadas e exploradas, e, como sempre, ninguém nos liga”. O desabafo parte de um cidadão brigantino, Carlos Cadavez, perante a indiferença a que o Teixo centenário, situado na Quinta da Trajinha e classificado como de Interesse Público, está votado. Poucos são os que conhecem aquele “monumento vivo”, menos ainda parece ser o “interesse público”. Classificado pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) em 1974, com uma idade que se estima rondar os 700 anos, o Teixo permanece, junto ao albergue, isolado e desconhecido. Na região, não é o único “monumento vivo” classificado. Da lista da DGRF constam pelo menos mais sete, localizados em diferentes locais: Alfândega da Fé, Bragança, Miranda do Douro e Vinhais.
Fonte: Mensageiro de Bragança

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Respirar ar puro já não é um direito , é um luxo de poucas nações.

Nos concelhos de Abrantes, Sardoal e Mação é tempo de lamber as feridas e de deitar contas à vida, depois da voragem dos incêndios que assolou a região ribatejana nos últimos dias ."Um milhão de euros" é quanto reclama de prejuízos Manuel Serras, presidente da Junta de Freguesia de Alcaravela. Em dois dias, esta freguesia do Sardoal perdeu um terço da mancha florestal, que estava agora a postos para os primeiros cortes, 15 anos após ter sido dizimada pelo fogo."As pessoas acreditaram que o futuro estava no ordenamento da floresta mas, agora que iam ter algum proveito, foi tudo destruído outra vez. As pessoas estão revoltadas e muito desanimadas", acrescentou.Em Alcaravela, o fogo consumiu 500 hectares de floresta e destruiu um tractor com reboque, alfaias agrícolas e quatro barracões e arrecadações agrícolas, para além de ter morto porcos, galinhas, patos e coelhos, que não puderam ser salvos a tempo.José Curado, comandante dos Bombeiros Voluntários de Sardoal, fez a estimativa dos estragos causados por este incêndio, que chegou a estar dominado por várias vezes, mas que o vento forte fez questão de reacender: "Arderam nos três concelhos envolvidos perto de 2 mil hectares de feno, mato, pinhal e floresta, sendo as freguesias de Alcaravela, em Sardoal, e a de Mouriscas, em Abrantes, as mais atingidas", disse.Para além dos cortes de trânsito que foram efectuados na A23, devido ao fumo intenso e ao corte da circulação na linha da Beira Baixa, "foram evacuados 20 idosos e, além disso, três bombeiros tiveram de receber tratamento por entorses e inalação de fumo", sublinhou José Curado ao DN.Manuel Grilo, presidente da Junta de Mouriscas, disse que está a viver "uma angústia muito grande por tudo quanto a freguesia e as pessoas perderam em termos de floresta". Para o autarca, "foi destruído um dos maiores pulmões de Abrantes por manifesta incompetência. A floresta estava por limpar, os acessos são poucos e maus e as bocas de incêndio não estavam em condições para servir os bombeiros", lamentou-se.
Fonte: DN
Foi o pior dia do ano. Na terça-feira bateram-se todos os recordes em matéria de incêndios florestais: maior número de fogos, de meios humanos e técnicos envolvidos e de área ardida. Só no incêndio de Abrantes foram consumidos dois mil hectares, quase um terço da área queimada desde Janeiro até ao dia 15 deste mês. Apesar de o forte vento ter dificultado o controlo do incêndio no distrito de Santarém, que passou pelos concelhos do Sardoal, Mação e Abrantes, o Instituto de Meteorologia não registou situações fora do normal. Não foi o dia com mais vento e as temperaturas também não subiram muito. Mas a definição do risco de incêndio obedece à conjugação de mais variáveis, para além da temperatura e do vento.A Autoridade Nacional de Protecção Civil registou na terça-feira um total de 166 incêndios cujo combate envolveu mais de 3600 homens e 932 viaturas. Um dia bastante complicado dentro do contexto de relativa calma que está a ser vivido este ano mas que, numa visão mais alargada, não pode ser visto como extraordinário.Se o panorama analisado for os últimos quatro anos, pode considerar-se que 2007 está a ter um Verão sossegado. Dados do último relatório da Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) demonstram que desde o início do ano até à primeira quinzena deste mês foram consumidos 6359 hectares de mato e floresta, 3,8% da média entre 2002 e 2006.Contudo, desde o ano 2000 que se têm registado os piores anos de incêndios - dos quais se destacam 2003 e 2005 - e qualquer interpretação dos números deve ser feita à luz desta realidade. A esta conta- bilidade podem ainda ser adicionados os mais de dois mil hectares destruídos há dois dias. Os distritos lentejanos de Beja e Portalegre continuam, tal como no relatório da quinzena anterior, a ser os mais afectados.O relatório da DGRF prova ainda que poucos mas grandes fogos continuam a ser responsáveis pela maioria da área ardida no País. Até ao dia 15 de Agosto, oito grandes incêndios fizeram desaparecer mais de metade das florestas e mato. Entre eles está o grande fogo de 29 de Julho em Nisa, distrito de Portalegre, onde uma causa intencional não especificada pelas autoridades florestais fez desaparecer 1265 hectares. Áreas protegidasOs espaços naturais classificados continuam a ser muito afectados pelas chamas. Segundo dados do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), até ontem o fogo tinha percorrido 1400 hectares dentro da rede nacional de áreas protegidas, mais de 20% do total ardido.A zona do Guadiana é a mais afectada, contabilizando 200 hectares queimados, localizados dentro da Rede Natura e não no Parque Natural do Vale do Guadiana. Apesar de este ser um sítio classificado, Fernando Matos, do grupo de trabalho dos incêndios do ICNB, afirma que uma primeira avaliação não apurou danos graves nos habitats destas zona de grande valor natural.Há ainda suspeitas de que os fogos registados na região do Guadiana tenham origem intencional, uma vez que têm deflagrado diariamente sempre junto ao rio. Nas restantes áreas protegidas, o fogo consumiu apenas zonas reduzidas, assegurou o técnico do ICNB.
Fonte: DN
Fogos: só hoje foi pedida licença para «hélis»

