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Parque Natural da Arrábida
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A pedra da Anixa, um despojo fendido a meio e ancorado na enseada do Portinho, testemunha um litoral desaparecido. A exposição a Sul, o abrigo da nortada fria, a influência combinada da humidade do mar e da secura interior, a natureza dos solos e a acção humana explicam a fisionomia actual da vegetação da Arrábida. O coberto vegetal, de cariz mediterrânico, misto de folhado, murta, aroeira, medronheiro e carrasco atinge, nos vales mais cavados um porte fora do comum sugerindo algo próximo da floresta virgem.As matas albergam numerosos passeriformes. Proliferam os lepidópteros. O mar de Sesimbra, em parte “reserva marinha”, apresenta evidente interesse zoológico: esponjas e anémonas, crustáceos e moluscos, pepinos e ouriços-do-mar coabitam com variadas espécies piscícolas. O Roaz-corvineiro frequenta estas águas.Agricultura, exploração florestal, extracção de inertes e recreio sintetizam as actividades exercidas no Parque Natural. Jazidas arqueológicas, vestígios da ocupação romana e da presença árabe a par de monumentos religiosos, palácios senhoriais e conjuntos de arquitectura popular contam histórias e criam ambientes.No cabo Espichel, a jazida dos Lagosteiros, situada na baía do mesmo nome (Cretácico Inferior -120 MA) guarda um longo trilho de um dinossáurio bípede e impressões doutros animais enquanto que na jazida da Pedra da Mua (Jurássico Superior – 150 MA) surgem conjuntos de trilhos de dinossáurios saurópodes.
Fonte :ICN
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