sábado, 31 de março de 2007

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O trabalho de investigação de dois antropólogos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) sobre o modelo de desenvolvimento do turismo de uma tribo no Panamá, os Kuna Yala, foi premiado pelo o organismo responsável pela edição da prestigiada revista National Geographic e do canal de televisão (por cabo) com o mesmo nome. Antes, o mesmo trabalho já tinha ganho o Prémio de Investigação em Turismo da VIII Feira Internacional de Turismo, da VIII Feira Internacional de Turismo de Madrid.
Xerardo Pereiro e Cebaldo Inawapi, investigadores na área da antropologia da UTAD, ganharam um prémio da “National Geographic Society”, um organismo conhecido pela revista que é publicada em dezenas de países e traduzida em cerca de 20 línguas, inclusive a portuguesa, e também pelo canal de televisão por cabo. O trabalho dos antropólogos incidiu na forma como uma tribo do Panamá organiza e coordena o seu modelo de turismo, e o prémio atribuído vai permitir a continuidade da investigação, com a garantia de publicação de artigos relacionados com este trabalho na revista National Geographic e com a passagem no canal de televisão. Cebaldo Inawapi, um dos investigadores, é precisamente natural de Kuna Yala, no Panamá. O casamento com uma portuguesa acabou por ditar a sua vinda para o nosso país, tendo ingressado na UTAD, como docente e investigador no pólo de Miranda do Douro. Por essa razão, o reconhecimento deste trabalho, que já recebeu um importante prémio na VIII Feira Internacional de Turismo de Madrid (FITUR), ganha uma maior importância. Poder dar a conhecer as “lutas, as reivindicações e as esperanças do povo” que também é o seu, é, para Cebaldo Inawapi, muito “importante”. Por outro lado, o investigador realça também que é “fundamental” dar a conhecer ao mundo, “propostas alternativas de desenvolvimento”. Os Kuna Yala são uma tribo muito ligada à floresta e à natureza, onde existe ainda o conceito de propriedade comunitária. O projecto que estão a desenvolver de implementação do turismo na região, de forma sustentável, é, segundo Cebaldo Inawapi, um meio de “garantir a sobrevivência” de uma cultura diferente no mundo moderno. Os Kuna Yala misturam as suas tradições com algumas realidades do mundo dito moderno, como é o caso da forma de construção das suas casas. O prémio da “National Geographic Society” vai permitir aos investigadores regressar a Kuna Yala para poderem “aprofundar” ainda mais a pesquisa, que tem conseguido ganhar a atenção do meio científico internacional.
Fonte: Semanário Transmontano

Huambo: Jovens concorrem para primeiro emprego no Minader

Huambo, 30/03 - Cerca de cinquenta jovens, das províncias do Huambo, Bié e Benguela estão a participar desde quinta- feira, nesta cidade num, concurso público de ingresso para as diversas áreas sob tutela do Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Minader). O presidente de júri, Domingos Nazaré, revelou hoje à Angop que este concurso é o cumprimento de um despacho do ministro da Agricultura, Pedro Canga, que criou uma comissão para a realização dos concursos públicos a nível nacional, com vista a se preencher vagas de acordo com as necessidades dos seus serviços. Deu a conhecer que na categoria de técnicos superiores, pretendem ingressar dois candidatos para o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), igual número para o de Investigação Agronómica (IIA) e um para o de Investigação Veterinária (IIV). Para a classe média, 12 concorrem para o Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), 13 para o (IDA), nove para o (IIA), um para o da veterinária (IIV) e três para o Instituto de Cereais (INCER).De acordo com a fonte, o concurso público está a abranger também funcionários do IDA, IDF, IIV, IIA, INCER e serviços provinciais de veterinária que pretendem ascender de categoria profissional. Nestas condições concorrem nove funcionários dos serviços provinciais de veterinária, um do IDF, três do IDA, cinco do IIA, um do IIV e outro do INCER.Domingos Nazaré frisou que as quotas para cada província serão distribuídas pelos serviços dos recursos humanos do Ministério da Agricultura de acordo com as necessidades de cada área. "Para nós júri compete apenas a selecção dos candidatos e esses são encaminhados para o sector de recursos humanos para o resultado final e distribuição em função da necessidade existente nas províncias", esclareceu.Na cidade do Huambo, o exame escrito está a decorrer na sala de reuniões do edifício onde funciona a Direcção Provincial da Agricultura e do Desenvolvimento Rural e Pescas. As matérias do teste incidem maioritariamente nos aspectos ligados a agronomia, veterinária, biologia e conhecimentos de cultura geral.Os responsáveis dos departamentos abrangidos na província do Huambo, mostram-se satisfeitos com este concurso esperando que o mesmo venha admitir um número capaz de minimizar as carências existentes, principalmente nos municípios.Os serviços de veterinária, de acordo com o seu responsável local, António Lenine, precisa para o preenchimento do seu quadro de pessoal de pelo menos 20 pessoas, principalmente auxiliares técnicos de pecuária (enfermeiros) que na sua maioria estão com processos adiantados para a reforma.No IDF, a maior carência é a insuficiência de fiscais para o controlo dos perímetros florestais, enquanto o IDA precisa de mais apoio técnico, médio e básico nas Estações de Desenvolvimento Agrário nos municípios.Fontes da agricultura revelam que há mais de dois anos, o sector não realizava concursos públicos.
Fonte: Angola Press



Fogo controlado testado pela primeira vez em Coimbra , Mata de S. Pedro




A Mata de S. Pedro, na freguesia do Botão, foi ontem palco da primeira acção de fogo controlado no concelho de Coimbra. Medida está prevista no Plano de Defesa da Floresta.Nem sempre se pode fazer. Aliás, num país como o nosso, com um clima Mediterrânico, apenas num curto período, de cerca de um mês, se pode tentar. Ontem, as condições climatéricas eram favoráveis. A humidade relativa era alta, o vento não soprava com muita intensidade e a temperatura era amena. Estavam reunidas as condições para a realização da primeira acção de fogo controlado em Coimbra.Os baldios da Mata de S. Pedro foram o palco escolhido para a acção, promovida pelo Secretariado de Baldios do Distrito de Coimbra (SEBALDIC). Cerca de 20 homens da Associação de Proprietários Florestais (FLOPEN), oito da Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra, três dos Bombeiros Voluntários de Brasfemes, três técnicos do Serviço de Protecção Civil da Câmara Municipal de Coimbra e três militares da Guarda Nacional Republicana deslocaram-se ao local, para assegurar que tudo corria conforme planeado.Jorge Brito, do Gabinete Técnico Florestal de Coimbra, explica que “o Plano de Fogo Controlado foi aprovado pela Comissão Municipal de Defesa Contra a Floresta”, em que foi “discutido o benefício da acção”. O responsável acrescentou ainda que esta medida “está prevista no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios”, que dá grande “ênfase para uso desta forma preventiva”.Além de testar uma maneira de prevenção dos incêndios florestais, a acção de ontem foi também mais uma etapa no processo de creditação de novos técnicos florestais. Em Portugal, existem cerca de 30 técnicos autorizados a utilizar a técnica de fogo controlado. No entanto, apenas “10 a 15 fazem queima regular”, explicou Pedro Palheiro, técnico credenciado pela FLOPEN. Neste sentido, a acção de ontem foi também importante para a formação de novos técnicos. Três equipas de sapadores, uma do Algarve, uma de Seia e outra de técnicos distritais da Associação Florestal do Centro, o que fez da iniciativa de ontem uma “acção a nível nacional”, frisou.Jorge Brito referiu que esta “é uma técnica que já foi utilizada há muitos anos, mas que caiu um pouco em desuso” e ressalva que é “um recurso viável económica e ambientalmente viável”, até porque “o material ardido serve para a própria renovação do solo”.A experiência de ontem decorreu muito perto do local onde está prevista a construção novo estabelecimento prisional de Coimbra.Risco mínimoO técnico do Gabinete de Protecção Civil da autarquia explicou ainda que “ninguém pode assegurar que não existe o risco do fogo se descontrolar”. O que os responsáveis envolvidos no processo fazem é “minimizar esse risco ao mínimo”. “Risco mínimo”, sublinhou.O que é o fogo controladoFogo controlado é uma ferramenta de gestão florestal que consiste na utilização do fogo, com concretas condições meteorológicas, nos meses mais frios, e que apenas pode ser realizada por técnicos credenciados pela Direcção Geral dos Recursos Florestais para o efeito. A janela temporal média para a realização do fogo controlado em Portugal é de apenas 30 dias, devido à especificidade do clima.



Fonte texto e imagem: Diario As Beiras






Diversos fogos controlados foram ontem ateados na Mata de S. Pedro, na freguesia do Botão, por técnicos da Associação de Proprietários Florestais (FLOPEN) no âmbito do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Coimbra.Considerada zona de alto risco no que respeita a incêndios, a Mata de S. Pedro está a ser alvo de um plano de intervenção na área da limpeza e reflorestação com pinheiros, sobreiros e castanheiros, por parte do Secretariado de Baldios do Distrito de Coimbra (SEBALDIC). Com o apoio do Gabinete Técnico Florestal da Protecção Civil e Segurança Municipal de Coimbra, dos cerca de 35 hectares de mancha florestal, 12 estão a ser limpos pelos técnicos da FLOPEN, que recorrem à técnica de fogo controlado. O processo, usado pela primeira vez em Coimbra em mais de meio século, não é novo, mas caiu em desuso. Segundo Jorge Brito, do Gabinete de Protecção Civil e Segurança Municipal de Coimbra (GPCSM), "o recurso ao fogo controlado voltou a ser usado como uma técnica preventiva, com a diferença de que agora são elaborados planos de fogo que têm em conta diversos factores para que se possa actuar em segurança". Pedro Palheiro, técnico de fogo controlado, orientou ontem uma equipa de oito futuros especialistas neste método de prevenção de incêndios que se encontram em formação. Acompanhados por três equipas de sapadores florestais vindas de Penela, Sertã e Abrantes, a que se juntaram os Bombeiros Voluntários de Brasfemes e os Sapadores de Coimbra, os novos técnicos procederam à queima de vegetação em três locais da Mata de S. Pedro, anteriormente sinalizados.No terreno, o grupo encontrou as condições climatéricas adequadas para proceder à operação que em média apenas é possível realizar em 30 dias num ano, num período que vai de Outubro a finais de Abril. "É sobretudo necessário que não esteja calor, nem vento e de preferência haja alguma humidade, para que se possa trabalhar em segurança", salientou Pedro Palheiro. O fogo controlado era prática comum há algumas décadas. Com o abandono das áreas agrícolas e florestais, não só deixou de ser usada, como passou a ser perigosa. Licínia Girão

