quinta-feira, 31 de maio de 2007

C.M.A. lousã friends 2007 News - Meios Aereos ( Clique aqui e saiba tudo)

O plano de ordenamento e projectos de recuperação da Mata Nacional do Buçaco estarão concluídos dentro de um mês, disse hoje à Agência Lusa, na Mealhada, o director-geral dos Recursos Florestais, Francisco Rego.
«Estamos a concluir o plano de ordenamento geral da Mata e os projectos específicos englobados nesse plano. No final de Junho vamos ter essas peças todas elaboradas e a concretização no terreno será alvo de adjudicação nos próximos meses», afirmou o director-geral, à margem da sessão de cedência à autarquia da Mealhada dos terrenos dos antigos viveiros florestais.
Segundo Francisco Rego, a requalificação dos 105 hectares da Mata Nacional do Buçaco incide sobre a recuperação das entradas, estufas, estruturas e edifícios e também os trilhos e percursos pedonais existentes.
Aquele responsável não adiantou pormenores concretos sobre o novo plano de ordenamento e projectos de recuperação - elaborados pela Direcção-Geral de Florestas em parceria com as Universidades de Aveiro e Trás-os-Montes e Alto Duro e Instituto Superior de Agronomia - reservando a sua divulgação para uma apresentação pública, ainda por agendar.
No entanto, questionado acerca da eventual restrição de circulação de viaturas dentro do perímetro da Mata, Francisco Rego disse que as acessibilidades, estacionamento e percursos são uma das vertentes incluídas no plano de ordenamento.
«Queremos atrair visitantes mas também encontrar dentro daquele espaço condições de qualidade. Muito trânsito é, de certeza, prejudicial. Há que encontrar soluções que minimizem os conflitos para conciliar as duas coisas».
Fonte: Destak
Johannesburgo, 30/05/2007 – A mudança climática ameaça, de acordo com ambientalistas, a sul-africana Região Floral do Cabo, declarada patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Esta área, localizada na província de Cabo Ocidental, compreende oito zonas protegidas que, no total, somam 5.530 quilômetros quadrados. Este “reino floral”, um dos seis do mundo assim classificados por sua peculiar vegetação, figura entre as zonas de maior biodiversidade da Terra. Abriga mais de 7.700 espécies de plantas, 70% exclusivas, explicou Gavin Manveldt, do Departamento de Biodiversidade da Conservação na Universidade de Cabo Ocidental. É comum referir-se à vida vegetal da região como fynbos, que significa arbustos magníficos em afrikaans, o dialeto falado pelos colonizadores holandeses. “Os fynbos se reduzirão à metade em cerca de 50 anos. Perderemos muitas espécies nas áreas com a maior densidade mundial de espécies vegetais por hectare, disse o biólogo Gerhard Verdoorn, diretor-executivo da não-governamental BirdLife South Africa. “Também haverá uma redução da área total de fynbos”, lamentou. Além disso, outras formas de vida serão afetadas, especialmente as formigas que conduzem sob a terra certas sementes de fynbos, processo essencial para a germinação. “As formigas que são únicas dos fynbos serão perdidas. E sem elas a sobrevivência de muitas das plantas está seriamente ameaçada”, disse Verdoorn à IPS. Informes divulgados no site do Dia Internacional para a Diversidade Biológica, comemorado no último dia 22, indicam que a temperatura do planeta aumentou cerca de 0,6 graus desde meados do século XIX, e prevêem mais aumentos, de até 5,8 graus, neste século. Muitos cientistas acreditam que estas temperaturas elevadas se devem ao aumento da concentração na atmosfera de gases causadores do efeito estufa, como dióxido de carbono e metano, que absorvem e prendem a energia solar. As emissões desses gases entram na atmosfera, em parte, pela queima de combustíveis fósseis, o que Verdoorn destaca nas quatro ações que considera chave para salvar a Região Floral do Cabo: “Um, reduzir o consumo de combustível. Dois, reduzir o consumo de água. Três, reduzir o uso de eletricidade. Quatro controlar os vegetais estrangeiros e invasores”. Segundo a organização não-governamental Earthlife Africa, a África do Sul é um importante contribuinte para a mudança climática. “Produzimos energia a partir do carvão. Carvão, carvão, carvão. É uma adição ao carvão”, disse à IPS o coordenador Richard Worthington. “A África do Sul responde por 40% das emissões totais da África, isto é, cerca de 1,5% das emissões mundiais de gases que causam o efeito estufa", acrescentou. A Cidade do Cabo pretende incentivar o aquecimento de água com energia solar, bem como a instalação de uma central nuclear adicional, a qual, segundo ambientalistas, somará emissões indiretamente através da construção da usina e extração de urânio. “A extração de urânio é uma das operações industriais de emissão de dióxido de carbono mais intensa. Como a demanda por urânio cresce, prevê-se que essas emissões aumentem”, afirmou a ONG Amigos da Terra, com sede na Grã-Bretanha. “A África do Sul tenta justificar a instalação de uma central nuclear em nom da mudança climática. Mas, não poderá”, disse Worthington. “Penso que estamos agindo de maneira bastante irracional como país”, afirmou à IPS, por sua vez, Nol Oettle, do não-governamental Grupo de Controle Ambiental, com sede na Cidade do Cabo. Quanto às espécies estrangeiras e invasoras, Verdoon ressaltou a ameaça da acácia negra e da variedade desse arbusto conhecida como “rooikrans” (coroa vermelha). “Cobrem áreas enormes e devem ser eliminadas. Já há quem esteja fazendo isso”, acrescentou. Entre 2005 e 2006, as autoridades de conservação locais gastaram cerca de US$ 2,5 milhões para eliminar as plantas estrangeiras em Cabo Ocidental. Verdoorn também atacou a indústria da construção. “Se queremos preservar os fynbos, devemos impedir, entre outras coisas, a instalação de complexos habitacionais e campos de golfe. Um campo de golfe usa um milhão de litros de água por dia. Isso é muito. Sem eles podemos ajudar os pobres que não têm acesso à água”, ressaltou. Os incêndios também ameaçam os fynbos. CapeNature, a autoridade ambiental em Cabo Ocidental, disse em seu informe anual 2005/2006 que “a incidência de incêndios sem controle em delicadas áreas de fynbos continua aumentando ano a ano”. Este organismo atribui esse fato ao aumento da população, particularmente em assentamentos informais; ao aumento da temperatura e à ampliação das temporadas de incêndios florestais por causa da mudança climática, à infestação de espécies estrangeiras que proporcionam o combustível para o fogo. “A temporada de incêndios 2005/2006 registrou mais de cem ocorrências sem controle em áreas de fynbos protegidas administradas pela CapeNature em todo o Cabo Ocidental”, diz o informe. “Os incêndios são parte essencial do ecossistema natural que sustenta e faz evoluir os fynbos”, explica o estudo. Porém, “com uma incidência cada vez maior de incêndios sem controle, há áreas que queimam reiteradamente em ciclos muito mais curtos do que ocorria naturalmente. Incêndios muito freqüentes terão conseqüências negativas e possivelmente catastróficas para o ecossistema especializado dos fynbos”, ressalta o informe da CapeNature. Verdoorn não perdeu as esperanças em relação ao reino floral do Cabo, apesar dos numerosos desafios que esta zona enfrenta. “Penso que podemos salvar os fynbos. Mas precisamos de muito trabalho e fazer com que todos se envolvam”, acrescentou.
Fonte: Portal do meio Ambiente
Na visão do Ministério do Meio Ambiente (MMA), organização institucional inadequada estava na raiz de problemas no setor ambiental. Servidores, críticos e céticos não vêem garantia de melhorias na gestão estatal para uma política mais eficiente
Por Maurício Hashizume
Nova Estrutura do Ministério do Meio Ambiente
As mudanças climáticas, os novos modelos energéticos, o extrativismo e desenvolvimento rural sustentável, os recursos hídricos e o ambiente urbano, bem como a cidadania e a responsabilidade socioambiental demandam, segundo a direção do MMA, um novo ordenamento estrutural da pasta.

