Pinhais do centro escapam a praga mortal
Quinhentas mil árvores vão ser abatidas contra nemátodo do pinheiro
Os pinhais da região Centro do país estão, para já, livres do nemátodo do pinheiro, praga que afecta algumas zonas do sul e será controlada com o abate maciço de árvores, disse fonte da Direcção Regional dos Recursos Florestais, noticia a agência Lusa.
«O risco existe mas as medidas que foram tomadas pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais tencionam condicionar bastante esse risco», afirmou à Lusa Rui Rosmaninho, chefe do Núcleo Florestal do Pinhal Litoral, que inclui a maior mata nacional de pinheiro bravo, localizada na região de Leiria.
«O nemátodo é um bicho que é transportado por um insecto e, por isso, não conhece limites administrativos impostos pelo homem», explicou Rui Rosmaninho, salientando que só o abate de uma faixa de protecção em redor das zonas afectadas é que irá permitir o controlo da doença.
«Desde que não seja interrompida a continuidade da mancha florestal o alastramento da doença é uma certeza», disse este responsável.
Deste modo, e para prevenir a propagação da doença para norte do rio Tejo, onde existem manchas contínuas de pinheiros de grandes dimensões, a tutela ordenou o abate de 500 mil árvores nas zonas atingidas pelo nemátodo.
«É preciso quebrar essa continuidade. Com esta solução, o risco para o resto do território nacional é bastante diminuto», explicou Rui Rosmaninho, salientando que o «plano de acção é profilático e indirecto», porque ao «eliminar as árvores» a praga deixa de alastrar.
Neste momento, a doença está localizada entre Sines e Vila Franca de Xira, não existindo, para já, riscos de propagação mais a norte, mas as autoridades reforçaram a vigilância dos pinhais contíguos às áreas atingidas.
O Ministério da Agricultura já anunciou que vai pagar aos produtores florestais entre quatro e dez euros de indemnização por cada árvores abatida, conforme a sua dimensão.
Fonte texto: Portugal Diario , Fonte Imagem:Promotor Floresta Unida
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