sábado, 24 de março de 2007

Guias para uma educação para a cidadania








Livros pedagógicos querem educar alunos para a sustentabilidade da Terra, para o consumo e para a preservação das florestas




Três guiões pedagógicos agora lançados pretendem apoiar a educação para a cidadania, numa iniciativa da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC) do Ministério da Educação. O “Educação para a Sustentabilidade – Carta da Terra”, “Guião de Educação do Consumidor” e “Guião de Educação Ambiental: conhecer e preservar as florestas” são os primeiros títulos disponibilizados.A colecção em que estes guiões se inserem tem como objectivo apresentar um “conjunto de orientações e materiais pedagógicos” que apoiem os professores e os educadores no ensino e desenvolvimento de actividades, projectos e iniciativas com os alunos, no âmbito da educação para a cidadania.O “Guião de Educação do Consumidor” foi elaborado pelo Instituto do Consumidor e, nas suas 102 páginas, “procura dar resposta às solicitações da sociedade de consumo e de comunicação em que vivemos”. De acordo com a DGIDC, “a oportunidade da sua publicação decorre da importância do tema para educação das nossas crianças e jovens e genericamente das nossas famílias”. Para os responsáveis da tutela, o papel que os jovens desempenham junto das famílias “como multiplicadores de novas competências que apelam para uma cidadania responsável”. A escola assume assim “um papel de formação inestimável que deve ser exercido e aproveitado em amplos domínios que não apenas os dos saberes formais e curriculares”. O primeiro guião divulgado, o “Educação para a Sustentabilidade – Carta da Terra”, partiu de “A Carta da Terra – Valores e Princípios para um Futuro Sustentável”, da responsabilidade do Secretariado da Iniciativa da Carta da Terra, que é apresentada como “uma declaração de princípios fundamentais para a construção de uma sociedade, à escala global, assente nos princípios da justiça, sustentabilidade e paz”. São 62 páginas em que o docente pode explorer temas associados “ao respeito pela comunidade da vida, à justiça social e económica, à democracia, não violência e paz”.Por fim, “O Guião de Educação Ambiental – conhecer e preservar as florestas”, nasce de uma parceria com a Direcção-Geral dos Recursos Florestais e assume-se em 104 páginas “como um contributo temático” sobre a floresta, a sua protecção e conservação.A colecção da DGIDC incluirá, no futuro, um “Guião de Educação para o Empreendorismo”. Os guiões podem ser lidos em formato pdf no site da Direcção-Geral.




