INE: Valor acrescentado bruto da Silvicultura decresceu 20% entre 2000 e 2005
O INE divulgou ontem, Dia Mundial da Floresta, uma série de 20 anos de Contas Económicas da Silvicultura (CES), relativa ao período de 1986-2005 (Base 2000).
No ano de 2005, de acordo com as estimativas das Contas Económicas, o Valor Acrescentado Bruto da Silvicultura registou um decréscimo nominal de 20% em relação a 2000, ano em que este agregado atingiu o seu valor máximo.
A Madeira e a Cortiça constituem os produtos com maior relevo na estrutura da produção silvícola portuguesa. Entre os quinquénios 1986-90 e 2001-05, observa-se que a estrutura da produção de Bens Silvícolas (em valor) se alterou.
A Cortiça registou um aumento de 13 pontos percentuais (p.p.) do seu peso relativo, para se assumir como o produto mais importante, em valor, nos últimos anos, em detrimento das Madeiras para Serrar (matéria-prima da indústria de mobiliário) cuja importância no sector diminuiu de 19% para 11%.
A Madeira para Triturar (matéria-prima das indústrias de painéis e pasta de papel) diminuiu ligeiramente a importância relativa, passando de 42% para 38%, assumindo a segunda posição no conjunto do sector.
Para esta evolução foi determinante a qualidade da Madeira de eucalipto (para fabrico de papel) e da Cortiça (quer para a produção de rolhas, quer para o material de isolamento térmico e acústico), que os distingue dos produtos florestais dos países do Norte da Europa, com reconhecida aptidão florestal.
Em termos absolutos, o valor da produção de Madeira para Serrar não revelou uma variação significativa, ao longo do tempo, por oposição à produção de Madeira para Triturar que, à excepção do ano de 2001, apresentou acréscimos anuais sucessivos, tendo atingindo, em 2005, o pico de produção. Efectivamente, em 2001 verificou-se uma quebra, quer em volume, quer em valor, da produção de Madeira para pasta de papel, em virtude do baixo preço no produtor, que não estimulou a venda de madeira às fábricas, com consequente acumulação de stocks no produtor. Nos anos seguintes, principalmente em 2003 e 2004, anos em que houve maiores incêndios, apesar do nível de preços decrescer, assistiu-se a um crescimento no volume de produção deste tipo de madeira, de 13% e 10%, respectivamente, devido ao aumento da venda de madeira às unidades transformadoras.
A cortiça registou uma certa estabilidade, em valor, até 1998. Após esta data, observou-se um comportamento de acentuado crescimento em 1999 e 2000, pela conjugação do grande volume de descortiçamento e do elevado preço. A partir daí, assistiu-se a uma fase de declínio da produção, em volume e em valor, com indícios de recuperação apenas em 2005. Com efeito, o envelhecimento dos montados e as doenças dos sobreiros conduziram ao longo dos anos, a uma redução da produção de Cortiça de qualidade, que se tornou, assim, insuficiente para dar resposta ao aumento da procura. Consequentemente, registou-se um elevado aumento dos preços entre 1999 e 2003, em virtude da escassez de oferta de matéria-prima de qualidade superior.
No ano de 2005, de acordo com as estimativas das Contas Económicas, o Valor Acrescentado Bruto da Silvicultura registou um decréscimo nominal de 20% em relação a 2000, ano em que este agregado atingiu o seu valor máximo.
A Madeira e a Cortiça constituem os produtos com maior relevo na estrutura da produção silvícola portuguesa. Entre os quinquénios 1986-90 e 2001-05, observa-se que a estrutura da produção de Bens Silvícolas (em valor) se alterou.
A Cortiça registou um aumento de 13 pontos percentuais (p.p.) do seu peso relativo, para se assumir como o produto mais importante, em valor, nos últimos anos, em detrimento das Madeiras para Serrar (matéria-prima da indústria de mobiliário) cuja importância no sector diminuiu de 19% para 11%.
A Madeira para Triturar (matéria-prima das indústrias de painéis e pasta de papel) diminuiu ligeiramente a importância relativa, passando de 42% para 38%, assumindo a segunda posição no conjunto do sector.
Para esta evolução foi determinante a qualidade da Madeira de eucalipto (para fabrico de papel) e da Cortiça (quer para a produção de rolhas, quer para o material de isolamento térmico e acústico), que os distingue dos produtos florestais dos países do Norte da Europa, com reconhecida aptidão florestal.
Em termos absolutos, o valor da produção de Madeira para Serrar não revelou uma variação significativa, ao longo do tempo, por oposição à produção de Madeira para Triturar que, à excepção do ano de 2001, apresentou acréscimos anuais sucessivos, tendo atingindo, em 2005, o pico de produção. Efectivamente, em 2001 verificou-se uma quebra, quer em volume, quer em valor, da produção de Madeira para pasta de papel, em virtude do baixo preço no produtor, que não estimulou a venda de madeira às fábricas, com consequente acumulação de stocks no produtor. Nos anos seguintes, principalmente em 2003 e 2004, anos em que houve maiores incêndios, apesar do nível de preços decrescer, assistiu-se a um crescimento no volume de produção deste tipo de madeira, de 13% e 10%, respectivamente, devido ao aumento da venda de madeira às unidades transformadoras.
A cortiça registou uma certa estabilidade, em valor, até 1998. Após esta data, observou-se um comportamento de acentuado crescimento em 1999 e 2000, pela conjugação do grande volume de descortiçamento e do elevado preço. A partir daí, assistiu-se a uma fase de declínio da produção, em volume e em valor, com indícios de recuperação apenas em 2005. Com efeito, o envelhecimento dos montados e as doenças dos sobreiros conduziram ao longo dos anos, a uma redução da produção de Cortiça de qualidade, que se tornou, assim, insuficiente para dar resposta ao aumento da procura. Consequentemente, registou-se um elevado aumento dos preços entre 1999 e 2003, em virtude da escassez de oferta de matéria-prima de qualidade superior.
Fonte Agro Noticias
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