domingo, 27 de maio de 2007

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Consciente de que os bombeiros são os que mais sofrem alterações respiratórias e cardíacas no combate aos fogos, uma pneumologista do Hospital Amadora-Sintra está empenhada em acompanhar estes profissionais e até já criou uma associação.

Com o apoio da Câmara de Sintra, a recém-criada ‘Chama Saúde’ já está a mostrar trabalho e fez ontem um rastreio a cerca de cem elementos dos corpos de bombeiros locais. Depois da época de incêndios, um novo rastreio poderá mostrar quais os perigos que estes profissionais correm no combate aos fogos e qual a forma de prevenir.A pneumologista Cecília Longo, que dá a cara pela associação, afirma que só assim poderá ser traçado o retrato do “nosso bombeiro” – uma profissão com alta taxa de mortalidade e com riscos acrescidos de contrair doenças como o cancro.Para tal, os bombeiros responderam a um inquérito que, entre várias perguntas, questionava se os profissionais utilizam máscaras de respiração. “O que é inviável, por ser muito incomodativo, em incêndios florestais”, afirma Mário Louro, comandante dos bombeiros de Montelavar – onde decorreu o rastreio.Até o presidente da câmara, Fernando Seara, fez o teste de espirometria. Como o resultado foi positivo (sem problemas), o autarca dispensou o electrocardiograma, a medição do monóxido de carbono e o exames ao colesterol e aos triglicéridos.No âmbito do Dia Nacional do Bombeiro, a associação vai estar hoje em Setúbal para novo rastreio. A intenção de Cecília Longo é criar uma estrutura que acompanhe a saúde dos bombeiros voluntários e profissionais. Para isso precisa de apoios e de “voluntários” para o projecto.
Fonte: Correio da Manhã
A agricultura familiar no Estado de Roraima, assim como em toda a Amazônia, carece de ações estruturantes para uma mudança da forma rudimentar de manejo do solo, que utiliza o fogo para abertura de áreas visando o cultivo de suas lavouras.Ao contrário das ações de combate às queimadas e aos incêndios florestais que, por seu caráter emergencial, são relativamente fáceis de mobilizar o Governo, tanto na esfera federal, como estadual e municipal, as ações chamadas de estruturantes decorrem em um processo mais lento, com resultados a médio e longo prazo.Após o incêndio florestal que atingiu Roraima em 1998, foi estruturado um sistema de monitoramento, prevenção e combate às queimadas, envolvendo várias entidades parceiras principalmente no âmbito federal e estadual, sociedade civil e os próprios agricultores, sob coordenação de um Comitê Estadual constituído para esse fim. A formação de brigadas formadas por agricultores e moradores de vilas aconteceu em quase todos os municípios, graças às ações da Defesa Civil e dos órgãos ambientais. Roraima teve destaque nacional em função dessa estrutura montada, envolvendo diversos parceiros. Mostra disso foi o Prêmio SuperEcologia 2001, como melhor ação de Governo, consagrado pela Revista SuperInteressante (Editora Abril).Essas ações continuam acontecendo na época seca, graças principalmente à mobilização da Defesa Civil e dos órgãos ambientais, com a montagem de bases avançadas em várias localidades do interior, auxiliando os agricultores na realização de suas queimadas controladas. Calendários para organizar as queimadas controladas, de forma que elas não aconteçam ao mesmo tempo em todo o Estado, são elaborados com a participação dos agricultores, associações e sindicatos.Porém, só correr atrás do fogo parece não ser suficiente. Até porque o ser humano dificilmente consegue combatê-lo quando o mesmo foge do controle, o que não é difícil acontecer em Roraima, principalmente quando temos influência do fenômeno El Nino, que intensifica o período seco em nossa região.A açãoO desafio é conseguirmos atingir as causas, mudando o cenário da agricultura itinerante, do corte-derruba-queima. Aí precisamos de ações integradoras, interinstitucionais e multidisciplinares, com participação intensa dos agricultores familiares organizados. Cada um desempenhando seu papel seja de informar, de pesquisar, de prestar assessoria técnica, de aprender e de executar, em busca de uma agricultura mais sustentável para a realidade do agricultor familiar. Ações educativas representam os passos iniciais de todo esse processo. Ensinar que existem tecnologias mais adequadas para a realidade do agricultor familiar, sem utilização do fogo, é apenas um começo. Aliás, o começo tem sido trabalhos de pesquisa com participação dos agricultores, mostrando a capacidade produtiva e a viabilidade econômica de tecnologias como sistemas agroflorestais, manejo florestal madeireiro e não madeireiro e outras. Esse é o papel que a Embrapa Roraima vem desempenhando ao longo dos últimos anos, além de desenvolver também ações educativas e de capacitação em alternativas ao uso do fogo na agricultura.A mata, a área de reserva legal das propriedades, não precisa ser encarada como um obstáculo que precise ser removido. Ela deve ser integrada ao sistema produtivo da unidade familiar, mas de forma planejada, para garantir seu uso ao longo dos anos. Os sistemas agroflorestais são associações de cultivos agrícolas com espécies arbóreas, que podem ser desenhados e conduzidos de acordo com a realidade de cada agricultor, de cada família, em cada região. O resultadoComo foi visto, as ações educativas precisam ser integradas, de forma que uma complemente a outra. Aí está o importante papel da assistência técnica e extensão rural na continuidade das atividades de implementação dos sistemas produtivos adaptados à realidade do agricultor familiar, que vêm sendo disponibilizados pela pesquisa. Outro importante papel tem os órgãos ambientais, através de suas ações de educação ambiental direcionadas a agricultores familiares. Um exemplo disso é o importante trabalho que vem sendo realizado pelo IBAMA com as comunidades do entorno do Parque Nacional do Viruá, em Caracaraí. É fundamental, contudo, a organização dos agricultores, através de associações, cooperativas e sindicatos, para viabilizar projetos e ações concretas em suas comunidades. A melhoria das condições de vida relaciona-se estreitamente com melhorias no processo produtivo, que não deve estar dissociado com a convivência harmoniosa com o meio ambiente.Fonte: Maristela Ramalho Xaud da embrapa Roraima.
Fonte: Jornal do Comercio

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