A maior parte das zonas protegidas do país vão ser sujeitas nos próximos meses a fogos controlados de modo a prevenir o alastramento dos incêndios florestais durante o Verão, anunciou hoje o secretário de Estado do Ambiente
De visita a Porto de Mós, Leiria, Humberto Rosa explicou que os fogos controlados são uma «das prioridades» do plano de prevenção de incêndios nas áreas protegidas e vários técnicos do Instituto da Conservação da Natureza (ICN) já receberam formação para trabalhos nesta área.
A realização de fogos controlados foi uma das recomendações da comissão parlamentar de fogos até porque as experiências feitas no passado foram consideradas positivas pelos técnicos, considerou o secretário de Estado, que não quis estabelecer uma meta concreta de área ardida para este ano.
«O importante não é a quantidade de hectares que arde mas a sua importância», explicou Humberto Rosa, salientando que, em alguns casos, a «natureza consegue regenerar-se» e noutros perdem-se ecossistemas considerados únicos.
Os fogos controlados devem ter lugar no Inverno e visam a queima até 60 por cento coberto vegetal em zonas consideradas «tampão» para a progressão de incêndios em áreas mais sensíveis ou zonas habitadas.
De acordo com o responsável pela protecção civil no Parque Natural das Serras de Aires e Candeeiros (PNSAC), que hoje fez arder uma pequena área para exemplificar esta estratégia, o fogo controlado é «a melhor forma de prevenir» os incêndios em áreas protegidas.
Conduzindo o fogo com o vento e com recurso a um lança-chamas, os bombeiros e técnicos florestais podem queimar uma área que não seja muito sensível mas que, na época mais quente, será utilizada como zona privilegiada para «estancar e reduzir» um eventual incêndio que venha a suceder, explicou Nuno Silva Marques.
O secretário de Estado Humberto Rosa admitiu também que «os meios necessários para combater fogos florestais nunca são suficientes em determinadas situações climáticas», destacando a necessidade de uma maior articulação dos vários organismos estatais que gerem o território.
Hoje, em Porto de Mós, teve lugar uma reunião de trabalho para preparar a próxima época de fogos entre vários responsáveis do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) e directores de parques naturais tutelados pelo ICN.
«Vemos com muita satisfação este tipo de reuniões que decorrem entre bombeiros, vigilantes e técnicos de áreas protegidas», salientou o secretário de Estado do Ambiente, que prometeu também uma actualização dos instrumentos de ordenamento.
«Queremos adequar as cartas de risco às conveniências dos comandos operacionais» até porque «as áreas protegidas não são ilhas no território» e devem ser inseridas nas estratégias globais de protecção civil.
Por isso, os «planos de intervenção em cada área protegida» estarão «disponíveis» para os bombeiros e responsáveis da protecção civil, disse Humberto Rosa.
No ano passado, os incêndios na Serra dos Candeeiros e do Gerês puseram a descoberto problemas de relacionamento entre autarquias e os serviços do ICN, que foram acusados de impedirem a construção de aceiros e caminhos para prevenção de incêndios.
Depois da polémica que se gerou, «nós investigámos se houve algum caso de algum aceiro ou acesso para fins de fogos florestais na história do ICN que tenha sido recusado e contámos zero», revelou o secretário de Estado.
«Há isso sim estradas ilegais e caminhos solicitados que não podem ser autorizados por razões de conservação da natureza», acrescentou Humberto Rosa, garantindo que «não há nenhum caso em que o fogo tenha chegado a proporções grandes por falta de acessos».
«O que há é casos em que os caminhos e acessos carecem de melhor manutenção», disse o secretário de Estado que reconheceu algumas dificuldades de recursos por parte do ICN para «manter essa rede muito ampla de caminhos e acessos» que existe nas áreas protegidas.
Por seu turno, Ascenso Simões, secretário de Estado da Administração Interna, explicou que uma das prioridades do Governo é uma «melhor articulação institucional» entre os vários organismos do Estado que gerem o território.
O objectivo é «pôr os funcionários das direcções gerais a falar» e «temos vindo a acertar melhor os nossos dispositivos e a capacidade de intervenção», explicou Ascenso Simões.
Para «aumentar a capacidade de primeira intervenção» e contrariar os «estrangulamentos na (articulação da) administração pública que se verificaram nos anos anteriores» a tutela pretende realizar reuniões conjuntas como a que decorreu hoje em Porto de Mós.
«Estamos a seguir um caminho para ter dispositivos melhores com mais capacidade de intervenção e mais resposta», disse, recordando que o Executivo pretende reduzir «progressivamente os incêndios florestais».
«Para 2.012, a nossa meta é termos menos de cem mil hectares de área ardida», disse Ascenso Simões, salientando que, já no ano passado, foi «um bom ano em área ardida nas áreas protegidas», comparado com 2005.
