quarta-feira, 8 de agosto de 2007

O fogo não tem fronteiras e por isso temos de cooperar com quem precisa.

Vários incêndios continuam activos no Sul de Itália, devastado desde Julho por sinistros de grande dimensão que já provocaram seis mortos e que são atribuídos pelos responsáveis políticos à criminalidade organizada.
O corpo de um homem de 80 anos, encontrado esta manhã numa zona atingida por um incêndio na Puglia (Sudeste), elevou para seis o número de vítimas dos fogos florestais desde o início do Verão em Itália, anunciou o Corpo Florestal do Estado.
Apesar de uma relativa acalmia registada pela protecção civil, continuam activos vários fogos na Calábria (extremo Sul) e na Campânia.
Um representante regional da Campânia, Corrado Gabriele (comunista) apontou responsabilidades a «uma ofensiva da criminalidade organizada», numa altura em que um helicóptero da protecção civil apagou, na véspera, 18 focos de incêndio ateados por desconhecidos.
O reservatório de água do helicóptero foi atingido quando o piloto abastecia junto a um rio, disse à AFP um porta-voz da Região Campânia.
Também na segunda-feira, os cabos que permitiam assegurar a ligação rádio entre as equipas de socorro foram cortados, acrescentou.
O ministro do Ambiente e líder dos Verdes, Alfonso Pecoraro Scanio, denunciou hoje «um verdadeiro assalto criminal contra os parques naturais e várias zonas de Itália», na cadeia televisiva Sky TG24.
«Os incendiários não são apenas doentes ou pirómanos», declarou o ministro, responsabilizando «grupos ligados a associações criminosas, nalguns casos, e noutros, ao sector da especulação imobiliária».
No final de Julho, a organização ambientalista WWF estimou a superfície destruída nos parques naturais italianos em nove mil hectares.
Nos primeiros sete meses do ano, registaram-se na Península Itálica 4.007 fogos florestais que destruíram 80.086 hectares de vegetação.
O número de incêndios é 30 por cento superior ao do mesmo período do ano passado mas está 373 por cento acima no que respeita à superfície ardida.

Fonte: Diário Digital / Lusa
BRASÍLIA – Representantes do Ministério Público, Ministério das Relações Exteriores e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reúnem-se nesta quarta-feira para iniciar investigações sobre denúncias de compra de terras por estrangeiros na Amazônia pela organização não-governamental inglesa Cool Earth. O coordenador do grupo de trabalho criado na comissão para acompanhar o caso será o deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA).

Diplomacia, Ministério Público e técnicos do Incra se reúnem para averiguar denúncias sobre a conservação amazônica – SUFRAMA A reunião está marcada para as 14h30, na sala da presidência da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, na Câmara dos Deputados. Há dois meses, a organização Cool Earth revelou que promovia uma campanha de arrecadação de recursos em seu site "para impedir o desmatamento e reduzir as emissões de gases estufa na atmosfera". Analistas consultados por parlamentares concluíram que há outro objetivo por trás dessa intenção. A empresa estaria disposta a tomar posse de grandes áreas da região.Bentes vai propor ao grupo de trabalho uma viagem até as áreas sobre as quais existem denúncias de compra de terra por estrangeiros, além dos limites impostos pela legislação brasileira. "As investigações não devem se restringir ao caso da Cool Earth; nossa preocupação é que estejam loteando a Amazônia, vendendo terras a estrangeiros, valendo-se de ONGs", alertou.A legislação brasileira autoriza pessoas de outros países a comprar áreas de até 50 módulos rurais, desde que respeitadas algumas regras. Há denúncias, porém, de que alguns estrangeiros têm constituído empresas nacionais para poder atuar como qualquer cidadão brasileiro e poder comprar terras sem restrições.Reportagens da Agência Amazônia repercutem BRASÍLIA — A Agência Amazônia tratou do assunto duas vezes, entre 2006 e 2007: primeiro publicou reportagem especial da jornalista Memélia Moreira, informando que a organização não-governamental