Fonte texto e imagem: Jornal de Noticias





A nova Rede Nacional de Postos de Vigia e formação na área da investigação serão as novas ferramentas do grupo da GNR para o trabalho de prevenir incêndios florestais.
O Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (Sepna) passou a ter mais competências na área da fiscalização do ambiente, no Algarve. Uma área que passará a aliar à da vigilância das zonas florestais, para a prevenção de incêndios.O serviço da GNR faz este tipo de trabalho desde 2006. Há cerca de duas semanas, no dia em que foi assinado um protocolo em que foi reforçada a colaboração entre o Sepna e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, o comandante nacional do grupo Jorge Amado fez o balanço do primeiro ano em que ajudaram na prevenção de incêndios.«Ao nível dos incêndios, o Sepna foi muito reforçado com a legislação que saiu no ano passado. Toda a coordenação da prevenção, vigilância e detecção, bem como a investigação e a validação das áreas ardidas são competências nossas», explicou.Quanto aos resultados até agora, Jorge Amado admite que «ainda há muito a fazer». «Ainda não estamos, logicamente, naquilo que pretendemos. As coisas demoram o seu tempo», justificou. «Vamos melhorar com a Rede Nacional de Postos de Vigia e também vamos melhorar na investigação, pois vamos ter agora uma formação para 120 elementos do Sepna de investigação de causas de incêndios florestais», contou o comandante do grupo da GNR.Quanto à «coordenação efectiva» também haverá novidades. «Vai haver aproximação aos elementos que estão no terreno, como as autarquias ou o Instituto de Emprego e Formação Profissional», revelou. Uma forma de conseguir uma melhor coordenação das operações.Até porque, admite, «no ano passado, foi tudo feito um pouco em cima da hora». «Agora já temos um contacto muito maior com a distribuição das patrulhas a nível distrital e municipal», considerou. Isso permitirá, em 2007, reorientar o trabalho destas para que seja ainda mais eficiente.Ao mesmo tempo, o Sepna tem vindo a trabalhar junto da população, para a sensibilizar para a prevenção. «Temos muitas acções de formação», garantiu. Nelas, tentam transmitir «alguns preceitos» e promovem a limpeza de matas e de terrenos próximos de habitações. Estas acções, que têm passado e vão voltar ao Algarve, são feitas em colaboração com as autarquias de todo o país.«Ainda continuamos a ver que muitos dos fogos que há em Portugal se devem a negligência. Não é tanto o fogo posto, como às vezes transparece», avisou. Queimadas no Verão e fogueiras no campo sem acautelar as consequências são maus hábitos que nomeia. «Esperemos que São Pedro também ajude», desejou ainda Jorge Amado.
Fonte texto e imagem: Barlavento On-Line

sexta-feira, 30 de março de 2007

Video a Nova Secção de Video Floresta Unida 2007 (Videos FU e outros que são escolhidos-Clique AQUI)

Os registros de foco de calor entre janeiro e março tiveram uma redução de 68%, em comparação com o ano passado. De acordo com o Programa de Prevenção e Controle de Queimadas e Incêndios Florestais na Amazônia Legal (Proarco), foram 125 queimadas, enquanto que no ano passado foram 400. A maior redução foi em janeiro - de 351 para 22 focos. Em fevereiro foi de 35 para 19. Já em março houve um aumento, passando de 14, no ano passado, para 84. Essa diminuição deixou o Estado abaixo de outros, como Pará, Maranhã, Bahia, Ceará e São Paulo. O campeão foi Roraima, com 2.465 focos registrados nos três meses. Mas, mesmo com a redução, os números devem aumentar nos próximos meses, quando inicia o período de seca e, todos os anos, há um crescimento elevado. Em 2006, os meses de julho, agosto e setembro tiveram os maiores índices de queimadas, mesmo estando no período de proibição. Municípios da região Norte também estão entre os que mais queimam. Durante todo o ano, foram 25.175 focos. O Estado só perdeu para o Pará, com 27.685, deixando a liderança que vinha matendo em anos anteriores, com o maior número de queimadas no país. O período de proibição de queimadas é determinado todos os anos visando reduzir o número de focos. Em 2006 começou no dia 15 de julho.
Fonte: sonoticias
De 16 a 21 de Março decorreu a IV Semana Florestal de Lafões com iniciativas em todo o território de Lafões. Participaram na organização, juntamente com a ADRL e os municípios de Vouzela e Oliveira de Frades,...
diversas Juntas de Freguesia dos três Concelhos de Lafões (Vouzela, S. Pedro do Sul e Oliveira de Frades), diversas Escolas da região, a Cooperativa 3 Serras e a Federação de Produtores Florestais de Portugal. Todas as iniciativas previstas (apresentação dos planos municipais de defesa da Floresta contra Incêndios, Percursos Pedestres, Encontro de sapadores florestais, Projecção de filmes, Seminário, plantação de árvores com crianças de Escolas dos três concelhos de Lafões, demonstração de cirurgia de árvores e concurso de artes plásticas com as escolas) foram executadas com boa participação do público. Estima-se que tenham sido envolvidas nas actividades mais de mil pessoas, maioritariamente crianças. Na organização participaram 16 técnicos da ADRL, da CM de Vouzela e da CM de Oliveira de Frades. No dia 16 de Março na Cerimónia de Abertura da IV Semana Florestal de Lafões, no Auditório Municipal da Câmara de Vouzela, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, Luís Vasconcelos salientou a importância da cooperação entre entidades como crucial para a defesa e sensibilização da floresta. Realçou o papel das associações, que unidas pela mesma causa, têm conseguido tomar medidas eficazes no combate aos incêndios florestais. Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Vouzela, Telmo Antunes salientou o interesse dos municípios estarem associados a esta iniciativa, de forma a contribuírem para a sensibilização deste recurso que é a floresta junto da comunidade. Também a presidente da Direcção da ADRL, Carmo Bica realçou a importante articulação que tem vindo a ser feita com os municípios em prol da protecção da floresta e vigilância dos incêndios florestais. De seguida foram apresentados os Planos Municipais de Defesa de Floresta Contra Incêndios pelo Técnico do Município de Vouzela, Carlos Oliveira e pelo Técnico do Município de Oliveira de Frades, Márcio Pereira. Este evento teve como objectivo primordial sensibilizar a população para a importância da defesa da floresta, que pode assim transformar-se num interesse económico, social, ambiental, turístico e paisagístico para a região de Lafões. Saliente-se que esta iniciativa florestal foi promovida pela ADRL (Associação de Desenvolvimento Rural de Lafões), em parceria com as Câmaras Municipais de Oliveira de Frades e de Vouzela. Não foi apresentado o Plano Municipal de S. Pedro do Sul porque, ao que se sabe é o único município do distrito de Viseu que não tem um Plano de Defesa Contra Incêndios aprovado nos termos da lei. Na sessão de abertura e de apresentação dos planos municipais de defesa da floresta contra incêndios participaram 47 pessoas. Nos diversos percursos pedestres participaram cerca de 75 pessoas. No sábado, 17 de Março, o filme “Uma Verdade Inconveniente” exibido no Cine-Teatro João Ribeiro, em Vouzela, teve a participação de 80 pessoas. No dia 19 de Março, segunda-feira, no encontro de Sapadores Florestais da Região de Lafões participaram 6 equipas dos 3 concelhos de Lafões. O encontro decorreu na freguesia de Sul com o apoio da Junta de Freguesia de Sul. Durante o encontro que culminou com um almoço convívio oferecido pela Junta de Freguesia, fizeram uma demonstração de limpeza de faixas de protecção contra incêndios numa extensa mancha de pinheiro bravo. Durante a tarde do mesmo dia os Sapadores participaram juntamente com técnicos florestais e parte da população de Serrazes numa demonstração de cirurgia de árvores num eucalipto de grande porte que está classificado como árvore de interesse público. Esta iniciativa teve o apoio e a participação da Junta de Freguesia de Serrazes. O dia 20 de Março foi dedicado á reflexão colectiva sobre o futuro da floresta em Lafões durante um seminário no qual foram abordados dois grandes temas essenciais nesta encruzilhada do desenvolvimento e dos perigos do aquecimento global: 1 - a necessidade dos produtores se organizarem de modo a fazer a gestão colectiva das propriedades florestais, tendo em conta a reduzida dimensão das explorações e das parcelas e tirando partido da legislação em vigor no âmbito das ZIF (Zona de Intervenção Florestal); 2 – O aproveitamento da biomassa florestal para produção de energia e para a diminuição do risco de incêndio. Neste seminário, sobre a constituição de ZIF foram convidados a falar da sua experiência técnicos que participaram na primeira ZIF constituída no País através da associação CAULE e técnicos da FPFP – Federação de Produtores Florestais de Portugal que deram uma visão do panorama nacional nesta área. Este tema suscitou um debate que ocupou toda a manhã e que foi muito útil tendo em conta as dúvidas que existem em todas as pessoas que na nossa região estão já envolvidas na organização de ZIF. Da parte da tarde foi abordada a utilização da Biomassa Florestal para a produção de energia com a participação de empresas e de investigadores. A ideia foi abordar a problemática da produção de energia a partir dos diversos pontos de vista: a produção florestal, a indústria transformadora e a investigação, numa perspectiva de diminuição do risco de incêndio, de rentabilização dos espaços florestais, combate á erosão e o contributo para a produção de energias alternativas e para a fixação de carbono. Temas como os perigos do aquecimento global e do mercado do carbono foram também abordados neste seminário. A organização deste seminário foi coordenada por Rui Ladeira enquanto dirigente da Cooperativa 3 Serras que apresentou a visão da Cooperativa 3 Serras para o sector em estreita articulação com a ADRL e do trabalho que está a ser desenvolvido por estas duas entidades. No dia 21 mais de 550 crianças de toda a região participaram na plantação de árvores em Serrazes, Valadares, Monte da Senhora do Castelo e Vilarinho – Souto de Lafões com a participação dos Sapadores Florestais da ADRL, de S. Cristóvão de Lafões e da BIOSFERA – Associação de Produtores Florestais de Ribeiradio das Equipas AGRIS e Jardineiros da CM de O Frades. A cerimónia de encerramento foi no Salão Nobre da CM de Oliveira de Frades. Nela participaram o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, o vice- presidente da CM de Vouzela, a presidente da Direcção da ADRL e os técnicos das três entidades envolvidos na organização.
Fonte: Noticias de Viseu