A mudança no aparelho ambiental do governo federal, motivo da greve dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) desde o dia 14 de maio, tem sido interpretada pela sua relação direta com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). À margem dessa polêmica, uma outra questão central permanece em aberto: em que medida uma nova estrutura institucional poderá ser de fato determinante para uma política ambiental mais consistente, propositiva e participativa?
Na avaliação de João Paulo Capobianco, que concilia temporariamente o cargo de secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA) com o de presidente do recém-criado Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, os ruídos da engrenagem anterior davam contornos à imagem de desorganização e baixa efetividade do MMA, combinada com a fotografia de um Ibama gigante e sem foco. "É necessário um esforço extra para aumentar a capacidade do aparelho ambiental", adiciona o número 2 do ministério, hoje principal auxiliar da ministra Marina Silva.
Em declarações recentes, Marina tem destacado que o Ibama já gerou o Jardim Botânico, a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Serviço Florestal Brasileiro (SBF). Agora é a vez do Instituto Chico Mendes. "Isso só demonstra que o setor ambiental no país tem sido fortalecido do ponto-de-vista da gestão pública", declara a ministra. O Brasil é um país megadiverso tanto do ponto de vista ambiental (possui 20% das espécies vivas do planeta e a maior floresta tropical do mundo) quanto social e detém mais de 11% da água doce do mundo. Até o final de 2010, o MMA espera chegar a 90 milhões de hectares de Unidades de Conservação (UCs), área que equivale aos territórios da França e da Itália juntos.
O Fórum Brasileiro de Organizações Não-Governamentais e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável (FBOMS), que reúne entidades ambientalistas de diversas áreas de atuação e de diferentes regiões do País, apóia a reforma. "Acreditamos que os esforços do MMA são destinados a criar maior eficiência na gestão ambiental federal, eliminando sombreamentos e superposições de diretorias e gerências, tanto no MMA como no Ibama", assinala a coordenação da entidade. "Não compartilhamos as avaliações e especulações da grande mídia alimentadas por setores do governo e interesses do capital nacional e internacional dizendo que a pressão do PAC e da liberação de licenças de construção de grandes obras de geração de energia previstas fez com que a ministra Marina, pressionada pela Casa Civil, anunciasse esta nova estrutura ministerial e a chamada ‘divisão' do Ibama", adiciona a FBOMS.
O antigo Ibama tinha em seu estatuto mais de 100 atribuições. Para a ambientalista Miriam Prochnow, coordenadora-geral da Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) e integrante da Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (Apremavi-SC), o órgão nunca conseguiu cuidar direito de suas três principais e fundamentais missões: UCs, licenciamento de atividades potencialmente causadoras de impactos ambientais e fiscalização. Em texto que trata da reforma que circulou em listas na internet, ela elogia o governo federal e a ministra "pela coragem de finalmente tomar a iniciativa de fortalecer as instituições nacionais que tem o papel de definir e executar a política ambiental".
A reestruturação da área no governo federal vinha sendo discutida há anos. A proposta de criação de um novo órgão já havia sido colocada em pauta em 2000, mas não prosperou. Vale ressaltar que o Ibama surgiu em 1989 da fusão da Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema), fundada em 1973, com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) e órgãos relacionados com a pesca e com a proteção de seringueiros, justamente para unificar a atuação governamental. Primeiro comandante da Sema, Paulo Nogueira-Neto escreveu em artigo que a posterior instalação do MMA, no entanto, "trouxe uma série de problemas que perduraram até hoje, quando vemos uma parte do Ibama agir como se fosse o órgão máximo ambiental do país".
Mais recentemente, o desafio da melhora na gestão e na eficiência do gasto foi ganhando cada vez mais força dentro do ministério. Em março de 2006, o decreto 5.718 aumentou o número de diretorias do Ibama, estabelecendo inclusive a Diretoria de Licenciamento Ambiental. A mudança foi resultado de análises de consultorias contratadas para esmiuçar o funcionamento da máquina. Naquela ocasião, a conclusão das pesquisas não chegou a recomendar a criação de uma nova autarquia.
As operações do próprio Ibama em parceria com a Polícia Federal (PF) também influenciaram na decisão pela reforma. Iniciadas em 2003, resultaram na prisão de mais de uma centena de funcionários do órgão ambiental. Não por acaso, o diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, foi convidado para assumir a presidência do órgão ambiental, mas não deve assumir o cargo antes da realização dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em julho. Em adição aos flagrantes de corrupção, a autarquia perdeu, ao longo dos últimos anos, uma série de atribuições para estados e municípios, sem que houvesse arrumações internas.
Diante de todos esses problemas, críticos atacam especialmente a divisão abrupta do Ibama que, por si só, não seria capaz de determinar nenhuma melhoria para a gestão. O saldo, segundo eles, foi o estabelecimento de um "Ibama do bem" (que seria o Instituto Chico Mendes, representando o lado dos "conservacionistas") e de um "Ibama do mal" (papel reservado ao próprio Ibama, que "sujaria as mãos" com a liberação de licenciamentos, autorizações e fiscalizações para viabilizar empreendimentos econômicos). A conjuntura escolhida também é motivo de reprovação. O momento não seria o mais adequado para uma mudança como essa, pois estaria contribuindo para confundir e conferir instabilidade a um setor estratégico.
Em cartilha elaborada para explicar as mudanças, o MMA lamenta a confusão gerada por leituras que associaram as reformas às questões de licenças ambientais que estão sendo geridas pelo Ibama. "Em política, a versão vale tanto quanto o fato", rebate o jornalista Sérgio Abranches, em texto publicado no site "O Eco". Para o analista, "o fato de ter anunciado no calor da pressão - liderada pelo presidente da República - fortalece a versão de capitulação à pressão e enfraquece a autoridade regulatória do Ibama".
Diversas fontes asseguram ainda que as mudanças determinadas pelos três decretos e pela Medida Provisória (MP)
366/07 foram discutidas e planejadas em sua fase final apenas por um grupo restrito dentro do MMA. Por isso, adicionam essas mesmas fontes, a reforma não foi capaz de levar em conta o próprio alcance da estrutura em sua totalidade, o que acarretou na formação de várias "zonas de sombra". A educação ambiental, por exemplo, ficou mal ajustada no rearranjo, assim como outros setores que acabaram ficando "no limbo".
A justificativa das mudanças estruturais como medida para garantir uma maior eficiência na gestão é combatida com veemência pela Associação dos Servidores do Ibama (Asibama). "O que falta e sempre faltou é recurso para fortalecer a política ambiental", protesta Lindalva Cavalcanti, presidente da Asibama-DF. Os trabalhos relativos às UCs - transferidos para o Instituto Chico Mendes - estavam sob responsabilidade compartilhada de três diretorias do órgão, estrutura mais do que suficiente, de acordo com o Asibama, para dar conta do recado.
"Está claro que o problema da política ambiental não é de estrutura institucional", reforça Lindalva. Segundo ela, a ênfase dada à organização interna acaba colocando em xeque o próprio discurso apresentado pelo MMA durante o primeiro mandato do governo Lula. Problemas no aparato estatal não foram empecilhos para a execução do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM), ação relevante para a redução do desmatamento em 52% nos dois últimos anos que contou com a participação de 13 ministérios. "Como foi possível fazer esse trabalho com uma estrutura tão deficiente?", ironiza a dirigente sindical.
O Ibama foi criado em 1989 e o primeiro concurso só foi feito em 2002. A primeira leva de concursados ingressou apenas em 2003. Em 2005, foi realizado um novo concurso regionalizado e separado por área de atuação. Esses funcionários contratados recentemente, mesmo ainda em fase de transição, atingiram uma produção significativa, inclusive no que diz respeito ao licenciamento ambiental (em 2006, foram concedidas 278 licenças; e em 2003, 145 ), números que foram divulgados com destaque pelo próprio MMA. "Os instrumentos estão aí, basta investir de verdade", emenda Lindalva.
Em vez de facilitar o fluxo de trabalho, a Asibama prevê prejuízos em alguns segmentos. O Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), que permanecerá no Ibama, supõe um alto grau de cooperação entre as diversas unidades do Ibama, principalmente das UCs, agora sob a alçada do Instituto Chico Mendes. De acordo com a Asibama, as atividades de fiscalização precisariam, por exemplo, ser duplicadas em ambos órgãos.
O secretário-executivo Capobianco explica que até aqui foram publicadas só as primeiras medidas do rearranjo. O organograma e o funcionamento finais só serão concluídos em 90 dias, período no qual, para evitar o "canibalismo" entre os órgãos, ele continuará à frente do Instituto Chico Mendes e o chefe de gabinete da ministra, Bazileu Alves Margarido, também seguirá como interino na presidência do Ibama.
Entre os céticos, há também aqueles que acham que a reforma foi uma troca de "seis por meia-dúzia", já que não houve entrada substantiva de quadros técnicos e acadêmicos para uma guinada efetiva na gestão do aparelho estatal. Praticamente todos os diretores do antigo Ibama permaneceram, com exceção de Luiz Felippe Kunz Júnior, que deixou a Diretoria de Licenciamento Ambiental. A Procuradoria-Geral da autarquia também continua a mesma. "Temos diretores competentes que não conseguiam desenvolver todo o potencial porque a estrutura institucional era falha. Reconhecemos o problema e estamos mudando. A proposta de ajuste não foi de terra arrasada", pondera Capobianco.
Não resta dúvida de que a estrutura estatal operante é fundamental. Mas uma política ambiental consistente, propositiva e participativa vai muito além desse quesito. Em artigo publicado no jornal "O Estado de S. Paulo", o jornalista Washington Novaes, especializado em questões ambientais e de sustentabilidade, põe o dedo da ferida. Novaes cita uma série de ameaças às riquezas naturais do país - desde a proposta do diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, de eximir "projetos estratégicos considerados de prioridade nacional" do rito constitucional do licenciamento ambiental até o risco de liberação da exploração descuidada e predatória de recursos e serviços naturais em terras indígenas ou áreas de conservação, por meio de um "novo e moderno" Estatuto dos Povos Indígenas.
De acordo com documento entregue por entidades indigenistas ao papa Bento XVI em sua visita recente ao Brasil, "falta regularizar 61,76% das áreas indígenas no país, onde vivem 241 povos, com 734 mil pessoas que falam 180 línguas". "Se não fosse pelo direito dos índios, deveríamos ter o cuidado de pelo menos lembrar que eles são os melhores guardiões de nossas maiores riquezas. E deixá-los em paz", conclui o jornalista.
O estudo "Diagnóstico sobre Terras Indígenas Ameaçadas na Amazônia", lançado em 2006 pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) em parceria com o Instituto de Conservação Ambiental (TNC), revela alguns dados impactantes. Se não fosse a resistência dos povos indígenas, 3,5 milhões de hectares da Floresta Amazônica estariam devastados. A estimativa aponta ainda que 74% das terras indígenas (TIs) possuem taxas de desflorestamento menores do que as suas respectivas áreas do entorno. A média de verbas públicas federais destinadas à UCs é de R$ 1,02 por hectare, enquanto que esse mesmo índice cai para R$ 0,57 por hectare para as áreas indígenas. Mesmo assim, o levantamento revela que enquanto a taxa de desmatamento nas UCs é de 1,52%, esse total cai para 1,10% nas TIs. Vale ressaltar ainda que as TIs ocupam 90 milhões de hectares (20% do território total da Amazônia Brasileira), em comparação com a área de 60 milhões de hectares das UCs.
Fonte: Reporter Brasil

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Projecto Queimar as Cinzas , visite e participe neste projecto( Visite AQUI e saiba tudo)

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, afirmou segunda-feira na Figueira da Foz que a floresta portuguesa vale mais do que a empresa automóvel AutoEuropa relativamente às exportações e ao emprego. "As exportações valem mais na floresta do que, por exemplo, a AutoEuropa. Valemos mais em termos de emprego", afirmou Jaime Silva na cerimónia de apresentação pública das equipas de 1.500 sapadores florestais que constituem o dispositivo de prevenção estrutural de incêndios para 2007.
Em declarações aos jornalistas à margem da sessão, o titular da pasta da Agricultura justificou a comparação por ser "a única forma de os portugueses perceberam e importância económica da floresta para o país". Frisando não pretender "diminuir" a empresa AutoEuropa, o ministro da Agricultura afirmou que a comparação com o sector automóvel, "muito importante nas exportações" do país, serve "apenas para mostrar que a floresta vale muito mais em termos ambientais" e que a sua defesa é uma obrigação de todos os portugueses.
Na cerimónia Jaime Silva sublinhou o "reforço" das equipas de sapadores florestais - existem 205 a nível nacional, mais 40 do que no ano passado -, referindo que, apesar do aumento, a meta do Governo em criar 20 por ano "depende muito da actividade do sector privado". "Quem tem a floresta são os privados e estas equipas de sapadores florestais associam o Estado ao sector privado. São financiadas em 50 por cento pelo Ministério da Agricultura e em 50 por cento pelos próprios proprietários florestais", disse.
Aludindo aos cerca de três milhões de hectares de floresta produtiva portuguesa, frisou que apenas três por cento são património público. "É importante que os privados percebam que não só prestam um serviço social ao país em termos ambientais, mas também em termos económicos o lucro que podem obter da floresta é um potencial que têm de utilizar" sublinhou o ministro.
Classificando a sessão como uma homenagem aos sapadores florestais - várias centenas marcaram presença, vindo de todo o país, numa 'parada' em tons de verde e amarelo, formada no parque industrial da Figueira da Foz -, Jaime Silva aludiu aos trabalhos de limpeza da floresta e silvicultura preventiva realizados este ano. "Foram 100 mil hectares de floresta e dois mil quilómetros de caminhos florestais. Mas há muito mais para fazer no futuro", alertou.
Avisou que, apesar das medidas de prevenção de incêndios levadas a cabo no terreno, as condições climatéricas adversas implicaram que apenas mil hectares tenham sido sujeitos a acções de fogo controlado. "Obviamente, essas ervas, todo esse mato que cresceu durante o Inverno, é um material de combustão terrível no Verão e aí o comportamento cívico dos portugueses é importantíssimo. Mais de 30 por cento dos incêndios resulta de negligência" lembrou.
Jaime Silva disse, ainda, que esta não é a altura para se fazer um balanço das medidas destinadas a prevenir e a combater os fogos florestais: "Recuperou-se um atraso que nos preocupava, o essencial dos planos está feito, mas às portas do Verão não é altura de um balanço". Presente na cerimónia, o secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, sublinhou a articulação entre os Ministérios da Administração Interna e da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, considerando-a um caminho "de verdadeiro emparcelamento institucional".
Fonte: O Mirante

A barragem da Aguieira vai ser vigiada em permanência este Verão por uma Equipa da Protecção da Natureza (EPNA) da GNR de Santa Comba Dão, que – além de garantir a segurança de pessoas – facilitará o abastecimento de aviões de combate a incêndios na albufeira. Uma das missões é evitar que os veraneantes e os utilizadores das motos de água estejam nas zonas de enchimento das aeronaves.

