O Centro de Meios Aéreos de Cernache dispõe de melhores condições para quem lá trabalha. Tudo para que haja maior eficácia no primeiro combate aos fogos florestais.O tom esverdeado da água colocada nos tanques do Aeródromo de Cernache indica que, até ao momento, ainda não foi necessário utilizá-la para encher o depósito do Dromader. Mas, como os responsáveis acreditam que em qualquer altura ela pode vir a ser necessária, está tudo a postos para que este avião sediado no aeródromo conimbricense levante voo e demore, no máximo, 20 minutos a chegar ao local do fogo. "Quando falamos no tempo máximo, estamos a dizer que os 20 minutos acontecem no limite do raio de 30 quilómetros do local onde levantou voo", esclareceu António Martins, comandante operacional distrital de operações de socorro. É esse o limite máximo de acção dos aviões Dromader, já estacionados em Cernache, Lousã e Côja, para o primeiro combate aos fogos no distrito. Só em casos extremos é que "decidimos se alargamos, ou não, o raio de acção". Para tal, muito contribui o facto de existirem meios aéreos estacionados em Pombal, Figueiró dos Vinhos ou Águeda. A ordem para que o avião levante voo de Cernache é dada pelo comando distrital para o novo edifício existente no aeródromo. Uma habitação que resulta da junção de dois contentores e que vem pôr fim às precárias instalações usadas nos últimos anos. "Os meios eram sofríveis", reconheceu António Martins, que anunciou ainda o facto de naquele local, e para além do novo edifício, o centro ter passado a dispor de dois tanques de abastecimento de combustível. Tanques esses que podem servir para reabastecer o avião Dromader ou o helicóptero Kamov, que chegará nos próximos dias à Lousã.Tudo em nome de maior operacionalidade naquela que é considerada a fase mais crítica do combate aos fogos florestais. As novas estruturas foram ontem visitadas pelo governador civil de Coimbra. Henrique Fernandes foi ainda acompanhado durante a visita pelo director da circunscrição florestal do centro, António Gravato, e pelo vereador com o pelouro da protecção civil da Câmara Municipal de Coimbra, Álvaro Seco. Uma melhor articulação entre todas as entidades e uma mais eficaz passagem da informação, que não se registou no ano passado, foram alguns dos aspectos salientados pelos responsáveis presentes. "Estamos cá mais bem apetrechados, mais bem informados e mais articulados. Vamos ver se conseguimos ser um pouco mais felizes", referiu Henrique Fernandes.
Fonte: As Beiras On-Line
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