quinta-feira, 29 de março de 2007

Valença Defende Florestas Contra Incêndios

Valença Defende Florestas Contra Incêndios
A Direcção Geral dos Recursos Florestais já aprovou o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios do Concelho de Valença. Um novo documento que pretende congregar todas as intervenções, de âmbito municipal, relacionadas com a floresta e seu entorno e que, também, estabelece os vários mecanismos e procedimentos de coordenação entre os vários intervenientes.
Este plano é um importante instrumento de trabalho de apoio a todas as entidades relacionadas com a protecção da floresta e tem uma durabilidade de cinco anos.
Neste documento surge uma rigorosa caracterização do território, nomeadamente, no que toca ao levantamento de pontos de água acessíveis a carros e helicópteros, corta fogos, estradas e caminhos de acesso. O histórico e a causalidade dos incêndios florestais, o inventário dos meios e recursos disponíveis tanto para a vigilância, como para a detecção, primeira intervenção, combate e rescaldo são outras das informações que integram o plano.
Um dos grandes objectivos deste plano é congregar esforços de todas as entidades relacionadas com as florestas e dinamizar vários acções, nomeadamente: a sensibilização da população, silvicultura preventiva, construção e manutenção de corta-fogos e formação profissional.
A elaboração deste documento esteve a cargo do Comissão de Defesa da Floresta Contra Incêndios, um organismo que reúne todas as entidades envolvidas na prevenção, vigilância e combate aos incêndios no concelho de Valença।
Fonte: Agro Portugal

quarta-feira, 28 de março de 2007

Em 2006 Companhia das Lezírias com saldo positivo de um milhão de euros

O presidente da Companhia das Lezírias afirma que a empresa teve em 2006 um resultado positivo de perto de um milhão de euros, «4 ou 5 vezes superior ao de 2005, apesar dos investimentos da ordem dos 2,1 milhões de euros»
Vítor Barros, presidente do conselho de administração da Companhia das Lezírias (CL), disse à Agência Lusa que a estratégia da actual administração da maior exploração agro-pecuária e florestal do país (cerca de 20.000 hectares), sociedade anónima de capitais maioritariamente públicos, é «criar valor para o accionista».
Depois de ter integrado a lista de privatizações elaborada pelos Governos do PSD/CDS-PP, a Companhia das Lezírias tem agora uma estratégia «muito diferente da anterior», o que se reflecte já no exercício de 2006, cujos resultados vão ser apresentados à assembleia-geral na próxima sexta-feira, adiantou.
Segundo o presidente da CL, a companhia tem vindo a reverter os terrenos que estavam a ser explorados por rendeiros para exploração directa, tendo já recuperado 400 hectares em zona de regadio, com mais 600 hectares em processo de reversão.
Também o contrato de concessão da zona de caça turística foi renegociado, com o objectivo de passar a gestão para a CL, adiantou.
«Queremos fazer o mais possível agricultura directa», afirmou. Entre os projectos «emblemáticos» da CL, Vítor Barros referiu o da produção de carne de qualidade, actualmente com duas linhas em desenvolvimento, uma de carne biológica e outra rica em ómega 3, num projecto em parceria com a Estação Zootécnica Nacional.
Com a maior área nacional de montado contínuo pertencente a um só proprietário (6.150 hectares), a CL foi convidada para ser «mata modelo» do programa de ordenamento da floresta do Ribatejo, acrescentou.
Num projecto a três anos a desenvolver em 1.500 hectares (os primeiros 400 a serem já intervencionados, 600 no final do ano e 500 em 2008), o objectivo é, face aos problemas que têm provocado a morte a milhares de sobreiros, melhorar as condições do solo, fazer podas de formação e protecção da regeneração natural.
Por outro lado, toda a área de montado está a ser alvo de um novo plano de ordenamento para evitar a dispersão actual da recolha de cortiça.
A partir deste ano, o montado é dividido em novefolhas, o que vai permitir que, dentro de uma década, o corte seja feito em cada uma das folhas, de nove em nove anos, permitindo a recolha de uma quantidade de cortiça constante, da ordem das 75.000 arrobas/ano (em 2006 foram cortadas cerca de 40.000 arrobas), disse.
Além de ter sido incumbida de presidir à Fundação Alter Real, criada por decreto no início do mês e actualmente em fase de implementação, Vítor Barros destaca ainda outro projecto «interessante», o de abertura da CL à população.
Nesse âmbito, além da quinta pedagógica, que entrou a semana passada em funcionamento pleno, e que fará parte do centro de interpretação a criar na zona da charneca, a companhia quer também criar um Espaço de Visitação e Observação de Aves (EVOA) na zona da lezíria.
Este projecto, a desenvolver em parceria com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Liga para a Protecção da Natureza, Aquaves e Associação de Regantes, vai ser objecto de uma candidatura ao Quadro Estratégico de Referência Nacional, adiantou.
«Queremos mostrar os grandes valores naturais de que a companhia é guardiã. É um crime que não seja mostrado às pessoas», disse.
Segundo Vítor Barros, em 2007 a Companhia das Lezírias prevê voltar a realizar investimentos «na casa dos 2 milhões de euros».
Fonte: Lusa/Sol
Portugal, Espanha e França estão entre os países europeus mais afectados pelo aquecimento global, segundo um relatório britânico hoje divulgado, que aponta consequências como a falta de água, as ondas de calor e os fogos florestais.
O relatório Stern, encomendado pelo governo britânico ao ex-responsável do Banco Mundial Nicholas Stern, evidencia as grandes variações climáticas na Europa salientando que as regiões vão ser afectadas de maneira diferente.
"O Mediterrâneo vai assistir a um aumento do stress hídrico, ondas de calor e fogos florestais. Portugal, Espanha e Itália serão os países mais afectados. Isto poderá levar a uma mudança para Norte no que respeita ao turismo de Verão, agricultura e ecossistemas", refere o documento.
O Norte da Europa poderá registar um aumento na produtividade agrícola (com a adaptação à subida das temperaturas) e menos necessidade de gastar energia no Inverno.
Mas os Verões mais quentes vão aumentar a necessidade de ar condicionado.
O derretimento das neves alpinas e padrões de precipitação mais extremos podem aumentar a frequências das cheias nas principais bacias hidrográficas como as do Danúbio, Reno e Ródano.
O turismo de Inverno será gravemente afectado.
O estudo prevê também que muitos países costeiros em toda a Europa sejam vulneráveis à subida do nível do mar.
A Holanda, onde 70 por cento da população seria ameaçada com uma subida de um metro no nível do mar, é o país que se encontra mais em risco.
O relatório refere ainda que os países desenvolvidos de latitudes mais baixas (caso de Portugal) são os mais vulneráveis.
Regiões onde a água já é escassa enfrentariam grandes dificuldades e custos crescentes. Estudos recentes sugerem que um aumento de dois graus nas temperaturas globais poderia levar a uma redução de 20 por cento na disponibilidade de água.
A escassez de água nesta região vai limitar o efeito de fertilização do carbono e levar a quebras substanciais na agricultura.
Os custos dos fenómenos extremos como tempestades, cheias, secas e ondas de calor vão aumentar rapidamente com temperaturas mais altas, neutralizando alguns dos benefícios iniciais associados às alterações climáticas.
Só os custos destes fenómenos poderiam atingir 0,5 a um por cento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em meados do século e continuarão a aumentar à medida que o mundo aquece.
As ondas de calor, como a que aconteceu na Europa em 2003, provocando a morte de 35 mil pessoas e prejuízos de 11,7 mil milhões de euros na agricultura, serão comuns em meados do século.
A disparidade norte-sul dos impactos das alterações climáticas já tinha sido registada durante esta onda de calor quando as colheitas no Sul da Europa tiveram uma quebra de 25 por cento, enquanto no Norte da Europa se verificou o contrário (aumento de 25 por cento na Irlanda e 5 por cento na Escandinávia).
Nas latitudes mais baixas, espera-se um aumento global do consumo de energia, devido à maior procura de ar condicionado no Verão.
Nestas regiões, as mortes durante o Verão devem ultrapassar a redução de óbitos durante o Inverno, levando a um aumento global da mortalidade.
Da mesma maneira, o turismo pode mudar-se para norte, já que as regiões mais frias vão passar a ter Verões mais quentes, enquanto as regiões mais quentes do Sul da Europa vão sofrer uma maior frequência de ondas de calor e reduzir a disponibilidade de água.
A distribuição destes impactos em vários sectores poderá estimular uma mudança para norte a nível da actividade económica e população em regiões como a América do Norte ou a Europa, à medida que as regiões do Sul vão sendo afectadas por aumentos desproporcionados dos riscos para a saúde humana e fenómenos extremos associados a uma perda de competitividade na agricultura e no sector florestal, menor disponibilidade de água e aumento dos custos da energia.
Vastas regiões do mundo serão devastadas por consequências sociais e económicas das temperaturas elevadas.
"Como a história demonstra, isto conduzirá a um movimento populacional e em grande escala desencadeando conflitos regionais", salienta o estudo.
Fonte: Agro Noticias
Os fenómenos climáticos extremos ocorridos nos últimos verões na Europa continental poderão ser cada vez mais frequentes até ao fim do século, indica um estudo publicado na edição desta semana da revista científica britânica Nature.
Paralelamente, segundo os autores suíços deste trabalho, o clima quente e seco dos países ribeirinhos do Mediterrâneo poderá chegar até ao norte da Europa.
Esta evolução poderá ter "um efeito positivo mecânico" no centro e leste da Europa e arrastar estas regiões para um círculo vicioso, com uma maior evaporação do solo e um aumento da humidade libertada pela vegetação devido à subida das temperaturas.
Nas regiões húmidas, o ar quente deverá também contribuir para alimentar o ciclo das precipitações, aumentando o risco de cheias.
Pelo contrário, nas regiões afectadas por um clima mais seco, a humidade do solo e das plantas desaparecerá mais rapidamente, limitando cada vez mais as possibilidades de refrescamento da atmosfera e acentuando as canículas.
Este processo será tanto mais complexo que a própria vegetação sofrerá alterações com o aquecimento climático, com as florestas de folhosas a dar lugar progressivamente a plantas adaptadas a um clima quente e seco, o que afectará as trocas de ar húmido com a atmosfera.
O estudo baseou-se numa modelização informática capaz de prever os efeitos da humidade dos solos num mapa da Europa com uma resolução quase duas vezes superior à dos modelos anteriores, precisou Sónia Seneviratne, do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça.
Em particular, o trabalho mostra que esta evolução será caracterizada por vagas de calor mais frequentes e confirma também que os fenómenos climáticos - canículas ou cheias - serão muito variáveis de ano para ano.
Vários países europeus foram afectados por cheias catastróficas em 2002 e 2005, enquanto em 2003 o continente foi assolado por uma vaga de calor extremo, responsável por cerca de 35.000 vítimas.
Fonte: Agro Noticias