Nature Rights (Direitos da Natureza), liderada pela grafista franco-portuguesa Samantha Novella sugeriu o loteamento de áreas ainda intactas da região amazônica ao custo de, no mínimo, um euro por ano, com fins de conservação. O assunto repercutiu no Congresso Nacional. Depois, em março de 2007, reportagem deste site informou que um pseudo laboratório denominado Arkhos Biotech pôs à venda a Amazônia num vídeo de 1 minuto e 25 segundos postado no Youtube. A deputada Perpétua Almeida (PC do B-AC) ingressou na Procuradoria da República com pedido de abertura de inquérito civil público para apurar a origem do vídeo. A empresa fictícia, criada por publicitários a serviço da Ambev (fabricante do guaraná Antarctica) convocou o mundo a investir “para transformar a floresta (Amazônia) num santuário de preservação sob controle privado. Má fé do laboratório e boa fé dos jornalistasO jornalista Chico Bruno, do site Primeira Hora, comentou na ocasião: "A verdade sobre a campanha de privatização da Amazônia, proposta pela empresa Arkhos Biotech, desvendada pela editora assistente da Folha de São Paulo Malu Delgado, que foi à luta e descobriu que “a ficção pregou uma peça na política”, foi considerado um mico pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), que repercutiu a denúncia da Agência Amazônia na tribuna do Senado.Discordo do senador. "O debate sobre o assunto serve de alerta as autoridades brasileiras para as brincadeiras de mau gosto que circulam na internet. Cabe ao governo brasileiro apurar as reais intenções dessa ação, que repercutiu na imprensa e no Congresso Nacional."Aqui não interessa discutir se a Arkhos é real ou virtual. O que interessa discutir é que existe um site na internet ( www.arkhosbiotech.com) pregando a internacionalização da Amazônia."Os senadores e deputados que levaram ao Congresso Nacional a denúncia da Agência Amazônia de Notícias, assim como a própria agência e todos os jornalistas que se indignaram com a descoberta do site agiram de boa fé em defesa da Amazônia".Saiba maisPara alguns críticos, a primeira fase da internacionalização da Amazônia teria sido a criação de grandes reservas indígenas e ecológicas. Atualmente existem cerca de 1,1 milhão de quilômetros quadrados para cerca de 400 mil índios. Em 2006 o ministro inglês do Meio Ambiente, David Miliband disse que seu país quer "privatizar" a Amazônia. Foi durante a 2ª Reunião Ministerial do Diálogo de Gleneagles sobre Mudanças Climáticas, em Monterrey, no dia 30 de setembro daquele ano. O jornal Daily Telegraph noticiou a existência de um plano armado pelo gabinete de primeiro-ministro Tony Blair, de promover uma "privatização completa da Amazônia", sob a justificativa de evitar o aquecimento global.Em 21 de março de 2006, na reportagem "Ricos criam o colonialismo verde", o jornal O Estado de S.Paulo também noticiara que milionários ingleses pretendem adquirir terras da Amazônia.
Fonte: Agencia Amazonia
Os deputados da Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Floresta Contra Incêndios consideraram hoje como um «bom exemplo» a reflorestação nos baldios de Fafião, Montalegre, onde se concilia a floresta com a pastorícia e o turismo.
Depois de um grande incêndio em 1999, o conselho directivo dos baldios de Fafião, freguesia de Cabril, em Montalegre, implementaram vários projectos de reflorestação que obedecem a uma «lógica integrada» de gestão dos terrenos.
O presidente da Junta de Freguesia de Cabril, Pedro Giesteira, disse à Agência Lusa que 1.000 hectares do total de 2.100 dos baldios de Fafião, foram reflorestados com pinheiros bravos e silvestres, bétulas, carvalhos e sobreiros, nos quais foram implementados vários caminhos de forma a dar descontinuidade à floresta.
Para além dos vários pontos de águas que foram criados, a aposta passou também pela limpeza dos matos que, segundo o responsável, «é feita regularmente».
