O trabalho de investigação de dois antropólogos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) sobre o modelo de desenvolvimento do turismo de uma tribo no Panamá, os Kuna Yala, foi premiado pelo o organismo responsável pela edição da prestigiada revista National Geographic e do canal de televisão (por cabo) com o mesmo nome. Antes, o mesmo trabalho já tinha ganho o Prémio de Investigação em Turismo da VIII Feira Internacional de Turismo, da VIII Feira Internacional de Turismo de Madrid.
Xerardo Pereiro e Cebaldo Inawapi, investigadores na área da antropologia da UTAD, ganharam um prémio da “National Geographic Society”, um organismo conhecido pela revista que é publicada em dezenas de países e traduzida em cerca de 20 línguas, inclusive a portuguesa, e também pelo canal de televisão por cabo. O trabalho dos antropólogos incidiu na forma como uma tribo do Panamá organiza e coordena o seu modelo de turismo, e o prémio atribuído vai permitir a continuidade da investigação, com a garantia de publicação de artigos relacionados com este trabalho na revista National Geographic e com a passagem no canal de televisão. Cebaldo Inawapi, um dos investigadores, é precisamente natural de Kuna Yala, no Panamá. O casamento com uma portuguesa acabou por ditar a sua vinda para o nosso país, tendo ingressado na UTAD, como docente e investigador no pólo de Miranda do Douro. Por essa razão, o reconhecimento deste trabalho, que já recebeu um importante prémio na VIII Feira Internacional de Turismo de Madrid (FITUR), ganha uma maior importância. Poder dar a conhecer as “lutas, as reivindicações e as esperanças do povo” que também é o seu, é, para Cebaldo Inawapi, muito “importante”. Por outro lado, o investigador realça também que é “fundamental” dar a conhecer ao mundo, “propostas alternativas de desenvolvimento”. Os Kuna Yala são uma tribo muito ligada à floresta e à natureza, onde existe ainda o conceito de propriedade comunitária. O projecto que estão a desenvolver de implementação do turismo na região, de forma sustentável, é, segundo Cebaldo Inawapi, um meio de “garantir a sobrevivência” de uma cultura diferente no mundo moderno. Os Kuna Yala misturam as suas tradições com algumas realidades do mundo dito moderno, como é o caso da forma de construção das suas casas. O prémio da “National Geographic Society” vai permitir aos investigadores regressar a Kuna Yala para poderem “aprofundar” ainda mais a pesquisa, que tem conseguido ganhar a atenção do meio científico internacional.
Fonte: Semanário Transmontano
Huambo: Jovens concorrem para primeiro emprego no Minader
Huambo, 30/03 - Cerca de cinquenta jovens, das províncias do Huambo, Bié e Benguela estão a participar desde quinta- feira, nesta cidade num, concurso público de ingresso para as diversas áreas sob tutela do Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Minader). O presidente de júri, Domingos Nazaré, revelou hoje à Angop que este concurso é o cumprimento de um despacho do ministro da Agricultura, Pedro Canga, que criou uma comissão para a realização dos concursos públicos a nível nacional, com vista a se preencher vagas de acordo com as necessidades dos seus serviços. Deu a conhecer que na categoria de técnicos superiores, pretendem ingressar dois candidatos para o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), igual número para o de Investigação Agronómica (IIA) e um para o de Investigação Veterinária (IIV). Para a classe média, 12 concorrem para o Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), 13 para o (IDA), nove para o (IIA), um para o da veterinária (IIV) e três para o Instituto de Cereais (INCER).De acordo com a fonte, o concurso público está a abranger também funcionários do IDA, IDF, IIV, IIA, INCER e serviços provinciais de veterinária que pretendem ascender de categoria profissional. Nestas condições concorrem nove funcionários dos serviços provinciais de veterinária, um do IDF, três do IDA, cinco do IIA, um do IIV e outro do INCER.Domingos Nazaré frisou que as quotas para cada província serão distribuídas pelos serviços dos recursos humanos do Ministério da Agricultura de acordo com as necessidades de cada área. "Para nós júri compete apenas a selecção dos candidatos e esses são encaminhados para o sector de recursos humanos para o resultado final e distribuição em função da necessidade existente nas províncias", esclareceu.Na cidade do