terça-feira, 27 de março de 2007

Governo Civil garante apoio para fatos de protecção individual

Os Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital comemoraram ontem o 85º aniversário. Entre condecorações, homenagens e o baptismo de viaturas, foi reafirmado o apoio para a aquisição de novos equipamentos de protecção individualFoi um dia de festa dos Bombeiros de Oliveira do Hospital que ficou marcado pela distinção de vários de soldados da paz e dirigentes.Consciente do papel importante que as associações humanitárias têm e deverão continuar a ter na protecção e socorro das populações, o Governador Civil de Coimbra, Henrique Fernandes, lembrou que, desde o ano passado que os subsídios que eram normalmente atribuídos às colectividades, estão a ser canalizados para os bombeiros para aquisição de equipamento de protecção individual. «Nós fizemos essa opção depois da situação terrível que vivemos de pessoas e bens em risco, em que seis dos bombeiros que perderam a vida eram do distrito», referiu. A modernização dos equipamentos é de resto uma das apostas da direcção e comando dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital. O comandante Emidio Camacho aproveitou o “baptismo” de três novas viaturas de combate a incêndios florestais - duas delas apoiadas por dois conhecidos beneméritos do concelho - para apelar ao restante equipamento que ainda lhes falta.Apesar de estarem preparadas para o combate a incêndios «muito há a fazer para que fiquem devidamente apetrechadas», afirmou, considerando igualmente prioritário a melhoria da capacidade de resposta na emergência pré hospitalar, sendo necessário para tal a aquisição de monitores para as ambulâncias.O comandante focou também outras vertentes como a formação continua, o trabalho dos elementos mais jovens, nomeadamente ao nível da criação da fanfarra, a organização de outras actividades e ainda o trabalho de parceria com o Município através do gabinete técnico florestal, que segundo Camacho, tem estado a desenvolver uma acção importante para a prevenção de fogos florestais.
Fonte: Diario de Coimbra
Foi lançada em reunião na Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen), uma iniciativa social inédita no país: o projeto “Voluntários do Fogo”. O projeto foi idealizado pela Agepen e Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, sob a interveniência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), visando à ressocialização de detentos, a partir do voluntariado na prevenção e no combate a incêndios florestais e na preservação da fauna e flora do Estado.Estiveram presentes o diretor da Agepen, Luis Carlos Telles; o comandante Geral do Corpo de Bombeiros, coronel Arquimedes Leite de Andrade Sobrinho; o comandante do 1º grupamento do Corpo de Bombeiros da Capital e chefe do Centro de Proteção Ambiental, major Francimar Vieira da Costa Sobrinho; a assistente social e soldado Cely do Carmo; a coordenadora de Patronato da Agepen, Marisa Delalíbera Nunes da Cunha; a assistente social da Agepen, Márcia Delalíbera; o diretor de assistência jurídica da Agepen, Rafael Garcia Ribeiro e o relações-públicas do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Jonys Cabrera Lopes. Durante a reunião, ficou decidido que serão escolhidos internos do regime semi-aberto e aberto das unidades penais de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Corumbá e Aquidauana, para atuarem como voluntários em brigadas de prevenção e combate a incêndios florestais e outras ações na área de defesa civil.“Eles passarão por um processo de treinamento e capacitação, monitorados por oficiais do Corpo de Bombeiros e por assistentes sociais, a fim de potencializar o processo de reintegração social”, afirma a assistente social Marisa Delalíbera.Os detentos terão aulas teóricas sobre noções de educação ambiental e legislação sobre o uso do fogo, materiais de prevenção e combate a incêndios florestais, organização de pessoal, técnicas de prevenção e combate a incêndios florestais, primeiros socorros, confecção de abafadores e práticas de queima controlada e combate a incêndios florestais.O projeto - O primeiro passo será a seleção de 25 voluntários para a formação da primeira turma. Em seguida, os escolhidos passarão por aulas teóricas que serão realizadas no Patronato da Agepen e as aulas práticas deverão ocorrer no Parque Estadual Matas do Segredo, com previsão de início no dia 11 de abril.A Agepen estuda agora uma articulação com as Varas de Execuções Penais para viabilizar as questões de ordem judiciária que envolvem o projeto, além da possibilidade da remissão das penas dos internos voluntários.
Fonte: Aquidauana
O Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Rui Nobre Gonçalves, esteve na Sertã onde participou numa cerimónia integrada na Semana Florestal, que decorreu no Auditório da Casa da Cultura.
O presidente da Câmara, José Paulo Farinha, referiu que desde que assumiu os destinos do concelho, a aposta tem passado pela incorporação de actividades de maior valor acrescentado no que diz respeito a aproveitar os recursos florestais, através da estruturação de um conjunto de actividades com uma forte componente de inovação. Esta estratégia pretende, por um lado, criar formas de cooperação e diálogo entre todas as empresas existentes, mas, igualmente, fixar na região outras actividades ligadas à fileira florestal, que estabeleçam formas de colaboração e cooperação com as empresas existentes e contribuam para a densificação da rede de actividades florestais, nomeadamente em áreas de maior incorporação de conhecimento, de tecnologia e de inovação, tendo vários objectivos centrais. Melhorar a eficiência e viabilidade das empresas da fileira já existentes, diversificar actividades, acrescentar valor, reduzir custos e qualificar a actividade; desenvolver novas oportunidades de mercado, produzir energia a partir dos subprodutos da madeira, desenvolver novos produtos, promover o uso local e regional de produtos de madeira; aplicar o conhecimento, ciência e espírito empresarial à sustentabilidade e competitividade da floresta e potenciar a criação e o desenvolvimento de novas micro e pequenas empresas ligadas aos sectores da floresta, ao ambiente e à informação e conhecimento. Outros objectivos passam por valorizar os recursos naturais estratégicos e potenciar a sua integração com outros sectores económicos: cultura, educação ambiental e biodiversidade, recreação e lazer e turismo; estabelecer elevados padrões de cuidado nas florestas com acesso público; desenvolver soluções inovadoras, a partir da experiência, em especial da segmentação da propriedade e dos incêndios e captar investimento estrangeiro direccionado para os bens florestais. O presidente José Paulo Farinha salientou depois que o lançamento desta estratégia iniciou-se com a estruturação e subsequente concretização de um conjunto de cinco iniciativas que querem pôr em prática. Uma delas prende-se com a acção-piloto “gestão florestal sustentável”, ou seja, implementar um exemplo demonstrativo de gestão florestal sustentável, apoiada em inventário florestal e modelos de crescimento, produção e certificação, bem como das potencialidades económicas, culturais e ambientais da valorização da floresta, junto dos proprietários florestais do município da Sertã e dos concelhos limítrofes. Outro objectivo diz respeito ao lançamento de um fundo florestal, com a criação de um activo autónomo constituído por bens florestais, designadamente povoamentos de árvores com valor económico, financiado com recurso ao mercado de capitais internacional. A câmara da Sertã pretende também criar um “Campus Floresta Interactiva” a desenvolver em espaços florestais públicos e privados, dentro e fora do município da Sertã, conjugando a componente de interpretação e visualização no meio rural e real com uma componente de simulação virtual. Outros projectos passam pelo aproveitamento energético da biomassa florestal, enquanto recurso de energia renovável, ao nível das aplicações domésticas, industriais e colectivas, bem como a criação de uma Rede de Municípios com floresta que coopere e partilhe de experiências e conhecimento entre territórios com floresta. A terminar, destacou que estas iniciativas não se esgotam aqui e pretende-se que constituam o arranque de um novo processo e sejam indutoras da fixação de outras iniciativas empresariais e do desenvolvimento de actividades, existentes e novas, relacionadas com a fileira florestal. O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas, Rui Nobre Gonçalves elogiou o facto da Sertã ser um concelho preocupado com a dinamização e promoção da fileira florestal. É que para o governante, a floresta, para além da importância patrimonial e ambiental que tem “e todos conhecemos, tem uma importância económica fundamental no nosso país e nesta região”. É a nossa principal fonte de riqueza endógena. E representa mais de dez por cento do total das exportações portuguesas. “Quando hoje se fala da importância de recuperar o dinamismo da economia portuguesa, temos que contar com o dinamismo do sector florestal, para ter um país mais rico e mais desenvolvido”, destacou ainda, frisando ser muito relevante dar capacidade ao sector florestal, não só de se manter, como desenvolver-se. Referiu-se depois ao processo de criação de centrais de biomassa, em que uma empresa da Sertã ganhou o concurso para uma desses projectos. Informou ainda que neste momento, está a decorrer o concurso para a instalação de 15 novas centrais de biomassa, onde o critério essencial para a sua localização foi escolher locais onde existe possibilidades de recolher biomassa para alimentar essas centrais. Para Rui Nobre, as centrais de biomassa vão trazer três coisas importantes: reduzir o risco de incêndio no país, retirando a biomassa existente em excesso na floresta; propiciar um novo fluxo económico aos produtores florestais, uma vez que até agora a biomassa tem sido uma dor de cabeça para os produtores florestais e não se sabe o que fazer com ela e como retirá-la. Com esta nova geração de centrais de biomassa, isso vai deixar de ser uma preocupação, para se tornar numa fonte de rendimento para os produtores florestais, coisa importante e essencial, afiançou Rui Nobre. Tudo isso, permitirá também tirar maior partido das outras valências da floresta, como é a caça, a pesca nas águas interiores e a exploração de uma forma mais organizada do mel, cogumelos, e de outros produtos que podemos retirar da floresta e, às vezes, não são explorados ou são explorados de forma desorganizada.
Reconversão florestal e espécies mais adequadas
Rui Nobre Gonçalves destacou ainda que a Sertã é um bom exemplo do trabalho que tem sido feito a nível das autarquias e dos produtores florestais, para defender a floresta contra os incêndios, mas promovê-la e desenvolvê-la de forma a criar riqueza e postos de trabalhos. O nosso objectivo é fazer com que a floresta ocupe os espaços que lhe são destinados e temos no nosso país uma área muito grande de terras incultas e matos”, frisou, acrescentando que temos que ter actividade florestal nessas áreas, mas que sejam sustentáveis. “Ou seja, a nossa principal dificuldade, é encontrar as espécies mais adequadas aos diferentes ecossistemas. “Sabemos que em algumas zonas têm sido feitas florestações que não são as mais adaptadas, por isso, a estratégia aposta na reconversão florestal e ter as espécies mais adequadas nos locais certos”, salientou aquele responsável. O Secretário de Estado acrescentou que só podemos seguir dois caminhos para incentivar os agricultores a preservar e dinamizar a floresta: um é através dos chamados incentivos públicos, dos subsídios e dos apoios, em que o próximo Plano de Desenvolvimento Rural vai dar uma grande empurrão, porque haverá apoios específicos para a reconversão florestal, não apenas para quem tem pinheiros ou montado continuar a tê-los, mas se houver quem quiser investir em espécies mais nobres, como por exemplo folhosas que possam ser plantadas em certas zonas, haver apoios suplementares para fazer a reconversão florestal. O outro ponto é tornar mais sustentável economicamente as várias fileiras da floresta, ou seja, aumentar o rendimento que se retira. “Para isso, estamos a fazer uma série de esforços, nomeadamente com o Ministério da Economia, lançando as centrais de biomassa e outras iniciativas ligadas à floresta que aumentem não só os fluxos económicos mas os rendimentos ligados à floresta”, informou. A terminar, realçou que é preciso sensibilizar os mais novos para a defesa da floresta, pois eles podem influenciar os mais velhos, nomeadamente os pais, a ter o mesmo procedimento. PF
Fonte: Jornal Regional

