sábado, 25 de agosto de 2007

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As vítimas mortais dos incêndios que afectaram esta sexta-feira a Península do Peloponeso, no Sudoeste da Grécia, aumentaram esta noite para 19, entre as quais quatro bombeiros, segundo dados da Protecção Civil grega, escreve a Lusa.
O número de vítimas pode, no entanto, aumentar uma vez que muitas pessoas continuam cercadas pelas chamas, espalhadas por 130 frentes de fogos.
A Protecção Civil especificou que morreram dez habitantes e três bombeiros na povoação de Makistos, localidade de Ilias (a Oeste de Peloponeso) e mais cinco turistas e um bombeiro em Aeropolis, na localidade de Lacónia.
Durante a noite, habitantes dessas povoações telefonam por telemóvel para as estações de televisão a gritar e a dizer que as chamas se aproximam e estão cercados.
Um mulher com um bébé, na cidade de Rodino, ligou para o canal Ant1 e pediu que a resgatassem e a mais 10 outros vizinhos. As autoridades confirmam que estão desaparecidos quatro habitantes dessa localidade.
Outro habitante da localidade de Mintió relatou, também pelo seu telemóvel, que mais de cem vizinhos estavam cercados pelo fogo.
O primeiro-ministro grego, Costas Caramanlis, que voou esta noite até à cidade de Sajaro, para se deslocar ao centro de gestão dos fogos, deparou-se com muitas dificultades para chegar à localidade.
«É uma tragédia sem precedentes. Quero exprimir as minha dor pela morte dos nossos cidadãos», afirmou o primeiro-ministro, adiantando que se vivem «momentos dificeis e de responsabilidade e combate».
Hoje, a cidade de Amaliada, em Ilias, está em estado de alerta uma vez que as chamas se encontram próximas das vivendas.
As autoridades têm recorrido à ajuda da marinha para socorrer as pessoas que fugiram para as praias para escapar das chamas.
As fortes rajadas de vento impediram durante o dia a descolagem dos aviões de combate aos incêndios e desconhece-se se sábado o poderão fazer já que os meteorologistas prevêem que o vento se mantenha forte.
Várias brigadas especializadas do exército começam sábado os trabalhos no terreno para impedir reacendimentos dos fogos, estando em estado de alerta todos os hospitais militares.
O presidente da localidade de Ilias, Cristos Kafiras, afirmou hoje ao canal Alpha que não podia fazer nada esta noite porque «nada tinha funcionado bem».
A rádio estatal NET informou que o governo vai pedir ajuda de meios aéreos à Comissão Europeia.
Fonte: Portugal Diario
Brasília - O tempo seco e quente e a ação humana estão facilitando o aumento de incêndios em áreas florestais no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde o início de agosto foram registrados 11.920 focos de incêndio em todo o país. O número é quase o dobro do que foi constatado no mesmo período do ano passado (6,4 mil focos). Os estados com mais focos são o Pará, com 3.773 focos; Mato Grosso, com 3.525, e Rondônia, com 1.113.
Nas unidades de conservação ambiental, o prejuízo também é grande. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), atualmente três parques nacionais estão pegando fogo: o Itatiaia, no Rio de Janeiro; o Grande Sertão Veredas, em Minas Gerais, e o Parque Nacional de Brasília.
O coordenador do Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), órgão ligado ao Ibama, Elmo Monteiro, explica que além do clima seco, das altas temperaturas e dos ventos fortes, que ajudam a propagar as chamas, o incêndio criminoso dificulta o combate às queimadas.
Segundo ele, as queimadas são ocasionadas especialmente pela ação de vândalos e de pequenos agricultores que têm o hábito de limpar suas áreas usando o fogo, sem o devido conhecimento técnico. “O uso do fogo nessas áreas requer solicitação ao Ibama ou ao órgão ambiental do seu estado para fazer essa queima”, afirma.
Monteiro alerta que o uso do fogo em área agricola, sem autorização, é crime e pode resultar em reclusão de dois a quatro anos, além de multas que variam entre R$ 500 e R$ 5 mil por hectare queimado.
Por causa de um incêndio, o Parque Nacional de Brasília, também conhecido como Água Mineral, está fechado por tempo indeterminado. Segundo a Defesa Civil, mais da metade da área do parque já foi atingida pelo fogo.
Elmo Monteiro acredita que o fogo poderá ser contido ainda hoje (24).
Em entrevista à Rádio Nacional, o sub-secretário da Defesa Civil do Distrito Federal, Luiz Carlos Ribeiro, informou que foi montada uma “operação de guerra” no Parque Nacional de Brasília. Segundo ele, não há perigo de o fogo atingir os moradores que estão perto do parque.
“Nós estamos preocupados é com a condição do ar, porque tem muita fumaça, muita foligem está sendo jogada na atmosfera”, disse, lembrando que a umidade relativa do ar no Distrito Federal tem alcançado o percentual de 20%.
No entanto, Ribeiro aconselha as pessoas que moram próximo ao local a consumir bastante água e evitar exposição ao sol. Caso sintam algum desconforto respiratório, os moradores devem procurar atendimento médico.
Já no Rio de Janeiro, a direção do Parque Nacional de Itatiaia garante que a queimada está controlada, mas a visitação também foi suspensa.
Fonte: Agencia Brasil

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