O município de Cascais adere, hoje, à campanha Countdown 2010, projecto que visa deter a perda da biodiversidade até 2010 e que está a ser coordenado pelo Conselho Internacional de Conservação. O dia de hoje, em que se comemora o Dia Mundial da Biodiversidade, foi também escolhido pela autarquia para lançar uma nova agência municipal, a Cascais Natura, que vai promover a participação da comunidade na conservação da natureza.
«O Parque Natural Sintra-Cascais (PNSC) tem sido mais um elemento passivo do que activo no concelho. Muitas pessoas quase nem se apercebem da sua existência. É nesta área protegida que vamos centrar as nossas actividades», adianta ao AmbienteOnline João Cardoso de Melo, gestor de projecto da Cascais Natura. A autarquia pretende criar um centro de interpretação da Natureza, o Espaço Lineu, numa quinta adquirida pelo município, junto à área protegida.
Além desta iniciativa, o município está a elaborar um Plano de Gestão da Biodiversidade, que será alargado ao concelho vizinho de Sintra e deverá estar concluído em 2008. «O objectivo é identificar áreas importantes para a conservação, já classificadas ou não, e adoptar medidas de gestão», explica João Cardoso.
Entre algumas medidas concretas que avançam já este ano está a criação de um banco de espécies vegetais autóctones para repovoar o parque natural, em parceria com o Instituto Superior de Agronomia, o PNSC e a Direcção-Geral dos Recursos Florestais. A fauna também não foi esquecida. Num antigo terreno agrícola vai nascer o Ecoparque de Pisão, uma área que vai ser cultivada de forma a criar os habitats ideais para espécies como os ginetes e as aves de rapina, nomeadamente os falcões peregrinos.
A 24 de Maio, será a vez da Câmara de Nisa aderir à campanha, um passo natural num concelho que é constituído em 60 por cento por áreas da Rede Natura 2000. O Countdown 2010 irá servir de base para uma Estratégia de Desenvolvimento Sustentável integrada na Agenda XXI Local, com o intuito de promover os valores naturais do município. Igualmente importante para Nisa, «é estabelecer redes de parceria com o sector privado de modo a desenvolver mais e melhor o projecto LIFE Nortenatur e outros projectos que o concelho precisa para se valorizar», refere a autarquia em comunicado.
A par das câmaras municipais, as empresas portuguesas manifestam também crescente interesse pela gestão da biodiversidade. No âmbito do projecto «Business and Biodiversity», que visa o reconhecimento mútuo do mundo da biodiversidade e dos negócios, vai ser criada uma plataforma com empresas privadas para apoio à gestão de áreas protegidas.
O Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), ligado ao projecto, começou por conversar com as empresas aderentes ao Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, mas «tem vindo a alargar o seu leque de parceiros potenciais em função do interesse manifestado por outras empresas», adianta Henrique Pereira dos Santos, director dos Serviços de Apoio às Áreas Protegidas no ICNB.
«O que esperamos é encontrar soluções flexíveis para quem quiser participar, no quadro do seu negócio, com benefícios concretos para a biodiversidade», explica, sem adiantar o nome das empresas que já aderiram e que serão publicamente conhecidas «em breve».
Embora a gestão da biodiversidade esteja ainda a dar os primeiros passos na política empresarial, em Portugal há já empresas com experiência nesta área. É o caso da Secil, que está a apoiar a replantação dos fundos do Parque Marinho da Arrábida com espécies autóctones, para restaurar os ecossistemas destruídos pela pesca com ganchorra e pelo aumento das embarcações de recreio nesta zona.
«Esta é uma área onde existiam pradarias marinhas, formações muito importantes para os ecossistemas marinhos e que estamos a tentar restaurar», explica Alexandra Cunha. A investigadora da Universidade do Algarve está a coordenar o projecto Biomares, que começou em Abril e é financiado pelo programa Life Natureza.
Para Nuno Maia, da Secil, este tipo de projectos beneficia por ter o envolvimento de empresas, o que dá «maiores garantias de aprovação dos fundos do Life». Às acções de reflorestação na serra da Arrábida, também com espécies vegetais autóctones, a cimenteira instalada no parque natural associa agora, pela primeira vez, a reflorestação dos fundos marinhos.
