O presidente da câmara oliveirense criticou o facto de o Ministério da Agricultura pretender equipar as freguesias com os kits de combate aos incêndios florestais, sem dar apoio para aquisição de viaturas que os transportem.O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital criticou, ontem, durante a reunião do executivo camarário, o programa do Governo para a instalação nas juntas de freguesia de todo o país de um kit de primeira intervenção de combate aos fogos florestais.Para Mário Alves, este programa "é o mais absurdo que pode haver". O autarca social-democrata entende que a iniciativa do Ministério da Agricultura de apoio à aquisição do kit "sem apoio à aquisição de viaturas que os transportem, não tem qualquer lógica".Lembra que das 21 freguesias do concelho oliveirense, "nenhuma tem um veículo onde possam instalar os kits, por isso parece absurda esta iniciativa".Recorde-se que o ministro da Agricultura, Jaime Silva, antes do Verão, anunciou uma verba de oito milhões de euros para serem gastos na aquisição destes kits.O equipamento a adquirir pelas freguesias, com o apoio do governo, é semelhante aos utilizados pelas equipas de sapadores florestais, e é constituído por material de extinção (depósito de água, aditivos químicos, motobomba, mangueira, agulhetas, mochila extintora, batedores) e material para feitura das faixas de contenção (motorroçadora, motosserra, pá, ancinho, foição).Segundo referiu na altura o titular da pasta da Agricultura, o investimento, assumido em partes iguais pelo Ministério da Administração Interna e Ministério da Agricultura, permitirá equipar as autarquias "em função da importância da área florestal da freguesia, da distância ao quartel dos bombeiros e forças de combate a incêndios".Jaime Silva lembrou que são as populações, nomeadamente as que vivem no mundo rural, "que dão sinal que há um fogo"."Pensámos que era muito importante dar este primeiro equipamento, à volta de oito mil euros por kit, para que aquelas populações que primeiramente acorrem aos incêndios tenham um mínimo de equipamento e de meios, até com alguma segurança", frisou.O governo anunciou, anteontem, que já tinham sido aprovadas 865 candidaturas ao programa de aquisição de meios de primeira intervenção no combate a incêndios. Guarda, Viseu, Viana do Castelo, Castelo Branco e Braga foram os distritos com maior número de candidaturas aprovadas. No total, foram recebidas e apreciadas pela Direcção-Geral de Autarquias Locais 1845 candidaturas.Em comunicado, o gabinete do secretário de Estado adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita, adianta que são prioritárias neste programa "as freguesias com mais de 50 por cento da sua área abrangida por mancha florestal e com um plano de formação ministrado pelos gabinetes técnicos florestais dos municípios ou por uma corporação de bombeiros".
Fonte: As Beiras
O Governo anunciou esta quinta-feira que 865 candidaturas ao programa de aquisição de meios de primeira intervenção no combate a incêndios florestais foram aprovadas.
As candidaturas aprovadas pelo secretário de Estado adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita, inserem-se no âmbito de um programa que envolve um investimento de oito milhões de euros e permite às juntas de freguesia adquirirem ‘kits’ de ajuda ao combate a incêndios com diverso material, nomeadamente depósitos de água, retardantes e equipamento básico próprio.Guarda, Viseu, Viana do Castelo, Castelo Branco e Braga foram os distritos com maior número de candidaturas aprovadas.O comunicado do gabinete de Eduardo Cabrita explica que “foram consideradas prioritárias as freguesias com mais de 50 por cento da sua área abrangida por mancha florestal e com um plano de formação ministrado pelos gabinetes técnicos florestais dos municípios ou por uma corporação de bombeiros”.No total, foram recebidas e apreciadas pela Direcçaõ-Geral de Autarquias Locais 1845 candidaturas.
Fonte: Correio da Manhã
A Autoridade Nacional da Protecção Civil garante que o piloto que morreu ontem na queda de um aerotanque ligeiro Dromader, durante as operação de combate a um incêndio florestal no concelho de Torres Novas, era experiente e estava certificado para operar vários tipos de aeronaves.
