Mancha florestal de Bornéu e Sumatra poderá desaparecer em 2022
Redes comerciais organizadas estão a abater ilegalmente as florestas tropicais do Sudeste asiático a um ritmo mais acelerado do que se pensava. Um relatório da ONU divulgado hoje, em Nairobi, alerta que, se nada for feito, 98 por cento das florestas das ilhas de Bornéu e de Sumatra poderão desaparecer em 2022.
"A situação já é delicada para os orangotangos", salienta o relatório, elaborado pelos especialistas do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnua), com sede na capital queniana."O rápido desaparecimento das árvores que fornecem alimento, a matança de orangotangos deslocados pelo abate ilegal e pela extensão das plantações e a fragmentação da floresta que sobra constituem uma emergência ao nível da conservação", lê-se no relatório.O organismo da ONU culpa uma rede de empresas multinacionais pela crescente pressão sobre os parques nacionais indonésios, tidos como um dos escassos recursos para exploração comercial madeireira."Apelamos hoje à consciência de todo o mundo: não comprem madeira não certificada", declarou Rachmat Witoelar, ministro do Ambiente da Indonésia, à margem de uma conferência do Pnua no Quénia. O ministro salientou que o abate ilegal está a destruir 37 dos 41 parques nacionais do país."[O abate ilegal] não está a ser realizado por indivíduos pobres mas por redes comerciais bem organizadas", denunciou Achim Steiner, director-executivo do Pnua.Fiscalização debate-se com falta de meiosNos últimos anos, o Governo da Indonésia destacou forças militares em pelo menos três ocasiões para confiscar madeira e perseguir os responsáveis pelo abate ilegal e começou a treinar equipas policiais para proteger os parques nacionais.Os peritos queixam-se de que essas equipas estão limitadas pela falta de fundos, de veículos, de armas e de equipamento e enfrentam ameaças dos madeireiros, muitas vezes protegidos por milícias armadas comandadas a partir do estrangeiro.O relatório da ONU — que usou imagens de satélite e dados do Governo indonésio — afirma que os habitats dos orangotangos estão a ser destruídos a um ritmo 30 por cento superior ao que se pensava anteriormente. Em 2002 estimava-se que existissem 60 mil destes primatas nas selvas do Bornéu e de Sumatra. Hoje, as populações estarão reduzidas a metade desse número e poderão mesmo extinguir-se em 20 anos.
"A situação já é delicada para os orangotangos", salienta o relatório, elaborado pelos especialistas do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnua), com sede na capital queniana."O rápido desaparecimento das árvores que fornecem alimento, a matança de orangotangos deslocados pelo abate ilegal e pela extensão das plantações e a fragmentação da floresta que sobra constituem uma emergência ao nível da conservação", lê-se no relatório.O organismo da ONU culpa uma rede de empresas multinacionais pela crescente pressão sobre os parques nacionais indonésios, tidos como um dos escassos recursos para exploração comercial madeireira."Apelamos hoje à consciência de todo o mundo: não comprem madeira não certificada", declarou Rachmat Witoelar, ministro do Ambiente da Indonésia, à margem de uma conferência do Pnua no Quénia. O ministro salientou que o abate ilegal está a destruir 37 dos 41 parques nacionais do país."[O abate ilegal] não está a ser realizado por indivíduos pobres mas por redes comerciais bem organizadas", denunciou Achim Steiner, director-executivo do Pnua.Fiscalização debate-se com falta de meiosNos últimos anos, o Governo da Indonésia destacou forças militares em pelo menos três ocasiões para confiscar madeira e perseguir os responsáveis pelo abate ilegal e começou a treinar equipas policiais para proteger os parques nacionais.Os peritos queixam-se de que essas equipas estão limitadas pela falta de fundos, de veículos, de armas e de equipamento e enfrentam ameaças dos madeireiros, muitas vezes protegidos por milícias armadas comandadas a partir do estrangeiro.O relatório da ONU — que usou imagens de satélite e dados do Governo indonésio — afirma que os habitats dos orangotangos estão a ser destruídos a um ritmo 30 por cento superior ao que se pensava anteriormente. Em 2002 estimava-se que existissem 60 mil destes primatas nas selvas do Bornéu e de Sumatra. Hoje, as populações estarão reduzidas a metade desse número e poderão mesmo extinguir-se em 20 anos.
Fonte: Publico
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