O resultado foi, de acordo com Pedro Giesteira, uma «redução muito significativa» do número de ignições e de área ardida naquele território que integra o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Para o responsável, o objectivo destes projectos, que contaram com o apoio de fundos comunitários, do PNPG e da Câmara de Montalegre, foi «planificar e ordenar» para ser mais fácil a «gestão» deste espaço florestal.
Para Luís Carloto Marques, deputado do PSD que integra a Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Floresta Contra Incêndios, Fafião é «um bom exemplo» do trabalho que pode ser feito na floresta.
O deputado destacou a interligação entre a pastorícia, já que nesta zona se aposta na produção de cabrito de raça bravia e vaca barrosã, a floresta e o turismo de natureza.
Segundo Luís Marques, o objectivo da visita do grupo parlamentar a Montalegre foi precisamente «divulgar» este bom exemplo do que pode ser feito na floresta portuguesa.
Também Jorge Almeida, deputado socialista, destacou o «ordenamento florestal» implementado e a «participação activa» das populações locais na concretização dos projectos.
Nesta deslocação ao distrito de Vila Real a Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios vai também reunir-se com os técnicos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), especialistas pela área dos fogos florestais.
Técnicos da UTAD estão a avaliar, este Verão, o combate aos grandes fogos florestais para melhorar as estratégias de combate e reduzir a área ardida em Portugal, um projecto que resultou de uma parceria com a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
A UTAD destacou para a sede da ANPC dois colaboradores para tratamento de dados, definição de indicadores de gestão e preparação e elaboração de relatórios semanais de monitorização das operações de combate.
No terreno, técnicos e alunos da UTAD, fazem a monitorização dos incêndios, desde os meios colocados no terreno, da sua capacidade de intervenção, da logística agregada, da forma de ataque, dos recursos a técnicas de fogo controlado e de contrafogo, à incorporação de analistas de incêndios para uma melhor leitura do teatro das operações.
O coordenador do estudo, Hermínio Botelho, disse à Lusa que hoje, por exemplo, estão duas equipas, com quatro técnicos cada, na Lousã para avaliar o combate ao incêndio que deflagrou naquela zona.
Em Outubro, segundo o responsável, vai ser feita uma «avaliação global» dos resultados, a partir da qual serão promovidas as alterações mais estruturais que são necessárias introduzir no dispositivo do ano 2008.
O departamento florestal da UTAD tem desenvolvido, nos últimos anos, um vasto trabalho de investigação, designadamente na criação e acompanhamento das equipas de fogos tácticos, em que se utiliza o contrafogo como uma das formas de combater o incêndio.

Fonte:Diário Digital / Lusa
Área é inferior ao registado nos anos anteriores, revela a Direcção-Geral dos Recursos Florestais Os incêndios florestais ocorridos em Portugal este ano, entre 1 de Janeiro e 31 de Julho, consumiram 5.086,81 hectares, um valor inferior aos registados nos anos anteriores, em termos comparativos, revelou hoje a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF).De acordo com o relatório provisório sobre os incêndios divulgado ao fim da tarde de hoje pela DGRF, registaram-se no período em análise 4.529 ocorrências de fogo, sendo 571 incêndios florestais e 3.958 fogachos.Desse total de situações de fogo resultou uma área total ardida de 5.086,81 hectares, entre povoamentos florestais (1.827,27 hectares) e matos (3.259,54 hectares).Os maiores valores de área ardida verificaram-se nos distritos de Portalegre (1.318,21 hectares) e Beja (1.247,43 hectares), enquanto o maior número de incêndios florestais verificou-se em Braga (81) e Vila Real (70).O distrito do Porto foi o mais afectado por fogachos (666), seguido de Lisboa (444), segundo também os dados disponibilizados por aquele organismo do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas."Da análise interanual do número de ocorrências e área ardida, até 31 de Julho, entre 2002 e 2007, verifica-se que em 2007 o total registado para cada uma das categorias se encontra abaixo dos valores verificados em qualquer um dos anos anteriores", assinala o relatório da DGRF.O documento acrescenta que, "quando comparados os registos do corrente ano com os valores médios apurados no quinquénio anterior, verifica-se que houve menos 9.536 ocorrências e arderam menos 72.337,12 hectares, correspondendo os valores do presente ano a 32,2 por cento e 6,6 por cento dos valores médios, respectivamente das ocorrências e da área ardida do último quinquénio". "Das análises mensais de 2007 decorre que o número de ocorrências registadas é sempre inferior aos valores médios mensais em cada um dos cinco anos anteriores. Essa diferença é mais acentuada nos meses de Junho e Julho, onde se verificaram menos 2.485 e 4.552 ocorrências, respectivamente", indica também a DGRF. "O mesmo é visível para a área ardida, com uma discrepância ainda mais acentuada, tendo ardido em Julho menos 56.824,46 hectares que a média dos cinco anos anteriores", de acordo ainda com a Direcção-Geral dos Recursos Florestais.
