segunda-feira, 14 de maio de 2007

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A Associação de Empresas do Sector Papeleiro e Celulose (AFOCELCA) investiram desde Setembro 5,4 milhões de euros na prevenção, limpeza de matas, detecção e apoio ao combate de incêndios florestais, afirmou à Lusa uma responsável da entidade. Esta associação, criada em 2002, engloba a Celbi, Celulose do Caima e empresas do grupo Portucel/Soporcel e está vocacionada para trabalhar na área da detecção e primeira intervenção, bem como no apoio ao combate e rescaldo de incêndios florestais. A AFOCELCA contratou um grupo de bombeiros sapadores chilenos - que chegam a Portugal dia 1 de Junho, acompanhados por três técnicos florestais - para formar funcionários das celuloses e combater incêndios nos 232 mil hectares de matas da associação. Os três técnicos florestais chilenos vão coordenar as operações de manutenção e intervenção nas áreas florestais até 30 de Setembro. As celuloses que integram a AFOCELCA exploram uma área total de 232 mil hectares (ha) em Portugal e limparam e removeram matéria combustível em mais de 5.000 quilómetros de caminhos e acessos florestais, disse à Lusa uma porta-voz da administração da Soporcel. A associação também contará com meios aéreos para combate a incêndios florestais, nomeadamente três helicópteros ligeiros Ecureuil AS350 B2 e B3, alugados à Helibravo, com cinco bombeiros sapadores chilenos em cada aeronave. Os helicópteros também atacam directamente os fogos, com um dispositivo de balde com água. Os três helicópteros e os bombeiros sapadores ficarão em três bases operacionais, Valongo (Porto), Penamacor (Castelo Branco) e Abrantes (Santarém), mas podem ser deslocados consoante as necessidades de intervenção no terreno, acrescentou a mesma fonte. Os objectivos para este ano passam pela redução de incêndios que resultem em mais de 50 ha de área ardida, pelo que a AFOCELCA reforçou meios que intervêm na fase nascente do incêndio, logo após a detecção. O Centro de Comando e Operações da AFOCELCA ficará instalado na Figueira da Foz e vai coordenar - além das três equipas helitransportadas - 41 viaturas todo-o-terreno com 600 litros (l) de água, 13 veículos pesados com capacidade para 3.500 litros, dois autotanques com 8.000 litros de água e 90 colaboradores das empresas associadas em carrinhas com meios para combate inicial. Em 2003 morreram cinco chilenos que integravam uma equipa helitransportada que trabalhava para a AFOCELCA sedeada em Penamacor, quando combatiam um incêndio florestal em Gonçalo, Guarda.
Fonte:O Figueirense

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