segunda-feira, 26 de março de 2007

PROTECÇÃO NACIONAL - Fogos controlados limpam floresta

PROTECÇÃO NACIONAL - Fogos controlados limpam floresta


O próximo Verão vai iniciar-se com 60 mil hectares de floresta protegidos, segundo as prioridades estabelecidas, para 2007, pelo Plano Nacional de Prevenção Estrutural, no âmbito do Plano de Defesa contra Incêndios (DFCI). Este pôs em prática novas técnicas, como os fogos controlados que, por estes dias, vão sendo feitos na serra da Lousã. Delimitada, de véspera, a faixa a ser queimada, mede-se a temperatura, a velocidade e direcção do vento e a humidade para verificar que os valores se encontram "dentro dos limites da janela de prescrição". Com o vento a 9,5 quilómetros por hora, a humidade a 48% e a temperatura a rondar os 15 graus, os técnicos da Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF), dos Bombeiros Sapadores e de várias associações de protecção ambiental, dão início aos procedimentos sapadores de mangueiras a postos, protegidos dos pés à cabeça, bem como as mãos, circundam a faixa de mato, de 150 metros, a queimar. O homem do pinga-lume (deep-torch) vai espalhando uma linha de fogo. "Dispõe-se o pessoal de forma a ter o fogo sempre na mão", explica Sérgio Correia, coordenador do DFCI da Circunscrição Florestal do Centro. Na serra da Lousã, uma das classificadas como prioritárias na Região Centro, juntamente com a serra do Buçaco, concelho da Mealhada, e o Pinhal de Leiria, estas faixas, de redução de matos através da queima controlada, estendem-se já por 12 quilómetros de linha de cumeada intermunicipal, tocando os municípios de Castanheira de Pêra, Miranda do Corvo, Penela e Figueiró dos Vinhos. Ou seja, a Direcção-Geral de Recursos construiu uma "Rede Primária de Gestão de Combustíveis" que, no caso dos grandes fogos de Verão, "pode, por um lado, impedir o avanço dos incêndios de uns concelhos para os outros e, por outro, ajudar os bombeiros no combate directo. Eles sabem que têm aqui zonas limpas onde podem esperar o fogo", explica Sérgio Correia. Além da queima controlada, o designado "Serviço Público", prestado pelas equipas de sapadores, em conjunto com a DGRF, abrange acções de desbaste e roça de matos, como as que foram efectuadas no Buçaco, a beneficiação da rede viária e técnicas inovadoras como o "fogo-frio".Matas e florestas Neste primeiro ano em que vigora o Serviço Público, o Governo classificou de prioritárias as zonas de Matas Nacionais e Perímetros Florestais com elevado risco de incêndio,conferindo protecção a um total de 30 mil hectares na Região Centro 220 hectares na serra da Lousã, 116 no Buçaco, nove hectares no Pinhal de Leiria e cerca de 60 no perímetro da Covilhã. A Sul são abrangidas as florestas de Sintra e Sines, as matas nacionais da serra da Ordem (Alcoutim), Valverde (Alcácer do Sal) e Cabeção (Mora) e os perímetros de Contenda (Moura) e o de Conceição (Tavira).


Fonte: Jornal de Noticias

domingo, 25 de março de 2007

Proteja a sua casa em 10 passos


Proteja a sua casa em 10 passos


O que diz a Lei (Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho)


1. Conserve uma faixa pavimentada em redor da habitação (de 1 a 2 metros).
2. Mantenha as árvores em redor da habitação desramadas 4 metros acima do solo (ou 50% da altura total da árvore se esta tiver menos de 8 metros) e providencie para que as copas se encontrem distantes umas das outras pelo menos 4 metros.
3. Certifique-se de que as árvores e arbustos se encontram, pelo menos, 5 metros afastados da edificação e que os ramos nunca se projectam sobre a cobertura.
4. Conserve o terreno limpo num raio de 50 metros em redor da habitação [por exemplo, para proteger os seus bens e criar uma área de segurança para a actuação dos bombeiros], segundo as orientações do anexo ao Decreto-Lei n.º 124/2006.
5. Mantenha os sobrantes de exploração agrícola ou florestal (estrumeiras, mato para cama de animais, etc) fora da faixa de 50 metros em redor da habitação.
6. Mantenha as botijas de gás e outras substâncias inflamáveis ou explosivas longe da habitação [a mais de 50 metros] ou em compartimentos isolados.
7. Guarde as pilhas de lenha afastadas da habitação [a mais de 50 metros] ou em compartimento isolado.

Adicionalmente, recomendamos que:
8. Mantenha uma faixa de 10 metros limpa de matos de cada lado do caminho de acesso à sua habitação.
9. Mantenha a cobertura e as caleiras da habitação completamente limpas de carumas, folhas ou ramos, que podem facilitar o surgimento de focos de incêndio.
10. Coloque uma rede de retenção de faúlhas nas chaminés da habitação e não deixe frestas abertas por onde possam entrar faúlhas para o seu interior.
Para o auxiliar na implementação destas recomendações, poderá contactar as organizações de produtores florestais da sua área. Consulte as listas seguintes:
norte, centro, sul (listagens em formato PDF).
Em caso de incêndio ligue 112 (chamada gratuita)


Fonte: DFCI/DGRF

sábado, 24 de março de 2007

EB1 do Sobral divulga acção do Projecto Floresta Unida

Cada árvore é um ser para ser em nósPara ver uma árvore não basta vê-aa árvore é uma lenta reverênciauma presença reminiscenteuma habitação perdidae encontradaÀ sombra de uma árvoreo tempo já não é o tempomas a magia de um instante que começa sem fima árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhase de sombras interioresnós habitamos a árvore com a nossa respiraçãocom a da árvorecom a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses
(António Ramos Rosa)
Fonte: EB 1 do Sobral

Guias para uma educação para a cidadania








Livros pedagógicos querem educar alunos para a sustentabilidade da Terra, para o consumo e para a preservação das florestas




Três guiões pedagógicos agora lançados pretendem apoiar a educação para a cidadania, numa iniciativa da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC) do Ministério da Educação. O “Educação para a Sustentabilidade – Carta da Terra”, “Guião de Educação do Consumidor” e “Guião de Educação Ambiental: conhecer e preservar as florestas” são os primeiros títulos disponibilizados.A colecção em que estes guiões se inserem tem como objectivo apresentar um “conjunto de orientações e materiais pedagógicos” que apoiem os professores e os educadores no ensino e desenvolvimento de actividades, projectos e iniciativas com os alunos, no âmbito da educação para a cidadania.O “Guião de Educação do Consumidor” foi elaborado pelo Instituto do Consumidor e, nas suas 102 páginas, “procura dar resposta às solicitações da sociedade de consumo e de comunicação em que vivemos”. De acordo com a DGIDC, “a oportunidade da sua publicação decorre da importância do tema para educação das nossas crianças e jovens e genericamente das nossas famílias”. Para os responsáveis da tutela, o papel que os jovens desempenham junto das famílias “como multiplicadores de novas competências que apelam para uma cidadania responsável”. A escola assume assim “um papel de formação inestimável que deve ser exercido e aproveitado em amplos domínios que não apenas os dos saberes formais e curriculares”. O primeiro guião divulgado, o “Educação para a Sustentabilidade – Carta da Terra”, partiu de “A Carta da Terra – Valores e Princípios para um Futuro Sustentável”, da responsabilidade do Secretariado da Iniciativa da Carta da Terra, que é apresentada como “uma declaração de princípios fundamentais para a construção de uma sociedade, à escala global, assente nos princípios da justiça, sustentabilidade e paz”. São 62 páginas em que o docente pode explorer temas associados “ao respeito pela comunidade da vida, à justiça social e económica, à democracia, não violência e paz”.Por fim, “O Guião de Educação Ambiental – conhecer e preservar as florestas”, nasce de uma parceria com a Direcção-Geral dos Recursos Florestais e assume-se em 104 páginas “como um contributo temático” sobre a floresta, a sua protecção e conservação.A colecção da DGIDC incluirá, no futuro, um “Guião de Educação para o Empreendorismo”. Os guiões podem ser lidos em formato pdf no site da Direcção-Geral.




