Parque Natural da Ria Formosa
Laguna costeira polvilhada de sapais, salinas, bancos de vasa ou de areia, ilhotas, praias, dunas e inúmeros canais em que as ilhas barreiras traçam um estranho limite a uma extensa área lagunar. As penínsulas do Ancão e de Cacela, assim como as ilhas Deserta, Culatra, Armona, Tavira e finalmente a Ilha de Cabanas separam a Ria Formosa do mar.
Num horizonte dominado pelas águas, o sapal, coberto e descoberto ao sabor das marés, é universo de plantas tolerantes a elevados graus de salinidade, escassez de oxigénio, débil enraizamento e grandes períodos de imersão. O seu solo lodoso e encharcado contrasta com a claridade das areias e com a aparente fragilidade das espécies vegetais dunares, lutando contra o vento, a salinidade e o próprio carácter movediço do substrato arenoso em que teimam enraizar-se.Com perto de duas centenas de espécies repertoriadas, a Ria Formosa alberga aves migradoras oriundas do centro e norte da Europa e é local de nidificação para muitas outras. A laguna também abriga e alimenta organismos aquáticos, nomeadamente peixes sedentários e migradores, e é habitat privilegiado de moluscos e crustáceos. No Ludo habita uma população de Cágado-de-carapaça-estriada. De dificil observação o camaleão é visível em dunas, ilhas-barreira e matas, não sendo já surpresa, entre os agricultores, a sua presença em pomares . Entre os anfíbios podem citar-se a Rã-de-foçinho-ponteagudo e o Sapo-parteiro-ibérico. Presentes ainda vários pequenos mamíferos.A apanha ou produção em viveiros de moluscos bivalves, produção marisqueira, pesca, piscicultura, salinicultura e, porque do Algarve se trata, turismo e lazer preenchem, na actualidade, o essencial da actividade económica e social.
Fonte: ICN
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