A Empresa de Meios Aéreos (EMA) criada pelo Governo para gerir aviões e helicópteros destinados a combate de incêndios só entregou hoje o pedido de certificação no Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), disse fonte deste organismo estatal, noticia a Lusa.
«Deu entrada hoje o pedido de certificação da EMA como operador de trabalho aéreo, disse à agência Lusa uma assessora do INAC.
O Instituto tem agora o prazo de três meses para se pronunciar e decidir se a empresa reúne as condições para exercer a actividade pretendida.
A EMA, criada por um decreto publicado a 13 de Abril no Diário da República, só teve a primeira administração um mês depois, cujo presidente se demitiu dois meses depois de ter iniciado funções.
A empresa irá gerir dez helicópteros pesados russos Kamov, sete dos quais já foram entregues.
Contudo, de acordo com o jornal Público de hoje, estas aeronaves não podem voar antes da EMA, sua proprietária, estar licenciada e certificada para operar no sector.
A assessora do INAC não pode confirmar esta situação por se encontrar de férias, nem se os helicópteros estão ou não certificados para poder voar em Portugal, já que independentemente do proprietário, as aeronaves têm de ser certificadas pelo Instituto para poderem operar no país.
Se o INAC esgotar os três meses de prazo para se pronunciar, mesmo que licencie a empresa, os Kamov já não vão poder combater incêndios florestais este Verão, pois a autorização só surgirá na segunda metade de Novembro.
CDS quer ministro com «urgência» no Parlamento
CDS-PP vai exigir a presença «urgente» do ministro da Administração Interna no Parlamento para explicar porque razão helicópteros para combater incêndios adquiridos em 2006 só irão poder voar em 2008, disse um deputado do partido.
O deputado Hélder Amaral especificou, em declarações à agência Lusa, que, além de Rui Pereira, os democratas-cristãos querem questionar também Rogério Pinheiro, o presidente da Empresa de Meios Aéreos (EMA) que o Governo criou para gerir os dez helicópteros russos Kamov que adquiriu. «Não havendo negociatas por trás disto, onde é que o processo emperrou e como é que nem sequer a empresa [EMA] foi certificada?», disse o deputado, um dos 22 que integra a Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, presidida por outro representante do CDS-PP, Abel Batista.
Fonte: Portugal Diario
O Norte da Sicília está em chamas. Uma onda de incêndios na ilha do Sul de Itália provocou uma situação crítica, especialmente na localidade de Cefalú, que se encontra coberta por uma nuvem de fumo, complicando o combate às chamas com meios aéreos. Pelo menos três pessoas morreram esta quarta-feira. Os incêndios estão activos desde a noite de terça-feira e verificam-se numa extensão de cerca de 160 quilómetros, entre Cefalú e Messina. A área ardida e os prejuízos materiais são ainda difíceis de quantificar, anunciaram as autoridades. Em Portugal, o maior incêndio do ano no país está quase extinto. O fogo que teve início na segunda-feira à tarde e que lavrou nos concelhos do Sardoal, de Abrantes e de Mação, no distrito de Santarém, consumiu cerca de 2000 hectares. A freguesia mais afectada foi a de Alcaravela, no Sardoal. O presidente da junta, Manuel Serras, citado pela agência Lusa, disse ter encontrado engenhos explosivos espalhados pelo local onde o fogo lavrou nos últimos dois dias.
Fonte: Euro News
para poluição do ar
O fumo libertado pelos incêndios florestais na região de Moscovo chegou hoje à capital russa, levando as autoridades a recomendar às crianças e às pessoas com doenças respiratórias para evitarem sair à rua.
“As crianças e as pessoas que sofram de doenças crónicas das vias respiratórias são as mais visadas”, anunciou na rádio Echo de Moscovo, Alexeï Popov, responsável do Centro moscovita de controlo do Ambiente.“Estas pessoas devem limitar qualquer exercício físico no exterior” e ficar dentro de casa, acrescentou.A televisão russa difundiu hoje imagens das cúpulas douradas do Kremlin envolvidas em fumo, que se junta à poluição habitual do ar naquela cidade.Hoje, os fogos florestais não deram descanso aos bombeiros, especialmente na região de Riazan, no Sudeste, onde dez focos de incêndio continuavam activos, e na região de Vladimir (Este), informou o Ministério russo das Situações de Emergência.Actualmente, Moscovo regista temperaturas superiores a 30 graus centígrados. Os moscovitas ainda não esqueceram o Verão de 1972, quando este “smog” se manteve durante um mês e meio. Em 2002, o fenómeno durou um mês.

PORTO VELHO - Incêndio nesta época do ano é comum em quase todos os estados da região norte do Brasil. Mas, junto com o fogo, vêm o prejuízo com o meio ambiente. Em Guajará-Mirim o fogo além de causar estrago, faz com que os animais busquem abrigo e alimentos na cidade.Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), somente em Rondônia o fogo já atingiu três reservas florestais. A causa está relacionada à forte estiagem que atinge grande parte do Brasil, o que segundo o chefe da Sedam de Guajará-Mirim, Elibel do Carmo, contribui para a rápida propagação. Em algumas regiões, rios secam rapidamente. Somente às 10h da ultima sexta-feira (17), os satélites detectaram em todo o país, mais de mil focos de incêndios, a maior parte no centro norte brasileiro. A taxa de emissão de Dióxido de Carbono vindo de desmatamento ultrapassa a taxa correspondente a oito milhões de pessoas viajando de avião de Londres a Nova York. Conter o desmatamento é a forma mais barata de reduzir as emissões de carbono.DevastaçãoNa região do segundo maior município do estado que concentra a maior parte das reservas federais e estaduais, a situação não diferente. Um dos principais pontos turísticos, do município está virando cinzas.De qualquer ângulo é possível observar o tamanho do estrago que o incêndio causou na serra dos parecís. Parte localizada dentro do município de Guajará-Mirim. Logo acima existia uma mata nativa de pequenas árvores. Tudo foi devastado pela ação do fogo. No solo a prova de um crime contra o meio ambiente.A serra é habitada por aves e animais selvagens. Uma Jaguatirica procurou abrigo no quintal de uma casa no município, ela é sobrevivente do incêndio. Os animais invadem a cidade em busca de abrigo e comida. Mas na própria cidade, moradores contribuem para uma visão nada agradável. Os incêndios urbanos. Reportagem: Emerson BarbosaNR