Fonte: Fátima Missionária
O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, defendeu hoje que o Estado deve repensar a forma como financia a conservação da Natureza e as áreas protegidas, admitindo que os visitantes possam de ter pagar o acesso.
"Uma primeira peça, fundamental, é as áreas protegidas estarem mais preparadas para que o visitante seja solicitado, em certos troços e locais e em certas condições, a dar um pequeno contributo para ajudar a manter aquilo que vai usufruir, a Natureza", disse Humberto Rosa.O secretário de Estado falava aos jornalistas à margem do I Encontro Ibérico de Educação Ambiental, que decorre até domingo no auditório da Escola Superior Agrária de Coimbra.Humberto Rosa, que interveio na sessão inaugural do evento, manifestou-se satisfeito com a reestruturação dos parques naturais que, segundo adiantou, "reforça as áreas protegidas através da criação de um nível intermédio de direcção"."Passaremos a ter um nível intermédio de direcção das áreas protegidas, cujo dirigente terá o estatuto de subdirector geral, o que dá a garantia de que, por grupos de áreas protegidas, temos mais condições de partilhar recursos, de gerir melhor e, sobretudo de haver um interface intermédio entre o nível local, da área protegida, e o nível central, a presidência do Instituto da Conservação da Natureza", afirmou.Para Humberto Rosa, a reestruturação "não resolve todos os problemas da conservação e do Instituto da Conservação da Natureza (ICN)", sendo os meios financeiros "um problema autónomo"."Se tivéssemos um cheque adicional para o ICN, também não resolveríamos os problemas, que eram estruturais e organizacionais. A peça organizacional está montada, vai ser agora implantada".
Fonte: Publico
Seja no estilo ousado de interceptar navios pesqueiros com pequenos botes de tripulantes ambientalistas irados, seja através de campanhas locais aparentemente pequenas e específicas, organizações não governamentais (ONGs) de defesa do meio ambiente passam, cada vez mais, a intercambiar dados e ações como uma nova forma de atuação.
No Brasil, um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo, a presença de ONGs internacionais vem como uma mão amiga para instituições de menor porte.
Atraídas pela urgência da conservação de milhares de ecossistemas, a maioria delas se estabeleceu aqui nos anos 1980 e já criou vínculos essenciais com organizações e comunidades locais.
Criado em 1961, o World Wide Found for Nature (WWF), inicialmente um fundo de financiamento para projetos de conservação, chegou ao Brasil uma década depois e, em 1996, se tornou genuinamente brasileiro. Apesar de estar presente em mais de cem países, não existe uma central do WWF única.
“As diretrizes variam para cada sede e cada uma tem um nível de autonomia”, disse um porta- voz do WWF-Brasil. A organização já apoiou cerca de 70 projetos em todo o país, incluindo o Programa de Conservação do Mico- Leão-Dourado e o Projeto Tamar.
Atualmente, o WWFBrasil executa dezenas de projetos em parceria com ONGs regionais, universidades e órgãos governamentais, incluindo 160 escolas, 44 municípios e 30 parceiros brasileiros.
Para o diretor do programa Mata Atlântica da Conservation International (CI-Brasil), Luís Paulo de Souza, é importante que os mais diversos nichos dentro do movimento ambientalista se complementem. “É possível dividir tarefas e informações em uma causa mútua”, avalia.
Áreas de atuação Souza explica que há diversas formas de atuação das ONGs. “Algumas praticam o ativismo no sentido mais estrito, com protestos e denúncias, outras alternam trabalhos técnicos com formação de pessoal, e algumas são mais voltadas para pesquisas, como a CI”, disse.
Nesse caso, a ONG que trabalha com análises de informações relacionadas a estratégias de conservação pode capacitar outras organizações e auxiliar os próprios governos. “Isso não quer dizer que não tenhamos uma posição política. Mas damos subsídios àquelas que se expressam nesse sentido”, contou Souza.
Minas Em Minas Gerais, a superintendente da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA), Maria Dalce Ricas, cita o exemplo da cooperação com a Fundação Biodiversitas. “Fazemos muita pressão e pedidos de fiscalização baseados em um estudo da Biodiversitas sobre áreas prioritárias para conservação no Estado”, contou.
Para Maria, esse é um sinal de amadurecimento das ONGs. “Apesar de alguns objetivos serem diferentes, sempre existem bandeiras comuns que permitem a união em algum ponto”, ponderou.
Para Souza, a troca pode envolver, ainda, o cidadão comum. “Os canais com a comunidade também têm crescido. O importante é que as ONGs ouçam o que a sociedade pensa e como ela própria pode ajudar”, observa.
Desertificação provoca “morte lenta” ao planeta
BUENOS AIRES, Argentina – “Morte lenta” é a definição de especialistas de todo o mundo para o gradual e persistente avanço dos desertos em vastas áreas do planeta. O processo é de difícil detecção e apresenta poucas chances de reversão.
Por esse motivo, especialistas de 40 organismos internacionais e ONGs, além de representantes de 170 dos 191 países que integram a ONU, participam da 5ª Sessão de Revisão da Convenção das Nações Unidas de Luta contra a Desertificação (CRIC-5).
O encontro, que está sendo realizado na capital argentina, analisa as causas da desertificação e da seca e avaliam medidas para impedir ou reverter a tendência. Os especialistas apresentarão hoje um pacote de recomendações à Conferência de Partes que será realizada em Madri, em setembro.
A cada ano, em todo o planeta, 5 milhões de hectares agrícolas e 35 milhões de hectares de pastagens tornam-se improdutivas por causa do processo de desertificação. O prejuízo econômico decorrente desse processo é de US$ 42 bilhões por ano, segundo o Banco Mundial.
Entre as recomendações debatidas em Buenos Aires está o pedido aos países desenvolvidos e organismos internacionais para que garantam ajuda financeira necessária para o combate mundial à desertificação.
Entre as outras recomendações está o intercâmbio de know-how e a necessidade de destacar claramente a estreita relação entre a pobreza e as questões ambientais. A desertificação, no entanto, não somente afeta africanos, sul-americanos e asiáticos, mas também países como os Estados Unidos e a Espanha.
No total, 250 milhões sofrem diretamente os problemas da desertificação. Outros 750 milhões de pessoas o padecem de forma parcial. A área na qual habitam produz 22% dos alimentos de todo o mundo.
Os especialistas indicam que a desertificação provocará ondas imensas de “refugiados ambientais”. Segundo o secretárioexecutivo da Convenção, Hama Arba Diallo, 400 milhões de chineses residem em uma área de risco de desertificação.
Fonte: Jornal O Tempo
O Modelo Continente participou na cerimónia de assinatura do Protocolo do «Movimento ECO – Empresas contra os Fogos», manifestando o seu apoio à causa da prevenção e do combate aos incêndios florestais, no âmbito da sua política de responsabilidade social.
A assinatura do protocolo ECO contou com a presença do ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, o ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Jaime Silva, o presidente do «Movimento ECO», Murteira Nabo, o presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Arnaldo Cruz, e das empresas associadas, nomeadamente a Galp Energia, CP, BPI, CTT, Mitsubishi Portugal e Soares da Costa.
O projecto nacional conta com o envolvimento de várias empresas a operar em Portugal e tem como objectivo potenciar a causa da prevenção e combate dos incêndios florestais e sensibilizar a opinião pública para os comportamentos de risco, num apelo a uma mudança de atitude.
Murteira Nabo assumiu a presidência do «Movimento ECO», contando com o apoio do Governo, nomeadamente do Ministério da Administração Interna e do Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas, e um forte envolvimento da sociedade civil, numa causa que é reconhecida por todos como prioritária.
Fonte: Diário Digital
A degradação da paisagem e os desastres causados pelas transformações climáticas assumem-se como sérias ameaças a que o presente tem de dar resposta. A necessidade de defender o meio ambiente é hoje assumida por organismos públicas e pelas próprias empresas que, através de variadas acções, estão a contribuir para inverter a situação.O distrito de Viseu, ao contrário de outras regiões do país não dispõe de grandes indústrias poluidoras. Um trabalho publicado recentemente no jornal Expresso sobre as campeãs do aquecimento global divulgava um “ranking” português por cada um dos 13 gases e substâncias poluentes, e não tem qualquer registo da região de ViseuAs grandes preocupações ambientais nos 24 concelhos centram-se na floresta, concretamente, nos problemas do ordenamento e nos fogos florestais. O presidente da Associação ambientalista de Viseu “Amigos da Beira” Afonso Pessoa cita aos incêndios como “o principal problema ambiental de uma das regiões do país mais afectadas anualmente pelo flagelo”.Uma preocupação manifestada igualmente pelo Governador Civil de Viseu, Acácio Pinto assumindo que está a “olhar com muita atenção” para o problema. “Estamos a fazer tudo para que as pessoas se consciencializem que há um período do ano de risco e um período em que, obrigatoriamente, tem que ser feita a prevenção”, alerta.Em 2006, ocorreram 1433 incêndios no distrito de Viseu, dos quais, apenas 3,5 por cento foram originados por causas naturais, 11,37 por cento foram gerados por causas intencionais e 10,80 por cento tiveram como causa actos negligentes. Números que na opinião do Major Silva Dias da GNR de Viseu obrigam a um maior investimento nas acções de sensibilização.Para o Governador Civil, “a floresta tem que ser pensada como um todo” e, por isso, é urgente o ordenamento florestal: “Não podemos ter manchas continuas ilimitadas de uma só espécie, sem pensar que são necessárias, pelo meio, outras manchas menos combustíveis”.As autarquias estão conscientes dessa necessidade de intervir na floresta e, praticamente em todos os concelhos, têm ocorrido acções de limpeza de matas, a par de outras intervenções, de forma a que os riscos de deflagração de incêndios diminua.
Fonte: Jornal do Centro