«Houve menos área ardida e menos impacto nas áreas protegidas», disse o secretário de Estado. No caso do ICN, em 2007, a tutela pretende aumentar a resposta da primeira intervenção, com recurso a sapadores florestais, apostando também na monitorização e recuperação de áreas ardidas.
A realização de fogos controlados foi uma das recomendações da comissão parlamentar de fogos até porque as experiências feitas no passado foram consideradas positivas pelos técnicos, considerou o secretário de Estado, que não quis estabelecer uma meta concreta de área ardida para este ano.
«O importante não é a quantidade de hectares que arde mas a sua importância», explicou Humberto Rosa, salientando que, em alguns casos, a «natureza consegue regenerar-se» e noutros perdem-se ecossistemas considerados únicos.
Os fogos controlados devem ter lugar no Inverno e visam a queima até 60 por cento coberto vegetal em zonas consideradas «tampão» para a progressão de incêndios em áreas mais sensíveis ou zonas habitadas.
De acordo com o responsável pela protecção civil no Parque Natural das Serras de Aires e Candeeiros (PNSAC), que hoje fez arder uma pequena área para exemplificar esta estratégia, o fogo controlado é «a melhor forma de prevenir» os incêndios em áreas protegidas.
Conduzindo o fogo com o vento e com recurso a um lança-chamas, os bombeiros e técnicos florestais podem queimar uma área que não seja muito sensível mas que, na época mais quente, será utilizada como zona privilegiada para «estancar e reduzir» um eventual incêndio que venha a suceder, explicou Nuno Silva Marques.
O secretário de Estado Humberto Rosa admitiu também que «os meios necessários para combater fogos florestais nunca são suficientes em determinadas situações climáticas», destacando a necessidade de uma maior articulação dos vários organismos estatais que gerem o território.
Hoje, em Porto de Mós, teve lugar uma reunião de trabalho para preparar a próxima época de fogos entre vários responsáveis do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) e directores de parques naturais tutelados pelo ICN.
«Vemos com muita satisfação este tipo de reuniões que decorrem entre bombeiros, vigilantes e técnicos de áreas protegidas», salientou o secretário de Estado do Ambiente, que prometeu também uma actualização dos instrumentos de ordenamento.
«Queremos adequar as cartas de risco às conveniências dos comandos operacionais» até porque «as áreas protegidas não são ilhas no território» e devem ser inseridas nas estratégias globais de protecção civil.
Por isso, os «planos de intervenção em cada área protegida» estarão «disponíveis» para os bombeiros e responsáveis da protecção civil, disse Humberto Rosa.
No ano passado, os incêndios na Serra dos Candeeiros e do Gerês puseram a descoberto problemas de relacionamento entre autarquias e os serviços do ICN, que foram acusados de impedirem a construção de aceiros e caminhos para prevenção de incêndios.
Depois da polémica que se gerou, «nós investigámos se houve algum caso de algum aceiro ou acesso para fins de fogos florestais na história do ICN que tenha sido recusado e contámos zero», revelou o secretário de Estado.
«Há isso sim estradas ilegais e caminhos solicitados que não podem ser autorizados por razões de conservação da natureza», acrescentou Humberto Rosa, garantindo que «não há nenhum caso em que o fogo tenha chegado a proporções grandes por falta de acessos».
«O que há é casos em que os caminhos e acessos carecem de melhor manutenção», disse o secretário de Estado que reconheceu algumas dificuldades de recursos por parte do ICN para «manter essa rede muito ampla de caminhos e acessos» que existe nas áreas protegidas.
Por seu turno, Ascenso Simões, secretário de Estado da Administração Interna, explicou que uma das prioridades do Governo é uma «melhor articulação institucional» entre os vários organismos do Estado que gerem o território.
O objectivo é «pôr os funcionários das direcções gerais a falar» e «temos vindo a acertar melhor os nossos dispositivos e a capacidade de intervenção», explicou Ascenso Simões.
Para «aumentar a capacidade de primeira intervenção» e contrariar os «estrangulamentos na (articulação da) administração pública que se verificaram nos anos anteriores» a tutela pretende realizar reuniões conjuntas como a que decorreu hoje em Porto de Mós.
«Estamos a seguir um caminho para ter dispositivos melhores com mais capacidade de intervenção e mais resposta», disse, recordando que o Executivo pretende reduzir «progressivamente os incêndios florestais».
«Para 2.012, a nossa meta é termos menos de cem mil hectares de área ardida», disse Ascenso Simões, salientando que, já no ano passado, foi «um bom ano em área ardida nas áreas protegidas», comparado com 2005.
«Houve menos área ardida e menos impacto nas áreas protegidas», disse o secretário de Estado. No caso do ICN, em 2007, a tutela pretende aumentar a resposta da primeira intervenção, com recurso a sapadores florestais, apostando também na monitorização e recuperação de áreas ardidas.
Fonte texto: Lusa / Sol
Fonte Imagem: Promotor Floresta Unida
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