«O Parque Natural Sintra-Cascais (PNSC) tem sido mais um elemento passivo do que activo no concelho. Muitas pessoas quase nem se apercebem da sua existência. É nesta área protegida que vamos centrar as nossas actividades», adianta ao AmbienteOnline João Cardoso de Melo, gestor de projecto da Cascais Natura. A autarquia pretende criar um centro de interpretação da Natureza, o Espaço Lineu, numa quinta adquirida pelo município, junto à área protegida.
Além desta iniciativa, o município está a elaborar um Plano de Gestão da Biodiversidade, que será alargado ao concelho vizinho de Sintra e deverá estar concluído em 2008. «O objectivo é identificar áreas importantes para a conservação, já classificadas ou não, e adoptar medidas de gestão», explica João Cardoso.
Entre algumas medidas concretas que avançam já este ano está a criação de um banco de espécies vegetais autóctones para repovoar o parque natural, em parceria com o Instituto Superior de Agronomia, o PNSC e a Direcção-Geral dos Recursos Florestais. A fauna também não foi esquecida. Num antigo terreno agrícola vai nascer o Ecoparque de Pisão, uma área que vai ser cultivada de forma a criar os habitats ideais para espécies como os ginetes e as aves de rapina, nomeadamente os falcões peregrinos.
A 24 de Maio, será a vez da Câmara de Nisa aderir à campanha, um passo natural num concelho que é constituído em 60 por cento por áreas da Rede Natura 2000. O Countdown 2010 irá servir de base para uma Estratégia de Desenvolvimento Sustentável integrada na Agenda XXI Local, com o intuito de promover os valores naturais do município. Igualmente importante para Nisa, «é estabelecer redes de parceria com o sector privado de modo a desenvolver mais e melhor o projecto LIFE Nortenatur e outros projectos que o concelho precisa para se valorizar», refere a autarquia em comunicado.
A par das câmaras municipais, as empresas portuguesas manifestam também crescente interesse pela gestão da biodiversidade. No âmbito do projecto «Business and Biodiversity», que visa o reconhecimento mútuo do mundo da biodiversidade e dos negócios, vai ser criada uma plataforma com empresas privadas para apoio à gestão de áreas protegidas.
O Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), ligado ao projecto, começou por conversar com as empresas aderentes ao Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, mas «tem vindo a alargar o seu leque de parceiros potenciais em função do interesse manifestado por outras empresas», adianta Henrique Pereira dos Santos, director dos Serviços de Apoio às Áreas Protegidas no ICNB.
«O que esperamos é encontrar soluções flexíveis para quem quiser participar, no quadro do seu negócio, com benefícios concretos para a biodiversidade», explica, sem adiantar o nome das empresas que já aderiram e que serão publicamente conhecidas «em breve».
Embora a gestão da biodiversidade esteja ainda a dar os primeiros passos na política empresarial, em Portugal há já empresas com experiência nesta área. É o caso da Secil, que está a apoiar a replantação dos fundos do Parque Marinho da Arrábida com espécies autóctones, para restaurar os ecossistemas destruídos pela pesca com ganchorra e pelo aumento das embarcações de recreio nesta zona.
«Esta é uma área onde existiam pradarias marinhas, formações muito importantes para os ecossistemas marinhos e que estamos a tentar restaurar», explica Alexandra Cunha. A investigadora da Universidade do Algarve está a coordenar o projecto Biomares, que começou em Abril e é financiado pelo programa Life Natureza.
Para Nuno Maia, da Secil, este tipo de projectos beneficia por ter o envolvimento de empresas, o que dá «maiores garantias de aprovação dos fundos do Life». Às acções de reflorestação na serra da Arrábida, também com espécies vegetais autóctones, a cimenteira instalada no parque natural associa agora, pela primeira vez, a reflorestação dos fundos marinhos.
Fonte: Portal do Ambiente, Carla Gomes
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