O incêndio do Sabugal envolve 65 bombeiros, 16 viaturas, um helicóptero e dois Canadair (CL-215) e está a lavrar em áreas de pinhal e mato.O incêndio - que começou às 12h17 - está por circunscrever, estando activos dois focos distintos que «ardem intensamente» no sítio de Quadrazais, indicou o Comando Distrital de Operações de Socorro da Guarda.«Várias coorporações de bombeiros estão a dirigir-se para o local, para reforçar os meios de combate já existentes, estando também no local três equipas de Sapadores Florestais», disse um responsável presente na sala de operações no CDOS da Guarda.O «fogo deflagrou numa zona de acesso difícil, com declives acentuados e com muito mato», justificou a mesma fonte.O fogo de Lagos começou às 12h59 está a mobilizar 35 bombeiros, 9 veículos e dois helicópteros.Quanto ao incêndio em Santa Margarida, Idanha-a-Nova (Castelo Branco) deflagrou às 13h02 e envolve 41 bombeiros, apoiados por 10 viaturas, três helicópteros e dois aviões ligeiros.O incêndio do Sabugal envolve 65 bombeiros, 16 viaturas, um helicóptero e dois Canadair (CL-215) e está a lavrar em áreas de pinhal e mato.
Fonte:Lusa / SOL
A falta de limpeza dos terrenos está a colocar em risco áreas florestais nos concelhos de Monchique e Aljezur, mais propícias a incêndios e onde a vegetação atinge dois metros de altura.Apesar de os bombeiros garantirem estar "preparados para o que der e vier", em face dos recursos existentes nas corporações e da estratégia de combate a fogos - a qual conta nomeadamente com três helicópteros destacados no Algarve nesta época do ano - subsiste apreensão pelo facto de certas zonas que "funcionariam como corta-fogo se encontrarem cheias de pasto". Tal poderá contribuir para a propagação das chamas a outros terrenos e dificultar o acessos de viaturas dos bombeiros. É o caso de Aljezur, onde a Serra do Espinhaço de Cão, de Vale da Telha e a faixa norte do concelho são consideradas as mais críticas, com zonas rurais, florestais e terrenos incultos. "Houve uma limpeza dos terrenos há dois ou três anos por iniciativa da câmara municipal, mas com as chuvas o pasto cresceu e chega a ultrapassar dois metros de altura. Noutros, pode variar entre 20 a 30 centímetros e atingir um 1,50 metros de altura", alertou, em declarações ao DN, o comandante dos Bombeiros de Aljezur, Mário Costa. O problema verifica-se tanto em propriedades privadas como noutras pertencentes a organismos públicos. Nesta caso, as situações que suscitam mais preocupação prendem-se com o crescimento de pasto e ervas junto a estradas com ligações a aglomerados populacionais, embora ainda se trate de "combustível leve".A solução é "apostar na limpeza", insiste Mário Costa. Mesmo assim, em caso de fogo, o comandante mostra-se confiante, atendendo à experiência adquirida nos últimos anos nas operações de combate. "Se for feito um ataque inicial musculado com se tem verificado, com o apoio "em triângulo" das corporações dos concelhos limítrofes e do helicóptero mais próximo, os problemas serão resolvidos", diz.Já no concelho de Monchique, o progressivo abandono de terrenos florestais, sobretudo com eucaliptos e sobreiros, por parte dos proprietários, devido aos prejuízos resultantes das vagas de incêndios de 2003, levou a vegetação a atingir 1,50 metros de altura na periferia do maciço xistoso da Fóia e Picota. "80% dos proprietários dos terrenos florestais não cumprem a legislação ao nível da limpeza, por exemplo em relação aos 50 metros impostos em redor das casas e aos 25 metros junto às ribeiras", lamenta Helder Águas, presidente da Associação dos Agricultores de Monchique. Apesar de o mato "estar muito verde", o responsável admite que possam ocorrer "fogachos", mas, ressalvou, "só um vento forte e seco de leste poderá provocar mais problemas nessa altura na propagação das chamas."
Fonte: Diario de Noticias
O calor intenso que se fez sentir durante o dia de ontem ajudou à propagação de vários incêndios de grande dimensão. O maior aconteceu em Arouca. Apesar de garantirem que não havia populações em risco, às 19h00 mais de uma centena de bombeiros preparava-se para defender a povoação de Vila Cova, em Arouca, não fossem as chamas, consideradas “incontroláveis” pelos bombeiros, atingir as habitações.