Huambo, o exame escrito está a decorrer na sala de reuniões do edifício onde funciona a Direcção Provincial da Agricultura e do Desenvolvimento Rural e Pescas. As matérias do teste incidem maioritariamente nos aspectos ligados a agronomia, veterinária, biologia e conhecimentos de cultura geral.Os responsáveis dos departamentos abrangidos na província do Huambo, mostram-se satisfeitos com este concurso esperando que o mesmo venha admitir um número capaz de minimizar as carências existentes, principalmente nos municípios.Os serviços de veterinária, de acordo com o seu responsável local, António Lenine, precisa para o preenchimento do seu quadro de pessoal de pelo menos 20 pessoas, principalmente auxiliares técnicos de pecuária (enfermeiros) que na sua maioria estão com processos adiantados para a reforma.No IDF, a maior carência é a insuficiência de fiscais para o controlo dos perímetros florestais, enquanto o IDA precisa de mais apoio técnico, médio e básico nas Estações de Desenvolvimento Agrário nos municípios.Fontes da agricultura revelam que há mais de dois anos, o sector não realizava concursos públicos.
Fonte: Angola Press
Fogo controlado testado pela primeira vez em Coimbra , Mata de S. Pedro
A Mata de S. Pedro, na freguesia do Botão, foi ontem palco da primeira acção de fogo controlado no concelho de Coimbra. Medida está prevista no Plano de Defesa da Floresta.Nem sempre se pode fazer. Aliás, num país como o nosso, com um clima Mediterrânico, apenas num curto período, de cerca de um mês, se pode tentar. Ontem, as condições climatéricas eram favoráveis. A humidade relativa era alta, o vento não soprava com muita intensidade e a temperatura era amena. Estavam reunidas as condições para a realização da primeira acção de fogo controlado em Coimbra.Os baldios da Mata de S. Pedro foram o palco escolhido para a acção, promovida pelo Secretariado de Baldios do Distrito de Coimbra (SEBALDIC). Cerca de 20 homens da Associação de Proprietários Florestais (FLOPEN), oito da Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra, três dos Bombeiros Voluntários de Brasfemes, três técnicos do Serviço de Protecção Civil da Câmara Municipal de Coimbra e três militares da Guarda Nacional Republicana deslocaram-se ao local, para assegurar que tudo corria conforme planeado.Jorge Brito, do Gabinete Técnico Florestal de Coimbra, explica que “o Plano de Fogo Controlado foi aprovado pela Comissão Municipal de Defesa Contra a Floresta”, em que foi “discutido o benefício da acção”. O responsável acrescentou ainda que esta medida “está prevista no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios”, que dá grande “ênfase para uso desta forma preventiva”.Além de testar uma maneira de prevenção dos incêndios florestais, a acção de ontem foi também mais uma etapa no processo de creditação de novos técnicos florestais. Em Portugal, existem cerca de 30 técnicos autorizados a utilizar a técnica de fogo controlado. No entanto, apenas “10 a 15 fazem queima regular”, explicou Pedro Palheiro, técnico credenciado pela FLOPEN. Neste sentido, a acção de ontem foi também importante para a formação de novos técnicos. Três equipas de sapadores, uma do Algarve, uma de Seia e outra de técnicos distritais da Associação Florestal do Centro, o que fez da iniciativa de ontem uma “acção a nível nacional”, frisou.Jorge Brito referiu que esta “é uma técnica que já foi utilizada há muitos anos, mas que caiu um pouco em desuso” e ressalva que é “um recurso viável económica e ambientalmente viável”, até porque “o material ardido serve para a própria renovação do solo”.A experiência de ontem decorreu muito perto do local onde está prevista a construção novo estabelecimento prisional de Coimbra.Risco mínimoO técnico do Gabinete de Protecção Civil da autarquia explicou ainda que “ninguém pode assegurar que não existe o risco do fogo se descontrolar”. O que os responsáveis envolvidos no processo fazem é “minimizar esse risco ao mínimo”. “Risco mínimo”, sublinhou.O que é o fogo controladoFogo controlado é uma ferramenta de gestão florestal que consiste na utilização do fogo, com concretas condições meteorológicas, nos meses mais frios, e que apenas pode ser realizada por técnicos credenciados pela Direcção Geral dos Recursos Florestais para o efeito. A janela temporal média para a realização do fogo controlado em Portugal é de apenas 30 dias, devido à especificidade do clima.