Fonte: Fátima Missionária
O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, defendeu hoje que o Estado deve repensar a forma como financia a conservação da Natureza e as áreas protegidas, admitindo que os visitantes possam de ter pagar o acesso.
"Uma primeira peça, fundamental, é as áreas protegidas estarem mais preparadas para que o visitante seja solicitado, em certos troços e locais e em certas condições, a dar um pequeno contributo para ajudar a manter aquilo que vai usufruir, a Natureza", disse Humberto Rosa.O secretário de Estado falava aos jornalistas à margem do I Encontro Ibérico de Educação Ambiental, que decorre até domingo no auditório da Escola Superior Agrária de Coimbra.Humberto Rosa, que interveio na sessão inaugural do evento, manifestou-se satisfeito com a reestruturação dos parques naturais que, segundo adiantou, "reforça as áreas protegidas através da criação de um nível intermédio de direcção"."Passaremos a ter um nível intermédio de direcção das áreas protegidas, cujo dirigente terá o estatuto de subdirector geral, o que dá a garantia de que, por grupos de áreas protegidas, temos mais condições de partilhar recursos, de gerir melhor e, sobretudo de haver um interface intermédio entre o nível local, da área protegida, e o nível central, a presidência do Instituto da Conservação da Natureza", afirmou.Para Humberto Rosa, a reestruturação "não resolve todos os problemas da conservação e do Instituto da Conservação da Natureza (ICN)", sendo os meios financeiros "um problema autónomo"."Se tivéssemos um cheque adicional para o ICN, também não resolveríamos os problemas, que eram estruturais e organizacionais. A peça organizacional está montada, vai ser agora implantada".
Fonte: Publico
Seja no estilo ousado de interceptar navios pesqueiros com pequenos botes de tripulantes ambientalistas irados, seja através de campanhas locais aparentemente pequenas e específicas, organizações não governamentais (ONGs) de defesa do meio ambiente passam, cada vez mais, a intercambiar dados e ações como uma nova forma de atuação.
No Brasil, um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo, a presença de ONGs internacionais vem como uma mão amiga para instituições de menor porte.
Atraídas pela urgência da conservação de milhares de ecossistemas, a maioria delas se estabeleceu aqui nos anos 1980 e já criou vínculos essenciais com organizações e comunidades locais.
Criado em 1961, o World Wide Found for Nature (WWF), inicialmente um fundo de financiamento para projetos de conservação, chegou ao Brasil uma década depois e, em 1996, se tornou genuinamente brasileiro. Apesar de estar presente em mais de cem países, não existe uma central do WWF única.
“As diretrizes variam para cada sede e cada uma tem um nível de autonomia”, disse um porta- voz do WWF-Brasil. A organização já apoiou cerca de 70 projetos em todo o país, incluindo o Programa de Conservação do Mico- Leão-Dourado e o Projeto Tamar.
Atualmente, o WWFBrasil executa dezenas de projetos em parceria com ONGs regionais, universidades e órgãos governamentais, incluindo 160 escolas, 44 municípios e 30 parceiros brasileiros.
Para o diretor do programa Mata Atlântica da Conservation International (CI-Brasil), Luís Paulo de Souza, é importante que os mais diversos nichos dentro do movimento ambientalista se complementem. “É possível dividir tarefas e informações em uma causa mútua”, avalia.
Áreas de atuação Souza explica que há diversas formas de atuação das ONGs. “Algumas praticam o ativismo no sentido mais estrito, com protestos e denúncias, outras alternam trabalhos técnicos com formação de pessoal, e algumas são mais voltadas para pesquisas, como a CI”, disse.
Nesse caso, a ONG que trabalha com análises de informações relacionadas a estratégias de conservação pode capacitar outras organizações e auxiliar os próprios governos. “Isso não quer dizer que não tenhamos uma posição política. Mas damos subsídios àquelas que se expressam nesse sentido”, contou Souza.
Minas Em Minas Gerais, a superintendente da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA), Maria Dalce Ricas, cita o exemplo da cooperação com a Fundação Biodiversitas. “Fazemos muita pressão e pedidos de fiscalização baseados em um estudo da Biodiversitas sobre áreas prioritárias para conservação no Estado”, contou.
Para Maria, esse é um sinal de amadurecimento das ONGs. “Apesar de alguns objetivos serem diferentes, sempre existem bandeiras comuns que permitem a união em algum ponto”, ponderou.
Para Souza, a troca pode envolver, ainda, o cidadão comum. “Os canais com a comunidade também têm crescido. O importante é que as ONGs ouçam o que a sociedade pensa e como ela própria pode ajudar”, observa.
Desertificação provoca “morte lenta” ao planeta
BUENOS AIRES, Argentina – “Morte lenta” é a definição de especialistas de todo o mundo para o gradual e persistente avanço dos desertos em vastas áreas do planeta. O processo é de difícil detecção e apresenta poucas chances de reversão.
Por esse motivo, especialistas de 40 organismos internacionais e ONGs, além de representantes de 170 dos 191 países que integram a ONU, participam da 5ª Sessão de Revisão da Convenção das Nações Unidas de Luta contra a Desertificação (CRIC-5).
