Condeixa prepara-se para combate aos fogos
Uma rede de caminhos florestais, construção de mais pontos de água e campanhas de sensibilização são as ideias-chave do Plano de Defesa da Floresta e Combate a Incêndios, apresentado pela Câmara Municipal de Condeixa.O Plano foi aprovado pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais, na passada quinta-feira, e tem como base duas referências fundamentais. Por um lado, a «excelente capacidade de resposta dos bombeiros», e, por outro, a mais-valia que representam os «perímetros florestais bem definidos e as reduzidas dimensões do concelho». Dois factos que, na óptica da autarquia, têm permitido «manter os incêndios afastados de Condeixa nos últimos anos». Todavia se essa é uma realidade, a autarquia tem consciência de um conjunto de “deficiências”, ou melhor, riscos que importa colmatar. Por isso o Plano chama a atenção para «a ausência de cultura florestal das populações, ausência de pontos de água na zona da serra, que sirvam meios aéreos de combate». A isto junta-se, ainda, «uma carta de ocupação de solo muito antiga e a desorganização de produtores florestais como factores que a qualquer momento podem pôr em risco a acalmia verificada até agora».Por isso mesmo, o Plano de Defesa da Floresta atenta particularmente nestes factores negativos, procurando respostas que garantam a protecção da mancha florestal do concelho, que ronda os 50 por cento do território do concelho de Condeixa.Assim, o estudo feito pelo município traça, como principais prioridades, «a criação de uma rede de infra-estruturas preventivas, através de uma malha adequada de caminhos florestais», para além de prever a «construção de mais pontos de água», bem como campanhas de sensibilização, de forma a «consciencializar as populações para a necessidade de uma floresta limpa».O Plano de Defesa da Floresta e Combate a Incêndios foi realizado pelo recém-criado Gabinete Técnico Florestal da autarquia e constitui um primeiro passo para a criação de uma base de dados de apoio a decisões no teatro de operações de socorro e incêndios florestais.O estudo foi apresentado na passada sexta-feira, no auditório das Piscinas Municipais, numa sessão que contou com a presença de deputados municipais e presidentes das juntas de Freguesia.Na oportunidade, o vereador Daniel Costa, responsável pela Protecção Civil Municipal, fez questão de sublinhar que «o plano municipal não é, por si só, a solução para todos os males, mas antes, mais uma ferramenta de trabalho à disposição de todos os envolvidos neste processo», com especial destaque para as populações.Por seu turno, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Condeixa, parceiros fundamentais neste processo, resumiu aquilo que considera serem os factores de sucesso para uma boa política florestal. Carlos Manaia aponta cinco regras, que reputa de fundamentais, a saber: limpeza das matas, bons acessos, fiscalização, informação e punição dos incendiários. Ou seja, medidas a montante e a jusante que, quando cumpridas, conseguem garantir a “saúde” e protecção da floresta.Relativamente à campanha de sensibilização, a efectuar junto da população do concelho, de molde a garantir a limpeza das florestas, a autarquia de Condeixa sublinha que é o próximo passo a dar, com a calendarização das acções a empreender, estimando que até ao final do mês de Abril todo o trabalho de prevenção a este nível deverá estar concluído.
Fonte: Diario de Coimbra
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