Floresta, Ciclo do Carbono e Alterações Climáticas
Alexandra Cristina Pires Correia (Escrito para Naturlink)
A concentração de gases causadores do efeito de estufa aumentou significativamente nos últimos 200 anos. A minimização deste problema planetário passa pela concertação de acções internacionais e, em boa medida, por medidas de intervenção florestal.









Fonte: Naturlink
Uma conferência internacional sobre o aquecimento global aprovou hoje um relatório final advertindo que haverá devastadoras conseqüências para a Terra e para a humanidade - do aumento da fome à extinção de espécies - caso o mundo não aja imediatamente para conter a emissão de gases causadores do efeito estufa.
Entre os desastres mais notáveis está o fim da floresta Amazônica e, em seu lugar, o surgimento de uma savana. Isso ocorreria devido a uma alteração nos regimes de chuva, que passariam a cair em menor volume e, com isso, devastariam entre 30% a 60% da floresta até o ano de 2080. O documento final do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) é o mais claro e abrangente testemunho científico até hoje sobre o impacto do aquecimento global, causado principalmente pela emissão pela ação do homem de gases como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nítrico (N2O).
Os 400 cientistas e representantes governamentais examinaram por uma semana 29 mil dados coletados por cinco anos em todo o planeta e concluíram que cerca de 30% das espécies vegetais e animais correm o risco de desaparecer se a temperatura mundial tiver uma alta superior a 2ºC em relação à média das décadas de 1980 e 1990.
Áreas que hoje sofrem escassez de chuva se tornarão ainda mais secas, aumentando o risco de fome e da disseminação de doenças. O mundo enfrentará ameaças crescentes de enchentes, tempestades e erosão das regiões costeiras. "Esse é um vislumbre de um futuro apocalíptico", estimou o grupo ambientalista Greenpeace sobre o estudo. O relatório de 21 páginas pretende ser um guia para políticas de governo. Ele é um sumário das 1.500 páginas de evidências científicas da mudança climática e do impacto que ela terá sobre as pessoas e os ecossistemas mais vulneráveis da Terra.
Mais de 120 nações participaram do painel. Cada palavra foi aprovada por consenso, e qualquer modificação tinha de ter a concordância dos cientistas que elaboraram a seção do relatório. Devido à pressão de alguns países, notadamente dos Estados Unidos, China e Arábia Saudita, algumas partes do relatório foram amenizadas, como a que destacava os devastadores efeitos no meio ambiente para cada elevação de 1º C.
Um sumário será apresentado na cúpula do Grupo dos Oito países mais industrializados em junho, quando a União Européia pretende renovar apelos ao presidente George W. Bush, dos EUA, o maior emissor de gases causadores do efeito estufa, para participar dos esforços mundiais para conter o aquecimento global. Segundo o relatório, as populações pobres, incluindo as das sociedades mais prósperas, serão as mais vulneráveis às mudanças climáticas e mais de 1 bilhão de pessoas poderão sofrer com a falta de água em um futuro próximo.
A principal causa será o derretimento precoce da camada de gelo de grandes cadeias de montanhas, como o Himalaia e os Andes, causado pelo aumento da temperatura na Terra. O rendimento dos cultivos agrícolas e da pecuária também será afetado, principalmente na América do Sul, África e Ásia. Isso aumentaria a fome e a ocorrência de doenças nas regiões mais pobres do mundo. Por outro lado, um aumento limitado a 1º C na temperatura global beneficiaria a agricultura da Nova Zelândia, Rússia e América do Norte.
O documento está sendo lançado em quatro partes ao longo deste ano. Na primeira parte, divulgada em fevereiro em Paris, os cientistas projetaram um aumento de até 4º C na temperatura da Terra até o fim deste século e culparam o homem pelo aquecimento global. Em maio, na Tailândia, o IPCC divulgará a terceira parte, que abordará as formas de impedir o aumento da concentração de gases nocivos ao ambiente.
Entre os desastres mais notáveis está o fim da floresta Amazônica e, em seu lugar, o surgimento de uma savana. Isso ocorreria devido a uma alteração nos regimes de chuva, que passariam a cair em menor volume e, com isso, devastariam entre 30% a 60% da floresta até o ano de 2080. O documento final do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) é o mais claro e abrangente testemunho científico até hoje sobre o impacto do aquecimento global, causado principalmente pela emissão pela ação do homem de gases como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nítrico (N2O).
Os 400 cientistas e representantes governamentais examinaram por uma semana 29 mil dados coletados por cinco anos em todo o planeta e concluíram que cerca de 30% das espécies vegetais e animais correm o risco de desaparecer se a temperatura mundial tiver uma alta superior a 2ºC em relação à média das décadas de 1980 e 1990.
Áreas que hoje sofrem escassez de chuva se tornarão ainda mais secas, aumentando o risco de fome e da disseminação de doenças. O mundo enfrentará ameaças crescentes de enchentes, tempestades e erosão das regiões costeiras. "Esse é um vislumbre de um futuro apocalíptico", estimou o grupo ambientalista Greenpeace sobre o estudo. O relatório de 21 páginas pretende ser um guia para políticas de governo. Ele é um sumário das 1.500 páginas de evidências científicas da mudança climática e do impacto que ela terá sobre as pessoas e os ecossistemas mais vulneráveis da Terra.