Fonte: ROTV

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Grupo de Intervenção Protecção e Socorro da Guarda Nacional Republicana, uma força com futuro e para o futuro. Em caso de incêndio ligue 112


O incêndio que começou esta manhã no concelho de Mértola, Alentejo, já passou para o Algarve e tinha duas frentes incontroladas no concelho de Alcoutim ao início da noite, disse à Lusa um responsável pelo combate ao fogo.
O 2º comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro de Beja, Carlos Pica, disse à agência Lusa que o que falta controlar no incêndio são duas frentes, uma a Este e outra a Oeste.
A que avançou para Norte já está em fase de rescaldo, acrescentou.
Contudo, Carlos Pica disse não poder prever quando será completamente dominado o fogo, que tem consumido uma área de mata, atingindo apenas, por vezes, alguns extremos de plantações de pinheiros mansos.
O combate tem sido dificultado pelos declives acentuados do terreno e pelo vento, que embora seja moderado, muda muitas vezes de direcção.
«Numas alturas prejudica, noutras ajuda», afirmou.
O fogo está a ser combatido por mais de 130 bombeiros, auxiliados por 38 viaturas, que beneficiaram das descargas de dois aerotanques Beriev, os maiores aviões do mundo para combate a incêndios florestais, e pelo menos um helicóptero.
Com o cair da noite, os meios aéreos deixam de poder voar e restam os bombeiros para impedir o avanço das chamas, embora a temperatura desça e a humidade do ar suba, factores que contrariam o fogo, disse Carlos Pica.
O responsável salientou, entretanto, que, ao contrário do que dissera à Lusa o presidente da Câmara de Mértola, o incêndio tem lavrado sempre fora do Parque Natural do Vale do Guadiana.
A meio da tarde, o autarca Jorge Pulido valente apontava para uma área ardida na ordem dos 200 hectares.
Entretanto, às 19:30 mantinham-se activos outros quatro incêndios: um no Sardoal, outro em Tomar e mais um em Abrantes, os três no distrito de Santarém, e um terceiro em Alcobaça (Leiria).
No Sardoal, o fogo começou às 13:46 e estava a mobilizar quase 200 bombeiros e 60 viaturas, além de um helicóptero e dois aerotanques.
O incêndio de Tomar iniciou-se no lugar de Sabacheira às 17:12 e mobilizou 63 bombeiros e 17 viaturas, auxiliados por um helicóptero e dois aviões.
O terceiro fogo no distrito de Santarém começou em Lercas, Abrantes, cerca das 18:30, onde acorreram 30 bombeiros e nove viaturas.
Em Alcobaça, o fogo começou em Bárrio às 18:14 e mobilizou 49 elementos auxiliados por dez viaturas, conseguindo que entrasse em rescaldo às 18:55.
Idosos evacuados
Cerca de vinte idosos foram evacuados pelos bombeiros do Centro de Dia de Alcaravela, Concelho do Sardoal (Distrito de Santarém), por causa de um incêndio florestal, disse à agência Lusa o presidente da Câmara do Sardoal.
«O fogo [que começou no Sardoal às 13:45] já entrou nos Concelhos Abrantes e Mação. Temos novas povoações ameaçadas em Alcaravela, nomeadamente as aldeias de Panascos, Santa Clara, Presa, Palhota e Cabeça. Por prevenção, o centro de dia foi evacuado, uma vez que o fogo chegou a poucos metros do edificio», adiantou Fernando Moleirinho.
Apesar da ameaça de algumas habitações, o presidente da Câmara do Sardoal disse não ter conhecimento de que alguma tenha sido destruída pelo fogo: «Só sei que houve uns amexos de uma casa, uns palheiros, atingidos pelas chamadas. É tudo o que sei até agora».
O fogo do Sardoal está a ser combatido por 198 homens, 60 veículos, três máquinas de arrasto, um helicoptero e dois aerotanques, enquanto em Lerca (Abrantes) combatem o fogo 57 homens e 17 veículos.
O presidente da Câmara do Sardoal assinalou a coincidência da data em que começou um fogo: «Todos os anos é a mesma coisa, na mesma data e à mesma hora, tem havido um foco de incêndio e da mesma maneira. Não posso afirmar que é fogo posto mas digo-lhe que estou convencido que foi. No ano passado, por esta data e à mesma hora, houve focos de incêndio ao longo da Estrada Nacional 2, como hoje».
Fonte: Portugal Diario
A atribuição da coordenação dos planos de prevenção e vigilância de incêndios florestais à Guarda Nacional Republicana é considerada um sucesso pelo Governador Civil de Santarém.
“A coordenação da GNR é uma mais valia inequívoca”, sublinhou Paulo Fonseca numa visita realizada segunda-feira à Quinta de Santa Bárbara, em Constância, onde foi apresentado um dos dois projectos de vigilância a cavalo que estão em desenvolvimento no distrito.
Fonte: O Mirante

O vento forte, com mudanças de direcção constantes, foi ontem o maior inimigo dos bombeiros no combate aos fogos florestais. Em todo o País estiveram activos 13 grandes incêndios, os mais graves em Sardoal e Mértola/Alcoutim.