A equipa do EPNA é constituída por três elementos em regime de exclusividade. Terão à disposição um barco semi-rígido, com 50 cavalos de potência, equipado com oito coletes salva-vidas, dois resguardos e cabos para reboque. A grande dimensão da albufeira e o elevado número de pessoas que a frequentam no Verão – banhistas e pescadores – levaram a GNR a reforçar as medidas de segurança, pois todos os anos se verificam afogamentos e acidentes com motos de água, alguns mortais.Para o tenente Fernando Colaço, comandante do Destacamento da GNR de Santa Comba Dão, a equipa destinada para os patrulhamentos náuticos “está pronta a entrar ao serviço”, devendo estrear-se na primeira semana de Junho. “Os patrulhamentos têm como objectivo principal garantir a segurança dos cidadãos. No entanto, não vamos descurar a fiscalização da prática da pesca e dos utilizadores das motas de água”, explicou o oficial da GNR, salientando que a albufeira “é muito movimentada no Verão”. ALBUFEIRAA MELHORA barragem da Aguieira é considerada o melhor local para abastecimento de aviões de combate aos incêndios florestais, devido à sua grande dimensão e condições geográficas. O avião ‘Beriev’ que no ano passado esteve em testes na Base de Monte Real (Leiria) só abastecia ali.PESCAA equipa do EPNA vai estar “muito atenta” à prática da pesca desportiva. No Verão, a albufeira é frequentada por muitos pescadores e, segundo a GNR, às vezes utilizam-se métodos ilegais de pesca.BANHISTASAlguns locais da barragem da Aguieira são utilizados como praias, apesar da falta de vigilância, sobretudo aos fins-de-semana. As motas de água e a poluição são outros dois pontos que merecerão a atenção dos militares da GNR.
Fonte: Correio da Manhã
O primeiro-ministro, José Sócrates, assiste hoje, em Moscovo, à apresentação dos novos helicópteros pesados Kamov-32, de fabrico russo, que farão parte do contingente de 40 meios aéreos disponíveis para o combate a incêndios florestais.No segundo dia de visita oficial à Rússia, José Sócrates estará acompanhado na sessão de apresentação dos novos helicópteros pelo recém-empossado ministro da Administração Interna, Rui Pereira.Dos seis helicópteros Kamov-32, os primeiros dois chegam a Portugal no início de Junho, sendo os restantes quatro entregues entre Julho e Agosto.No total, para o combate a incêndios florestais, o Estado Português adquiriu seis helicópteros pesados russos e quatro ligeiros de fabrico europeu, Ecureuil AS350 - um investimento que ascendeu a 105 milhões de euros. Os seis helicópteros pesados Kamov 32 têm capacidade de transporte de 13 passageiros mais dois pilotos, uma velocidade de cruzeiro de 230 quilómetros/hora, tempo útil de operação igualmente de hora e meia e capacidade de transporte de água em balde de cinco mil litros. No local de demonstração dos helicópteros, as autoridades russas fizeram também estacionar o avião pesado Beriev, pertencente a um dos dois consórcios que disputam um concurso internacional aberto pelo Estado Português.O concurso para aluguer de dois aviões pesados de combate a incêndios florestais foi adiado no dia 11 deste mês para a próxima sexta-feira, devido a uma segunda reclamação da Aeronorte, uma das duas empresas concorrentes.Ao concurso internacional para fornecimento de dois aviões pesados anfíbios, com capacidade para pousar e abastecer na água, concorreram as empresas Aeronorte - Transportes Aéreos SA, e a Joint Stock Company Beriev Aircarft Company (JSCBAC).A JSCBAC concorre com o aparelho russo Beriev BE 200, avião com dois reactores e com capacidade para descarregar mais de 12 mil litros de água de cada vez.Antes de se encontrar ao fim da manhã com o presidente da Duma (Parlamento) russa, Boris Gryzlov, o chefe do Governo português deposita uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido, no jardim Alexandrovsky, em Moscovo.Ao almoço, José Sócrates tem uma reunião com decisores económicos russos na Embaixada de Portugal na capital russa e encontra-se com o seu homólogo, Mikhail Fradkov.Antes do concerto da fadista portuguesa Mariza, o primeiro-ministro inaugura uma mostra tecnológica de produtos nacionais.
Fonte: DNoticias

terça-feira, 29 de maio de 2007

C.M.A. lousã friends 2007 News - Meios Aereos ( Clique aqui e saiba tudo)

Os ministérios da Administração Interna e da Agricultura "vão lançar a concurso um projecto" para equipar juntas de freguesia com "kits de primeira intervenção" de combate a incêndios florestais, revelou ontem, na Figueira da Foz, o ministro Jaime Silva, onde se deslocou para apresentar o Dispositivo de Prevenção Estrutural de fogos florestais.Os equipamentos com que aqueles ministérios pretendem dotar cerca de um milhar de autarquias visam dar-lhes alguma capacidade de resposta aos fogos florestais e implicam um investimento da ordem dos oito milhões de euros, disse ainda o titular da Agricultura, admitindo ser possível disponibilizar "já este Verão" estes meios de intervenção - embora a época de incêndios já tenha começado, o que torna muito difícil que a promessa se concretize ainda em 2007."É muito importante este equipamento" (constituído, essencialmente, por pequenos tanques de água, mangueiras, machados e picaretas), para que "as populações, nomeadamente as que vivem no mundo rural" e que "primeiramente acorrem aos incêndios, tenham um mínimo de meios" para, com "alguma segurança", os poderem combater.Os kits de primeira intervenção, custando cerca de oito mil euros cada um, serão distribuídos pelas freguesias, em "função da importância da área florestal" em que se integram e de acordo com a sua distância em relação aos quartéis de bombeiros e outras forças de combate a fogos.Na sessão de ontem, na Figueira da Foz, foram apresentadas 205 equipas do programa de sapadores florestais, que representam mais quatro dezenas que em 2006, sendo a meta do Governo, de acordo com o ministro da Agricultura, formar vinte novas equipas por ano, embora isso "dependa muito da actividade do sector privado". Quem tem a floresta, recorda Jaime Silva, "são os privados e estas equipas de sapadores florestais associam o Estado ao sector privado" - são financiadas, em partes iguais, pelo Ministério e proprietários florestais.Dos cerca de três milhões de hectares de floresta produtiva portuguesa, apenas três por cento são património público, salienta Jaime Silva, considerando ser "importante que os privados compreendam que não só prestam um serviço social ao país em termos ambientais, como também em termos económicos".Referindo-se à limpeza das florestas e matas, o ministro diz que, este ano, foram limpos "cem mil hectares de floresta e dois mil quilómetros de caminhos", mas, alerta, "há muito mais para fazer no futuro".
Fonte: Diario de Noticias
Os oito aviões ligeiros de combate a incêndios florestais alugados pelo Estado português vão estar operacionais a 1 de Junho, anunciou hoje o comandante de operações Carlos Peixoto, da empresa Aeronorte, vencedora do concurso.
Os oito aviões ligeiros, contratados por três anos (2006, 2007 e 2008), ficarão operacionais nos distritos de Castelo Branco, Coimbra e Portalegre e serão entregues à ordem da Autoridade Nacional de Protecção Civil a 1 de Junho.Na Directiva Operacional Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, apresentada em Abril, os aviões ligeiros vêm inscritos como operacionais a 15 de Maio. No entanto, as condições climatéricas de baixas temperaturas e a ocorrência de chuva adiaram a distribuição dos aviões para Junho, segundo Carlos Peixoto.A distribuição territorial dos oito aparelhos pelos três distritos inclui um em Portalegre (Ponte de Sôr), três em Coimbra (Lousã, Coja e Cernache) e quatro em Castelo Branco (Proença-a-Nova e Covilhã). O avião Dromader, de fabrico polaco, é amarelo, tem um motor a hélice, lugar para um piloto, atinge a velocidade de 237 quilómetros/hora, tem um tempo útil de operação de uma hora e 30 minutos e capacidade de transporte de água de 2200 litros por descarga.A Aeronorte efectuará o treino anual dos 18 pilotos envolvidos nas operações dos Dromader no próximo sábado, em Braga, com o objectivo de os certificar junto do Instituto Nacional de Aviação Civil.
Fonte: Publico

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Sociedade Floresta Unida - Ajude a Ajudar!

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Divulgação de acção do 1º Pilar de apoio(DGRF)

IV Encontro Nacional de Sapadores Florestais

No âmbito do IV Encontro Nacional de Sapadores Florestais, a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) vai apresentar no dia 28 de Maio, no Parque Industrial da Figueira da Foz, o dispositivo de prevenção estrutural para o ano de 2007 (fases Bravo e Charlie), integrado na Força Operacional Conjunta Nacional do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) da Protecção Civil.