Mais de 120 nações participaram do painel. Cada palavra foi aprovada por consenso, e qualquer modificação tinha de ter a concordância dos cientistas que elaboraram a seção do relatório. Devido à pressão de alguns países, notadamente dos Estados Unidos, China e Arábia Saudita, algumas partes do relatório foram amenizadas, como a que destacava os devastadores efeitos no meio ambiente para cada elevação de 1º C.
Um sumário será apresentado na cúpula do Grupo dos Oito países mais industrializados em junho, quando a União Européia pretende renovar apelos ao presidente George W. Bush, dos EUA, o maior emissor de gases causadores do efeito estufa, para participar dos esforços mundiais para conter o aquecimento global. Segundo o relatório, as populações pobres, incluindo as das sociedades mais prósperas, serão as mais vulneráveis às mudanças climáticas e mais de 1 bilhão de pessoas poderão sofrer com a falta de água em um futuro próximo.
A principal causa será o derretimento precoce da camada de gelo de grandes cadeias de montanhas, como o Himalaia e os Andes, causado pelo aumento da temperatura na Terra. O rendimento dos cultivos agrícolas e da pecuária também será afetado, principalmente na América do Sul, África e Ásia. Isso aumentaria a fome e a ocorrência de doenças nas regiões mais pobres do mundo. Por outro lado, um aumento limitado a 1º C na temperatura global beneficiaria a agricultura da Nova Zelândia, Rússia e América do Norte.
O documento está sendo lançado em quatro partes ao longo deste ano. Na primeira parte, divulgada em fevereiro em Paris, os cientistas projetaram um aumento de até 4º C na temperatura da Terra até o fim deste século e culparam o homem pelo aquecimento global. Em maio, na Tailândia, o IPCC divulgará a terceira parte, que abordará as formas de impedir o aumento da concentração de gases nocivos ao ambiente.
Fonte: Agencia Estado/yahoo.com.br
Mudança climática ameaça maravilhas da natureza, diz WWF
BRUXELAS (Reuters) - A mudança climática ameaça destruir a Grande Barreira de Corais e outras maravilhas da natureza em todo o mundo se os países não agirem para reduzir as emissões de gases do efeito-estufa, disse nesta quinta-feira o grupo ambientalista WWF.
"De tartarugas a tigres, do deserto de Chihuahua à grande Amazônia, todas essas maravilhas da natureza estão em risco por causa da elevação das temperaturas", disse em comunicado Lara Hansen, cientista-chefe do programa de mudança climática global do WWF.
"A adaptação à mudança climática pode salvar algo, mas somente ação drástica dos governos para reduzir as emissões pode dar esperança de evitar sua destruição completa."
A advertência do grupo aparece no momento em que cientistas importantes reúnem-se em Bruxelas para adotar um relatório sobre ameaças regionais específicas decorrentes do aquecimento global, incluindo mais fome na África, elevação do nível do mar e derretimento de geleiras no Himalaia.
O WWF disse que a Grande Barreira de Corais sofre risco de perder a cor por causa das temperaturas mais altas da água. O rio Yangze, na China, o mais longo da Ásia, sofrerá com a falta de água quando as geleiras diminuírem e desaparecerem, disse o grupo.
A entidade afirmou que o Deserto de Chihuahua, na América do Norte, sofrerá com o recuo do Rio Grande. Seis de sete espécies de tartarugas marinhas na América Latina e do Caribe também correm risco, já que as praias de reprodução são destruídas pela elevação do nível do mar.
As árvores Alerce da Argentina e do Chile, que podem viver mais de 3.000 anos, sofrem perigo por causa dos períodos mais longos de seca e do risco maior de incêndios florestais.
O grupo exortou os países a adotarem medidas de adaptação ao aquecimento global e para evitar o seu avanço.
(Por Jeff Mason)
"De tartarugas a tigres, do deserto de Chihuahua à grande Amazônia, todas essas maravilhas da natureza estão em risco por causa da elevação das temperaturas", disse em comunicado Lara Hansen, cientista-chefe do programa de mudança climática global do WWF.
"A adaptação à mudança climática pode salvar algo, mas somente ação drástica dos governos para reduzir as emissões pode dar esperança de evitar sua destruição completa."
A advertência do grupo aparece no momento em que cientistas importantes reúnem-se em Bruxelas para adotar um relatório sobre ameaças regionais específicas decorrentes do aquecimento global, incluindo mais fome na África, elevação do nível do mar e derretimento de geleiras no Himalaia.
O WWF disse que a Grande Barreira de Corais sofre risco de perder a cor por causa das temperaturas mais altas da água. O rio Yangze, na China, o mais longo da Ásia, sofrerá com a falta de água quando as geleiras diminuírem e desaparecerem, disse o grupo.
A entidade afirmou que o Deserto de Chihuahua, na América do Norte, sofrerá com o recuo do Rio Grande. Seis de sete espécies de tartarugas marinhas na América Latina e do Caribe também correm risco, já que as praias de reprodução são destruídas pela elevação do nível do mar.
As árvores Alerce da Argentina e do Chile, que podem viver mais de 3.000 anos, sofrem perigo por causa dos períodos mais longos de seca e do risco maior de incêndios florestais.
O grupo exortou os países a adotarem medidas de adaptação ao aquecimento global e para evitar o seu avanço.
(Por Jeff Mason)
Fonte: Reuters
Comente e Visite o projecto Floresta Unida e todas as Secções e Sub Projectos
"Uma Floresta Unida com um Futuro Verde"
In: Floresta Unida
In: Floresta Unida
Sem comentários:
Enviar um comentário