Em Ribeira do Vascão, Mértola, o fogo começou às 10h28 e ao final do dia ainda estava a ser combatido por 129 bombeiros, apoiados por 37 viaturas e quatro meios aéreos. Arderam pelo menos 200 hectares do parque Natural do Guadiana e o fogo já tinha passado para Alcoutim (Algarve). “O vento tem mudado de direcção constantemente e, embora seja fraco-moderado, estamos numa zona de pasto e mato rasteiro e depressa o fogo atinge grandes proporções”, disse Carlos Pica, segundo comandante do CDOS de Beja.No Sardoal, o incêndio deflagrou pelas 13h30 e foi combatido durante o dia por 200 bombeiros, apoiados por 59 veículos e seis meios aéreos. “O nosso inimigo número um é o vento”, afirmou Vítor Bertelo, do CDOS de Santarém, explicando que as rajadas provocam “projecções” e “surgem novos incêndios 300 metros à frente de um foco. É uma luta desigual”. Em Setúbal, o vento empurrou um incêndio até à A2. Ao início da noite havia ainda fogos por controlar em Abrantes e Tomar.Quinze dos 18 distritos estiveram ontem sob aviso Amarelo – o segundo de uma escala de quatro – devido ao vento forte. ÉPOCA POSIVTIVAMINISTRO SATISFEITOO ministro da Administração Interna, Rui Pereira, afirmou ontem que “o que tem acontecido de positivo” na prevenção e combate a fogos este ano “não decorre da sorte” mas da “excelente coordenação política e operacional”. O ministro sublinhou ainda que “em 2002, o risco de incêndio era idêntico e o número de fogos e extensão de área ardida foi 10 vezes superior”.INCENDIÁRIO DETIDOA PJ da Guarda anunciou ontem a detenção de um agricultor, de 29 anos, suspeito da autoria de pelo menos dois incêndios que deflagraram nos dias 5 e 11 deste mês em Girabolhos, Seia. “Trata-se de um indivíduo com características de um verdadeiro pirómano”, que agiu por “motivos fúteis”, disse fonte da PJ. O agricultor ficou em prisão preventiva. Este ano já foram detidas três dezenas de pessoas suspeitas de fogo posto.
Fonte: Correio da Manhã

Projecto Floresta Unida, onde os profissionais do fogo estão em primeiro lugar.

Um dos coordenadores do projecto "Fire Paradox", o investigador Eric Rigolot, defendeu uma nova estratégia europeia na gestão dos incêndios florestais, com recurso ao próprio fogo na prevenção e combate."O fogo é um agente de destruição mas também pode ser uma poderosa ferramenta na gestão florestal", afirmou o investigador do Institut National de la Recherche Agronomique (França), ao preconizar a "definição de uma nova estratégia europeia" neste domínio.Eric Rigolot intervinha na sessão de apresentação da "II Base Científica Europeia do projecto ´Fire Paradox´ - Uma abordagem inovadora e integrada à gestão florestal", que culminou a estadia em Portugal, nomeadamente no Centro de Operações e Técnicas Florestais da Lousã, de vários parceiros do consórcio e de participantes ligados a entidades que actuam nesta área."Verões recentes, com violentos incêndios, mostraram que os meios de combate clássicos foram incapazes de controlar a situação: não se apaga este tipo de incêndios com água", sustentou o investigador.Segundo o co-coordenador do projecto europeu iniciado em 2006, e que conta com 35 parceiros de 17 países da Europa e do resto do mundo, o "Fire Paradox" quer contribuir para a definição de "uma nova estratégia, com uma base científica e tecnológica, implementando o conceito de gestão do fogo"."O ´Fire Paradox´ quer criar uma base para novas políticas e novas práticas para a gestão do fogo, introduzindo o fogo como instrumento para a gestão dos incêndios florestais", defendeu.Na definição desta estratégia, que deve ser sustentada num "melhor conhecimento da ecologia e comportamento do fogo, o "Fire Paradox" pretende contribuir através da aposta nos domínios da investigação, desenvolvimento e disseminação, potenciado graças ao intercâmbio entre os vários membros do consórcio.O fogo controlado, para reduzir o combustível, ou o fogo de supressão, utilizado no combate para acelerar ou fortalecer as acções de controlo e extinção de um incêndio, são algumas das facetas exploradas no âmbito deste projecto.De acordo com António Salgueiro, especialista em fogo da Direccção-Geral de Recursos Florestais (DGRF), a técnica de contra-fogo, em que se faz "uma ignição de emergência para dividir, atrasar ou encaminhar em determinada direcção a frente de chamas", é muito utilizada em países como a Austrália, Estados Unidos da América e Argentina e começou a ser aplicada com sucesso em Portugal, por equipas credenciadas para o efeito. Ao intervir na sessão, Paulo Mateus, sub-director da DGRC, adiantou que, desde 2006, foram realizadas cinco acções de formação para credenciação de técnicos em fogo controlado, envolvendo 80 técnicos e 100 sapadores florestais. Três outras acções formativas em avaliação e planeamento do fogo controlado foram frequentadas por mais de 100 elementos, de diversas proveniências (associações florestais, municípios, protecção civil, Instituto da Conservação da Natureza, entre outras). Além da formação de cerca de 100 pessoas em análise do comportamento do fogo e em fogo de supressão, foram constituídos seis Grupos de Análise e Uso do Fogo (GAUF), com um total de 18 elementos, equipas móveis com base na Lousã, Vieira do Minho e Mafra.
Fonte: Diario dos Açores

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Agora a questão que se coloca não que tipo de futuro podemos escolher, mas sim se teremos futuro para toda a humanidade!Proteja o nosso planeta.

