A exploração da floresta portuguesa está muito aquém do seu potencial. A culpa é da escassez de investimento. O resultado é o empobrecimento da mancha verde nacional. Nas últimas décadas, têm sido investidos, em média, 40 a 50 milhões de euros por ano.
Este valor distancia-se bastante dos 100 a 200 milhões de euros que é necessário aplicar anualmente na floresta nos próximos 20 anos para que se opere uma inversão na gestão actual dos espaços florestais, assegurando a sua sustentabilidade e uma rentabilidade interessante.
«Este investimento implicaria tratar devidamente cerca de 100 a 200 mil hectares de floresta por ano», segundo as contas de Rodrigo Sarmento de Beires, presidente da empresa de consultoria Bosque – Inovação e Desenvolvimento Florestal. «Um terço dessas áreas podem ser investimentos florestais interessantes, se geridos de forma activa a longo prazo, onde é possível encarar investimentos com taxas internas de rendibilidade da ordem dos quatro a nove por cento», afirma ao jornal Água&Ambiente.
Para Sarmento de Beires, o investimento e a gestão florestal em Portugal «têm de crescer para aproveitar um recurso económico seguro, renovável e com valor de mercado, a que as preocupações ambientais planetárias vieram trazer novos valores e procuras». Mas também como forma de suster a devastação por incêndios e a desertificação, evitando perdas patrimoniais significativas e riscos de pessoas e bens.
O objectivo é aumentar as zonas florestais em 5 milhões de euros, passando dos actuais de 3,2 milhões de hectares para 8,2 milhões de hectares, de modo a inverter a redução da floresta de longa duração. Entre 1975 e 1995, esta decresceu de 2,8 para 2,6 milhões de hectares.
Este valor distancia-se bastante dos 100 a 200 milhões de euros que é necessário aplicar anualmente na floresta nos próximos 20 anos para que se opere uma inversão na gestão actual dos espaços florestais, assegurando a sua sustentabilidade e uma rentabilidade interessante.
«Este investimento implicaria tratar devidamente cerca de 100 a 200 mil hectares de floresta por ano», segundo as contas de Rodrigo Sarmento de Beires, presidente da empresa de consultoria Bosque – Inovação e Desenvolvimento Florestal. «Um terço dessas áreas podem ser investimentos florestais interessantes, se geridos de forma activa a longo prazo, onde é possível encarar investimentos com taxas internas de rendibilidade da ordem dos quatro a nove por cento», afirma ao jornal Água&Ambiente.
Para Sarmento de Beires, o investimento e a gestão florestal em Portugal «têm de crescer para aproveitar um recurso económico seguro, renovável e com valor de mercado, a que as preocupações ambientais planetárias vieram trazer novos valores e procuras». Mas também como forma de suster a devastação por incêndios e a desertificação, evitando perdas patrimoniais significativas e riscos de pessoas e bens.
O objectivo é aumentar as zonas florestais em 5 milhões de euros, passando dos actuais de 3,2 milhões de hectares para 8,2 milhões de hectares, de modo a inverter a redução da floresta de longa duração. Entre 1975 e 1995, esta decresceu de 2,8 para 2,6 milhões de hectares.
Fonte: Ambiente On-Line
O presidente da União da Floresta Mediterrânica (UNAC), José Miguel Caetano, defendeu hoje um "alinhamento" dos países da União Europeia (UE) relativamente às políticas energéticas, em especial ao nível dos preços da produção de biomassa florestal.
"A nossa biomassa vai ser exportada e nós temos de alinhar os preços da energia com os outros países da Europa senão, em vez de termos um mercado ibérico de consumo, vamos ter um mercado para onde exportamos, numa situação que poderá pôr em questão toda a política energética nacional", alertou em declarações à Lusa o presidente da UNAC, a propósito da reunião de ministros da Competitividade e Ciência, que decorre entre quinta-feira e sábado em Lisboa.
Para José Miguel Caetano, que representa os interesses de cerca 16.000 produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias, a aposta na biomassa florestal é decisiva para a competitividade das florestas, mas deverá ser "agarrada" não só pela produção florestal, mas também com políticas de promoção e segurança desta actividade.
Ao nível da produção, referiu, Portugal tem de ter as mesmas condições da restante Europa, ou seja, o preço da energia eléctrica paga por unidade dos que produzem com base na biomassa deve ser igual.
"Todos os preços nesta matéria devem estar nivelados nos países da UE", sublinhou.
"Não podemos ter preços menores de electricidade em Itália, Bélgica, Inglaterra, Alemanha e a própria Espanha como neste momento acontece", sustentou.
Ao nível da logística da biomassa, a UNAC defende igualmente que a legislação e o transporte sejam iguais em toda a UE.
"Na Suécia, por exemplo, um camião pode transportar mais um terço de biomassa do que em Portugal, a um preço 30 por cento mais baixo", disse o responsável, referindo que o transporte é o factor que mais pesa na biomassa.
José Miguel Caetano espera que os temas da legislação e da logística da biomassa sejam debatidos por todos os países durante a presidência portuguesa da UE.
O ministro da Economia português, Manuel Pinho, já disse que o dossier "energia" está no topo da agenda da presidência portuguesa UE e que o objectivo é trazer para a mesa de negociações outros países.
