domingo, 15 de julho de 2007

Em caso de incêndio ligue 112 , Portugal sem fogos depende de todos


Este Verão, em números de incêndios deflagrados, está a ser o mais calmo dos últimos cinco anos, até este momento. O único incêndio florestal (acima de um hectare) ocorreu dia 11 em Santiago do Cacém, com 100 hectares ardidos, tendo-se registado este mês, até sexta-feira, apenas 642 ocorrências, o que é quase insignificante se comparadas com as mais de duas mil em período homólogo do ano passado.Desde Janeiro até 1 de Julho, a Direcção-Geral dos Recursos Florestais registou 3108 ocorrências de fogo, que deram origem a 1266 hectares de área queimada, sendo o valor mais baixo, em termos comparativos, registado desde 1990.Os números evidenciam, pois, um maior tranquilidade pirotécnica devido, também, "a uma bendita colaboração de S. Pedro", conforme disse ao DN o comandante João Coelho, dos Bombeiros Voluntários de Nelas, pedindo-nos que escrevêssemos "em tom baixo" para que "não se ouça", de forma a que "tudo continue a correr como até aqui". Agradecido a S. Pedro, o comandante destaca também a maior eficácia dos meios e métodos. "Os aviões levantam em três minutos", refere, além que o ataque aos incêndios passou a ser da responsabilidade da corporação de bombeiros mais próxima, e não da que tem a tutela da região. "A chegada ao local ficou mais rápida", explica, enaltecendo, por outro lado, o protocolo celebrado entre duas corporações de bombeiros da região que permite agora a realização de patrulhamentos. "Todos os dias entre as 9.00 e as 19.00 os locais de maior risco são passados a pente fino por quatro elementos", diz, reconhecendo ainda o contributo do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (GIPS). Esta entidade da GNR, "equipada com boas viaturas e material do mais moderno, faz também patrulhamentos de prevenção", explicou o comandante, sem esquecer os dois indivíduos, incendiários, detidos há dois anos e que já foram condenados a três e a quatro anos de cadeia. "Depois disso o número de incêndios diminuiu na região", garantiu o comandante.Números não enganamDe Janeiro a 1 de Julho arderam este ano em Portugal 1266 hectares. Mas, entre 2001 e 2005 a média ardida, só no mesmo de Junho, foi de 11 674 hectares. O ano passado, em Julho, registaram-se 4470 ocorrências. A média entre 2001 e 2005 foi de cerca de seis mil ocorrências, com uma média de área ardida, no mesmo mês, de cerca de 61 mil hectares.No entanto, o ano anterior (2006) foi também de maior acalmia. Os elementos apurados apontam, claramente, para um número um pouco inferior de ocorrências quando comparado com o valor médio apurado para o período 2001-2005. A área ardida até 15 de Setembro, apresentou um decréscimo bastante significativo face à média do último quinquénio (- 142 mil hectares), e muito expressivo face a 2005 (- 241 mil ha). A fase "Charlie" de combate aos incêndios florestais, a época de maior risco, arrancou a 1 de Julho com um dispositivo que envolve 52 aeronaves, 8 836 homens, 1 886 viaturas, cinco ministérios, cinco institutos públicos, autarquias e a sociedade civil. Os objectivos principais para este ano são "diminuir o número de incêndios com áreas superiores a um hectare, eliminar incêndios superiores a mil hectares e reduzir o tempo do ataque inicial para menos de 20 minutos", segundo o secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões.A fase "Charlie" de combate aos incêndios florestais termina a 30 de Setembro.
Fonte: Diario de Noticias

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