Fonte texto e imagem: Diario As Beiras
Diversos fogos controlados foram ontem ateados na Mata de S. Pedro, na freguesia do Botão, por técnicos da Associação de Proprietários Florestais (FLOPEN) no âmbito do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Coimbra.Considerada zona de alto risco no que respeita a incêndios, a Mata de S. Pedro está a ser alvo de um plano de intervenção na área da limpeza e reflorestação com pinheiros, sobreiros e castanheiros, por parte do Secretariado de Baldios do Distrito de Coimbra (SEBALDIC). Com o apoio do Gabinete Técnico Florestal da Protecção Civil e Segurança Municipal de Coimbra, dos cerca de 35 hectares de mancha florestal, 12 estão a ser limpos pelos técnicos da FLOPEN, que recorrem à técnica de fogo controlado. O processo, usado pela primeira vez em Coimbra em mais de meio século, não é novo, mas caiu em desuso. Segundo Jorge Brito, do Gabinete de Protecção Civil e Segurança Municipal de Coimbra (GPCSM), "o recurso ao fogo controlado voltou a ser usado como uma técnica preventiva, com a diferença de que agora são elaborados planos de fogo que têm em conta diversos factores para que se possa actuar em segurança". Pedro Palheiro, técnico de fogo controlado, orientou ontem uma equipa de oito futuros especialistas neste método de prevenção de incêndios que se encontram em formação. Acompanhados por três equipas de sapadores florestais vindas de Penela, Sertã e Abrantes, a que se juntaram os Bombeiros Voluntários de Brasfemes e os Sapadores de Coimbra, os novos técnicos procederam à queima de vegetação em três locais da Mata de S. Pedro, anteriormente sinalizados.No terreno, o grupo encontrou as condições climatéricas adequadas para proceder à operação que em média apenas é possível realizar em 30 dias num ano, num período que vai de Outubro a finais de Abril. "É sobretudo necessário que não esteja calor, nem vento e de preferência haja alguma humidade, para que se possa trabalhar em segurança", salientou Pedro Palheiro. O fogo controlado era prática comum há algumas décadas. Com o abandono das áreas agrícolas e florestais, não só deixou de ser usada, como passou a ser perigosa. Licínia Girão
Fonte texto e imagem: Jornal de Noticias
A nova Rede Nacional de Postos de Vigia e formação na área da investigação serão as novas ferramentas do grupo da GNR para o trabalho de prevenir incêndios florestais.
O Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (Sepna) passou a ter mais competências na área da fiscalização do ambiente, no Algarve. Uma área que passará a aliar à da vigilância das zonas florestais, para a prevenção de incêndios.O serviço da GNR faz este tipo de trabalho desde 2006. Há cerca de duas semanas, no dia em que foi assinado um protocolo em que foi reforçada a colaboração entre o Sepna e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, o comandante nacional do grupo Jorge Amado fez o balanço do primeiro ano em que ajudaram na prevenção de incêndios.«Ao nível dos incêndios, o Sepna foi muito reforçado com a legislação que saiu no ano passado. Toda a coordenação da prevenção, vigilância e detecção, bem como a investigação e a validação das áreas ardidas são competências nossas», explicou.Quanto aos resultados até agora, Jorge Amado admite que «ainda há muito a fazer». «Ainda não estamos, logicamente, naquilo que pretendemos. As coisas demoram o seu tempo», justificou. «Vamos melhorar com a Rede Nacional de Postos de Vigia e também vamos melhorar na investigação, pois vamos ter agora uma formação para 120 elementos do Sepna de investigação de causas de incêndios florestais», contou o comandante do grupo da GNR.Quanto à «coordenação efectiva» também haverá novidades. «Vai haver aproximação aos elementos que estão no terreno, como as autarquias ou o Instituto de Emprego e Formação Profissional», revelou. Uma forma de conseguir uma melhor coordenação das operações.Até porque, admite, «no ano passado, foi tudo feito um pouco em cima da hora». «Agora já temos um contacto muito maior com a distribuição das patrulhas a nível distrital e municipal», considerou. Isso permitirá, em 2007, reorientar o trabalho destas para que seja ainda mais eficiente.Ao mesmo tempo, o Sepna tem vindo a trabalhar junto da população, para a sensibilizar para a prevenção. «Temos muitas acções de formação», garantiu. Nelas, tentam transmitir «alguns preceitos» e promovem a limpeza de matas e de terrenos próximos de habitações. Estas acções, que têm passado e vão voltar ao Algarve, são feitas em colaboração com as autarquias de todo o país.«Ainda continuamos a ver que muitos dos fogos que há em Portugal se devem a negligência. Não é tanto o fogo posto, como às vezes transparece», avisou. Queimadas no Verão e fogueiras no campo sem acautelar as consequências são maus hábitos que nomeia. «Esperemos que São Pedro também ajude», desejou ainda Jorge Amado.
O Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (Sepna) passou a ter mais competências na área da fiscalização do ambiente, no Algarve. Uma área que passará a aliar à da vigilância das zonas florestais, para a prevenção de incêndios.O serviço da GNR faz este tipo de trabalho desde 2006. Há cerca de duas semanas, no dia em que foi assinado um protocolo em que foi reforçada a colaboração entre o Sepna e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, o comandante nacional do grupo Jorge Amado fez o balanço do primeiro ano em que ajudaram na prevenção de incêndios.«Ao nível dos incêndios, o Sepna foi muito reforçado com a legislação que saiu no ano passado. Toda a coordenação da prevenção, vigilância e detecção, bem como a investigação e a validação das áreas ardidas são competências nossas», explicou.Quanto aos resultados até agora, Jorge Amado admite que «ainda há muito a fazer». «Ainda não estamos, logicamente, naquilo que pretendemos. As coisas demoram o seu tempo», justificou. «Vamos melhorar com a Rede Nacional de Postos de Vigia e também vamos melhorar na investigação, pois vamos ter agora uma formação para 120 elementos do Sepna de investigação de causas de incêndios florestais», contou o comandante do grupo da GNR.Quanto à «coordenação efectiva» também haverá novidades. «Vai haver aproximação aos elementos que estão no terreno, como as autarquias ou o Instituto de Emprego e Formação Profissional», revelou. Uma forma de conseguir uma melhor coordenação das operações.Até porque, admite, «no ano passado, foi tudo feito um pouco em cima da hora». «Agora já temos um contacto muito maior com a distribuição das patrulhas a nível distrital e municipal», considerou. Isso permitirá, em 2007, reorientar o trabalho destas para que seja ainda mais eficiente.Ao mesmo tempo, o Sepna tem vindo a trabalhar junto da população, para a sensibilizar para a prevenção. «Temos muitas acções de formação», garantiu. Nelas, tentam transmitir «alguns preceitos» e promovem a limpeza de matas e de terrenos próximos de habitações. Estas acções, que têm passado e vão voltar ao Algarve, são feitas em colaboração com as autarquias de todo o país.«Ainda continuamos a ver que muitos dos fogos que há em Portugal se devem a negligência. Não é tanto o fogo posto, como às vezes transparece», avisou. Queimadas no Verão e fogueiras no campo sem acautelar as consequências são maus hábitos que nomeia. «Esperemos que São Pedro também ajude», desejou ainda Jorge Amado.
Fonte texto e imagem: Barlavento On-Line