O incêndio deflagrou pelas 17h00 no Lugar de Seravidões, freguesia de Espiunca, em Arouca. De grande dimensão e com duas frentes de fogo activas, o incêndio mobilizou para o local 161 bombeiros de, pelo menos, 16 corporações apoiados por 43 viaturas e três helicópteros.A zona de eucaliptal e mato rapidamente começou a ser consumida e as chamas ganharam grandes proporções, chegando a alcançar “projecções de centenas de metros”, segundo disse ao Correio da Manhã o comandante dos Bombeiros de Arouca, António Esteves. Segundo o responsável, o fogo lavrava nas margens do rio Paiva e estava a dirigir-se para o concelho de Castelo de PaivaO fumo denso condicionou, “bastante” o trabalho dos três helicópteros mobilizados para o combate às chamas. Devido à dimensão do incêndio foi montado um posto móvel de comando no Teatro de Operações para dar apoio às equipas que estavam no local. Até ao fecho desta edição, o fogo ainda estava fora de controlo.Ao final do dia havia ainda mais dois incêndios por circunscrever. A localidade de São Matias, em Nisa, distrito de Portalegre, não escapou à fúria das chamas, que deflagraram pelas 14h00 e foram combatidas por 154 bombeiros, apoiados por 45 viaturas, três helicópteros e dois aviões Beriev. Em Mértola, Beja – distrito com risco elevado de incêndio, que atinge hoje 43 graus – o fogo estava incontrolável. No local continuavam, à hora de fecho da edição, 74 homens e 19 veículos.No distrito de Santarém, onde se registaram temperaturas de 39º, ocorreram dois incêndios de média dimensão, tendo sido mobilizados para Torres Novas e Abrantes 126 bombeiros, 37 veículos e dois helicópteros. Para apagar um outro incêndio em Pombal, Leiria, foram necessários 70 homens, 19 veículos e um helicóptero. Os distritos da Guarda e Leiria mobilizaram ontem mais de cem bombeiros, um helicóptero e 31 veículos para combater dois incêndios, em Almeida e Pombal. DOIS BOMBEIROS ASSISTIDOSDois bombeiros que combatiam as chamas em Nisa foram ontem assistidos no centro de saúde local devido ao calor e à intoxicação pelo fumo. MILITARES TRABALHAM CEM HORAS POR SEMANAOs militares do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro da GNR, que faz o primeiro ataque aos fogos florestais, estão descontentes com o horário de trabalho e com os salários que consideram baixos. Os guardas alegam que trabalham 36 horas seguidas e mais de cem por semana. Quanto às ajudas de custo, no valor médio de 600 euros, dizem que não recebem desde Outubro de 2006.Os militares afirmam que entram ao serviço às 09h00 e que estão de alerta ao ‘heli’ até às 21h00 nos nove Centros de Meios Aéreos espalhados pelo País. Depois pernoitam no quartel até à manhã seguinte, mas estão de prevenção.“Ficámos sem vida própria. No ano passado, trabalhávamos 12 horas por dia, mas depois tínhamos descanso. Com tantas horas de trabalho não estamos em condições de responder com a mesma eficácia”, disse ao CM um militar dos GIPS.Os vencimentos são outro ponto de discórdia. Dizem que continuam a receber 600 euros, quando a lei estipula um total de mil.“O tempo da escravatura já devia ter terminado” é o que dizem os militares dos GIPS. "MORAL DO GRUPO ESTÁ EM ALTA"O comandante dos GIPS, major Paixão, afirmou ao CM que os militares não estão de serviço 36 horas, mas trinta. “Estão de serviço aos meios aéreos até às 21h00 e depois de prevenção nos quartéis durante a noite. No dia seguinte, a partir das 11h00, fazem mais seis horas de patrulhamento. Este é um esforço que lhes é pedido durante a época de fogos, mas, para que possam estar com as famílias, têm três dias de folga por semana”, afirmou. O major Paixão argumentou que “o moral do grupo está em alta e prova disso é a taxa de sucesso operacional de cerca de 98%”. Assumindo ter conhecimento das queixas dos militares, afirma que todos os que entraram para os GIPS sabiam das condições que iam encontrar. “A qualidade do serviço prestado não está em causa, caso contrário os horários já teriam sido alterados”, disse, acrescentando que, se os militares tiverem várias saídas para combate a incêndios durante o dia, esse facto é tido em consideração pelo comando.PREVISÕES DÃO AINDA MAIS CALOR PARA HOJEPortugal viveu ontem o dia mais quente do ano, mas as previsões do Instituto de Meteorologia indicam para hoje nova subida de temperatura, pelo que poderão ser superados os 43º registados às 16h00 de ontem em Portel. Amareleja e Évora foram os segundos na tabela dos locais mais quentes, com 42º. Beja e Santarém ficaram pelos 41º e Lisboa e Leiria obtiveram 40º. Para hoje os termómetros terão nova subida de temperatura no Interior, com Santarém, Beja e Évora a atingirem os 43º. Esse aquecimento será, no entanto, de curta duração: amanhã prevê-se uma queda significativa. De acordo com o Instituto de Meteorologia, poderão mesmo verificar-se “aguaceiros fracos e possibilidade de ocorrência de trovoada nas regiões do Minho e Douro Litoral no final do dia”.NOTASULTRAVIOLETAS NO MÁXIMORaios ultravioletas atingem hoje nível máximo no Algarve e Beira Interior, devendo evitar-se exposição ao sol. No resto do País prevêem-se valores muito altos.PRAIAS À CUNHAOs 40 graus que ontem se registaram em Lisboa provocaram a debandada geral em direcção às praias. Foi a maior enchente deste ano na Caparica.TRÂNSITO CAÓTICOAcessos à ponte 25 de Abril entupidos, filas contínuas nas estradas para as praias e carros estacionados a quilómetros do areal marcaram dia na Costa.
Fonte: Correio da Manhã
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