São Brás de Alportel elaborou um Plano Muncipal de Defesa da Floresta pioneiro: catalogou, em pormenor, toda a zona de risco do município.
Metade dos 15 mil hectares do município de São Brás de Alportel foram devorados pelas chamas em 2003 e 2004. A Serra do Caldeirão, que abrange grande parte do concelho, é um alvo “preocupante” na época dos fogos, cenário que a autarquia local quer minimizar, actuando de forma preventiva.
Para tal, em colaboração com a Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF), o município encomendou um plano à empresa Geoterra, liderada por Pedro Cortes, para que o território ficasse todo cartografado.
Uma limpeza total do terreno seria suficiente para manter a salvo a Serra do Caldeirão de incêndios mas o valor dessa acção exaustiva é "muito alto".
“Existe alguma inviabilidade económica para limpar o terreno todo. Já é estimado que por hectare seja preciso aproximadamente mil euros para uma limpeza eficiente, tendo em conta que São Brás tem mais de 15 mil hectares, seriam precisos milhões de euros”, afirmou ao Observatório do Algarve António Eusébio, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel.
Pedro Cortes, responsável pelo projecto, adianta: “Este plano divide por secções o território, assinalando as zonas mais perigosas e mais suceptíveis de incêndios, por isso já se sabe quais são as zonas prioritárias de limpeza”.
Para além desta função, o plano, que demorou sete meses a ser elaborado, é de uma exactidão tal que foram cartografadas as zonas de declive, que podem ser fundamentais no combate aos fogos por parte dos bombeiros, as zonas onde há sombras, as zonas habitadas, foram calculados os valores ecológicos, materiais, entre muitos outros.
“Por fotografias de satélite não se pode ver a realidade do território, por isso com este plano fomos ao terreno, falamos com as pessoas, conhecemos a realidade e vimos tudo ao pormenor, dentro das possibilidades. Foi um trabalho exaustivo”, sublinhou Pedro Cortes, afirmando que o detalhe diferencia este plano de outros, o que faz dele um projecto pioneiro.
Estas cartografias já foram feitas em Algoz, Lagos e Vila do Bispo, mas, para Pedro Cortes, é preciso que as câmaras tenham a iniciativa, porque um plano destes é fundamental para um combate mais eficiente aos fogos.
Prevenção é fundamental
Um dos aspectos fundamentais que esta carta de risco foca, baseia-se, acima de tudo, na prevenção dos fogos e para isso é preciso a ajuda de toda a população. Segundo a lei, os munícipes têm a obigatoriedade de limpar as suas zonas quando estas se enquadram fora do perímetro urbano.
“Não se pode pensar que é o governo que tem de tratar de tudo, temos de pensar como um só e temos de ter consciência que todos temos de fazer a nossa parte”, adianta o responsável do projecto.
O plano foi apresentado ontem, no Centro Museulógico de Alportel, numa cerimónia que também marcou a inauguração de uma exposição sobre a Serra do Cladeirão e onde foi apresentada uma sessão de sensibilização relacionada com os fogos florestais.
O projecto faz parte de uma candidatura ao programa Incendi do Interreg III e teve um custo de 50 mil euros, de onde 37.500 euros vieram de fundos comunitários e 12.500 euros da Câmara Municipal de São Brás de Alportel.
Este plano é plurianual, está em curso desde 2005 e conta com 61 mil euros para o ano de 2007. Redes viárias, construção de novos caminhos, sinalização e áreas de lazer no Alto da Ameixa e na Cabeça do Velho são alguns dos objectivos.
Metade dos 15 mil hectares do município de São Brás de Alportel foram devorados pelas chamas em 2003 e 2004. A Serra do Caldeirão, que abrange grande parte do concelho, é um alvo “preocupante” na época dos fogos, cenário que a autarquia local quer minimizar, actuando de forma preventiva.
Para tal, em colaboração com a Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF), o município encomendou um plano à empresa Geoterra, liderada por Pedro Cortes, para que o território ficasse todo cartografado.
Uma limpeza total do terreno seria suficiente para manter a salvo a Serra do Caldeirão de incêndios mas o valor dessa acção exaustiva é "muito alto".
“Existe alguma inviabilidade económica para limpar o terreno todo. Já é estimado que por hectare seja preciso aproximadamente mil euros para uma limpeza eficiente, tendo em conta que São Brás tem mais de 15 mil hectares, seriam precisos milhões de euros”, afirmou ao Observatório do Algarve António Eusébio, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel.
Pedro Cortes, responsável pelo projecto, adianta: “Este plano divide por secções o território, assinalando as zonas mais perigosas e mais suceptíveis de incêndios, por isso já se sabe quais são as zonas prioritárias de limpeza”.
Para além desta função, o plano, que demorou sete meses a ser elaborado, é de uma exactidão tal que foram cartografadas as zonas de declive, que podem ser fundamentais no combate aos fogos por parte dos bombeiros, as zonas onde há sombras, as zonas habitadas, foram calculados os valores ecológicos, materiais, entre muitos outros.
“Por fotografias de satélite não se pode ver a realidade do território, por isso com este plano fomos ao terreno, falamos com as pessoas, conhecemos a realidade e vimos tudo ao pormenor, dentro das possibilidades. Foi um trabalho exaustivo”, sublinhou Pedro Cortes, afirmando que o detalhe diferencia este plano de outros, o que faz dele um projecto pioneiro.
Estas cartografias já foram feitas em Algoz, Lagos e Vila do Bispo, mas, para Pedro Cortes, é preciso que as câmaras tenham a iniciativa, porque um plano destes é fundamental para um combate mais eficiente aos fogos.
Prevenção é fundamental
Um dos aspectos fundamentais que esta carta de risco foca, baseia-se, acima de tudo, na prevenção dos fogos e para isso é preciso a ajuda de toda a população. Segundo a lei, os munícipes têm a obigatoriedade de limpar as suas zonas quando estas se enquadram fora do perímetro urbano.
“Não se pode pensar que é o governo que tem de tratar de tudo, temos de pensar como um só e temos de ter consciência que todos temos de fazer a nossa parte”, adianta o responsável do projecto.
O plano foi apresentado ontem, no Centro Museulógico de Alportel, numa cerimónia que também marcou a inauguração de uma exposição sobre a Serra do Cladeirão e onde foi apresentada uma sessão de sensibilização relacionada com os fogos florestais.
O projecto faz parte de uma candidatura ao programa Incendi do Interreg III e teve um custo de 50 mil euros, de onde 37.500 euros vieram de fundos comunitários e 12.500 euros da Câmara Municipal de São Brás de Alportel.
Este plano é plurianual, está em curso desde 2005 e conta com 61 mil euros para o ano de 2007. Redes viárias, construção de novos caminhos, sinalização e áreas de lazer no Alto da Ameixa e na Cabeça do Velho são alguns dos objectivos.
Fonte: Observatorio do Algarve
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