O encontro, que está sendo realizado na capital argentina, analisa as causas da desertificação e da seca e avaliam medidas para impedir ou reverter a tendência. Os especialistas apresentarão hoje um pacote de recomendações à Conferência de Partes que será realizada em Madri, em setembro.
A cada ano, em todo o planeta, 5 milhões de hectares agrícolas e 35 milhões de hectares de pastagens tornam-se improdutivas por causa do processo de desertificação. O prejuízo econômico decorrente desse processo é de US$ 42 bilhões por ano, segundo o Banco Mundial.
Entre as recomendações debatidas em Buenos Aires está o pedido aos países desenvolvidos e organismos internacionais para que garantam ajuda financeira necessária para o combate mundial à desertificação.
Entre as outras recomendações está o intercâmbio de know-how e a necessidade de destacar claramente a estreita relação entre a pobreza e as questões ambientais. A desertificação, no entanto, não somente afeta africanos, sul-americanos e asiáticos, mas também países como os Estados Unidos e a Espanha.
No total, 250 milhões sofrem diretamente os problemas da desertificação. Outros 750 milhões de pessoas o padecem de forma parcial. A área na qual habitam produz 22% dos alimentos de todo o mundo.
Os especialistas indicam que a desertificação provocará ondas imensas de “refugiados ambientais”. Segundo o secretárioexecutivo da Convenção, Hama Arba Diallo, 400 milhões de chineses residem em uma área de risco de desertificação.
Fonte: Jornal O Tempo
O Modelo Continente participou na cerimónia de assinatura do Protocolo do «Movimento ECO – Empresas contra os Fogos», manifestando o seu apoio à causa da prevenção e do combate aos incêndios florestais, no âmbito da sua política de responsabilidade social.
A assinatura do protocolo ECO contou com a presença do ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, o ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Jaime Silva, o presidente do «Movimento ECO», Murteira Nabo, o presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, Arnaldo Cruz, e das empresas associadas, nomeadamente a Galp Energia, CP, BPI, CTT, Mitsubishi Portugal e Soares da Costa.
O projecto nacional conta com o envolvimento de várias empresas a operar em Portugal e tem como objectivo potenciar a causa da prevenção e combate dos incêndios florestais e sensibilizar a opinião pública para os comportamentos de risco, num apelo a uma mudança de atitude.
Murteira Nabo assumiu a presidência do «Movimento ECO», contando com o apoio do Governo, nomeadamente do Ministério da Administração Interna e do Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas, e um forte envolvimento da sociedade civil, numa causa que é reconhecida por todos como prioritária.
Fonte: Diário Digital
A degradação da paisagem e os desastres causados pelas transformações climáticas assumem-se como sérias ameaças a que o presente tem de dar resposta. A necessidade de defender o meio ambiente é hoje assumida por organismos públicas e pelas próprias empresas que, através de variadas acções, estão a contribuir para inverter a situação.O distrito de Viseu, ao contrário de outras regiões do país não dispõe de grandes indústrias poluidoras. Um trabalho publicado recentemente no jornal Expresso sobre as campeãs do aquecimento global divulgava um “ranking” português por cada um dos 13 gases e substâncias poluentes, e não tem qualquer registo da região de ViseuAs grandes preocupações ambientais nos 24 concelhos centram-se na floresta, concretamente, nos problemas do ordenamento e nos fogos florestais. O presidente da Associação ambientalista de Viseu “Amigos da Beira” Afonso Pessoa cita aos incêndios como “o principal problema ambiental de uma das regiões do país mais afectadas anualmente pelo flagelo”.Uma preocupação manifestada igualmente pelo Governador Civil de Viseu, Acácio Pinto assumindo que está a “olhar com muita atenção” para o problema. “Estamos a fazer tudo para que as pessoas se consciencializem que há um período do ano de risco e um período em que, obrigatoriamente, tem que ser feita a prevenção”, alerta.Em 2006, ocorreram 1433 incêndios no distrito de Viseu, dos quais, apenas 3,5 por cento foram originados por causas naturais, 11,37 por cento foram gerados por causas intencionais e 10,80 por cento tiveram como causa actos negligentes. Números que na opinião do Major Silva Dias da GNR de Viseu obrigam a um maior investimento nas acções de sensibilização.Para o Governador Civil, “a floresta tem que ser pensada como um todo” e, por isso, é urgente o ordenamento florestal: “Não podemos ter manchas continuas ilimitadas de uma só espécie, sem pensar que são necessárias, pelo meio, outras manchas menos combustíveis”.As autarquias estão conscientes dessa necessidade de intervir na floresta e, praticamente em todos os concelhos, têm ocorrido acções de limpeza de matas, a par de outras intervenções, de forma a que os riscos de deflagração de incêndios diminua.
Fonte: Jornal do Centro

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