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Portugal vai continuar a ter, nos próximos anos, condições para incêndios florestais muito perigosos, apesar de ser o país do Sul da Europa que sofreu a maior área destruída pelas chamas nos últimos 25 anos.
O alerta foi lançado, durante o seminário ‘Segurança nas Escolas e Protecção da Floresta’, organizado em Mafra pela Brigada 2 da GNR.De acordo com o director do serviço contra incêndios da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, João Pinho, “temos condições climatéricas para termos muito crescimento vegetal e Verões secos, o que significa que, por mais que arda, vamos ter sempre muito para arder”.Nesta circunstância, acrescentou, é importante a organização de um sistema nacional de prevenção, para evitar ignições ou se as houver, sejam rapidamente combatidas.A GNR, através do Serviço de Protecção da Natureza (SEPNA), desempenha um papel importante neste sistema, com a coordenação das acções de prevenção relativas à vigilância, quer através da Rede Nacional de Postos de Vigia (RNPV), quer do novo sistema de torres de video-vigilância, detecção e fiscalização dos incêndios florestais e, através dos GIPS, participa no combate directo às chamas, frisou na sua intervenção o major Joaquim Delgado, daquela força de segurança.No sistema que está a implantar-se em Portugal, cabe à acção de prevenção das autarquias um papel “cada vez mais crucial”, salientou por sua vez Amâncio Torres, vice-presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, que moderou o debate.A prevenção de ‘malha fina’ é realizada através dos planos regionais e municipais de estrutura do território, obrigando à integração das acções dos diferentes agentes, frisou ainda João Pinho.Esta organização do território, a par da prevenção da eclosão do fogo e do combate aos incêndios florestais constituem as prioridades da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, salientou aquele responsável. MAIS FISCALIZAÇÃOA prevenção dos incêndios florestais, por parte das forças de segurança, assenta na fiscalização efectiva das actividades que provoquem fogo por negligência e no controlo ou inserção social dos indivíduos de risco que possam agir intencionalmente, disse no seminário o inspector Miguel Martinho, da PJ, especialista na investigação de incêndios. O inspector admitiu que no futuro a investigação de incêndios florestais venha a caber à GNR, com a nova lei sobre investigação criminal.
Fonte: Correio da Manhã
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), através da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen), e do Corpo de Bombeiros Militar, realiza na próxima quarta-feira (9), a aula inaugural do projeto “Voluntários do Fogo”. Iniciativa inédita no país, o projeto visa à ressocialização de internos a partir do voluntariado na prevenção e no combate a incêndios florestais e na preservação da fauna e flora do Estado. O curso de formação da primeira turma, composta por 42 internos do regime semi-aberto de Campo Grande, acontecerá dias do dia 9 ao dia 11 deste mês na Embrapa Campo Grande. Os detentos terão aulas teóricas sobre noções de educação ambiental e legislação sobre o uso do fogo, materiais de prevenção e combate a incêndios florestais, organização de pessoal, técnicas de prevenção e combate a incêndios florestais, primeiros socorros, confecção de abafadores e práticas de queima controlada e combate a incêndios florestais para atuar como voluntários em brigadas de prevenção e combate a incêndios florestais e outras ações na área de defesa civil.O projeto será desenvolvido inicialmente na Capital, mas a intenção da Sejusp é estendê-lo às unidades de regime aberto e semi-aberto de Dourados, Três Lagoas, Corumbá e Aquidauana.“Eles passarão por um processo de treinamento e capacitação, monitorados por oficiais do Corpo de Bombeiros e por assistentes sociais, a fim de potencializar o processo de reintegração social”, afirma a assistente social Marisa Delalíbera.A Agepen estuda agora uma articulação com a Vara de Execução Penal para viabilizar as questões de ordem judiciária que envolvem o projeto, além da possibilidade da remissão das penas dos internos voluntários, quando estiverem efetivamente atuando nos incêndios. A solenidade de abertura do projeto acontecerá na quarta-feira, no auditório da Embrapa Campo Grande, será aberta à imprensa e contará com a presença do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini.
Fonte: Agora MS
O ministro da Administração Interna, António Costa, revelou-se confiante no dispositivo montado para combater os fogos florestais, ao mesmo tempo que apelou ao empenho de todos os cidadãos para lutar contra este flagelo.Durante a cerimónia de apresentação dos dispositivos de combate aos incêndios, que decorreu no último sábado, no Porto, o governante ressalvou que é necessário enfrentar a próxima época de incêndios «sem triunfalismos, mas também sem fatalismos».«Todos sabemos que não somos demais para fazer face a esta ameaça», sublinhou António Costa, citado pelo Ambiente Online, destacando a importância do reforço de meios humanos para 2007, que atinge cerca de nove mil homens, distribuídos pela vigilância, detecção e combate a incêndios.Falando para «todos os cidadãos portugueses», o ministro referiu que «a melhor ajuda que se pode dar é evitar comportamentos de risco na floresta, deixando ainda um apelo a um «reforço das acções de fiscalização para fazer cumprir as obrigações que a lei impõe aos produtores florestais», designadamente no que diz respeito à limpeza da floresta e à criação de zonas de protecção.O governante, que falava perante a presença de efectivos que vão estar envolvidos no combate aos incêndios nos próximos meses, enumerou algumas melhorias no dispositivo para este ano, nomeadamente os primeiros meios aéreos do Estado, o reforço das equipas helitransportadoras e do envolvimento de efectivos das Forças Armadas, e ainda a aquisição de equipamento de protecção individual para bombeiros voluntários.A criação de equipas de primeira intervenção profissionalizadas nos corpos de bombeiros voluntários foi outra das referências de António Costa, acrescentando que, este ano, estarão a funcionar 60 das 200 equipas previstas até 2009.Na sua intervenção, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, considerou que a actuação do Governo neste domínio tem sido positiva, referindo ser de elementar justiça reconhecer que foram dados «importantes passos para responder ao flagelo dos fogos florestais».Já a governadora civil do Porto, Isabel Oneto, destacou o «sentimento de entrega e de profunda dedicação» de todos os envolvidos no dispositivo de combate aos fogos florestais, destacando ainda a «mais valia inestimável» que advém do facto do distrito do Porto possuir uma das maiores universidades do país.Refira-se que entre 1 de Julho e 30 de Setembro, aquele distrito terá em alerta permanente 400 homens, 90 veículos e um meio aéreo, além dos efectivos da GNR, do Exército e dos sapadores florestais.
Fonte: Fabrica de Conteudos
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