Quando o assunto é incêndio ambiental, os números da Defesa Civil do Paraná são alarmantes. Só na primeira quinzena do mês de agosto foram registrados no Estado aproximadamente 1,6 mil incêndios florestais. Do início do ano até o fim do mês de julho foram mais de seis mil ocorrências desse tipo. Para se ter uma idéia, em um monitoramento diário via satélite feito pela Defesa Civil, hoje todo o Paraná apresenta risco extremo ou elevado de incêndio florestal. ''No momento, uma série de fatores faz com que fiquemos preocupados. As temperaturas estão altas demais para esta época do ano, quando atravessamos um período de estiagem - característico da estação -, que deixa a umidade relativa do ar muito baixa. Juntamos a isso o fato de a vegetação ainda estar sofrendo os efeitos das geadas recentes, ou seja, está seca'', relata o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. ''Há também o fator da ação humana. Na maioria dos casos o incêndio não começa sozinho, o homem é o agente causador. Notamos que no Paraná as pessoas têm uma cultura de colocar fogo em tudo. Precisamos mudar isso'', completou o tenente. A falta de cuidado pode ter sido a causa de um incêndio que aconteceu na sexta-feira (17) em Piraí do Sul. Segundo o engenheiro florestal de uma empresa da região, Paulo Machado, bóias-frias que trabalhavam em uma área de capina teriam feito uma pequena fogueira para esquentar o almoço e perderam o controle do fogo, que se espalhou e atingiu uma área de reflorestamento, com 100 hectares de pinus. Homens do Corpo de Bombeiros de Jaguariaíva e de indústrias de papel da região trabalharam durante dez horas para conseguir controlar o incêndio, porém 40 hectares foram queimados. Os dados da Defesa Civil demonstram que o problema é sério em várias regiões paranaenses. A região de Maringá lidera as tristes estastísticas. Londrina, Cascavel e Curitiba aparecem na sequência, praticamente empatadas na quantidade de ocorrências.
Fonte: Bonde

domingo, 19 de agosto de 2007

Bom dia para todos que vivem na casa planeta terra!Bem vindos ao Projecto Floresta Unida

O Ministério Público do Estado do Acre (MPE) vai participar do Prêmio Ford Motor Company de Conservação Ambiental com o trabalho do Grupo de Trabalho de Prevenção e Combate às Queimadas e Incêndios Florestais (GT Queimadas). O prêmio Ford está em sua 12ª edição e irá premiar com R$ 23 mil cada um dos vencedores em três categorias: Conquista Individual, Negócios em Conservação e Ciência e Formação de Recursos Humanos. O Prêmio, lançado em 1996, destaca anualmente os projetos mais importantes realizados no Brasil para a conservação da biodiversidade e promoção do desenvolvimento sustentável. Entre os premiados, figuram os ambientalistas e também entidades como o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, a Comissão Pró-Índio do Acre, a TV Cultura e a Revista Terra da Gente entre outros.
Para a Promotora do Meio Ambiente Meri Cristina do Amaral Gonçalves, um trabalho que o MPE vem fazendo como a criação do Grupo de Trabalho de Queimadas tem sido muito importante e referenda a participação da Instituição. “Hoje a pauta maior de debate nos fóruns tem sido as queimadas. É o problema ambiental mais emergente nessa época e o mais sério que tem afligido a região todos os anos, desde 2005, com mais intensidade, porque houve uma mudança climática visível” diz a promotora.
A maior importância na participação desse prêmio, segundo Meri Cristina, é a divulgação do trabalho da instituição. “É importante divulgar o que fazemos aqui, o desempenho do papel que o MPE tem, da implementação, do tomar posse das atribuições que são constitucionais e demonstrar que existe muito o quê fazer, afora a esfera judicial. Os resultados são bem mais rápidos e satisfatórios, do que a ação judicial puramente, que muitas vezes a gente não tem a resposta no tempo em que seria mais adequado” explica.
O GT Queimadas do MPE é composto pelos cinco Promotores de Justiça das Bacias Hidrográficas e alguns técnicos da Coordenaria do Meio Ambiente, coordenado pela Promotora de Justiça da Bacia Hidrográfica do Baixo Acre, Meri Cristina Amaral. Tudo o que é deliberado, é repassado para os outros promotores, que executam em seus municípios. “Temos estabelecido uma rotina de reuniões semanalmente para monitorar os focos de queimadas no Estado do Acre, para sabermos quais os números de focos, onde eles estão concentrados, quais os riscos, conseqüências, quais são as previsões climáticas, qual a resposta que se pode dar para determinada região, onde vai ser formado o local de comando pra tomar as decisões necessárias. Esse GT do MP tem impulsionado o GT de Queimadas do Estado, que é formado por várias instituições e nós temos cobrado dessas instituições, IMAC, assessoria do Governo do Estado, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar; agregando determinados municípios, a própria Defesa Civil Municipal” diz ela.
O Instituto do Meio Ambiente do Acre (IMAC) em conjunto com outras instituições, têm coordenado ações de capacitação dos produtores rurais para formar as brigadas voluntárias. E para ensinar como se portar no combate a pequenos focos de incêndio. “Isso tem sido feito apenas com pequenos produtores. O Assuero Veronez, presidente da Federação da Agricultura do Estado Acre, tem dito que os grandes fazendeiros não tem interesse em queimar o próprio pasto, pois com essa secura, pode-se perder o controle. Nós propomos a ele que consultasse os grandes proprietários rurais para saber se eles têm interesse em capacitar seus empregados da fazenda. O Corpo de Bombeiro disponibilizaria pessoal e ministraria um curso e cada fazenda teria o seu kit de primeiros socorros no caso de incêndio incidental”.
GT de Queimadas
O Grupo de Trabalho Institucional de Prevenção e Combate às Queimadas e Incêndios Florestais – GT de Queimadas foi instituído pela Procuradoria-Geral de Justiça do MPE, em 17 de março de 2006, com o objetivo de incrementar a atuação do Ministério Público Estadual na área ambiental, possibilitando aos órgãos ministeriais uma melhor mobilização junto às instituições pública e privadas, e junto à sociedade civil para o controle e combate ao uso do fogo, empreendendo tanto ações de caráter preventivo, como de caráter corretivo. O grupo composto pelas cinco Promotorias de Justiça de Meio Ambiente do Estado e técnicos da instituição foi o responsável pelo planejamento e a execução das ações institucionais para o combate e prevenção de queimadas em todo o Estado em 2006, inclusive, apurando a responsabilidade civil e criminal pelos danos materializados em 2005. Essas ações foram executadas sob a coordenação da Promotoria de Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Baixo Acre, com o apoio técnico, jurídico e operacional da Coordenadoria de Defesa do Meio Ambiente, Conflitos Agrários, Urbanismo e do Patrimônio Histórico e Cultural.
O GT trabalhou em dois focos: ações repressivas e preventivas. Em fevereiro de 2006, o MP/AC participou ativamente do Seminário “As Queimadas no Acre: Avaliação, Combate, Alternativas e Propostas Futuras”, realizado no auditório da Federação das Indústrias do Acre (FIEAC). O evento envolveu todos os segmentos sociais, órgãos governamentais e ainda a UFAC. A partir deste evento foi construída a Matriz de Planejamento, que serviu de base para a elaboração do “Plano Estadual de Combate e Prevenção às Queimadas e Incêndios Florestais”, acompanhado do início ao fim pelo Ministério Público.
Prêmio Ford
A Conservação Internacional (CI-Brasil) e a Ford-Brasil abriram, na Semana do Meio Ambiente, as inscrições para a 12ª edição do Prêmio Ford Motor Company de Conservação Ambiental. A iniciativa, considerada um dos reconhecimentos de maior prestígio do setor no país, irá premiar com R$ 23 mil cada um dos vencedores em três categorias: Conquista Individual, Negócios em Conservação e Ciência e Formação de Recursos Humanos.
Nos últimos onze anos, o Prêmio Ford já contemplou 52 personalidades e entidades dedicadas às causas ambientais, com cerca de 1.500 projetos inscritos, vindos de todas as regiões do Brasil. Ao longo de sua trajetória, a premiação vem registrando um incremento significativo da capacidade brasileira na condução de programas de conservação, com projetos embasados nas ciências biológicas, humanas e sociais.
Categorias e inscrições - Podem concorrer nas três categorias do 12º Prêmio Ford Motor Company de Conservação Ambiental tanto indivíduos como organizações não-governamentais, entidades comunitárias, empresas privadas, universidades e órgãos governamentais. Cada um dos vencedores receberá R$23 mil, além de um troféu, que serão entregues em uma cerimônia no final do ano. As três categorias contempladas este ano são:
• Conquista Individual - para indivíduos que dedicaram sua vida à conservação da natureza e do meio ambiente, servindo de exemplo no cenário nacional;
• Negócios em Conservação - para projetos de conservação da natureza ligados à criação de empregos e diminuição da pobreza;
• Ciência e Formação de Recursos Humanos - para programas de sucesso na área da ciência e treinamento de profissionais brasileiros para a conservação ambiental.
Fonte: UOL Cronica de Domingo

