domingo, 18 de fevereiro de 2007

Incêndios florestais: Sistema inovador fornece diariamente mapas de áreas ardidas

A Direcção-Geral dos Recursos Florestais e a empresa Aliança Florestal vão, a partir de Maio, ter mapas actualizados diariamente sobre as áreas ardidas em Portugal, através de um sistema automático pioneiro na Europa. Desenvolvido pela Critical Software, em parceria com a Associação para o Desenvolvimento do Instituto Superior de Agronomia e o INOV (instituição do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores para a área da Electrónica e Telecomunicações), o sistema utilizará imagens adquiridas por satélites da Agência Espacial Europeia (ESA) e da NASA (National Aeronautics and Space Administration). "É um sistema completamente automático, que fornece um mapa diário das áreas ardidas", explicou à Agência Lusa Andrea Pelizzari, gestor dos serviços de Observação da Terra na Critical Software. O responsável explicou que, entre 15 de Maio e 15 de Setembro, "será um serviço de média resolução, em que se conseguem ver os incêndios de média e grande dimensão". "No final da época de incêndios, serão utilizadas imagens com maior qualidade, que têm de ser trabalhadas, para fornecer um mapa com uma resolução maior", acrescentou. Segundo Andrea Pelizzari, este sistema permitirá à Direcção-Geral dos Recursos Florestais "ter informação que é importante para planear quer a prevenção, quer o combate de incêndios". Por outro lado, a Aliança Florestal (empresa responsável pela gestão operacional da floresta do grupo Portucel-Soporcel) terá a possibilidade de "prever qual vai ser a perspectiva de produção de madeira para papel", atendendo ao número de incêndios que se registar. O sistema, desenvolvido no âmbito do projecto Risk-EOS da ESA, representa um investimento de 200 mil euros, referente aos anos 2007 e 2008. No entanto - frisou Andrea Pelizzari -, dado tratar-se de uma tecnologia "única na Europa, por funcionar automaticamente", terá grandes possibilidade de vir a ser vendida a outros países, como Espanha e Itália. Até Maio, explicou, será preparada "toda a cadeia de processamento das imagens", a partir dos dados recebidos por satélite, que depois será testada com os futuros utilizadores. A Critical Software é uma empresa internacional sedeada em Coimbra, com escritórios em Lisboa e Porto, San José (EUA) e Southampton (Reino Unido). Entre os seus clientes encontram-se a ESA, a NASA, a Infineon e a Marinha Portuguesa.
Fonte: O Figueirense

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