Nesta sessão, que será presidida pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Dr. Jaime Silva, estarão presentes equipas de sapadores florestais, equipas de primeira intervenção da DGRF e equipas de fogos tácticos de supressão, para além de algum do equipamento disponibilizado pelo Ministério da Agricultura para o apoio ao combate a incêndios florestais.
A DGRF coordena 205 equipas do Programa de Sapadores Florestais, e mantém ainda 47 equipas de primeira intervenção próprias, para além de disponibilizar técnicos que integram o DECIF, não só no apoio aos comandos distritais de operações de socorro, mas também nas equipas de analistas de incêndios e nas equipas de fogos tácticos de supressão.
Estas equipas, que constituem uma das inovações do Dispositivo de 2007, funcionarão em coordenação com a Autoridade Nacional de Protecção Civil. Para além de 40 novas equipas de sapadores florestais já disponíveis, a DGRF disporá também no período crítico de equipas de intervenção com máquinas de rasto, para apoio ao combate a grandes incêndios florestais.
Esta acção enquadra-se no esforço de prevenção estrutural para 2007, que envolve igualmente a realização de dezenas de acções de sensibilização e informação no âmbito da campanha “Portugal sem fogos depende de todos”, da formação, equipamento e coordenação das 20 equipas de sapadores especiais do Exército, que totalizam 240 homens (valor que duplica o do ano passado), na elaboração dos planos operacionais municipais pelas comissões municipais de defesa da floresta contra incêndios e na realização de acções de formação para diversas entidades no âmbito da fiscalização, da investigação de causas de incêndios, do planeamento da defesa da floresta contra incêndios ou dos sapadores florestais.
Também assumem especial relevância na prevenção estrutural para 2007 as acções de gestão estratégica dos combustíveis florestais, realizadas nas matas nacionais e nos perímetros florestais, salientando-se a realização de fogos controlados em 1400 ha no último Outono e Inverno, a que se somam os projectos de beneficiação florestal realizados nas áreas florestais públicas e privadas nos últimos anos com apoios financeiros nacionais e comunitários, algumas das quais com participação activa de brigadas e equipas de sapadores florestais.
Nesta sessão serão também entregues às equipas de sapadores florestais 200 PDA, com o objectivo de as dotar de meios para a gestão e monitorização das áreas de intervenção e dos alertas de incêndios florestais, e distinguidas as equipas que mais se destacaram nas actividades de prevenção estrutural em 2006/2007.
Fonte: Direcção Geral dos Recursos Florestais / DFCI





O primeiro-ministro portugês José Sócrates, chegou à Russia este domingo (27) com uma visita oficial de três diaso O objectivo principal é aumentar as exportações nacionais e preparar uma aproximação entre União Europeia e Rússia, em vésperas de presidência portuguesa.

A visita oficial de José Sócrates realiza-se a cerca de um mês do início da presidência portuguesa da União Europeia e dez dias depois do falhanço de um acordo político e de parceria estratégica na energia entre Bruxelas e Moscovo.
Com José Sócrates viajam cinco ministros (Negócios Estrangeiros, Finanças, Economia, Administração Interna e Cultura), três secretários de Estado e uma comitiva de 39 empresários.
O momento mais significativo da visita ocorrerá na terça-feira, ao fim da manhã (em Moscovo), quando José Sócrates for recebido no Kremlin pelo presidente da Federação Russa, Vladimir Putin.
No Kremlin (onde também ficará instalado), o primeiro-ministro estará cerca de duas horas reunido com Vladimir Putin, seguindo-se uma conferência de imprensa conjunta.
No plano económico, o primeiro-ministro pretende aproveitar a sua presença para abrir portas às exportações portuguesas para a Rússia - país que regista um crescimento económico de seis por cento ao ano e cujo consumo interno tem aumentado a um ritmo anual de 30%.
Entre outros acordos, prevê-se que o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, conclua com o Governo russo um calendário para a aprovação pelos dois países de uma linha de crédito destinada a apoiar as exportações nacionais.
Na segunda-feira, pela manhã, José Sócrates também assistirá a uma apresentação dos seis helicópteros Kamov adquiridos pelo Estado Português à Rússia para o combate aos incêndios florestais.


Fonte: Diario Digital



Este ano haverá mais 40 equipas de sapadores florestais a proteger a floresta dos fogos. Coordenadas pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF), as 205 equipas no terreno estarão também equipadas com novas botas, fatos e ferramentas manuais de primeira intervenção, como pás e batentes. O dispositivo de prevenção dos fogos será apresentado hoje pelo ministro da Agricultura, Jaime Silva, na Figueira da Foz. O reforço dos sapadores florestais já tinha sido feito no ano passado e atinge agora um total de 1025 homens que se organizam em equipas espalhadas pelo País. O Ministério da Agricultura mantém ainda as suas 47 equipas de intervenção próprias, que actuarão numa fase inicial do fogo através de procedimentos manuais.Estes homens assumirão funções de vigilância, patrulhando áreas sensíveis em dias de maior risco e posicionando-se no terreno para uma actuação mais rápido. Caso detectem fogo, estão equipados com ferramentas manuais capazes de debelar as chamas na sua fase inicial e impedir que pequenos focos se transformem em grandes incêndios.Para actuar em segurança, estes elementos terão também novo equipamento de protecção individual. Uma aposta que começou no ano passado nos bombeiros e nos elementos da Guarda Nacional Republicana e que se estende agora aos sapadores. A estas equipas será ainda disponibilizado um aparelho PDA que permitirá coordenar os alertas e monitorizar as áreas de intervenção.Os técnicos da Direcção-Geral dos Recursos Florestais serão também chamados a intervir no processo de comando durante os incêndios, nomeadamente nos que vierem a atingir maiores proporções. A nova directiva operacional prevê que, sempre que estejam em causa terrenos do Estado geridos pelos serviços florestais, exista um técnico da DGRF a auxiliar a estrutura de comando na tomada de decisões, uma vez que são os elementos que melhor conhecem as características da área florestal.Outra novidade, este ano, serão as equipas de analistas de incêndios e de fogos tácticos de supressão. Especialistas que serão destacados para o terreno sempre que os fogos atingirem grandes dimensões e for necessário uma visão mais global do problema. Vão estudar as acções de combate, vendo onde o fogo pode ser contido, traçando linhas de protecção das populações, percebendo onde é preciso actuar prioritariamente. A intervenção destes homens será fulcral em fogos com vários dias, quando o envolvimento e o cansaço das forças no terreno impedirem a visualização do problema de forma globalizada.Os especialistas nos fogos tácticos de supressão estão qualificados para implementar técnicas como o contra-fogo. Uma forma de suster as chamas que acarreta riscos e que, por isso, não tem sido muito implementada. A mobilização destas forças especiais será sempre accionada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.Em grandes fogos, a DRGF vai ainda disponibilizar equipas de intervenção com máquinas de rasto, que ajudam a suster as chamas de outra forma sem ser usando a água.PrevençãoEste ano, os serviços florestais reforçaram também as acções de fogo controlado. Uma técnica em que o próprio fogo é utilizado, de forma contida, para abrir faixas de gestão de combustível, uma espécie de aceiros que permitem retalhar as grandes manchas florestais e travar ou desacelerar o avanço das chamas, zonas de contenção em que podem também posicionar-se os meios de combate.Segundo o Ministério da Agricultura, este ano foram intervencionados 1186 hectares de fogo controlado e realizadas acções de limpeza florestal em 3400 hectares.


