quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Será que o planeta ficará só 4 graus mais quente não será antes de 2100?

A temperatura média do planeta subirá de 1,8 a 4 graus até 2100, provocando um aumento do nível dos oceanos de 18 a 59 cm, inundações e ondas de calor mais freqüentes, além de ciclones mais violentos durante mais de um milênio. Estas são as principais conclusões anunciadas nesta sexta-feira em Paris pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que publicou um relatório preocupante sobre o futuro que aguarda o planeta caso não sejam adotadas as medidas adequadas. De acordo com os especialistas do IPCC, o aquecimento do planeta se deve, com 90% de probabilidade, às emissões de dióxido de carbono provocadas pela mão do homem. O IPCC afirmou ainda que as emissões passadas e futuras de CO2 continuarão contribuindo para o aquecimento global e a elevação do nível dos mares durante mais de um milênio, levando em consideração sua permanência na atmosfera. Se os países não adotarem os meios para reduzir a poluição da atmosfera, a temperatura média pode aumentar até 6,4%. Este desajuste modificará totalmente as condições climáticas: provocará ondas de forte calor, as inundações serão cada vez mais freqüentes, os ciclones tropicais, tufões e furacões provavelmente serão mais intensos, os recursos de água potável diminuirão e a elevação do nível do mar pode provocar o desaparecimento de algumas ilhas e superfícies férteis. Estas transformações obrigarão dezenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas e o número de refugiados do clima será superior ao de refugiados de guerra, alertam alguns especialistas. A reunião na capital francesa de 500 especialistas do grupo, criado em 1988 pela ONU e a Organização Meteorológica Mundial com o objetivo de servir de mediador entre os cientistas e os governantes, é a conclusão de mais de dois anos de trabalho. De acordo com a organização ecológica Greenpeace, o informe do painel intergovernamental aciona o "sinal de alerta" necessário para impulsionar os governos à ação. "Se o último relatório do IPCC em 2001 nos fez despertar, este é um sinal de alerta. A boa notícia é que nossa compreensão do sistema climático e do impacto humano melhorou, a ruim é que nosso futuro parece perigoso", afirma a organização em um comunicado. Diante das previsões desalentadoras, os cientistas esperam que a comunidade internacional apresente uma resposta vigorosa e unida que implique na continuidade do Protocolo de Kyoto, destinado a reduzir as emissões de dióxido de carbono, cuja primeira fase expira em 2012. No entanto, este protocolo ainda não foi ratificado pelos Estados Unidos, maior poluidor mundial.
Fonte: A Noticia Digital

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