sexta-feira, 23 de março de 2007

De olhos postos na floresta

De olhos postos na floresta
A ameaça dos incêndios florestais exige a mobilização de todos os agentes da Protecção Civil. Este ano, surge um novo elemento na cadeia, o cidadão. É sobre ele que recai a responsabilidade de, antes de todos os outros, fazer a sua parte no que diz respeito à protecção da floresta. Mas uma dúvida permanece: afinal como é que se protege a floresta?
A protecção da floresta cabe a todos e quase todos sabem disso, pelo menos na teoria. Até agora houve um certo fosso entre a teoria e a prática mas já se está a trabalhar para suprimir essa lacuna. A sensibilização das populações quanto ao seu papel (e obrigações) na protecção da floresta passou a ser uma prioridade. É nesta direcção que o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente na Guarda (SEPNA) e o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), unidades da Guarda Nacional Republicana (GNR), têm orientado a sua acção neste período que antecede a chamada “época de incêndios”. “Nesta fase, estamos a fazer um trabalho que até agora nunca se fez. A GNR está a alertar e a aconselhar as pessoas a fazer a limpeza estipulada pela lei. A partir do dia 15 de Abril, as pessoas deixam de ter desculpa e vamos começar a autuar os prevaricadores”, explicou o comandante da GNR, Tenente- Coronel Fernandes. A GNR sempre teve a seu cargo a vigilância do ambiente e da natureza, mas como “a sociedade exige cada vez mais uma especialização”, foram criadas no seio das Unidades Territoriais, equipas especializadas dotadas de meios humanos e materiais adequados à vigilância, detecção e tratamento policial das infracções contra o ambiente. Em 2001, foi criado o SEPNA, com a missão de protecção, vigilância e detecção de incêndios florestais, e, em 2006, surge o GIPS, mais direccionado para o combate de 1ª intervenção na fase dos incêndios. Apesar de terem missões diferentes, o ambiente e a floresta são o denominador comum num “trabalho sem pausas”. Segundo o Comandante da Companhia do GIPS, Capitão Lima, “o que se está a fazer agora é consciencializar as pessoas porque a prevenção cabe a todos. Antes de um combate eficaz, é preciso fazer uma prevenção eficaz, só assim se diminui a área ardida e o número de incêndios”, realçou o responsável. A partir do dia 15 de Maio, a actividade do GIPS passa a direccionarse para a vigilância e dissuasão e para a 1ª intervenção com transporte aéreo. “A partir do momento em que há detecção dos fogos, fazemos a 1ª intervenção até à extinção ou até à chegada dos meios pesados de combate a incêndios dos corpos de bombeiros”. O SEPNA está a fazer um trabalho semelhante, que passa por informar as pessoas que estão em situação de infracção ao Decreto- Lei nº 124/06 de 28 de Junho, como explicou o Chefe do Órgão Coordenador Distrital, Sargento- Chefe Baldaia. “A partir do dia 15 de Maio, as situações já vão estar devidamente identificadas e aí vamos verificar se os trabalhos de limpeza foram feitos”, disse.
Autarcas não podem ficar alheios
“É preciso sensibilizar os autarcas para que se empenhem nesta área”, defendeu o Tenente-Coronel Fernandes, “porque não adianta trabalharmos se cada um não fizer a sua parte”. A GNR tem-se mostrado disponível para efectuar acções de sensibilização, nomeadamente nas autarquias e em escolas, mas “isso até agora não tem sido muito solicitado”. “As pessoas, muitas vezes, cometem pequenos descuidos por desconhecimento, porque não houve este tipo de sensibilização”, frisou o responsável. O Comandante do Destacamento de Vila Real, Capitão Fernandes, afirmou que algumas autarquias estão a trabalhar na prevenção até porque “há verbas avultadas para a limpeza da floresta”. Explicou que “caso as pessoas não limpem, esse trabalho cabe à câmara e as pessoas depois terão de pagar essa limpeza, coercivamente ou não”. O Capitão Fernandes referiu que o levantamento dos autos de contra-ordenação compete às autoridades policiais, sendo esses autos remetidos à autoridade competente para a instrução do processo que, em muitos casos, é a câmara municipal. No entanto, “às vezes ficamos sem saber o que acontece aos autos”, referiu o Capitão Fernandes. “As câmaras têm de fazer a sua parte e envolver-se cada vez mais, porque são parte integrante do processo”, frisou. Outro aspecto tem a ver, segundo a GNR, com uma “regra” que tende a verificar-se por causa da falta de informação e de comportamentos de risco. “Até Agosto, os incêndios verificam-se na parte sul do distrito, mas depois de Agosto, o norte é o mais afectado”, destacaram. O comandante da força policial explicou os motivos. “Na parte norte, os incêndios acontecem porque a partir de Agosto as ceifas já foram feitas, aquilo que arde mais rapidamente já foi cortado, e são feitas queimadas para ter pasto para o gado”, disse. “As pessoas não podem nem devem fazer as queimadas na altura que não é adequada”, defendeu o responsável. O Capitão Lima destacou os concelhos de Valpaços e Montalegre. Neste último, em especial a partir de Setembro, “há muitas ocorrências com a agravante de ser um concelho com uma rede viária que não permite aceder a todos os locais”, sendo necessário o recurso a meios aéreos.
Exercício da cidadania
“Todos devemos exercer os nossos direitos enquanto cidadãos e denunciar publicamente os factos. Se há um indivíduo a deitar lixo para o rio ou a atear fogo, as pessoas devem denunciar estes factos num posto”, afirmou o Comandante da Secção de Investigação Criminal, Major Carlos Falcão. “As pessoas não devem ter receio em dar a cara e o nome”, disse, uma vez que essa atitude pode ser fundamental para a resolução dos casos. “A pessoa, ao exercer o seu direito, está a ser protegida e é para isso que estamos aqui”, garantiu. A denúncia de infracções é uma outra vertente da “protecção da floresta”. “No caso dos crimes do ambiente, é fundamental denunciar porque directa ou indirectamente atinge todos”, defendeu o responsável. Os crimes ambientais, muitas vezes, são pontuais o que dificulta o trabalho do SEPNA que, mesmo sabendo da infracção, só a pode comprovar com um testemunho, o que acaba por não acontecer porque “quem denunciou o crime não quer dar a cara”. “A lei garante a confidencialidade de quem faz a participação e garante a segurança caso seja necessário”, garantiram os militares da GNR. Para que esta mudança de mentalidades aconteça, a GNR tem levado a cabo várias acções de sensibilização não só na área da protecção do ambiente mas também em relação a outras áreas de actuação da GNR. “É importante apostar na consciencialização das crianças para a problemática dos fogos florestais. Se calhar não vai ser imediata mas vai sentir-se daqui a dez ou 15 anos e acabar por ser maior”, frisou o Capitão Lima. “As crianças são mais fáceis de cativar e é também uma forma de atingir os pais”, disse. Esta semana, as valências da GNR, com especial destaque para o SEPNA e o GIPS, vão estar na “Semana da Floresta”, em Ribeira de Pena, com uma exposição estática e demonstrações com cavalos e cães. O GIPS vai também participar num simulacro de incêndio.
Fonte: Jornal Regional

INE: Valor acrescentado bruto da Silvicultura decresceu 20% entre 2000 e 2005

INE: Valor acrescentado bruto da Silvicultura decresceu 20% entre 2000 e 2005
O INE divulgou ontem, Dia Mundial da Floresta, uma série de 20 anos de Contas Económicas da Silvicultura (CES), relativa ao período de 1986-2005 (Base 2000).
No ano de 2005, de acordo com as estimativas das Contas Económicas, o Valor Acrescentado Bruto da Silvicultura registou um decréscimo nominal de 20% em relação a 2000, ano em que este agregado atingiu o seu valor máximo.
A Madeira e a Cortiça constituem os produtos com maior relevo na estrutura da produção silvícola portuguesa. Entre os quinquénios 1986-90 e 2001-05, observa-se que a estrutura da produção de Bens Silvícolas (em valor) se alterou.
A Cortiça registou um aumento de 13 pontos percentuais (p.p.) do seu peso relativo, para se assumir como o produto mais importante, em valor, nos últimos anos, em detrimento das Madeiras para Serrar (matéria-prima da indústria de mobiliário) cuja importância no sector diminuiu de 19% para 11%.
A Madeira para Triturar (matéria-prima das indústrias de painéis e pasta de papel) diminuiu ligeiramente a importância relativa, passando de 42% para 38%, assumindo a segunda posição no conjunto do sector.
Para esta evolução foi determinante a qualidade da Madeira de eucalipto (para fabrico de papel) e da Cortiça (quer para a produção de rolhas, quer para o material de isolamento térmico e acústico), que os distingue dos produtos florestais dos países do Norte da Europa, com reconhecida aptidão florestal.
Em termos absolutos, o valor da produção de Madeira para Serrar não revelou uma variação significativa, ao longo do tempo, por oposição à produção de Madeira para Triturar que, à excepção do ano de 2001, apresentou acréscimos anuais sucessivos, tendo atingindo, em 2005, o pico de produção. Efectivamente, em 2001 verificou-se uma quebra, quer em volume, quer em valor, da produção de Madeira para pasta de papel, em virtude do baixo preço no produtor, que não estimulou a venda de madeira às fábricas, com consequente acumulação de stocks no produtor. Nos anos seguintes, principalmente em 2003 e 2004, anos em que houve maiores incêndios, apesar do nível de preços decrescer, assistiu-se a um crescimento no volume de produção deste tipo de madeira, de 13% e 10%, respectivamente, devido ao aumento da venda de madeira às unidades transformadoras.
A cortiça registou uma certa estabilidade, em valor, até 1998. Após esta data, observou-se um comportamento de acentuado crescimento em 1999 e 2000, pela conjugação do grande volume de descortiçamento e do elevado preço. A partir daí, assistiu-se a uma fase de declínio da produção, em volume e em valor, com indícios de recuperação apenas em 2005. Com efeito, o envelhecimento dos montados e as doenças dos sobreiros conduziram ao longo dos anos, a uma redução da produção de Cortiça de qualidade, que se tornou, assim, insuficiente para dar resposta ao aumento da procura. Consequentemente, registou-se um elevado aumento dos preços entre 1999 e 2003, em virtude da escassez de oferta de matéria-prima de qualidade superior.
Fonte Agro Noticias