Fonte: Diario de Noticias
Policia Marítima da Régua patrulha 142 quilómetros de rio com natureza como “principal inimigo”
Tendo como principal inimigo a natureza, os quatro elementos da Polícia Marítima do posto da Régua patrulham 142 quilómetros do Douro. A sua área de jurisdição vai da barragem do Carrapatelo até Barca de Alva e uma das suas missões mais importantes acontece quando há cheias. Os quatro elementos da Polícia Marítima do posto da Régua patrulham 142 quilómetros no Douro tendo como “principal inimigo” a natureza, como as cheias que enchem este rio onde, no Verão, se cruzam centenas de embarcações por dia. Com uma área de jurisdição que vai desde a Barragem de Carrapatelo até Barca de Alva, este posto da Polícia Marítima abriu as portas em 1989, um ano antes de ser inaugurada a via navegável do Douro em toda a sua extensão. A 10 de Outubro de 1986 chegou à Régua a primeira embarcação turística, o “Ribadouro”, mas só a 19 de Outubro de 1990 foi inaugurada a via navegável em toda a sua extensão, com a viagem do barco “Transdouro” até Barca de Alva.Os agentes Manuel Pereira, Cesário Moura e Carlos Silva são chefiados por Carlos Pinto e contam ainda com a colaboração do subinspector Armando Barros, segundo comandante local da PM Douro, que regularmente se desloca à Régua. É nestes 142 quilómetros de rio e 50 metros a contar das margens que os elementos da PM da Régua desenvolvem a sua actividade e onde, segundo afirmou Armando Barros à Agência Lusa, “o principal inimigo” é a natureza. Para desempenhar a sua actividade a PM dispõe de duas viaturas terrestres, quatro lanchas e uma moto de água. O responsável salientou o “papel importante” desempenhado pela PM nas cheias que ocorrem ciclicamente no rio Douro. Os agentes têm que garantir a protecção e socorro das população e a salvaguarda dos bens e, é por isso, que o alerta para as subidas furiosa das águas parte do Centro de Previsão de Cheias instalado na Capitania do Porto do Douro. A última cheia ocorreu em Novembro quando o rio Douro inundou o cais turístico da Junqueira, na Régua, onde estão localizados um bar e uma loja de artesanato, e continuou a subir cerca de 10 metros até galgar as avenidas do Douro e a João Franco. Armando Barros salienta que este ano se intensifica a intervenção da PM no que diz respeito à Protecção Civil pois, a partir de 1 de Junho, vai ter uma equipa em permanência na foz do rio Sabor para garantir a segurança à pista de abastecimento dos aviões para combate aos incêndios florestais. É também no Verão que se intensifica o trabalho dos agentes pois, “no pico” da época, chegam a cruzar-se no Douro “entre 800 a 900 embarcações” turísticas e de recreio. A PM controla todas as embarcações e, regularmente, os agentes saem em acções de fiscalização. São fiscalizados os documentos de bordo, os certificados de navegabilidade e os meios de salvamento. Para além disso, é também imprescindível verificar se as bóias de sinalização marítimas não foram retiradas ou levadas pelas águas. Aumento de turistasNos últimos anos tem-se verificado uma tendência de crescimento do número de turistas fluviais na região que, desde 2001, é Património Mundial da UNESCO. Armando Barros afirma que os quatro elementos da PM da Régua “são suficientes”, mas acrescenta que, quando é necessário, o “número de agentes é reforçado”. O chefe Carlos Pinto refere que o Posto da Régua passa uma média de 40 a 50 autos por ano.Num território onde escasseiam soluções para a deposição dos resíduos de construções e demolições e onde muitos escolhem o rio para deixar os seus lixos, a PM desempenha ainda “um papel importante” na preservação do meio ambiente. Fiscalizar a construção nas zonas ribeirinhas, a pesca, ou o fogo de artifício que é lançado no rio, são outras das actividades desenvolvidas por esta força policial que está integrada na Autoridade Marítima Nacional.
Fonte: O Primeiro de Janeiro
Estamos preparados para garantir um Verão como o do ano passado, em que a área ardida foi um quinto da média dos últimos cinco anos?Este ano estamos melhor preparados do que no ano passado, e no ano passado, melhor do que há dois anos. Determinámos o sistema nacional de defesa da floresta contra os incêndios, que tem três pilares: a prevenção estrutural, na mão da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, a vigilância a cabo da GNR, e o combate, no MAI. E isso já está a ter efeitos?Entretanto tivemos de definir estratégias para os dois últimos pilares, pois a prevenção estrutural é lenta. Age-se hoje, para daqui a 10 anos termos uma floresta ordenada. Como é um caminho longo, temos de responder com outros dispositivos às emergências.A GNR terá este ano a seu cargo a detecção dos incêndios?Sim. Durante o ano, o Serviço Especial de Protecção da Natureza (SEPNA) vai fazendo o acompanhamento do espaço florestal e assinalando as áreas críticas, solicitando às câmaras e proprietários que resolvam os problemas para evitar incêndios no Verão. Durante a fase charlie e delta têm a responsabilidade da detecção.Há acompanhamento posterior do SEPNA a essas áreas sensíveis?Progressivamente é isso que queremos. Mas estamos ainda no início. O objectivo é o SEPNA ir assinalando com eficácia estas áreas, o que obriga a novas rotinas e formas de actuar. Além disso, as câmaras também têm de assumir responsabilidades. Como se justifica que os postos de vigia detectem tão poucos fogos?A rede nacional de postos de vigia é assumida este ano pelo SEPNA, que terá agora elementos com condições para responder com mais prontidão. Porquê agora? Antes não tinha?Era uma área crítica. Deve-se à própria rede de postos, que não está bem feita, e às escolhas para vigiar alguns postos que não eram as melhores. Falou-se em guardas da GNR na reforma para assumir esses postosSim, mas serão poucos nestas circunstâncias, uma vez que os postos se situam em zonas desertificadas. A formação está atrasada?Será feita de acordo com as escolhas e a data da sua entrada em funções.Houve também mudanças na estratégia do combate. Quais?A estratégia do combate assenta numa primeira intervenção, terrestre e helitransportada. A terrestre aposta no pré-posicionamento dos meios segundo o risco. A helitransportada foi um sucesso em 2006, por isso, este ano, alargámos a sua intervenção. E haverá mudanças de estratégia no combate ampliado? Há uma novidade. Se houver um fogo numa área protegida haverá no posto de comando um técnico do Instituto de Conservação da Natureza. O mesmo numa zona da Direcção-Geral dos Recursos Florestais ou da Afocelca. O técnico do gabinete florestal municipal também será sempre chamado. Foi uma lição aprendida no fogo do Gerês, onde houve críticas à articulação entre o combate e o ICN?É uma lição aprendida ao longo dos tempos e expressa em todos os relatórios. Será uma mudança enorme. Em Portugal temos um problema muito grande de courelas, cada um acha que tem o seu espaço e que actua aí dentro. Cada um trabalha por si. O que estamos a fazer é juntar todos os agentes num esforço de integração, debaixo de um comando próprio que não se destina a comandar directamente, mas a articular as forças no terreno. E isso já está a dar resultados?Quando as pessoas percebem que os outros chegam, não para invadir o seu território, mas para ajudar, as coisas começam a funcionar de outro modo.Esta mudança será bem aceite pelos comandantes de bombeiros? Eles são das pessoas mais dadas à resolução dos problemas. Não é por aí. O grande problema tem sido a falta de reposta dos agentes políticos e o desamparo que alguns comandantes sentiam. Nós temos mudado muito o paradigma entre instituição pública e agentes do terreno, tentando uma proximidade, passando a mensagem de que este é um problema nacional de segurança interna, de que ninguém se pode alhear. E nós, políticos, somos tão responsáveis como eles.Qual foi a medida tomada no ano passado que deu mais frutos?Foi a integração das forças no terreno, pois, para resolver um problema desta dimensão, todos têm de remar para o mesmo lado. Isso não acontecia. O comando único não existia. O empenhamento político do MAI vai ser o mesmo, mesmo com os bons resultados de 2006?O empenhamento não é do MAI, é do Governo, pois este é um problema sério de segurança interna.
Fonte: Diario de Noticias

domingo, 27 de maio de 2007

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Consciente de que os bombeiros são os que mais sofrem alterações respiratórias e cardíacas no combate aos fogos, uma pneumologista do Hospital Amadora-Sintra está empenhada em acompanhar estes profissionais e até já criou uma associação.

Com o apoio da Câmara de Sintra, a recém-criada ‘Chama Saúde’ já está a mostrar trabalho e fez ontem um rastreio a cerca de cem elementos dos corpos de bombeiros locais. Depois da época de incêndios, um novo rastreio poderá mostrar quais os perigos que estes profissionais correm no combate aos fogos e qual a forma de prevenir.A pneumologista Cecília Longo, que dá a cara pela associação, afirma que só assim poderá ser traçado o retrato do “nosso bombeiro” – uma profissão com alta taxa de mortalidade e com riscos acrescidos de contrair doenças como o cancro.Para tal, os bombeiros responderam a um inquérito que, entre várias perguntas, questionava se os profissionais utilizam máscaras de respiração. “O que é inviável, por ser muito incomodativo, em incêndios florestais”, afirma Mário Louro, comandante dos bombeiros de Montelavar – onde decorreu o rastreio.Até o presidente da câmara, Fernando Seara, fez o teste de espirometria. Como o resultado foi positivo (sem problemas), o autarca dispensou o electrocardiograma, a medição do monóxido de carbono e o exames ao colesterol e aos triglicéridos.No âmbito do Dia Nacional do Bombeiro, a associação vai estar hoje em Setúbal para novo rastreio. A intenção de Cecília Longo é criar uma estrutura que acompanhe a saúde dos bombeiros voluntários e profissionais. Para isso precisa de apoios e de “voluntários” para o projecto.
Fonte: Correio da Manhã
A agricultura familiar no Estado de Roraima, assim como em toda a Amazônia, carece de ações estruturantes para uma mudança da forma rudimentar de manejo do solo, que utiliza o fogo para abertura de áreas visando o cultivo de suas lavouras.Ao contrário das ações de combate às queimadas e aos incêndios florestais que, por seu caráter emergencial, são relativamente fáceis de mobilizar o Governo, tanto na esfera federal, como estadual e municipal, as ações chamadas de estruturantes decorrem em um processo mais lento, com resultados a médio e longo prazo.Após o incêndio florestal que atingiu Roraima em 1998, foi estruturado um sistema de monitoramento, prevenção e combate às queimadas, envolvendo várias entidades parceiras principalmente no âmbito federal e estadual, sociedade civil e os próprios agricultores, sob coordenação de um Comitê Estadual constituído para esse fim. A formação de brigadas formadas por agricultores e moradores de vilas aconteceu em quase todos os municípios, graças às ações da Defesa Civil e dos órgãos ambientais. Roraima teve destaque nacional em função dessa estrutura montada, envolvendo diversos parceiros. Mostra disso foi o Prêmio SuperEcologia 2001, como melhor ação de Governo, consagrado pela Revista SuperInteressante (Editora Abril).Essas ações continuam acontecendo na época seca, graças principalmente à mobilização da Defesa Civil e dos órgãos ambientais, com a montagem de bases avançadas em várias localidades do interior, auxiliando os agricultores na realização de suas queimadas controladas. Calendários para organizar as queimadas controladas, de forma que elas não aconteçam ao mesmo tempo em todo o Estado, são elaborados com a participação dos agricultores, associações e sindicatos.Porém, só correr atrás do fogo parece não ser suficiente. Até porque o ser humano dificilmente consegue combatê-lo quando o mesmo foge do controle, o que não é difícil acontecer em Roraima, principalmente quando temos influência do fenômeno El Nino, que intensifica o período seco em nossa região.A açãoO desafio é conseguirmos atingir as causas, mudando o cenário da agricultura itinerante, do corte-derruba-queima. Aí precisamos de ações integradoras, interinstitucionais e multidisciplinares, com participação intensa dos agricultores familiares organizados. Cada um desempenhando seu papel seja de informar, de pesquisar, de prestar assessoria técnica, de aprender e de executar, em busca de uma agricultura mais sustentável para a realidade do agricultor familiar. Ações educativas representam os passos iniciais de todo esse processo. Ensinar que existem tecnologias mais adequadas para a realidade do agricultor familiar, sem utilização do fogo, é apenas um começo. Aliás, o começo tem sido trabalhos de pesquisa com participação dos agricultores, mostrando a capacidade produtiva e a viabilidade econômica de tecnologias como sistemas agroflorestais, manejo florestal madeireiro e não madeireiro e outras. Esse é o papel que a Embrapa Roraima vem desempenhando ao longo dos últimos anos, além de desenvolver também ações educativas e de capacitação em alternativas ao uso do fogo na agricultura.A mata, a área de reserva legal das propriedades, não precisa ser encarada como um obstáculo que precise ser removido. Ela deve ser integrada ao sistema produtivo da unidade familiar, mas de forma planejada, para garantir seu uso ao longo dos anos. Os sistemas agroflorestais são associações de cultivos agrícolas com espécies arbóreas, que podem ser desenhados e conduzidos de acordo com a realidade de cada agricultor, de cada família, em cada região. O resultadoComo foi visto, as ações educativas precisam ser integradas, de forma que uma complemente a outra. Aí está o importante papel da assistência técnica e extensão rural na continuidade das atividades de implementação dos sistemas produtivos adaptados à realidade do agricultor familiar, que vêm sendo disponibilizados pela pesquisa. Outro importante papel tem os órgãos ambientais, através de suas ações de educação ambiental direcionadas a agricultores familiares. Um exemplo disso é o importante trabalho que vem sendo realizado pelo IBAMA com as comunidades do entorno do Parque Nacional do Viruá, em Caracaraí. É fundamental, contudo, a organização dos agricultores, através de associações, cooperativas e sindicatos, para viabilizar projetos e ações concretas em suas comunidades. A melhoria das condições de vida relaciona-se estreitamente com melhorias no processo produtivo, que não deve estar dissociado com a convivência harmoniosa com o meio ambiente.Fonte: Maristela Ramalho Xaud da embrapa Roraima.
Fonte: Jornal do Comercio

