Tal como já havia sucedido anteriormente, a Unimadeiras, sedeada em Albergaria-a-Velha, reuniu Produtores e Empresários Florestais de todo país e realizou uma visita de estudo, com carácter de formação/sensibilização.Desta vez, e apenas dois anos volvidos das visitas efectuadas à Suécia e à França, o local escolhido foi o Brasil, mais concretamente o Estado da Bahia e duas das maiores Celuloses daquele continente: a Veracel (detida pela Storaenso e pela Aracruz) e a Suzano.Em colaboração com a Loja da Floresta, a Unimadeiras aproveitou a fase final de implementação dos Princípios e Critérios do FSC - Forest Stewardship Council (norma internacional de gestão florestal) nas propriedades da empresa e dos seus Associados, tendo em vista a Certificação, como forma de alargar saberes e melhor compreender diferentes conceitos e diferentes métodos de gestão florestal.Esta visita, realizada durante nove dias do passado mês de Dezembro, juntou 24 Produtores e Empresários Florestais e teve como objectivo principal conhecer e testemunhar as práticas silvícolas e de exploração (desde a criação em laboratório de plantas clonadas ao processo de plantação, manutenção e exploração das arvores) mais frequentemente praticadas pela Industria de Celulose Brasileira.A escolha deste país - elucidou António Loureiro, Presidente da Unimadeiras - «deveu-se ao facto do Brasil ser mundialmente conhecido pelos impressionantes índices de qualidade e de produtividade da floresta de eucalipto, fruto de anos de desenvolvimento genético e da aplicação efectiva de modos e de práticas silvícolas e de exploração apropriadas à espécie».Paralelamente à implementação de metas de rentabilidade e de produtividade ambiciosas, desenvolveram-se técnicas e métodos que, em Portugal, ainda são uma miragem, fundamentalmente no que respeita ao desenvolvimento de clones, à aplicação das normas de higiene e de segurança no trabalho, às preocupações sociais e ambientais, à certificação florestal e, em especial, na melhoria das práticas e técnicas florestais, desde o planeamento da plantação à exploração florestal.Ainda segundo António Loureiro, «a grande diferença, que nos afigurou logo no primeiro dia, é que, em Portugal, com a sua tão “singular” “industria de fogo” (que no Brasil não existe) continua-se a discutir, a legislar, a estudar, a ponderar e a analisar». – enfatiza o Presidente da Unimadeiras, sintetizando mais esta acção formativa da instituição a que estão associados 600 empresários do sector florestal, espalhados por todo o país.
Fonte: Jonal regional.com
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