sábado, 24 de fevereiro de 2007

Amazônia é tema de campanha da CNBB

Amazônia é tema de campanha da CNBB
Campanha propõe revisão nos padrões de comportamento e políticas para desenvolvimento sustentável
DOURADOS – A Amazônia é tema da Campanha da Fraternidade 2007, lançada oficialmente ontem em Belém do Pará. Pela terceira vez em 42 anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aborda o meio ambiente e agora propõe também uma revisão nos padrões de comportamento e políticas para o desenvolvimento sustentável. O bispo Dom Redovino Rizzardo disse ao O PROGRESSO que em Dourados o lançamento será no primeiro domingo da Quaresma, dia 25, em missa campal às 18h no calçadão da praça Antônio João, que vai reunir as nove paróquias.O texto da campanha "Fraternidade e Amazônia - Vida e missão neste chão" denuncia a agressão ao ecossistema, aponta as desigualdades entre os habitantes da Amazônia e o restante do País, fala das conseqüências da militarização, do tráfico de drogas, os problemas da ocupação de terra e a disputa por territórios. No próximo ano, com o lema "Defesa da vida", a campanha 2008 vai abordar assuntos polêmicos como aborto, eutanásia, uso de células embrionárias e pílula do dia seguinte.IMPACTOSO engenheiro florestal Bernardino Bezerra estima que a Amazônia brasileira já perdeu em torno de 30% da floresta, devido às queimadas e cortes indevidos para a exploração da madeira. "Imagine o dano ao meio ambiente, já que cada uma daquelas árvores jogava na natureza cerca de 60 litros de água por dia e que se transformava em chuvas para as cidades. Certamente a redução do verde vem alterando o regime hídrico e provocando desequilíbrios, como chuva em excesso em alguns locais e estiagem prolongada em outros. Ou, como ocorre em Dourados, a chuva acabou acontecendo em época de colheita de grãos, o que não é bom", diz.Estudo realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) revela que o aquecimento global ameaça a Amazônia, também conhecida como o "pulmão do mundo". As queimadas estão matando árvores milenares, num efeito de retardamento letal. O estudo do Inpa não é o único que aponta as ameaças à floresta Amazônica. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que o Brasil está mais vulnerável às mudanças climáticas do que se imagina, justamente por conta do aquecimento global.
Fonte: Jornal O Progresso

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