sábado, 18 de agosto de 2007

Um pode querer algo tão natural como oxigenio puro para respirar e pode não o ter! E isso pode acontecer não daqui a 500 anos mas daqui a 20 anos.


O director-geral dos Recursos Florestais manifestou-se hoje convicto de que o uso do fogo, por técnicos credenciados, no combate aos incêndios será cada vez mais frequente em Portugal

«É uma técnica que tende a disseminar-se em Portugal. O que é importante para iniciar um fogo de supressão [para controlar ou extinguir um incêndio] é ter uma base de caminhos florestais e temos em Portugal uma rede imensa», disse Francisco Castro Rego à agência Lusa.
O director-geral dos Recursos Florestais falava no final da sessão 'II Base Científica Europeia do projecto 'Fire Paradox' - Uma abordagem inovadora e integrada à gestão do fogo florestal'.
O projecto europeu 'Fire Paradox' envolve 35 parceiros de 17 países e compreende as dimensões da investigação, desenvolvimento e disseminação, baseando-se no provérbio finlandês - amplamente citado na sessão de hoje - de que «O fogo é um mau patrão mas um bom criado».
Coordenado em Portugal pelo Instituto Superior de Agronomia (ISA), em Lisboa, o projecto compreende a realização de bases, como a que terminou hoje no Centro de Operações e Técnicas Florestais da Lousã, um «laboratório multidisciplinar de troca de pesquisas» em que cerca de 40 participantes se envolveram em exercícios de formação e demonstrações em matéria de fogo de supressão, entre outras actividades.
De acordo com Castro Rego, professor do ISA, as cerca de duas dezenas de intervenções de fogo de supressão realizadas em incêndios ocorridos em Portugal, a partir de 2006, pelas equipas formadas para o efeito (Grupo de Análise e Uso do Fogo - GAUF), «foram todas bem sucedidas e eficazes».
«Disponibilizamos estas equipas [da Direcção-Geral de Recursos Florestais] à Autoridade Nacional de Protecção Civil para o combate. Na prevenção, queremos aumentar imenso o uso desta técnica para manter as redes de defesa da floresta», adiantou.
Contudo, Francisco Castro Rego advertiu que «o facto de haver resultados positivos não pode banalizar a técnica».
«É uma técnica muito exigente e que só pode ser utilizada por quem a domina muito bem», sublinhou o director-geral dos Recursos Florestais.
Os fogos são o factor «mais destrutivo nas florestas dos países mediterrânicos. O 'Fire Paradox' quer criar as bases para novas políticas e práticas de gestão do fogo na Europa: o objectivo é introduzir o fogo como uma componente chave da gestão florestal, baseada na melhor compreensão da filosofia e comportamento do fogo», lê-se num texto sobre o projecto.
Iniciada a 6 de Agosto, esta base científica de Verão do 'Fire Paradox' é a segunda deste projecto integrado europeu, que começou em Março de 2006 e tem uma duração de quatro anos.
Fonte: Lusa/SOL