Para José Miguel Caetano, a floresta "está na moda" e é um bem "cada vez mais valorizado".
Por esta razão, referiu, a valorização do mercado ambiental da floresta, também deve ser contemplado nos orçamentos públicos, para que sejam criadas condições aos investidores.
Ao nível da captação de investimento, em especial de investidores financeiros, é necessário antes de mais garantir que a floresta não arde, frisou.
"Não se pode estar a fomentar o investimento da floresta ao nível de investidores financeiros ou industrial e termos de repente uma catástrofe como a de 2003 - que destruiu 300 mil hectares de floresta", lembrou.
"Temos que garantir que a nossa floresta arda apenas o que é normal, que é um valor residual abaixo dos 10 por cento, para que investidores financeiros se sintam aliciados a apostar nas florestas", concluiu.
No contexto interno, de acordo com os dados da UNAC, o sector florestal representa 3 por cento do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da economia, 3,2 por cento do PIB, 5 por cento do emprego (227.000 trabalhadores) e 10 por cento das exportações portuguesas (2,6 mil milhões de euros).
"A nossa biomassa vai ser exportada e nós temos de alinhar os preços da energia com os outros países da Europa senão, em vez de termos um mercado ibérico de consumo, vamos ter um mercado para onde exportamos, numa situação que poderá pôr em questão toda a política energética nacional", alertou em declarações à Lusa o presidente da UNAC, a propósito da reunião de ministros da Competitividade e Ciência, que decorre entre quinta-feira e sábado em Lisboa.
Para José Miguel Caetano, que representa os interesses de cerca 16.000 produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias, a aposta na biomassa florestal é decisiva para a competitividade das florestas, mas deverá ser "agarrada" não só pela produção florestal, mas também com políticas de promoção e segurança desta actividade.
Ao nível da produção, referiu, Portugal tem de ter as mesmas condições da restante Europa, ou seja, o preço da energia eléctrica paga por unidade dos que produzem com base na biomassa deve ser igual.
"Todos os preços nesta matéria devem estar nivelados nos países da UE", sublinhou.
"Não podemos ter preços menores de electricidade em Itália, Bélgica, Inglaterra, Alemanha e a própria Espanha como neste momento acontece", sustentou.
Ao nível da logística da biomassa, a UNAC defende igualmente que a legislação e o transporte sejam iguais em toda a UE.
"Na Suécia, por exemplo, um camião pode transportar mais um terço de biomassa do que em Portugal, a um preço 30 por cento mais baixo", disse o responsável, referindo que o transporte é o factor que mais pesa na biomassa.
José Miguel Caetano espera que os temas da legislação e da logística da biomassa sejam debatidos por todos os países durante a presidência portuguesa da UE.
O ministro da Economia português, Manuel Pinho, já disse que o dossier "energia" está no topo da agenda da presidência portuguesa UE e que o objectivo é trazer para a mesa de negociações outros países.
Para José Miguel Caetano, a floresta "está na moda" e é um bem "cada vez mais valorizado".
Por esta razão, referiu, a valorização do mercado ambiental da floresta, também deve ser contemplado nos orçamentos públicos, para que sejam criadas condições aos investidores.
Ao nível da captação de investimento, em especial de investidores financeiros, é necessário antes de mais garantir que a floresta não arde, frisou.
"Não se pode estar a fomentar o investimento da floresta ao nível de investidores financeiros ou industrial e termos de repente uma catástrofe como a de 2003 - que destruiu 300 mil hectares de floresta", lembrou.
"Temos que garantir que a nossa floresta arda apenas o que é normal, que é um valor residual abaixo dos 10 por cento, para que investidores financeiros se sintam aliciados a apostar nas florestas", concluiu.
No contexto interno, de acordo com os dados da UNAC, o sector florestal representa 3 por cento do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da economia, 3,2 por cento do PIB, 5 por cento do emprego (227.000 trabalhadores) e 10 por cento das exportações portuguesas (2,6 mil milhões de euros).
Fonte: Agro Noticias
Os dois incêndios florestais que deflagraram esta tarde, um em Pampilhosa da Serra, Coimbra, e outro no Parque do Douro Internacional, Bragança, estão em fase de rescaldo, segundo a Protecção Civil, escreve a Lusa.
Em Pampilhosa da Serra combateram as chamas 26 bombeiros, apoiados por seis viaturas, duas brigadas de Sapadores Florestais e uma da associação de produtores florestais Afocelca.
O incêndio ocorreu no lugar de Maxialinho, «uma zona florestal densamente arborizada com pinheiro», afirmou à agência Lusa o segundo comandante Nuno Melo, em serviço no Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra.
Combateram este fogo, além dos Sapadores Florestais, de Castelo Branco, e uma equipa da Afocelca, as corporações de Bombeiros de Castelo Branco e de Pampilhosa da Serra e ainda o helicóptero «Hotel 25», afirmou o mesmo responsável.
No caso do fogo no Parque do Douro Internacional, no lugar de Barrocal do Douro, distrito de Bragança, estiveram no local 13 bombeiros e três viaturas, numa zona de floresta.
Fonte: Portugal Diario
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