Em comunicado, a Protecção Civil indica que, com base na licença e caderneta de voo disponibilizada pela Aeronorte – empresa proprietária do Dromader -, “o piloto reunia todos os requisitos legais e contratuais exigidos”, nomeadamente que até ao passado dia 3 de Maio, tinha já realizado “5512 horas de voo, em vários tipos de aeronaves, para as quais estava certificado até Maio de 2012”.Além da aptidão profissional, segundo a mesma documentação entregue pela Aeronorte, o piloto “detinha certificado médico” válido até ao próximo dia 28 de Setembro.A experiência do piloto Luís Cunha, de 56 anos, que ontem morreu na queda do Dromader que comandava, foi colocada em causa pelo proprietário do aeródromo de Giesteira, em Fátima, de onde o aparelho tinha descolado para abastecimento de água, antes do acidente. Segundo Joaquim Clemente, o piloto "não voava há oito anos" e ontem não terá conseguido "adaptar-se à irregularidade do terreno”, o que poderá vir a confirmar um "erro humano" como causa provável do acidente.A Aeronorte, proprietária do Dromader, já negou que o seu piloto fosse inexperiente. "Era um piloto com muita experiência nos Canadair que tinha voado para a Aerocondor. Além de participar há vários anos nas campanhas de incêndios também era piloto de linha, fazia transporte de passageiros", disse à Lusa o director de operações da Aeronorte, o comandante Carlos Peixoto.Ontem a Aeronorte escusou-se a avançar se o Dromader que se despenhou teria algum problema técnico não detectado durante as inspecções ao aparelho, indicando que enquanto se apura se o acidente teve origem num erro humano ou falha técnica a empresa abriu um inquérito interno para determinar se algum problema não foi detectado nas inspecções ao aerotanque. Hoje, Carlos Peixoto adiantou que o Dromader “era inspeccionado todos os dias por mecânicos da própria marca [que fabrica os aviões, a polaca PZL] na própria pista da Giesteira".O Dromader é um aparelho de fabrico polaco concebido para a pulverização aérea de terrenos agrícolas e combate a incêndios florestais. Conhecido pela cor amarelo forte, é um aerotanque que atinge um máximo de 225 quilómetros/hora e tem um alcance de distância de mil quilómetros.Na segunda-feira, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos – entidade que está a conduzir o inquérito à queda do Dromader - reúne-se para analisar os dados até agora recolhidos sobre o caso. O director do gabinete, Anacleto Santos, adiantou à Lusa que o inquérito levará em consideração "a autópsia feita ao piloto" pelo Instituto de Medicina Legal, bem como uma "análise às condições de habitabilidade" dos locais onde estavam instalados os pilotos contratados para fazer combate aos fogos.Segundo Anacleto Santos, a Aeronorte irá entregar à equipa que está a investigar o caso a documentação relativa à certificação do Dromader sinistrado.Quanto a possíveis causas para o acidente, o responsável disse que, para já, "parece ser um facto que o aparelho bateu com uma asa num pinheiro" enquanto se deslocava "lateralmente à encosta" da Serra d’Aire, mas considera ser "prematuro" adiantar se houve erro humano ou falha técnica.O Dromader, um dos oito aparelhos propriedade da Aeronorte que o estado alugou este ano para o combate aos fogos, integrava as operações de combate a um fogo florestal junto ao Campo de Futebol de Rexaldia, concelho de Torres Novas, quando se despenhou pelas 17h00 de ontem, entre as povoações de Alvorão e de Mias. Pouco antes o aparelho tinha descolado do aeródromo de Giesteira, carregado de água.Populares que assistiam ao combate ao fogo afirmam ter visto uma das asas do aparelho bateu num pinheiro, quando este tentava descer perto de uma escarpa para chegar a uma frente de fogo e larga a água, uma informação que o comandante nacional de Operações de Socorro, Gil Martins, não confirmou. Às 16h57 era recebida a última comunicação do piloto pela Protecção Civil.Pouco depois confirmava-se que o aparelho se tinha despenhado quando tentava efectuar a manobra de descarregamento da água, provocando a morte ao seu piloto, Luís Cunha, natural da Covilhã e residente em São Mamede de Infesta.