Biomassa em rede até 2010

Biomassa em rede até 2010
O Governo quer criar, até 2010, centrais de biomassa com potência total de 250 megawatts. O investimento, de 500 milhões de euros, cria 500 a 1.000 postos de trabalho.O programa nacional de instalação de centrais de biomassa vai permitir uma redução dos níveis de emissão de dióxido de carbono (C02) de 700 mil toneladas e a redução do risco de incêndio devido a uma articulação entre a localização das centrais de biomassa e as políticas florestais. O ano passado, o Governo lançou um concurso para 15 novas centrais a biomassa florestal, com uma potência total de 100 MW, que recebeu 36 candidaturas. Desses 15 lotes o Governo já adjudicou os lotes 6 e 10 num total de 5 MW de potência à Tave Energia ACE nos distritos de Castelo Branco e Guarda e à Palser na Sertã, distrito de Castelo Branco.O Governo espera que a construção destas centrais implique um investimento total de cerca de 200 milhões de euros e retire das florestas um valor superior a um milhão de toneladas de biomassa.Num dia assinalado pela inauguração da central da Altri e da EDP Bioeléctrica, em Vila Velha de Ródão, num investimento de 30 milhões de euros e com uma capacidade instalada de 13,2 MW, o Governo deverá ainda atribuir cinco novas licenças para centrais de biomassa.As novas licenças para centrais a localizar em Cabeceiras de Baixo, com no máximo 12 MW, em Gondomar, com 13 MW, em Oleiros, com 9,3 MW, em Monchique, com 14,65 MW, e para o reforço da central de Mortágua, com 10 MW, vai permitir um aumento da potência instalada em 57 MW.Estas novas cinco licenças para centrais de biomassa vão implicar um investimento de cerca de 150 milhões de euros, produzir cerca de 440 GWh de energia por ano e permitir a redução de emissões de C02 em cerca de 275 mil toneladas por ano.Espera-se com estas iniciativas que o peso da biomassa florestal no total da produção a partir de fontes de energias renováveis suba de um por cento, em 2005, para 5 por cento em 2010, ao atingir os 1.275 gigawatts/hora (GWh).A inauguração da central da Altri vai contar com a presença do ministro da Economia e do comissário europeu da Energia, que no final do dia fazem uma declaração aos jornalistas sobre a política energética em Portugal e na União Europeia e os dossiers temáticos para a Presidência Portuguesa da União Europeia.CENTRAL DE BELMONTE JÁ EM 2009Começa a funcionar, no ano de 2009, no concelho de Belmonte, uma Central Eléctrica de Produção de Biomassa Florestal. O anúncio da instalação desta unidade, foi feito ontem, em Vila Velha de Rõdão, por Mário Vicente, consultor do Grupo TAVFER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, adiantando ao DIÁRIO AS BEIRAS, que a nova Central trará para o concelho de Belmonte, efeitos directos em termos do aproveitamento de desperdícios florestais, tais como: limpeza de matas e podas em Belmonte e concelhos limítrofes, nomeadamente Sabugal, Penamacor, Covilhã e Guarda. Esta Central, para além da energia eléctrica que irá injectar na rede da EDP, produzirá vapor que vai ser consumido para aquecimento das piscinas municipais de Belmonte, edifícios escolares, edifício da Câmara Municipal e o Hotel Belsol. Este projecto vai criar 10 postos de trabalho directos e entre 30 a 50 indirectos.Uma boa opção mas não a soluçãoO secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas admitiu, ontem, que a biomassa não é a solução para os problemas florestais, mas sim uma das opções. Rui Nobre Gonçalves aludiu ao que disse ser “uma palavra de precaução”. “É óbvio que a exploração da biomassa florestal é muito importante para reduzir o risco de incêndios, para aumentar a rentabilidade da floresta, para reduzir as nossas emissões de gases de efeito de estufa e, em termos de eficiência energética, reduz a nossa dependência do exterior”. E continuou: “a biomassa tem todas estas valências, mas não é a solução para os problemas da floresta. É uma das opções que temos e tem de ser equilibrada com o apoio às outras fileiras, como a da pasta do papel e outras”, sublinhou. Lembrou o Plano de Desenvolvimento Rural (PDR) para sublinhar que “pela primeira vez” um documento oficial no nosso país “aponta a floresta como uma grande fonte de riqueza e onde deve haver aposta decidida numa produção clara e não escondida”. “A floresta é um dos cinco eixos fundamentais estratégicos do PDR”, frisou.
Fonte: Diario as Beiras

Turismo da serra da Estrela com mais alternativas à neve

Turismo da serra da Estrela com mais alternativas à neve
Seia passou a ser uma referência de passagem obrigatória para quem quiser compreender o ambiente serrano। É assim que Eduardo Brito, presidente da Câmara, apresenta o Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE), equipamento de seis milhões de euros que reforça a alternativa turística de um destino tradicionalmente associado à neve. O novo centro ambiental, instalado na Quinta do Carvalhal e com uma forte componente didáctica dirigida a crianças e jovens, resulta de um intenso trabalho de campo, feito nos últimos quatro anos por biólogos, especialistas na floresta e técnicos de ordenamento do território. É uma viagem de fascínios pela Serra que permitirá compreender a natureza ora selvagem ora mansa dos seus rios, conhecer a fauna e a flora, e saber como são influenciadas pelo clima da montanha. Um centro de documentação ambiental, laboratórios para apoio à investigação e percursos pedestres acompanhados por biólogos são algumas das ofertas disponíveis.Com 12 técnicos ligados ao centro, Eduardo Brito realça, no entanto, os efeitos colaterais que esta estrutura terá na animação do comércio local. "O CISE junta-se agora aos museus do Pão e do Brinquedo e, no final do ano, contamos ter a funcionar o museu natural da electricidade, que irá ficar instalado na Mata da Senhora do Desterro". Próximo do Sabugueiro, a aldeia mais alta de Portugal, a câmara irá começar agora a fazer o repovoamento florestal dos 100 hectares disponibilizados pela EDP, no âmbito deste projecto de parceria. Com estes equipamentos, a que se acrescentam outros em toda a Região da Serra da Estrela, o autarca de Seia pensa que se pôs fim "à estratégia errada de só olhar a Estrela como um destino apenas de neve. "A serra vale por si durante todo o ano", garante.
Fonte: DN

Duas novas campanhas pretendem mobilizar a sociedade contra um autêntico flagêlo

“Portugal sem fogos depende de todos”
“Portugal sem fogos depende de todos" é o apelo de duas campanhas de prevenção de fogos florestais lançadas, ontem, conjuntamente, pela primeira vez, pelos Ministérios da Administração Interna e da Agricultura, uma das quais envolvendo empresas. A iniciativa governamental fundamenta-se em que, "nos últimos anos, morreram dezenas de bombeiros no combate aos incêndios florestais, centenas de casas foram destruídas pelas chamas e arderam mais de um milhão e 600 mil hectares de terra e mais de 340 milhões de árvores", segundo um documento apresentado no acto de lançamento das campanhas. O ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, referiu que "as pessoas pensam em Portugal que a maioria dos incêndios florestais tem origem criminosa, quando a maior causa são actos negligentes, que é necessário combater". Maioria dos incêndios têm origem humana O governante adiantou que "97 por cento dos incêndios florestais em Portugal têm origem humana, sendo que mais de 70 por cento destes devem-se a actos negligentes, como lançar um foguete, fazer uma queimada, utilizar uma máquina agrícola numa altura indevida ou lançar uma ponta de cigarro acesa". É fundamental mobilizar o conjunto da sociedade "Por isso" — realçou —, "é fundamental mobilizar cada cidadão e o conjunto da sociedade para o drama dos incêndios florestais e prevenir os comportamentos de risco". A campanha conjunta dos Ministérios da Administração Interna e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas — este ano "a uma só voz", como foi realçado —, destina-se às televisões e às rádios, lembrando um grande incêndio florestal ocorrido em 9 de Julho de 2006, em Famalicão da Serra, na Guarda, em que morreram seis bombeiros (cinco chilenos e um português) e arderam 569 hectares. O ministro António Costa referiu que a tragédia se deveu a um acto negligente: uma alfaia agrícola chocou com uma pedra, provocando uma faísca, a qual deu origem ao fogo, que se desenvolveu rapidamente porque na altura estava vento. Potenciar as mensagens em prol das florestas A outra campanha resulta de uma parceria acordada entre os Ministérios da Administração Interna e da Agricultura e empresas participantes no Movimento ECO - Empresas Contra os Fogos, tendo, ontem, sido assinados os primeiros sete protocolos entre empresas e o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil. O objectivo desta campanha é o de utilizar os mais diversos meios de promoção e de distribuição das empresas para "potenciar ao máximo" as mensagens em prol das florestas. As primeiras sete empresas que aderiram à campanha são a Modelo Continente, CTT, GALP, CP, BPI, Soares da Costa e Mitsubishi. As duas campanhas de prevenção de fogos florestais começaram a funcionar ontem à noite, depois de terem sido apresentadas publicamente, pela tarde, na Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações, na capital.
Fonte: Jornal da Madeira