Os bombeiros gregos anunciaram esta segunda-feira que todos os fogos que devastaram o Peloponeso, desde 24 de Agosto, estavam “extintos”.
“Nos locais dos incêndios permanecem forças terrestres, mobilizadas para evitar qualquer reacendimento”, e fazer frente a focos isolados nas extensões ardidas, acrescenta o comunicado.Os grandes incêndios devastaram cerca de 200 mil hectares de terrenos, florestais e de cultivo. O secretário de Estado da Economia grego já avaliou as perdas em 1,6 mil milhões de euros. Na sequência dos fogos, 64 pessoas perderam a vida quanto tentavam proteger os seus bens ou fugir às violentas chamas.
Fonte: Correio da Manhã
O programa de criação de novas infra-estruturas florestais na Região Centro, patrocinado pela Noruega, Lichtenstein e Islândia, está já no terreno, em «velocidade de cruzeiro». Esse e outros projectos em andamento na serra da Boa Viagem vão hoje ser mostrados a diversos deputados da Assembleia da RepúblicaOs deputados da Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios deslocam-se hoje à Serra da Boa Viagem, onde vão visitar uma plantação de dois hectares de pinheiro bravo e carvalho americano, a rede viária da Mata Nacional do Prazo de Sta. Marinha, um trabalho da Engenharia Militar em que já foram abertos 11 quilómetros de caminhos, mas que até ao final do ano se converterão em 21 e o trabalho que está a ser desenvolvido pelos Sapadores Florestais. Mas a visita engloba outros aspectos da Serra da Boa Viagem, como os postos de vigia, os trabalhos de silvicultura preventiva e a demonstração de um destroçador florestal (ver caixilho). No entanto, um dos pontos importantes desta deslocação tem a ver com o programa EEA Grants (patrocinado pela Noruega, Lichtenstein e Islândia) e que consiste no financiamento (1,2 milhões de euros) de novas infra-estruturas na Região Centro. A sede de coordenação das Montanhas Ocidentais (da Figueira a Sever do Vouga e Castro Daire) será na antiga casa florestal junto ao Abrigo da Montanha, explicou ao nosso Jornal o director da Circunscrição Florestal do Centro.António Gravato fala com entusiasmo neste «novo modelo» de gestão florestal, com «implementação da rede primária de defesa da floresta contra incêndios», com diversas fases como a de concepção e planeamento, de execução das redes regionais da DGCI e também com formação profissional e projectos inovadores. Por exemplo, «estamos a pensar fazer pastoreio na Serra da Boa Viagem», refere, sublinhando o quanto seria interessante desenvolver essa vertente.Reflorestar talhõescom nome de empresasCom este projecto- piloto que pode vir até «a ter réplicas a nível nacional», pretende-se «compartimentar os espaços florestais, garantindo a gestão estratégica dos combustíveis (a vegetação)», ou seja, «cria-se em Portugal pela primeira vez, algo que todos sonhamos há anos, um grande alicerce minimamente defendido dos agentes abióticos (incêndios)». Não serão manchas contínuas, antes «faixas em que não há combustíveis», passando-se depois à compartimentação. Paralelamente estão a fazer-se planos de gestão florestal, mas «aproveitar-se-á a regeneração natural, controlando as infestantes, nomeadamente acácia e depois plantam-se alguns talhões», para os quais já há programas de patrocínio com a Soporcel, a Toyota, o BES e a Clorane «que vão dar os seus nomes a diversos talhões».O prazo de execução deste projecto é de 3 anos e tudo indica que será “levado a bom porto”, uma vez que António Gravato sublinha que «como parceiros estratégicos estão as autarquias», com as Comissões Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios (CMDFCI), as organizações de Produtores Florestais (OPF), as Comissões de Baldios, o ICN, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF).Ou seja, frisa aquele responsável, «é um projecto consensual, que está em velocidade de cruzeiro», pois a logística de comissões (17 no distrito de Coimbra), está a «funcionar em pleno». «Temos a consciência que estamos no caminho certo, o projecto não tem retorno, mas tem de ser com envolvência de todos», garante.Projecto é apresentado por empresa da SertãDestroçador florestal mostra capacidadesO protótipo de um destroçador florestal, desenvolvido em Portugal, vai fazer nesta visita dos deputados uma demonstração de silvicultura preventiva de alto rendimento, pois permite a limpeza da floresta (que deixa logo ordenada) e o aproveitamento dos resíduos florestais, removendo 1,5 hectares por hora (uma equipa de sapadores com 5 elementos limpa 40 hectares num ano). O destroçador pertence à empresa “Vítor Cardoso - Indústria de Maquinaria”, uma empresa da Sertã, que vai na Figueira fazer «o teste derradeiro», demonstrando que é possível a limpeza da floresta com equipamento “made in Portugal”.
Fonte: Diario de Coimbra
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