Fonte: Jornal de Noticias
A Câmara de Ourique apresentou uma candidatura à Direcção Geral de Recursos Florestais para a criação de uma Equipa de Sapadores Florestais.
A Câmara Municipal de Ourique apresentou uma candidatura à Direcção Geral de Recursos Florestais para a criação de uma Equipa de Sapadores Florestais. Um projecto que surge no âmbito do trabalho que a autarquia tem vindo a desenvolver na área da prevenção dos incêndios florestais.
Sensibilização florestal, vigilância, primeira intervenção, operações de rescaldo e vigilância pós-incêndio são as principais funções da Equipa de Sapadores Florestais como explicou à Voz da Planície, Pedro do Carmo, presidente da Câmara Municipal de Ourique.
Segundo Pedro do Carmo este projecto é o culminar de uma verdadeira política e protecção civil levada a cabo pelo município.
Ainda de acordo com Pedro do Carmo o equipamento para que a Equipa de Sapadores Florestais, constituída por 5 elementos, possa desempenhar as suas funções é fornecido pela Direcção Geral de Recursos Florestais.
Fonte: Voz da Planicie
A propósito da notícia publicada ontem no Diário de Notícias sob o título "Força de combate aos fogos da GNR pode estar em risco", o MAI esclarece o seguinte:
1 - O Conselho de Ministros de 29 de Outubro de 2005 aprovou um conjunto de medidas de combate a incêndios florestais.
2 - Essas medidas referiram-se a alterações legislativas, políticas sectoriais e estruturas operacionais.
3 - Uma das medidas então tomadas foi a consolidação do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e a criação dos Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro (GPIS), no âmbito da GNR.
4- O Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro nasceu para ajudar a resolver o problema da segurança interna que são os incêndios florestais, tendo sido concebido como força helitransportada e terrestre, mas também para intervir como estrutura complementar, no campo mais amplo de intervenções de intervenção de protecção civil.
5 - Esta decisão foi feita com base na realidade nacional, mas tendo também em conta as realidades internacionais evidenciadas pelo furacão Katrina e pelos terramotos no Paquistão, cujos relatórios sublinharam a necessidade de reforçar a intervenção de força de segurança que possuem valências em áreas da protecção civil.
6 - Também em Espanha se reconhecem, na sequência da criação do GIPS português, a importância de uma força militar em acções de protecção civil – por isso, o Governo Espanhol criou uma estrutura de cerca de 4000 homens preparados para o efeito, no âmbito das próprias Forças Armadas.
7 - Os GIPS têm vindo pois a participar no intenso esforço de combate aos incêndios florestais, esforço esse que conta com a estrutura central da protecção civil, que são os bombeiros portugueses, mas também com sapadores florestais, sapadores do exército e elementos de brigadas Agris e de equipas municipais.
8 - O dispositivo de prevenção e combate aos incêndios florestais tem dado boas provas devido à integração de todos estes componentes, devido a uma coordenação política e operacional muito efectiva e devido a uma programação antecipada e rigorosa de meios e acções.
9 - O Ministério da Administração Interna não vai alterar o enquadramento actual e as missões atribuídas aos GIPS, que continuará a participar como até aqui no esforço do combate aos incêndios florestais.
Lisboa, 7 de Agosto de 2007

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