As chamas voltaram a ameaçar a Serra da Boa Viagem, ontem. Chegou a temer-se que o "inferno" de 2005 se repetisse, mas a rápida intervenção dos meios aéreos evitou o pior.O fogo regressou à Serra da Boa Viagem, dois anos depois do "inferno" que deixou a cidade em pânico. Porém, ontem, as chamas foram rapidamente apagadas, tendo devorado cerca de 2,5 hectares de floresta, contra os perto de 2.500 hectares de 2005. "A dada altura, cheguei a temer que o drama de há dois anos se repetisse, mas a rápida e mobilização dos meios, assim como a quantidade, afastaram essa possibilidade", declarou o vereador Lídio Lopes, presidente da câmara em exercício, uma vez que Duarte Silva encontra-se de férias.As chamas tiveram início cerca das 12H00, limitando-se a cerca de 500 metros quadrados, tendo sido rapidamente extintas. No entanto, por volta das 17H00, o fogo voltou à Serra da Boa Viagem, não muito longe do primeiro foco. Foi dado como extinto perto das 18H30. Um total de 118 bombeiros, de 14 corporações de bombeiros, de vários pontos do distrito, e quatro meios aéreos estiveram envolvidos no combate aos fogos.Os incêndios começaram perto da estrada, o que leva a crer que terá tido mão criminosa ou negligente. Elementos da Polícia Judiciária de Coimbra estiveram no local à procura de indícios de fogo posto. "Pelo menos no primeiro caso, não tenho dúvidas que se tratou de mão criminosa ou negligência", sustentou Fernando Castro, comandante delegado da Protecção Civil Municipal. O fogo ficou circunscrito a uma área compreendida entre a Casa das Cruzinhas e a Bandeira.A aposta na prevenção e na vigilância está a dar resultados. António Gravato, da Circunscrição Florestal, declarou que a acção dos sapadores e vigilantes florestais contribuíram para minimizar os efeitos. De resto, o alerta foi dado por vigilantes contratados pela autarquia. Por seu lado, uma equipa de sapadores florestais actuou na primeira intervenção. O governador civil, Henrique Fernandes, que se deslocou à Serra da Boa Viagem, elogiou a prontidão dos meios.Em 2005, lembrou Lídio Lopes, os meios chegaram tarde e em quantidades reduzidas. Ao contrário de ontem, que foram rapidamente mobilizados meios terrestres e aéreos e quantidades suficientes. Da base aérea de Monte Real chegaram dois aviões pesados, enquanto Seia e Cernache contribuiu com as outras duas unidades, ligeiras. Depois das operações de rescaldo, que decorriam à hora do fecho desta edição, permaneceram no local equipas de bombeiros de vigilâncias.(*) Com Diana Claro, jornalista em estágio no DIÁRIO AS BEIRAS
Fonte: Diario As Beiras
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