Em Anápolis (GO), o MMA reuniu técnicos, pesquisadores, representantes de ONGs para debater as dinâmicas associadas às taxas de desmatamento para promover a revisão do plano de prevenção e controle dos desmatamentos
Como tem sido praxe nos últimos anos, o Ministério do Meio Ambiente promoveu nos dias 14 e 15 de agosto, na Base Aérea de Anápolis, Goiás, o V seminário técnico-científico de análise dos dados referentes ao desmatamento na Amazônia Legal O objetivo do evento foi permitir um debate sobre as dinâmicas associadas às taxas de desmatamento recentemente anunciadas, de modo a subsidiar a revisão do Plano de Prevenção e Controle dos Desmatamentos na Amazônia. Os índices apresentados para o período 2005 a 2006 e as estimativas para 2006-2007 apontam para redução dos grandes desmatamentos na Amazônia.
(Saiba mais).
Estimativas baseadas nos dados do Deter (Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real), de agosto de 2006 a agosto de 2007, teriam sido desmatados cerca de 10 mil quilômetros quadrados da floresta amazônica (a margem de erro é de 10% para mais ou para menos). O valor é menor que a taxa aferida para o período 2005-2006 pelo Prodes (Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia Legal): 14,4 mil quilômetros quadrados. As análises apresentadas no Seminário demonstram que houve uma desconcentração do desmatamento, que está pulverizado por mais de 300 municípios, ao contrário do que aconteceu em 2005, quando a maior parte do desmatamento concentrava-se em apenas 30 municípios.
Segundo o Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco, a pulverização de desmatamentos de menor dimensão não significa necessariamente o aumento do desmatamento em pequenas propriedades. O Diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Flávio Montiel, estima que 20% dos desmatamentos ocorreram em áreas de assentamento de reforma agrária.
Os vetores do desmatamento
Atividades como a pecuária, a agricultura e a siderurgia estão entre os diferentes vetores que têm contribuído com a manutenção das dinâmicas regionais de desmatamento. O Ibama estima que o desmatamento ilegal constitua 80% do total. De acordo com Capobianco, o objetivo do MMA é reduzir a zero esses desmatamentos.
Montiel apresentou também o mapa de prioridades para ações de fiscalização previstas pelo Ibama, definidas a partir de um conjunto de variáveis, tais como o desmatamento absoluto e sua evolução, Unidades de Conservação, Terras Indígenas, adensamento de estradas, pólos madeireiros/siderúrgicos, áreas prioritárias para conservação definidas pelo Programa Nacional de Biodiversidade (PROBIO) e focos de calor.
Montiel explicou que a meta para 2007 é fazer com que o desmatamento não ultrapasse os 4 dígitos (9.900 km2) e ressaltou a importância das ações de fiscalização integrada, realizadas em parceria com outros órgãos federais. Caso do Exército, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal, responsável pelas ações de inteligência que buscam desbaratar quadrilhas organizadas que atuam na região.
As áreas protegidas que registraram os maiores aumentos dos índices de desmatamento foram a Floresta Nacional (Flona) Jamanxin, a Flona do Bom Futuro, a Estação Ecológica da Terra do Meio, as TIs Marawatsede e Apyterewa e a Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo. Os municípios que registraram os maiores aumentos foram Marabá e Novo Progresso.
O monitoramento do desmatamento e a contabilidade dos índices, apesar do grande destaque na mídia é a parte mais fácil do tratamento da questão. Pelo menos para o Brasil, que conta hoje não apenas com o Prodes – que acumula séries históricas de mais de 10 anos – mas também com o Deter e o mais recente Detex.
A face mais complexa do monitoramento é a identificação de vetores e estabelecimento de medidas de contenção e desestimulo ao desmatamento. Para Gilberto Câmara, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o aprimoramento dos sistemas de monitoramento demanda dados sócio-econômicos qualificados, que permitam analisar e identificar com mais eficiência os vetores responsáveis pela manutenção do desmatamento.
A parte de cada um
O papel dos estados no controle dos desmatamentos também foi um aspecto muito discutido no Seminário, especialmente em função da descentralização da gestão florestal promovida pela Lei de Gestão de Florestas Públicas e regulamentada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).
Saiba mais.
A criação do GTI e seu Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia constituíram um grande avanço no tratamento do tema pelo governo federal. É incontestável que o estabelecimento de relações entre o desmatamento e a grilagem, o trabalho escravo e outras atividades, instituindo responsabilidades de diversas áreas sobre as alterações no uso da terra foi um grande avanço. Entretanto nem todos os setores de governo assumiram totalmente seu papel, e a maior parte das ações couberam ao MMA.
O governo não foi o único responsável pela queda nas taxas. Segundo análise apresentada por Paulo Barreto, do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), as variáveis macro-econômicas como a queda do preço das commodities agrícolas constituiu fator determinante no quadro atual.
As expectativas de ganhos concretos baseadas no estabelecimento de
mecanismos de redução compensada de desmatamento também tem cumprido papel importante ao estabelecer novas perspectivas para os produtores e os estados.
Para Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), o Brasil tem um enorme potencial de contribuição para a redução das emissões globais com a redução do desmatamento. Moutinho destacou que a série histórica de mapeamento do desmatamento feita pelo Inpe constitui um importante instrumento de demonstração da capacidade brasileira de monitorar suas emissões, contribuindo para a instituição da redução compensada.
Ações de fiscalização serão ampliadas
A ênfase dada até agora no Plano Nacional de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia às ações de ordenamento territorial e fiscalização devem ser mantidas na próxima fase do plano. Entretanto, o foco deve ser ampliado para a consolidação das Unidades de Conservação criadas e para o estímulo ao uso sustentável da floresta por meio de mecanismos de fomento adequados.
Esta ainda é a grande lacuna nas políticas voltadas a diminuir o processo predatório da floresta amazônica. Os indicadores econômicos da região demonstram que os maiores PIBs regionais concentram-se em regiões e atividades econômicas altamente subsidiadas. O Estado reconheceu nessas atividades prioridades a serem fomentadas e asseguradas. Em alguns casos, como o da Zona Franca de Manaus, o investimento no setor industrial, mesmo que involuntariamente, convergiu para a agenda de conservação e uso sustentável garantindo ao Amazonas a maior cobertura florestal remanescente entre os estados da região.