sábado, 26 de maio de 2007

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Macapá (AP), 24 de maio de 2007 – A superintendência do Ibama no Estado do Amapá emitiu quatro autorizações para uso alternativo do solo – desmatamento com fins agrícolas – para agricultores das Associações de assentados dos Assentamentos Nova Colina e Nova Canaã e em áreas fundiárias do Estado. Cada autorização permitirá a supressão florestal de até 3,00 hectares. Todas as autorizações foram emitidas antes da deflagração de greve nacional pelos servidores do IBAMA, iniciada em 14 de maio de 2007.
Foram ainda emitidas três autorizações para exploração de Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) totalizando 18.452,53 metros cúbicos de madeira em tora de espécies diversas, entre as quais angelim-vermelho, jatobá, louro vermelho, cumaru e maçaranduba, num total de 623,089 hectares em áreas dos municípios de Porto Grande e Laranjal do Jarí. Dois dos Planos de Manejo aprovados possuem Título de Propriedade sob condição resolutiva, expedido pelo Incra. O outro PMFS está localizado em área do município de Laranjal do Jarí, no entorno da Reserva Extrativista (RESEX) do Cajari. Por este motivo, o PMFS foi submetido à apreciação do Conselho Deliberativo da RESEX CAJARI, o qual declinou pela aprovação do projeto no IBAMA. O plano de manejo está localizado em área pública de domínio do Estado do Amapá e teve a anuência do órgão fundiário do Estado (TERRAP) quanto à concordância de exploração dos recursos florestais em áreas de seu domínio, atendendo desta forma ao disposto no Memo. nº 001/2003-DIREF/PROGE/IBAMA, de 12 de agosto.
Gestão Florestal – De acordo com as determinações da Lei nº 11.284/2006, a Gestão Florestal na Amazônia é de responsabilidade dos Estados. No Amapá em razão do órgão estadual de meio ambiente não está, ainda, totalmente aparelhado para cumprir a nova missão institucional, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica entre o Governo do Estado e o IBAMA que permitiu a Superintendência da Instituto no Estado continuar exercendo as atividades concernentes a Gestão Florestal até 31 de julho de 2007, quando a partir desta data o Estado assumirá integralmente esta atribuição.
Entretanto, a partir do dia 1º. de junho de 2007, nenhum processo destinado a solicitar autorização de desmatamento e de exploração de manejo florestal poderá ser protocolado no IBAMA/AP, devendo os interessados dirigirem-se ao órgão estadual de meio ambiente (SEMA). Este prazo está previsto no Acordo de Cooperação Técnica e o Governo do Estado do Amapá, através da SEMA e do Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial, manifestou ao IBAMA/AP que passará a recepcionar regularmente os processos a partir de 1º de junho próximo. O IBAMA/AP continuará desenvolvendo atividades de gestão florestal daqueles processos protocolados na instituição até 31 de maio de 2007.
Fonte: Corrêa Neto
O primeiro-ministro inicia domingo uma visita oficial de três dias à Rússia para desenvolver as relações bilaterais, sobretudo no campo económico, em que se prepara um acordo de uma linha de crédito para as exportações nacionais.
Nos três dias de presença em Moscovo, em que ficará instalado no Kremlin - honra apenas concedida pelo poder russo a chefes de Estado -, José Sócrates encontrar-se-á com o presidente Vladimir Putin, na terça-feira, num momento em que o quadro de relações diplomáticas entre Rússia e União Europeia atravessa dificuldades.
Desde que é primeiro-ministro, esta será a segunda visita de José Sócrates a Moscovo - a primeira aconteceu em Maio de 2005, por ocasião das comemorações dos 50 anos da vitória dos «Aliados» na II Guerra Mundial.
Na capital russa, José Sócrates estará acompanhado por cinco ministros do seu Governo: Estado e Negócios Estrangeiros (Luís Amado), Estado e Finanças (Teixeira dos Santos), Administração Interna (Rui Pereira), Economia e Inovação (Manuel Pinho) e Cultura (Isabel Pires de Lima).
A comitiva do Governo integra ainda os secretários de Estado Adjunto do primeiro-ministro (Filipe Baptista), da Justiça (José Conde Rodrigues) e do Comércio e Serviços (Fernando Serrasqueiro).
De acordo com fonte do executivo português, a forte componente económica desta visita explica a presença na comitiva de 39 empresários, alguns deles já com presença no mercado russo e que pertencem aos sectores tradicionais do calçado e da cortiça (casos do comendador Américo Amorim e do representante da Aerosoles).
Para o Governo português, a aposta na Rússia cumpre a estratégia do executivo de apostar nos mercados emergentes que têm registado os maiores índices de crescimento económico ao longo dos últimos casos, particularmente a China, Brasil, Índia e Angola.
No entanto, ao contrário do que sucede com a China, Brasil e Angola, na Rússia a presença do sector exportador nacional é ainda reduzida, num momento em que a procura interna deste país tem aumentado a uma média anual de 30 por cento.
Nesse sentido, enquanto estiver na capital russa, o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, irá procurar concluir as negociações para a abertura de uma linha de crédito destinada a apoiar as exportações nacionais, cujo acordo formal entre os dois países deverá ser assinado até Julho.
No campo empresarial, o objectivo do executivo português é alargar as exportações a novos sectores (como os moldes, materiais de construção e tecnologias de informação e comunicação), mas também promover o turismo nacional, aproveitando o aumento do poder de compra de algumas faixas populacionais russas.
«Há hoje uma nova Rússia nos negócios, que paga a tempo e horas. E há uma Rússia que regista um acentuado poder de compra», disse fonte diplomática portuguesa.
Durante os três dias em Moscovo, José Sócrates - além de encontros institucionais como o seu homólogo Mikhail Fradkov e com o presidente da Duma (Parlamento) Boris Gryzlov, ambos na segunda-feira - assistirá à apresentação de meios aéreos de combate a incêndios.
O Estado Português vai adquirir seis helicópteros Kamov para combate a incêndios, que serão entregues de forma faseada a partir de Junho e que representam um investimento de 42 milhões de euros.
No domínio da Cultura, Isabel Pires de Lima procurará em Moscovo concluir as negociações para a instalação a breve prazo de um pólo do Museu Hermitage em Lisboa e, segunda-feira, ao fim da tarde, Mariza dará um concerto de fados.
No que respeita à justiça, o secretário de Estado Conde Rodrigues assinará com o seu homólogo um memorando de entendimento em termos de cooperação.
Fonte: Diario Digital / Lusa
O Ministério da Administração Interna (MAI) iniciou na tarde de quinta-feira os procedimentos de aluguer de helicópteros, por ajuste directo, para combater os fogos a partir da próxima sexta-feira.Num fax enviado a várias empresas fornecedoras de helicópteros, a que o DN teve acesso, o MAI deu um prazo de 24 horas para receber as respostas, "prevendo igualmente uma reunião de negociação e esclarecimentos" na próxima segunda-feira e "pelas 17 horas"."Na perspectiva de vir a ser superiormente decidido o ajuste directo da prestação de trabalhos no âmbito da emergência e combate a incêndios florestais, no território nacional, de até 10 helicópteros médios ou ligeiros com balde, a partir de 1 de Junho de 2007, vimos solicitar que nos indiquem a disponibilidade que têm de fornecimento deste serviços, se possível, com indicação do preço, até ao final do dia de amanhã, sexta-feira, 25 de Maio", lê-se no documento assinado pelo director-geral de Infra-estruturas e Equipamentos do MAI, Eduardo Peralta Feio, e que é uma das primeiras medidas tomadas pelo ministério desde que entrou em funções o actual titular da pasta, Rui Pereira.O DN não conseguiu ouvir o MAI sobre o porquê de só lançar aquele concurso a uma semana do início da operação dos hélis, sabendo-se que a campanha de combate aos incêndios deste Verão iria exigir o aluguer de vários daqueles aparelhos. Outra questão respeita à capacidade de os concorrentes (e quais) em responder num prazo tão curto, mesmo que o documento indique que "as condições de prestação dos trabalhos deverão ser, no geral, idênticas às estipuladas" para um concurso anterior. O pedido do MAI precisa quais as "condições específicas" da operação: voar durante "o mês de Junho, com um pacote de 50 horas de voo, com eventuais prorrogações totais ou parciais por períodos de duas semanas". Além das capacidades, os aparelhos vão operar a partir de Vale de Cambra, Nogueira (Bragança), Proença-a-Nova, Lousã, Seia, Pombal, Portalegre, Baltar (Porto), Ferreira do Zêzere e, ainda, Arcos de Valdevez.Recorde-se que Portugal adquiriu, num concurso aberto, seis helicópteros pesados - os russos Kamov - e quatro ligeiros da Eurocopter (sedeada em França) para combate aos fogos florestais.A exemplo de vários concursos de reequipamento nas Forças Armadas, os abertos para a compra dos helicópteros para o MAI também foram sujeitos a vários atrasos ao longo dos últimos anos por causa dos recursos para tribunal interpostos por uma ou mais das empresas derrotadas.Na actual fase de combate aos fogos, classificada como "Bravo" (entre 15 de Maio e 30 de Junho), previa-se que o dispositivo operacional incluísse 14 helicópteros. Mas só dois - os da Protecção Civil - estavam disponíveis quando se entrou nesse nível de alerta.Quanto aos aviões ligeiros de combate aos incêndios, em número de oito, fonte oficial do MAI (liderado pelo então ministro António Costa) citada pelo Público garantiu que estariam operacionais no próximo dia 1 de Junho, a mesma data apontada para o início da actividade dos hélis a alugar na próxima semana.
Fonte: Diario de Noticias