Em comunicado, a Protecção Civil indica que, com base na licença e caderneta de voo disponibilizada pela Aeronorte – empresa proprietária do Dromader -, “o piloto reunia todos os requisitos legais e contratuais exigidos”, nomeadamente que até ao passado dia 3 de Maio, tinha já realizado “5512 horas de voo, em vários tipos de aeronaves, para as quais estava certificado até Maio de 2012”.Além da aptidão profissional, segundo a mesma documentação entregue pela Aeronorte, o piloto “detinha certificado médico” válido até ao próximo dia 28 de Setembro.A experiência do piloto Luís Cunha, de 56 anos, que ontem morreu na queda do Dromader que comandava, foi colocada em causa pelo proprietário do aeródromo de Giesteira, em Fátima, de onde o aparelho tinha descolado para abastecimento de água, antes do acidente. Segundo Joaquim Clemente, o piloto "não voava há oito anos" e ontem não terá conseguido "adaptar-se à irregularidade do terreno”, o que poderá vir a confirmar um "erro humano" como causa provável do acidente.A Aeronorte, proprietária do Dromader, já negou que o seu piloto fosse inexperiente. "Era um piloto com muita experiência nos Canadair que tinha voado para a Aerocondor. Além de participar há vários anos nas campanhas de incêndios também era piloto de linha, fazia transporte de passageiros", disse à Lusa o director de operações da Aeronorte, o comandante Carlos Peixoto.Ontem a Aeronorte escusou-se a avançar se o Dromader que se despenhou teria algum problema técnico não detectado durante as inspecções ao aparelho, indicando que enquanto se apura se o acidente teve origem num erro humano ou falha técnica a empresa abriu um inquérito interno para determinar se algum problema não foi detectado nas inspecções ao aerotanque. Hoje, Carlos Peixoto adiantou que o Dromader “era inspeccionado todos os dias por mecânicos da própria marca [que fabrica os aviões, a polaca PZL] na própria pista da Giesteira".O Dromader é um aparelho de fabrico polaco concebido para a pulverização aérea de terrenos agrícolas e combate a incêndios florestais. Conhecido pela cor amarelo forte, é um aerotanque que atinge um máximo de 225 quilómetros/hora e tem um alcance de distância de mil quilómetros.Na segunda-feira, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos – entidade que está a conduzir o inquérito à queda do Dromader - reúne-se para analisar os dados até agora recolhidos sobre o caso. O director do gabinete, Anacleto Santos, adiantou à Lusa que o inquérito levará em consideração "a autópsia feita ao piloto" pelo Instituto de Medicina Legal, bem como uma "análise às condições de habitabilidade" dos locais onde estavam instalados os pilotos contratados para fazer combate aos fogos.Segundo Anacleto Santos, a Aeronorte irá entregar à equipa que está a investigar o caso a documentação relativa à certificação do Dromader sinistrado.Quanto a possíveis causas para o acidente, o responsável disse que, para já, "parece ser um facto que o aparelho bateu com uma asa num pinheiro" enquanto se deslocava "lateralmente à encosta" da Serra d’Aire, mas considera ser "prematuro" adiantar se houve erro humano ou falha técnica.O Dromader, um dos oito aparelhos propriedade da Aeronorte que o estado alugou este ano para o combate aos fogos, integrava as operações de combate a um fogo florestal junto ao Campo de Futebol de Rexaldia, concelho de Torres Novas, quando se despenhou pelas 17h00 de ontem, entre as povoações de Alvorão e de Mias. Pouco antes o aparelho tinha descolado do aeródromo de Giesteira, carregado de água.Populares que assistiam ao combate ao fogo afirmam ter visto uma das asas do aparelho bateu num pinheiro, quando este tentava descer perto de uma escarpa para chegar a uma frente de fogo e larga a água, uma informação que o comandante nacional de Operações de Socorro, Gil Martins, não confirmou. Às 16h57 era recebida a última comunicação do piloto pela Protecção Civil.Pouco depois confirmava-se que o aparelho se tinha despenhado quando tentava efectuar a manobra de descarregamento da água, provocando a morte ao seu piloto, Luís Cunha, natural da Covilhã e residente em São Mamede de Infesta.
Fonte: Publico
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