Em outros, subsídios diretos ou indiretos contribuíram para um modelo de ocupação inadequado à realidade regional. É o caso dos grandes projetos agropecuários fomentados pela antiga Superintedência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Também é o caso das siderúrgicas instaladas na região. O acesso à água sem custo e à energia com baixíssimos custos torna a região altamente atrativa para essa atividade. Não é a toa que a produção de carvão para atender à indústria siderúrgica é considerada um dos “novos vetores” do desmatamento.
Fonte: Socioambiental
Um incêndio numa área de mato começou hoje ao princípio da tarde no concelho de Torres Novas, distrito de Santarém, mas foi dado como circunscrito apenas 20 minutos depois e após a intervenção de dois helicópteros e dois aviões no combate às chamas, indicou a Protecção Civil.
O fogo, que começou às 13:32 no lugar de Pafarrão, foi dado como extinto às 13:51, e mobilizou 76 bombeiros e 19 viaturas.
Dados reunidos pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPCP) revelam que na quinta-feira ocorreu um total de 36 incêndios florestais em todo o país, que foram combatidos por 709 bombeiros auxiliados por 176 viaturas.
Contudo, o número de incêndios que aquela Autoridade anunciou na sua página na Internet foi inferior a cinco, por serem esses os que reúnem pelo menos um dos três requisitos considerados mínimos para a sua divulgação enquanto decorrem: envolverem mais de dez viaturas no seu combate, prolongarem-se por mais de duas horas ou atingirem áreas de paisagem protegida.
Fonte:Diário Digital / Lusa
“O fogo é um mau patrão mas um bom criado”, foi a máxima demonstrada na conferência de imprensa “II Base Científica Europeia do Projecto Fire Paradox.Decorreu ontem, no auditório do Centro de Operações e Técnicas Florestais da Lousã, a conferência de imprensa “II Base Científica Europeia do Projecto Fire Paradox – uma abordagem inovadora e integrada à gestão do fogo florestal”.Esta conferência teve como objectivo a apresentação de uma nova visão na gestão do fogo florestal, no que se refere à sua utilização na prevenção e combate.Os fogos são o factor “mais destrutivo nas florestas dos países mediterrânicos. O “Fire Paradox” quer criar as bases para novas políticas e práticas de gestão do fogo na Europa: o objectivo é introduzir o fogo como uma componente chave da gestão florestal, baseada na melhor compreensão da filosofia e comportamento do fogo”, lê-se num texto sobre o projecto.Nesta óptica, surgiu a “Base” que está a decorrer desde o início de Agosto, e, é a segunda deste projecto integrado europeu, que começou em Março de 2006 e tem a duração de quatro anos, com o objectivo de servir de laboratório multidisciplinar para os membros do projecto Fire Paradox em matéria de contra-fogo e monitorização de incêndios em tempo real, incluido meios aéreos.A “Base” é uma iniciativa desenvolvida no âmbito do projecto Fire Paradox, um projecto de investigação, desenvolvimento e disseminação de ampla dimensão internacional. A que foi ontem apresentada é coordenada em Portugal pelo Instituto Superior de Agronomia e conta com cerca de 40 participantes. Eric Rigolot, investigador e co-coordenador do projecto, afirma que “o fogo necessita de uma compreensão em todos os seus aspectos: ocorrência do fogo, comportamento de fogo e ecologia do fogo, de modo a desenvolver de forma visionária e integrada estratégias de gestão do fogo. Segundo o director-geral dos Recursos Florestais, Francisco Castro Rego, o contra-fogo, “é uma técnica muito exigente e que só pode ser utilizada por quem a domina muito bem”, acrescentando que, “pelo facto de haver resultados positivos não se pode banalizar a técnica”.A apresentação do projecto Fire Paradox esteve a cargo de um dos coordenadores do projecto, Eric Rigolot do Institut National de la Recherche Agronomique de França. a conferência contou também com a visualização do filme “O fogo contra o fogo”, de fotografias aéreas e de imagens de vídeo sobre fogo controlado.“Base” na LousãAo longo de quatro anos, o projecto Fire Paradox é organizado anualmente uma “base” científica durante o Verão.As bases são instaladas em regiões com grande risco de incêndio florestal, permitindo realizar observações e experimentações sobre situações de fogo. Os objectivos da base da Lousã são “o acompanhamento de intervenção de fogo de supressão (contra-fogo e fogo táctico), bem como o estudo da propagação de incêndios”, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS, António Salgueiro, especialista em fogos.A troca de experiências entre operacionais de diferentes países como a Argentina, Itália, Espanha, França e Portugal, a divulgação das actividades e dos resultados e a integração de outras entidades são também importantes.Na base da Lousã encontra-se estacionado um avião equipado com câmara. As equipas terrestres dispõem ainda de 15 câmaras de vídeo, equipamento de localização e delimitação de incêndios, estúdio de vídeo, equipamento informático e bases de informação.Até ao momento já foram desenvolvidas actividades como visitas a locais que foram tratados com fogo controlado, exercícios práticos de fogo de supressão (Pinhal de Leiria, S. Pedro do Sul, Viseu e Lousã), ou monitorização aérea de incêndios, acompanhamento das operações no terreno e investigação científica.Paradoxo do fogoO paradoxo do fogo manifesta-se em duas vertentes: “o fogo é um mau patrão mas um bom criado”, ou seja, não é necessariamente um agente negativo e, a “exclusão do fogo” suaviza aparentemente o regime de fogo, mas está na origem de incêndios futuros mais graves, porque gera acumulações de combustível que, em situações meteorológicas extremas, resultam em incêndios que estão muito acima da capacidade do sistema de combate. Os incêndios da Galiza em 2006 constituem um exemplo excelente.Entende-se por exclusão do fogo um politica de gestão que é caracterizada pela supressão sistemática de todos os incêndios, com um investimento muito elevado no combate e muito reduzido nas intervenções sobre o combustível. O papel natural do fogo é ignorado, bem como a sua utilização.Membros do Consórcio Fire Paradox em 2007O “Fire Paradox”, é um projecto europeu, que conta com a parceria de 35 parceiros de 17 países: África do Sul, Argentina, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Itália, Marrocos, Polónia, Portugal, Eslovénia, Espanha, Reino Unido, Rússia, Mongólia, Suiça, Tunísia.Benefícios esperados Investigação Internacional:- Cooperação aumentadaProfissionais de fogo e da floresta:- Integração aumentada- Uso sábio do fogo- intercâmbio intensificadoAutoridades políticas:- Nova abordagem do tema- Evolução de regulamentos e políticasPúblico:- Melhor conhecimento e preparação- Comportamento Seguro.
Fonte: As Beiras On-Line