sexta-feira, 25 de maio de 2007

viste o projecto floresta unida - Uma Floresta unida com um Futuro Verde

A WRC – Agência de Desenvolvimento Regional vai criar um Centro Florestal com o objectivo de agregar conhecimentos e encontrar soluções para os problemas da floresta. O anúncio foi feito por João Vasco Ribeiro, presidente da WRC, durante um seminário que decorreu, na passada sexta-feira, dia 18 de Maio, no auditório do Curia Tecnoparque sobre “Oportunidades Estratégicas Regionais e Novos Projectos”.
O objectivo é fazer um projecto estruturante de desenvolvimento, onde estarão presentes todos os parceiros que tratam a floresta, a fim de criar soluções de intervenção a vários níveis. João Vasco Ribeiro alertou para um problema existente na floresta da região que é o facto de ser minifúndio. “É necessário agregar todos os proprietários para a criação de um projecto estruturante de desenvolvimento”, refere. Por outro lado, Pedro Maranha, Director-Geral da WRC, deu a conhecer a criação de um Gabinete de Desenvolvimento de Pequenos Negócios, direccionado, essencialmente para os jovens quadros das Universidades e Institutos. “Trata-se de um espaço de trabalho de porta aberta, onde os jovens, de forma gratuita, podem reflectir connosco as suas ideias de futuros projectos. O nosso objectivo é apoiá-los nos mais diversos contactos”, salientou. Três empresas incubadas Pedro Maranha deu ainda a conhecer aos presentes que a Incubadora da Curia, inaugurada em Outubro de 2006, conta já com três empresas incubadas, no entanto, a sua capacidade pode ir até às 20 empresas. “Sigyn – Consultoria de marketing e implementação de sistemas de informação, Lda” é uma das empresas que se encontra a trabalhar na incubadora da Curia. Segundo Nuno Teixeira, responsável pela empresa, “este projecto visa a criação de uma empresas de base tecnológica capaz de prestar em regime de outsourcing um serviço global de soluções de Marketing e de Comunicação. O esforço será no sentido de ajudar as empresas a comunicarem mais e melhor com os seus públicos alvo”. “Lanik Portuguesa”, área de construção civil e obras públicas, tem por objectivo a concepção e projecto de estruturas de madeira lameladas coladas, para a construção civil e obras públicas. A empresa mãe é espanhola (País Basco) tendo recebido, recentemente, naquela região o Prémio Inovação 2006. O projecto está no início do seu arranque. “AAS – Sociedade Portuguesa de Inovação Ambiental, lda” tem como principais áreas de intervenção a gestão da água e a descontaminação de solos. Os principais objectivos é o desenvolvimento de produtos de alto valor acrescentado e a implementação de soluções inovadoras que se traduzam na comercialização de produtos diferenciados de elevada qualidade. Estimular o empreendedorismo Com esta Jornada a WRC pretendeu estimular o empreendedorismo, a inovação, a cultura de iniciativa e de cidadania. O debate teve lugar entre os parceiros estratégicos – as universidades e os politécnicos, os centros tecnológicos e as incubadoras de empresas, as empresas e as autarquias – para se encontrarem projectos e fontes de financiamento, que apostem no capital intelectual e na diferenciação com forma de gerar riqueza e vantagens competitivas para a Região. No seminário esteve ainda presente o Director Geral da Microsoft, Nuno Duarte, o que revela a importância que esta empresa dá ao desenvolvimento no Curia Tecnoparque de um novo pólo da rede de “Microsoft Innovation Centers”, rede que permite integrar a WRC no ecossistema de parceiros da Microsoft, constituído por cerca de 4500 empresas .
Fonte: Região da Bairrada
A Câmara Municipal do Cadaval lançou, recentemente, uma campanha de sensibilização, enquadrada no âmbito da Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI), que consistiu na distribuição, pelo Concelho do Cadaval, de pendões divulgativos onde é associada a imagem dos diversos profissionais ligados à floresta ao slogan "Em defesa da Floresta".
Nos referidos pendões, colocados recentemente em diversos pontos do Concelho, com maior predominância na vila do Cadaval, são figuras de destaque o apicultor, o caçador/guarda florestal, o pastor, o moleiro, o agricultor, o sapador florestal e o bombeiro.
A autarquia dá assim sequência à temática inspiradora da "VI Semana da Floresta" (realizada em Março), intitulada "O Homem e a Natureza".
O objectivo é o de sensibilizar a população para a utilização do espaço agrícola e florestal, contrariando o seu abandono, e de chamar a atenção para a importância das actividades e profissões relacionadas com a floresta.
Actividades como a apicultura, a cinegética (caça) e a pastorícia são actividades que podem ser desenvolvidas no espaço florestal, e através das quais podemos obter benefícios da sua exploração, pelos produtos e subprodutos que nos oferecem.
Na produção de mel, por exemplo, são utilizadas, pelas abelhas, algumas espécies arbustivas e arbóreas que estejam num raio até 5 km das colmeias colocadas na floresta.
Através da caça, obtemos um equilíbrio entre as espécies cinegéticas e os respectivos habitats (agrícolas ou florestais). E, por outro lado, se considerarmos espécies de maior porte, beneficiamos no que toca à recolha de alimentos que é feita, que reduz a carga de combustível dos espaços florestais.
A pastorícia, através da exploração de caprinos e ovinos para leite e carne, permite controlar também a densidade de matos que é, muitas vezes, chamada de lixo. Do ponto de vista da DFCI, esta é considerada umas das principais actividades da floresta.
Por outro lado, o apicultor, o guarda-florestal e o pastor, exercendo as suas actividades nos espaços agrícolas e florestais são, simultaneamente, vigilantes.
A utilização de cereais para moagem e a agricultura em geral permitem criar clareiras no interior dos espaços florestais, de que são exemplo, no Concelho do Cadaval, as vastas áreas de pomares de Pêra Rocha e de vinhas. Quando se verifica o abandono destas terras, aumenta drasticamente o risco de incêndio, quer seja em espaços rurais, quer em espaços urbanizados, pondo em risco, muitas vezes, habitações e outras infra-estruturas.
Os sapadores florestais, por seu turno, assumem um papel fundamental, na medida em que desenvolvem acções de silvicultura preventiva, procedendo ao corte do material lenhoso, ou seja, reduzindo a carga elevada de combustível. Por outro lado, fazem ainda parte da sua actividade acções de sensibilização da população (principalmente, de crianças e jovens, como acontece por ocasião da Semana da Floresta), vigilância da floresta e primeira intervenção, bem como apoio ao combate.
Os bombeiros têm, entre outras funções, a importante missão de combate aos incêndios florestais. Assim, não descurando nunca a acção destes homens que trabalham, na maior parte dos casos, em regime de voluntariado, espera-se que, no Verão que se aproxima, não tenham muito trabalho entre mãos, na área dos incêndios.
A Câmara Municipal do Cadaval agradece a todos os participantes que dão a cara por esta campanha, nomeadamente: Hélder Lucas (Apicultor), José Bernardes (Guarda Florestal Auxiliar), Luciano Bernardino (Pastor), Francisco Soares (Moleiro), Joaquim Jerónimo (Agricultor), Nélson Menezes (Sapador) e Eunice Miguel (Bombeiro).
Fonte : Agro Noticias

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Visite o local na internet dedicado aos GIPS da Guarda Nacional Republicana (Saiba AQUI tudo)


