domingo, 25 de fevereiro de 2007

Planeta perdeu 2,4 por cento das florestas desde 1990



Planeta perdeu 2,4 por cento das florestas desde 1990


As florestas do mundo, que cobrem 3866 milhões de hectares - representando pouco menos de um terço da superfície do planeta - registaram uma diminuição de 2,4 por cento desde 1990, segundo o relatório "State of the World's Forests 2001" da FAO (Food and Agriculture Organization). A perda traduz-se na diminuição das fontes de sustento e destruição da biodiversidade.

Nos últimos doze anos, as maiores perdas florestais registaram-se no continente africano, onde 52,6 milhões de hectares - correspondendo a 0,7 por cento do seu coberto florestal - já desapareceram.Segundo o Banco Mundial, desde 1960 o planeta perdeu um quinto das florestas tropicais.Segundo a FAO, a taxa global de desflorestação durante a década de 90 foi de nove milhões de hectares por ano. No ano passado, a WWF (World Wildlife Fund) informava que as taxas de desflorestação aumentaram na África tropical, permaneceram constantes na América Central e diminuiram ligeiramente na Ásia Tropical e América do Sul.Actualmente, dois terços das florestas do mundo estão situadas em apenas dez países: Federação Russa, Brasil, Canadá, EUA, China, Austrália, República Democrática do Congo, Indonésia, Angola e Peru.No ano 2000, dez por cento das florestas mundiais encontravam-se em áreas protegidas. No entanto, mesmo estas são vulneráveis à poluição, caça ilegal e exploração agrícola ilegal.As causas directas da desflorestação passam pelas pragas de insectos e doenças, incêndios, sobre-pastoreio, sobre-exploração madeireira, má gestão das florestas de produção, poluição atmosférica e fenómenos climáticos extremos. A pobreza, crescimento populacional, comércio de produtos florestais e políticas macro-económicas são as causas indirectas apontadas pela FAO.Apesar das florestas tropicais albergarem 50 por cento da biodiversidade, apenas oito por cento estão protegidas legalmente.A perda e fragmentação destes habitats trazem pressões acrescidas para a biodiversidade do planeta, declara o PNUA (Programa das Nações Unidas para o Ambiente) no seu relatório Global Environment Outlook 3. A área total de zonas protegidas, como parques nacionais, aumentou de 2,78 milhões de quilómetros quadrados em 1970 para 12,1 milhões no ano 2000. Um inquérito a 93 dessas áreas mostrou que a maioria tem tido sucesso na diminuição da limpeza de zonas florestais mas não tanto no combate ao abate ilegal, caça e incêndios.




Alguns números Ásia: a sobreexploração de madeira e expansão da agricultura, esquemas de irrigação, urbanização, projectos hidroeléctricos, catástrofes naturais, guerras e incêndios são os responsáveis pela desflorestação. As florestas na bacia do rio Mekong têm sido exploradas a tal ponto que são hoje consideradas de qualidade criticamente baixa. A adopção de políticas de gestão da floresta e agricultura na Tailândia, Vietname e Cambodja têm abrandado o processo de desflorestação. África: a África representa 17 por cento do coberto florestal do Mundo. Neste continente, a desflorestação é causada pelo crescimento populacional, seca, expansão agrícola, extracção de combustíveis, incêndios, guerras civis e instabilidade política. Durante 1990 a 1995, a África perdeu o seu coberto florestal a um ritmo anual de 0,7 por cento. No entanto, 90 por cento da sua população depende da queima da madeira e outra biomassa para energia. América Latina e Caraíbas: Metade da região ainda é coberta por florestas, mas três por cento foi perdida durante 1990 e 1995. O Brasil perdeu 15 milhões de hectares em 1988-1997. A expansão das zonas agrícolas através da queima da floresta é a principal ameaça, a par da exploração ilegal de madeira, incêndios e urbanização.




Fonte e direitos de imagem: Publico

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