O incêndio do Verão de 2004 destruiu cerca de 20 mil hectares de floresta na Serra do Caldeirão, a principal mancha verde do concelho de Loulé
Antes desse incêndio, já tinham ocorrido dois grandes incêndios nesta serra, um em 1995 e outro em 1999, que destruíram 1 000 hectares. Os incêndios são a principal causa da destruição da floresta em Portugal. Este ano, as elevadas temperaturas prometem um Verão “preocupante”. Composta na sua maioria por sobreiros, a floresta da Serra do Caldeirão tem sido a principal vítima dos incêndios dos últimos anos. A fragmentação das propriedades e a falta de registo dos proprietários contribui para o desordenamento do território, um dos principais problemas da floresta existente no concelho de Loulé. As acções de emparcelamento poderiam resolver este problema, mas em Portugal não existe nenhum caso de sucesso nesta área, com excepção da transformação de sequeiro em regadio. A gestão florestal passa sobretudo pela limpeza e ordenamento dos terrenos, que muitas vezes não é efectuada devido às dificuldades de acesso e ao abandono das terras. A floresta continua a ser encarada como algo onde se pode intervir à vontade e as limpezas são sempre referidas como a grande solução dos incêndios do País. Na opinião dos técnicos ambientais, “os matos fazem parte da nossa floresta”. Mas é a falta de comunicação entre a administração regional e a população que conduz à má gestão dos terrenos. As pessoas desconhecem as áreas onde podem e como devem intervir.
A lenta recuperação
A reflorestação da Serra do Caldeirão faz-se com o tempo. E é sempre tempo demais. Um ano e meio após o grande incêndio de 2004 iniciaram- se as plantações das 10 mil árvores angariadas na campanha efectuada pelo Forum Algarve, em Dezembro desse ano. “Uma gota de água num oceano” que permitiu reflorestar 50 dos 30 mil hectares ardidos. A cortiça é uma mais-valia para a serra, mas a desmotivação instalou-se em relação à plantação de sobreiro, tendo sido privilegiada o medronheiro, cujo rendimento pode ser retirado após cinco anos. Serão necessários 30 anos para recuperar as áreas ardidas. Este é um longo caminho que a maioria dos proprietários já não vai poder acompanhar. Num interior cada vez mais envelhecido, a espera de 40 anos para poder voltar a retirar proveitos dos sobreiros, é longa demais. Serão necessárias duas gerações para repor as condições existentes à data do incêndio. Apesar de todos os problemas, o sobreiro será nas próximas décadas a espécie dominante. Agora é necessário tratar as “feridas” e reconstruir. Existem árvores que não foram totalmente destruídas pelo fogo, mas só daqui a dois anos se pode tirar a cortiça queimada e depois é necessário esperar 11 anos para ter novamente cortiça. A sensibilização dos proprietários para a necessidade de retirar a cortiça queimada é agora imperativa. Nos próximos anos, as árvores mortas vão continuar a povoar a paisagem da Serra do Caldeirão, até porque o valor comercial dessas árvores é reduzido, sendo que os madeireiros existentes acabam por retirar nos locais mais acessíveis e onde são os proprietários a pagar para retirarem essa lenha. O declínio da produção florestal e o consequente abandono das terras tem também implicações na desertificação do interior. Muitas das pessoas que ficaram sem o rendimento da cortiça acabam por se fixar no litoral.
Fase Bravo em acção
Com a aproximação da época de maior risco de incêndios, o Governo já definiu a directiva operacional que prossegue em 2007 os objectivos traçados para o ano anterior a nível do Plano Nacional de Defesa da Floresta e Combate a Incêndios. A concretização das metas estabelecidas passa pelo empenho de todas as entidades com responsabilidade no sistema e que visam, entre 2012 e 2018, a redução da área ardida para valores equiparáveis à média dos países da bacia mediterrânea. Estão traçados os dispositivos nacionais de combate. A semana passada teve início a denominada Fase Bravo (15 de Maio a 30 de Junho) que, na região algarvia, conta com as actuais corporações de bombeiros e outras equipas já existentes, e a presença de um helicóptero sedeado em Loulé. Segue-se a Fase Charlie, que se inicia a 1 de Julho e se prolonga até 30 de Setembro, entrando em funcionamento, a partir desta altura, mais dois helicópteros, um sedeado em Monchique e outro no Cachopo, a exemplo do ano passado. Em pleno Verão, a região terá ao seu dispor um total de três helicópteros. Há um dispositivo nacional envolvido nesta operação que conta com nove mil homens e mulheres no terreno. Para além de milhares de bombeiros, que constituem a coluna vertebral do dispositivo de combate, haverá ainda militares da GNR, sapadores, equipas profissionais helitransportadas, equipas do INEM, assim como outros agentes envolvidos neste programa de acção. Cada distrito vai dispor de um dispositivo próprio para ocorrer aos incêndios, não apenas dentro da sua área de influência, mas também onde for necessário, no esforço de entreajuda nacional. Pela primeira vez, este ano, Portugal dispõe de meios aéreos próprios: dez helicópteros, que estarão em permanência ao serviço e ao longo de todo o ano, sempre que seja necessário.
Penas mais pesadas
Com o novo Código Penal, os arguidos considerados inimputáveis vão passar a cumprir penas de internamento por altura da época de incêndios. A pena pode ser agravada dos actuais oito para um máximo de 12 anos se a vítima do fogo (proprietário da floresta, por exemplo) ficar em situação económica difícil ou se o incendiário lucrar com o crime. O novo Código distingue ainda a actuação negligente simples de negligência grosseira que pode valer uma pena de até oito anos a quem provocar um incêndio florestal. Quem perturbar a extinção de um fogo também passa a ser punido com pena entre um e oito anos de cadeia. A proposta prevê ainda aplicação de penas de internamento, só aplicáveis na época dos fogos.
Fonte: Jornal Regional
A boa notícia vem do Acre e renova as esperanças de nova redução dos desmatamentos e queimadas na Amazônia, que respondem hoje por mais de 70% das emissões do gás carbônico que o Brasil despeja na atmosfera para ajudar a superaquecer o planeta.
A repórter Renata Brasileiro, do jornal
Página 20, de Rio Branco publica matéria dando conta que a população acreana, que vive num dos estados menos desmatados da Amazônia, respira sossegada após dois anos de queimadas e desmates excessivos.
A notícia da repórter se baseia na avaliação feita esta semana por técnicos do Instituto do Meio Ambiente do Acre (Imac), que sobrevoaram a região mais desmatada do estado, o Baixo e Alto Acre, que abrange a Reserva Extrativista Chico Mendes e as faixas de fronteira entre os países vizinhos, Bolívia e Peru. Os municípios sobrevoados foram os Brasiléia, Assis Brasil, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Senador Guiomar, Plácido de Castro, além de regiões da Bolívia e do Peru, que são bem próximas do Acre.
Segundo a matéria, nesta mesma época, no ano passado, a situação era diferente, quando os focos de intensas e constantes queimadas chegavam a atrapalhar a visibilidade dos pilotos que conduziam as equipes de ambientalistas a essa região acreana. “Em 2005, quando o estado enfrentou o maior prejuízo ambiental de sua história, os desmates e incêndios florestais chegaram ao extremo de forçar ao governador do Estado a decretar situação de emergência”, diz a repórter.
“Felizmente este ano estamos com este saldo positivo. Depois de quase três horas de sobrevôo nos municípios acreanos encontramos três pontos de desmate e nenhum foco de queimada”, destacou para o jornal acreano o diretor do Imac, Fernando Lima.
Coordenada pelo diretor do instituto, com participação do agente ambiental Salena Teles, a missão aérea teve como objetivo identificar os pontos de desmatamento através de GPS, permitindo que equipes do órgão se desloquessem via terrestre até o local para proceder como rege a lei. “A equipe do Imac avaliará com mais precisão o tamanho do prejuízo de cada área e aplicará uma multa ao responsável pelo desmatamento. Esta multa pode ser de R$ 5 mil por hectare, se a área estiver em reserva legal, e de R$ 1 mil por hectare, se for uma área comum”, completou o diretor.
Sobrevôos três vezes por semana
A competência pela lavratura do auto de infração ambiental no Acre está restrita aos agentes fiscais do Imac, que o fazem com base no Auto de Constatação, instrumento similar a uma notificação ambiental. De acordo com o instituto, as diretrizes e estratégias de operações de fiscalização implementadas em todos os biomas (água, ar e solo) visam defender os interesses do estado na manutenção e integridade dos bens de uso comum, zelando pela segurança, saúde, bem estar social e pelo desenvolvimento econômico sustentado.
A matéria assinala, ainda, que a meta do Imac é, a partir de agora, desenvolver a atividade de sobrevôo em pelo menos três vezes por semana, no intuito de vistoriar toda a região do estado e manter o controle do que vem sendo feito nela por fazendeiros e pequenos proprietários. O trabalho contínuo deverá durar até o fim de setembro, que é o período em que os donos de terras aproveitam para desmatar e queimar em razão da estiagem.
Mesmo com a avaliação positiva desta semana, o Imac promete não sossegar enquanto o período conhecido como “critico” não passar. É uma medida preventiva para que não aconteça no Estado o mesmo caos presenciado em 2005, nesta mesma época. “Temos que estar bem preparados e alertas para todas as situações. É por isso que não vamos ficar de braços cruzados mesmo notando que este ano os donos de propriedades tem tido mais consciência quanto ao desmatamento e quanto às queimadas”, completou Lima.
“Ao sobrevoar a reserva extrativista Chico Mendes, o diretor disse que o modo em que ela se encontra é a prova viva de que o Acre está respirando bem. Recheada de verdes, com castanheira, cumaru, cedro e outras árvores de grande porte, a área se mostra totalmente recuperada do incêndio que a atingiu há dois anos. Hoje, o colorido dos ipês toma conta da paisagem”, assinala a matéria.
Fonte: Kaxi
O deputado do CDS-PP Abel Baptista vai presidir à comissão eventual de acompanhamento e avaliação da política nacional de defesa da floresta contra incêndios, que hoje teve a primeira reunião.
Esta é a primeira comissão presidida pelo CDS-PP na actual legislatura, já que a presidência das comissões parlamentares é atribuída em regime de rotatividade aos partidos com assento na Assembleia da República, por ordem de grandeza.
Abel Baptista, 43 anos, é deputado por Viana do Castelo e presidente da Assembleia Municipal deste concelho.
A anterior comissão eventual sobre fogos florestais era presidida pelo socialista Rui Vieira.
Fonte: Diário Digital / Lusa
O grupo parlamentar do PSD solicitou esta quarta-feira a audição do novo ministro da Administração Interna em sede de comissão parlamentar, para que Rui Pereira preste esclarecimentos acerca da política de combate e prevenção dos fogos florestais.
Num requerimento hoje entregue na comissão eventual de acompanhamento e avaliação da política nacional de defesa da floresta contra incêndios, os sociais-democratas recordam que «o principal responsável do Governo» nesta área mudou, com a saída de António Costa do executivo, na semana passada.
«Neste contexto urge promover a audição urgente na comissão do novo ministro da Administração Interna, Dr. Rui Pereira, e respectiva equipa, no sentido de haver oportunidade por parte do executivo de comunicar a sua estratégia de combate e prevenção de incêndios florestais para o ano corrente», é referido no requerimento.
Na requerimento, os deputados do PSD lembram que a comissão eventual, criada por «unanimidade de todos os parlamentares» no final do mês de Abril, tem como primeiro objectivo «o acompanhamento e a avaliação das medidas adoptadas pelo Governo no combate e prevenção dos incêndios florestais».
Fonte: Diario Digital

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Participe na Campanha de Reflorestação (Saiba tudo AQUI)

O município de Cascais adere, hoje, à campanha Countdown 2010, projecto que visa deter a perda da biodiversidade até 2010 e que está a ser coordenado pelo Conselho Internacional de Conservação. O dia de hoje, em que se comemora o Dia Mundial da Biodiversidade, foi também escolhido pela autarquia para lançar uma nova agência municipal, a Cascais Natura, que vai promover a participação da comunidade na conservação da natureza.
«O Parque Natural Sintra-Cascais (PNSC) tem sido mais um elemento passivo do que activo no concelho. Muitas pessoas quase nem se apercebem da sua existência. É nesta área protegida que vamos centrar as nossas actividades», adianta ao AmbienteOnline João Cardoso de Melo, gestor de projecto da Cascais Natura. A autarquia pretende criar um centro de interpretação da Natureza, o Espaço Lineu, numa quinta adquirida pelo município, junto à área protegida.
Além desta iniciativa, o município está a elaborar um Plano de Gestão da Biodiversidade, que será alargado ao concelho vizinho de Sintra e deverá estar concluído em 2008. «O objectivo é identificar áreas importantes para a conservação, já classificadas ou não, e adoptar medidas de gestão», explica João Cardoso.
Entre algumas medidas concretas que avançam já este ano está a criação de um banco de espécies vegetais autóctones para repovoar o parque natural, em parceria com o Instituto Superior de Agronomia, o PNSC e a Direcção-Geral dos Recursos Florestais. A fauna também não foi esquecida. Num antigo terreno agrícola vai nascer o Ecoparque de Pisão, uma área que vai ser cultivada de forma a criar os habitats ideais para espécies como os ginetes e as aves de rapina, nomeadamente os falcões peregrinos.
A 24 de Maio, será a vez da Câmara de Nisa aderir à campanha, um passo natural num concelho que é constituído em 60 por cento por áreas da Rede Natura 2000. O Countdown 2010 irá servir de base para uma Estratégia de Desenvolvimento Sustentável integrada na Agenda XXI Local, com o intuito de promover os valores naturais do município. Igualmente importante para Nisa, «é estabelecer redes de parceria com o sector privado de modo a desenvolver mais e melhor o projecto LIFE Nortenatur e outros projectos que o concelho precisa para se valorizar», refere a autarquia em comunicado.
A par das câmaras municipais, as empresas portuguesas manifestam também crescente interesse pela gestão da biodiversidade. No âmbito do projecto «Business and Biodiversity», que visa o reconhecimento mútuo do mundo da biodiversidade e dos negócios, vai ser criada uma plataforma com empresas privadas para apoio à gestão de áreas protegidas.
O Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), ligado ao projecto, começou por conversar com as empresas aderentes ao Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, mas «tem vindo a alargar o seu leque de parceiros potenciais em função do interesse manifestado por outras empresas», adianta Henrique Pereira dos Santos, director dos Serviços de Apoio às Áreas Protegidas no ICNB.
«O que esperamos é encontrar soluções flexíveis para quem quiser participar, no quadro do seu negócio, com benefícios concretos para a biodiversidade», explica, sem adiantar o nome das empresas que já aderiram e que serão publicamente conhecidas «em breve».
Embora a gestão da biodiversidade esteja ainda a dar os primeiros passos na política empresarial, em Portugal há já empresas com experiência nesta área. É o caso da Secil, que está a apoiar a replantação dos fundos do Parque Marinho da Arrábida com espécies autóctones, para restaurar os ecossistemas destruídos pela pesca com ganchorra e pelo aumento das embarcações de recreio nesta zona.
«Esta é uma área onde existiam pradarias marinhas, formações muito importantes para os ecossistemas marinhos e que estamos a tentar restaurar», explica Alexandra Cunha. A investigadora da Universidade do Algarve está a coordenar o projecto Biomares, que começou em Abril e é financiado pelo programa Life Natureza.
Para Nuno Maia, da Secil, este tipo de projectos beneficia por ter o envolvimento de empresas, o que dá «maiores garantias de aprovação dos fundos do Life». Às acções de reflorestação na serra da Arrábida, também com espécies vegetais autóctones, a cimenteira instalada no parque natural associa agora, pela primeira vez, a reflorestação dos fundos marinhos.
Fonte: Portal do Ambiente, Carla Gomes